Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Nasci assim e não vou mudar...

Cura gay é o maior absurdo que já surgiu no Congresso Nacional. Há tanta busca por chamar a atenção e ganhar os holofotes da mídia que acaba-se pensando mais na popularidade que o projeto irá atrair do que os efeitos que irá causar.

Pra começar vivemos em um estado laico. Não podemos usar de influências políticas para generalizar nossas vontades, cada um é livre para pensar do jeito que quiser e arcar com as consequências de suas escolhas (opiniões). Ser a favor ou contra é uma questão bem particular, mas respeitar não depende de opinião, depende de caráter, uma pessoa que conheça essa palavra, independente de qual religião siga ela não nos odiará, como pretendem alguns pastores.

Ser gay não é uma escolha, nascemos assim. Se tivéssemos que escolher obviamente preferiríamos nascer héteros e não ter que sofrer esse preconceito de gente ignorante. Muitas vezes essas pessoas ignorantes não tiveram um bom conhecimento de nossa condição e foram alienadas com palavras por pessoas que usam da fé das pessoas para ganhar suas confianças e depois tirarem proveito disso.

Não somos só os gays que sofremos essa perseguição por algo que independe de nossas vontades. Os negros também por muito tempo sofrem e ainda sofrem, mas de uma forma gradativa foi diminuindo seu preconceito e hoje já é quase insignificante. Para isso foram criadas políticas públicas eficientes para que isso ocorre-se, sem rancores, sem ódio, de uma forma natural. No caso dos gays parece que querem forçar uma guerra, estimulando o ódio contra nós. Generalizam tudo e explicitam como se todos fossemos imorais. Imoralidade é o que eles fazem com as pessoas que os escutam e aceitam suas opiniões como verdadeiras sem ao menos questionar. Formadores de opinião deveriam ser exemplos para nós, disseminando suas opiniões sem impor que nós aceitássemos, mas infelizmente não é isso que acontece.

A solução para tudo isso é o respeito. Antes tentar nos curar, procure conhecer o significado da palavra respeito, certamente fará a diferença na nossa busca pela igualdade que a Constituição nos garante. 



Religião e homossexualidade

Esse assunto é bem complicado de ser discutido. Alguns poderão achar que estou generalizando ou sendo parcial para algum tipo de religião, mas são apenas opiniões pessoais que pretendo externar de modo que outras pessoas possam ler e se identificar ou não. Não é uma verdade absoluta, é apenas um desabafo que infelizmente é baseado na realidade que presenciamos, infelizmente não é algo que eu criei, só quem passa por isso sabe me dizer se é verdade ou não. Pra quem critica, se ponha no lugar do criticado e perceberá a diferença disso.

A religião católica apesar de ser discriminadora, tem tido grandes avanços na busca pela diminuição do ódio e da homofobia, principalmente pelos discursos contra o preconceito proferidas pelo Papa Francisco. Ser contra não significa que você precise odiar quem faz algo que você não concorda, é a mesma coisa que numa discussão, só porque a pessoa é diferente de você não significa que você precisa odiá-lo, mas deve sim respeitá-lo. O nome disso é tolerância.

Já com os evangélicos pode a convivência pode se tornar um pouco mais difícil. O fanatismo religioso nessas religiões chega ao ponto de fazer uma lavagem cerebral nas pessoas, fazendo com que vejam o mundo apenas sob a ótica de sua autoridade religiosa. Fanatismo nunca é saudável, você acaba perdendo a chance conhecer outros pontos de vista por estar alienado a um pensamento dominante.

Não é poque nossa sexualidade é diferente que não podemos ir à missa ou ao culto, mas na maioria das vezes somos julgados como pecadores e dificilmente nos tratarão normalmente. Não são todos que nos tratam assim, mas a maioria sim. Aos poucos as pessoas estão percebendo que nossa condição não tem nada a ver com opção, que somos todos iguas, que a nossa fé independe de cor, sexo, condição social.

Devemos sim estimular que mais pessoas busquem a fé. Não é porque somos contra um dogma religioso que não podemos acreditar em Deus, cada um de nós somos seres humanos igualmente como os héteros, temos sentimentos, temos família, temos amigos. Não significa que todos os gays são ateus, e nem que os que são ateus também são pecadores. O pecado é algo muito subjetivo, são tantas as religiões que fica dificil interpretar e dizer qual está correta.


Se assumiu? Pague o preço

Antes de se assumir é bom pensar muito bem, depois não tem como voltar atrás. É uma decisão pra vida inteira, não tem como se arrepender. Ela impactará tanto sua vida pessoal, quanto profissional, por isso há que se ter um certo receio para não se equivocar e perder amizades com isso. Pode ser bem traumático, por isso é bom tomar cuidado
Para algumas pessoas essa decisão pode nem ter grande impacto na sua vida. Se você já vive num ambiente em que você é bem aceito e você percebe que isso não mudará a opinião das pessoas sobre você, se achar que é algo que os outros precisam realmente sabe vá em frente. Certamente a sua escolha poderá ter um impacto nas novas amizades, mas isso pode ser facilmente contornável.

Já se você conhece bem o seu ambiente de trabalho, ambiente de estudos e ambiente familiar e sabe que as pessaos mudarão de comportamento ao saberem que você é gy, é melhor tomar cuidado. A maioria das pessoas infelizmente não está preparado para isso, principalmente as pessoas mais idosas. Com os amigos a coisa é mais fácil de contornar, mas com os familiares e cas de trabalho há que se ter um cuidado maior. Nossa sociedade ainda é muito conservadora, e quaisquer diferenças podem virar motivo para ser descriminado.

Para que ocorra de uma forma bem tranquila, há que se ter cuidado para não chocar as pessoas e mudar totalmente de comportamento, para não soar como falsidade. Seu caráter e sua personalidade independem disso. Você não vai ser outra pessoa, apenas vai escancarar uma característica pessoal intima sua, que não necessita ser exposta se você não quiser. Façamos uma comparação com os sadomasoquistas, eles não precisam sair por ai contando pra todo mundo o que eles gostam de fazer na cama.

Antes de tomar tal decisão é bom fazer diversas perguntas: Os meus amigos/familiares/colegas de trabalho poderão mudar de comportamento comigo? Poderei ter que sair de casa/trabalho/faculdade por não aguentar a pressão? Estou preparado psicologicamente para lidar com o preconceito? Acho necessário sair expondo minha vida sexual para os outros? Estou preparado para criticas e julgamentos de pessoas desconhecidas? Se assumir vai mudar minha vida? Vou ser mais feliz me assumindo?

Depois de refletir sobre essas perguntas, fique a vontade para tomar sua decisão e arcar com as consequências.

Contato pessoal com outros gays no armário

A internet é um grande aliado aos gays que ainda não se assumiram, na internet podemos ser o que quisermos. Mas não podemos viver apenas no mundo virtual, temos que vivenciar e trocar experiências também pessoalmente. Para isso é claro que podemos usar da internet. Podemos conhecer pessoas e depois nos encontrarmos na vida real, isso ocasiona uma troca de experiências interessantes que poderão ser muito mais benéficas do que se ficassem somente no virtual.

Não adianta tentarmos nos esconder do mundo, temos que criar relações com outras pessoas, sejam elas heteros ou gays. Muitas vezes uma conversa com alguém que vivencia problemas parecidos com os nossos nos faz ver que não estamos sozinhos, essas conversas trazem um novo olhar sobre tudo que passamos e tudo que poderemos passar. É de se imaginar que cada pessoa tem caracteristicas próprias e convive em ambientes sociais bem distintos, mas muitas coisas podem ser bem parecidas, mesmo em situações completamente diferentes. Querem um exemplo? Se você não se assume perante a sua familia, mas na faculdade todo mundo tem essa percepção de que você é gay, pode trocar experiências com alguém que a família percebe e o aceita, mas na faculdade ninguém desconfia. São situações diferentes, mas que uma boa conversa entre os 2 protagonistas dessa história pode ser benéfico pra todos. 

Além disso, existem diversos grupos de apoio aos homossexuais. Geralmente são feitos em escritórios de psicologia, onde os profissionais dão conselhos e ajudam os gays a formarem outras amizades com gays e trocarem experiências, tudo com a ajuda de profissionais especializados no assunto, que ajudam tirando dúvidas e dando dicas. Acho que muita valia esses grupos apesar de nunca ter participado. Muitas vezes não convivemos com outros gays por medo de que eles espalhem nossa sexualidade para o mundo, mas nesses grupos deve haver um bom aconselhamento quanto a isso. 

A experiência virtual, por mais próxima que possa parecer da realidade, com videoconferencias e tudo mais, mas nunca terá os mesmos efeitos do contato pessoal. Nunca sabemos se a pessoa que está atrás do computador estará nos enganando ou falando a verdade. No contato pessoal é bem diferente, podemos ver expressões e gestos que pela internet é dificil captar de forma a descobrir se está falando a verdade ou mentindo. Por isso, o melhor mesmo é buscar pessoas "de verdade" para nos ajudar. Alguém aí precisa de ajuda? Que tal trocarmos contato nos comentários?

Outros gays na família

Não sei como deve ser isso, porque não tenho outros gays na família. Tenho apenas conhecido, mas pelo que vejo na internet e TV, vou explanar minha opinião. 

Acredito que deve ser muito benéfico, principalmente pela troca de experiências que podemos ter. O ideal é que ambos ou sejam assumidos ou estejam no armário, assim podem trocar opiniões e dúvidas, fazendo com que os dois se compreendam e entendam as posições um do outro. Se os dois estiverem no armário, eles podem até não conversar diretamente sobre o assunto, mas uma boa conversa certamente poderia ajudar bastante nessa busca pela aceitação. 

Mas isso pode ser prejudicial se por acaso os dois estiverem em situações diferentes, um assumido e um no armario por exemplo. O que é assumido tem que ser um pessoa muito gente boa para aceitar a condição do outro e apoiá-lo nessa decisão. Julgamentos ou criticas devem ser evitados ao máximo, para que não seja traumatizante para nenhum dos lados. Geralmente os assmidos gostam de fazer piadinhas com a sexualidade dos outros, para alguém que encontra-se no armário pode ser algo que o incomode, se esse for o caso é melhor evitar ou ter uma conversa franca sobre isso com o gay assumido.

Tudo pode ser muito relativo dependendo do ambiente, das pessoas e dos hábitos do local. Se você tem um irmão gay, pode ser muito traumático ter que conviver os dois juntos sem brigas, assim pode ocorrer muitas discussões e xingamentos por falta de compreensão um do outro, isso já é normal entre heteros, imagino como deve ser com gays. Mas se por acaso você tiver um primo gay pode ser bem mais fácil de dialogar, não se tem tanta intimidade e acaba sendo mais fácil um compreender o outro. Melhor ainda se forem de regiões diferentes, acho muito interessante conhecer como vivem outros gays em outros estados. Fico me imaginando como deve ser diferente conviver com um gay do norte ou nordeste, por exemplo (moro no sul). Não tenho nenhum contato nesses lugares, mas deve ser bem legal saber quais as dificuldades e facilidades de conviver em suas respectivas regiões. 

Para a familia aceitar 2 gays na família deve ser um desafio, principalmente se for familia conservadora. Mas pode ser um facilitador para você se aceitar, o outro gay pode ser um porto seguro pra voce. Se houver um bom dialogo pode ser uma experiência bem agradável.

Meu marido tem tendências homossexuais?

Estou passando por um momento muito delicado no meu casamento. Há 11 anos me relaciono com uma pessoa, há 3 somos casados. Estou com um bebê de 5 meses em casa e quando ele estava com 2 meses de nascido descobri que meu marido ficava, há um tempo já, assistindo filmes eróticos com gays, bem como vendo fotos com travestis e entrando no bate papo da UOL (sala gay). Fiquei muito mal pois estava praticamente de resguardo ainda. Não me separei pq meu filho estava recém-nascido e eu não queria me precipitar. Agora tem 3 meses que isso ocorreu e desde então não consigo mais ter relações com meu marido. Ele já me pediu desculpas por ter escondido isso de mim, visto que eu sempre fui companheira e aberta para tudo com ele. Durante a gestação ele mal me tocava, evitava o sexo e dizia que tinha medo de machucar o bebê. Eu sempre procurava ajuda-lo, respondendo perguntas e conversando sobre o assunto. Mas ele se recusava a transar. Juntou isso com o fato que eu descobri sobre os filmes e fotos e eu fiquei achando que ele é gay e não se assume. Ele chorou muito, pediu pelo amor de Deus para eu não me separar dele, disse que me ama, que ama nossa família e que só estava fazendo isso pq estava com dúvidas sobre a sua sexualidade e sobre sexos. Dps do susto que ele passou em quase perder a família ele disse que agora sim tem ctz de que é de mim que ele gosta e que não tem mais dúvidas da sua masculinidade (tratamento de choque?) Precisou disso para ele saber se é homem de verdade??? Disse que entrou no site somente por curiosidade e que batia papos normais com os gays (seriam mais conversadores) e que nem foram tantas vezes assim. Bem, contei tudo que aconteceu. Agora vou contar o que eu achei: muito blá blá blá. Ele n me explicou nada com nada. Toda hr se enrolava em alguma resposta. Acho que ele é gay e não tem coragem de assumir. Quer ficar comigo para manter as aparências e tem medo de eu me separar e falar dele por aí. Seria uma vergonha para a família tradicional dele. Tentei conversar mas ele só faz pedir perdão, diz que não vai mais fazer isso, que quando ele tiver interesse em coisas mais exóticas ele vai me chamar pra curtir com ele (como eu sempre sugeri)… Enfim, estou com ele mas nosso casamento tá em crise. Tenho muita raiva pela mentira, pela falta de confiança em mim pois muitas vezes o chamei para conversarmos. Não sei o que fazer. Sinto raiva dele. Ele me acaricia e eu desvio. N sei se dou o voto de confiança ou se saio desse casamento antes de pegar meu marido na cama com outro. Tudo isso ficou numa pior intensidade pois eu estava no puerpério então me senti a merda do cavalo. Inchada, gorda, com peitos enormes, com olheiras, cheia de pontos da cesárea, me sentindo péssima e ele ainda faz isso. Péssimo momento. Alguns homens deveriam honrar o que levam no meio das pernas e assumir o que são sem brincar com a vida das pessoas. Ah, ele é um ótimo marido (até o fato), profissional, pai, filho, amigo etc. Dr. me ajude…. Qq esclarecimento é válido no meio dessa minha escuridão…

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