Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Desabafo de Uma Bissexual

Engraçado. Vejo gays saindo nas ruas em passeata, indo a justiça reclamar pelos mesmos direitos de todo hétero. Aí de repente vejo estes mesmo gays caindo em cima dos bissexuais. Já ouvi vários dizerem “Ser bissexual é coisa de quem não sabe o que quer, coisa de gente promíscua.” Quando alguém põe religião na conversa vários dizem “O importante é que Deus nos quer felizes.”Aí eu me pergunto: E porque isto também não pode ser aplicado aos bissexuais? O que difere eles de vocês?
É claro que ser bissexual abre seu leque de opções, afinal, se pode ficar, apaixonar, amar tanto um homem quanto uma mulher. Mas daí a achar que bissexual é mais infiel, que é promiscuo, que adora um ménage a 3, que você ter levado um pé na bunda tem a ver com o fato dele(a) gostarem de ambos os sexos já é um tanto absurdo. Relações amorosas são feitas de duas pessoas (exceto em casos de poliamor), se algo não está certo, porque a culpa tem que ser do bissexual?
Eu já fiquei com uma garota uma vez, que acabou me traindo com um cara, o que eu achei totalmente sacanagem, mas pela postura que ela teve diante da situação. Isto tem a ver com cárater e a índole da pessoa, não com a orientação sexual dela. Se ela fosse lésbica e tivesse me traído com uma mulher teria achado sacanagem do mesmo jeito.
Quem foi que determinou que o homem só pode ficar com mulher? Ou vice e versa? A mesma regra se aplica aos bissexuais: quem foi que disse que uma pessoa tem que sentir atração por apenas um gênero?
Ficamos com uma pessoa pela atração que rola. Gays se sentem atraídos apenas por homens, lésbicas atraídas apenas por mulher e bi, bem não preciso dizer porque vocês já entenderam o que quero argumentar. Bissexuais não estão preocupados com o órgão sexual da outra pessoa, ambos lhe dão prazer, se não fosse assim não seriam bissexuais. Mas existe algo além do quesito sexual nesta escolha. E qual o problema nisto?
Eu não tenho preocupação com a minha sexualidade. Gosto de mulheres, mas já fiquei com caras e gostei. Isso me faz menos lésbica? Ou me torna bi? Quem é que se preocupa com isto? Eu não.
A quem estou afetando ou agredindo com a minha sexualidade?
Generalizar é sempre um erro, então tenham cuidado ao sair afirmando coisas sobre bissexuais. Não estou aqui para levantar bandeira a eles, só quero que as pessoas, principalmente gays e lésbicas, que sofrem tanto preconceito, reflitam a respeito.

Como descobrir se sua mulher é lésbica ou bissexual

Algumas garotas lésbicas afirmam ter o famoso “gaydar”, ou seja, um radarzinho natural que identifica se a menina ficaria ou não com outra mulher. Eu não faço parte desse grupo. Nunca consigo descobrir se uma menina é ou não lésbica, a menos que ela seja bem masculina.
O problema em ficar tentando descobrir isso é que às vezes nem a menina sabe que gosta. Eu, por exemplo, até uns anos atrás, achei que nunca fosse beijar uma garota. Mesmo pensando nisso em muitos momentos da minha vida. Quando faço uma retrospectiva, começo a perceber que sempre tive uma queda por mulheres, mesmo que isso tenha sido algo do tipo: achei bonita e de repente beijaria.
Quando eu era mais nova (tenho 26 anos), sempre “brincava” com uma amiga que a beijaria. Isso nunca aconteceu (com ela). Mas sabe quando você acha que se tivesse investido poderia ter rolado? A forma como ela olhava era diferente. Uma vez, ela me encostou na parede e disse que iria me beijar. Nos olhamos e demos risada e nada aconteceu. Pode ser uma fantasia minha daquela época, mas acho que poderia ter rolado se alguma das duas fosse um pouco mais corajosa.

Alguns anos se passaram e só então acabei beijando uma menina, como conto neste post. Achei que seria só mais uma aventura. Até que o desejo começou a aumentar e precisei beijar outras garotas… e a coisa só foi aumentando. Foi uma mistura de tensão com um desejo forte e uma sensação absolutamente diferente. Não sei se era só a vontade de beijar uma mulher, mas achei o beijo algo incrível. A boca das mulheres são mais sensíveis, o beijo é intenso e o toque é indescritível.
E como saber se é possível viver essa experiência com a garota que você está interessada? Vou elencar algumas constatações, lembrando que isso não é uma regra, eu não sou nenhuma especialista e talvez algumas visitantes desse blog possam dar orientações ainda melhores. Aliás, as dicas serão muito bem-vindas para melhorar o conteúdo desse post.
Olhar
Se a garota te olha muito fixamente, desvia o olhar e volta a te encarar, pode significar um: quem sabe alguma hora não rola, se você também flertar comigo?

Unhas
Se elas estão curtas pode ser um bom sinal. Afinal, nenhuma lésbica teria unhas compridas por uma questão óbvia. A maioria faz questão de deixá-las pintadas e bem cuidadas. Mas, se a menina tem unha comprida, não significa que ela não poderia ter uma experiência homossexual, mas pode significar que ela nunca teve. Mas sempre há uma esperança.

Namoro uma pessoa
Se você tem um namoro homossexual e não quer abrir isso para o mundo, geralmente você não diz o nome do namorada e se refere a ela como “a pessoa que eu namoro”. Evitar falar muito sobre a parceira pode ser outro indício.

Despojadas
Muitas garotas lésbicas ou bissexuais têm um estilo mais básico e discreto. Às vezes usam bolsa carteiro ou um All Star. Mas outras não seguem nada desse figurino. São extremamente femininas: salto alto, bolsa, calça e blusa justinhas. São as “femininas” mesmo.

Falar de homens não significa nada
Não desanime se você a ouve comentar frequentemente sobre homens. Principalmente se ela for bissexual. Uma vez ouvi uma heterossexual que falava de homens toda hora soltar a frase: sabe que acho bem interessante ver Playboy? Pode também não signicar nada, mas achei que dizia muito. Na verdade, eu não vejo a mínima graça em ver a revista, mas talvez o comentário dela pudesse ter sido algum desabafo. Enfim, vai saber…

Devo investir?
Se ela não for uma grande amiga sua, é mais fácil. Afinal, você não terá muita coisa a perder. Caso contrário, é realmente um dilema. Mas, para tirar a dúvida, um bom termômetro pode ser avaliar: o desejo se tornou incontrolável e não dá mais para manter somente uma amizade? Se está nesse nível, vale tentar sondar se ela beijaria uma mulher. No início, ela pode negar. Uma boa maneira pode ser falar a ela que você teria essa coragem e reparar na reação dela. Daí, quem sabe?

10 Safadezas Que os Homens Adoram na Cama

Safadezas! Há mulheres que conseguem conquistar seus homens por causa do excelente desempenho sexual. Quem surpreende o público masculino tem maiores chances de ver sempre seu companheiro chegando em casa mais cedo. Não se espante caso o número de presentes ou a atenção dele aumentar depois que você fizer pelo menos uma das nossas 10 dicas de safadezas que homens adoram na cama.

1. Lingerie Sedutora

Entre as safadezas que mais podem aumentar os pensamentos eróticos do seu namorado vale o destaque à lingerie sedutora. Compre, depois mande apenas a foto para ele, antecipando o que vai acontecer no futuro. Quando seu namorado estiver na cama, vista a peça e comece a desfilar na frente dele, convidando ao sexo.
Procure fazer o ato sexual vestindo a lingerie, proporcionado maior número de fontes ao pensamento dele ficar criativo e o pênis ereto por maior tempo. Escolha uma peça sedutora, curta e convidativa ao sexo. Adquira cores como branco, preto, vermelho ou rosa. Fuja das tonalidades misturadas, como o bege, que para muitos homens representa espécie de cor branca-suja.

2. Boca e Buraco

Meninos adoram vídeos pornô e sonham em ter performances parecidas, ou até melhores do que nas metragens. Com esta técnica, a garota começa a chupar o pênis dele, sem usar o dente. É necessário babar bastante para aumentar o tesão dele. Depois ela sobe para ter relações com a vagina. Ao perceber que o corpo dele começa a se contorcer é preciso tirar o clitóris e voltar com a boca ao pênis. A prática consiste em fazer estes dois movimentos de modo simultâneo.

3. Strip Tease

Esta dica está entre as consagradas quando o assunto é deixar homens com tesão máximo durante as preliminares. Claro, utilizar uma roupa sedutora se faz necessário, assim como tocar uma música sensual, ficar com o quarto a meia luz, usar o perfume que o seu homem aprecia ao máximo, entre outros complementos que faz o strip tease ficar com caráter performático, como se fosse feito pela Demi Moore.
Não se pode ignorar o fato de que strip tease consiste em uma dança, por este motivo a escolha da música deve ser certeira para aumentar o tesão do homem. Tal som pode ser tanto lento como rápido, variando conforme o apetite sexual do casal no momento.

 4. Acordar no Molhado
Por mais que eles sempre neguem, homens possuem diversos tipos de desejos sexuais. Um deles é acordar com sua namorada ou espora fazendo sexo oral. Na prática, ao despertar desta maneira, seu amor vai pensar que ainda está sonhando. A notícia interessante é que não requer nenhum tipo de feito especial que precise de tempo, como promover um strip tease, por exemplo. Basta acordar um pouco mais cedo e despertar ele desta forma. Tenha a certeza que com este ato seu homem vai sair para trabalhar, ou ter final de semanal, com um grande sorriso.

5. Chantilly

Sim, chantilly engorda! Porém, representa uma das safadezas mais feitas entre os casais ao redor do mundo. Se está com medo de engordar, compre produtos light. Apenas não deixe de fazer esta performance ao seu marido. Coloque uma boa quantidade no pênis dele e siga em frente, lambendo com gosto também por causa da presença do doce. Evite usar leite condensado, ou outros produtos grudentos.

6. Sexo Exótico (Kama Sutra ou Tantra)

Sexo exótico também consiste em outras das safadezas que os homens mais adoram na cama. Existem diversos tipos de culturas que podem nos ensinar algo quando o assunto é prazer. Com o Kama Sutra, as posições ficam prazerosas para ambos, em principal nas posições que trazem conforto. Mulheres devem fazer yoga para aumentar o nível de elasticidade. Outra dica está na massagem tailandesa, ou no sexo tântrico, capaz de causar amplo prazer apenas ao toque.

7. Apetite Sexual Voraz

Já diria Luis Gonzaga, o rei do baião: “Quando mulher quer é bom demais!”. Ao demonstrar um verdadeiro apetite sexual, o seu parceiro com certeza vai ficar com o ego maior. Procure ficar por cima, mostre como pode ser capaz de deixá-lo morrendo de tesão durante o sexo. Demonstre que sua libido sempre está em alta ao lado dele. Experimente safadezas diferentes e posições novas, perca qualquer espécie de medo antes de experimentar.

8. Sexo Anal

Algumas mulheres não veem nenhum problema em fazer sexo anal com seus parceiros. Já para outras, este pode ser um verdadeiro mito, em principal por causa da dor que pensam existir durante este tipo de sexo. Uma coisa é verdade, homens adoram, em principal quando ele consegue chegar ao orgasmo e jogar o esperma na parte interna delas. Topar e fazer sexo anal com prazer sem dúvidas representa boa ideia para apimentar e surpreender a relação.

9. Dia Inteiro

Ficar o dia inteiro fazendo amor, ou sexo, para muitos homens representa uma ideia genial e repleta de prazer. Neste sentido, reservar um dia do mês apenas para fazer esta atividade simboliza algo surpreendente, em principal quando é possível realizar tudo o que vem à imaginação. Procure ficar em forma e se alimentar com alimentos que aumentam a libido, como as ostras, por exemplo.

10. Com Duas ou Mais

Mulheres liberais que não se importam em dividir seus homens com podem oferecer uma das safadezas mais surpreendentes, para sempre registrada na memória dele. Trata-se do sexo com mais uma ou mais mulheres. Todo o público masculino aprecia ou sonha com este momento na vida. Há casais que conseguem salvar o casamento ao apostar no sexo a três. Orgias também são interessantes, desde que ele não se importe com a presença de homens no recinto em que acontecem os atos sexuais.

10 Sinais Que o Seu Marido ou Namorado é Gay

A sexualidade é um tema complexo – alguns acreditam que é inerente à pessoa, enquanto outros acham que o ambiente e as experiências têm um papel importante em como a pessoa se vê. Portanto, é altamente provável que o cara por quem você se apaixonou e se casou pode ter descoberto uma parte, até o momento, desconhecida dele mesmo. Ou ele pode ter sempre estado no armário, e casar com você tenha sido um último esforço para se adequar às normas sexuais da maioria. Qualquer que seja a razão, se você tem notado todos ou a maioria dos sinais que seu marido ou namorado é gay, já por algum tempo, pode estar passando por essa delicada situação.

1. Ele dá uma conferida nos outros caras e em sapatos de mulher

Você sabe o tipo de olhar – o mesmo que os caras hétero dariam a garotas num bar ou boate, para ver se estão interessadas em tomar alguns drinks com eles. Em retrocesso, você pode perceber que este foi um dos primeiros sinais que lhe deu a idéia de seu marido ou namorado é gay – talvez você e seu marido estivessem em um bar ou num pub, na época, e você, de fato, viu seu marido dando uma conferida nos outros caras presentes, mas você pode ter, deliberadamente, mal interpretado as dicas visuais, as considerando como coisas da sua imaginação.

2. Ele passa mais tempo com os amigos dele do que com você

Inicialmente, você pode ter ficado aliviada pelo fato de que, ao invés dele manter contato com ex-namoradas ou ficar saindo com garotas lindas do trabalho, seu marido saía com os amigos dele. É claro que não é difícil encontrar caras para quem as saídas à noite com amigos pra beber, ou as pescarias com os amigos da escola, representem uma mudança bem vinda na rotina semanal casa-trabalho.
Entretanto, se ele faz isso muito regularmente, digamos, mais do que duas vezes na semana e, especialmente, prefere a companhia de seus amigos à sua, isso pode indicar que ele os acha sexualmente atraentes.

3. Ele atende telefonemas em segredo

Ou talvez fique mandando mensagens de texto, tarde da noite. Todos esses são sinais comuns de traição no casamento e, pode também ser verdade que seu marido ou namorado é gay e tem outro ou outros parceiros.

4. Ele prefere assistir ao invés de praticar esportes ou nem gosta de ver

Se seu marido passa mais tempo assistindo aos grandões suados no campo do que ele mesmo jogar, há chances dele estar atraído pela visão dos homens. É claro que amantes de esporte também passam muito tempo assistindo aos jogos, mas para estes o interesse está no jogo, e não apenas nos jogadores. Além disso, os verdadeiros torcedores de esporte irão, vez ou outra, entrar no campo para chutar uma bola ou para dar umas tacadas de golfe.

5. Ele está inscrito na academia mas não tem interesse em se exercitar

Esta é uma variação do sinal acima, mas é mais comum em caras que estão no armário. Se seu marido vai à academia muito regularmente, mas você não vê nenhuma evidência de que ele esteja fazendo exercícios, pode ser porque ele passa o tempo observando e conversando com outros caras, ao invés de focando em seus próprios exercícios.
Apesar de que isso, olhado isoladamente, pode não ser prova de que seu marido ou namorado é gay. Ele pode simplesmente odiar malhar, mas não quer desperdiçar o preço caro que pagou pela inscrição. Mas quando acompanhado de outros sinais, pode bem ser mais um dos sinais de alerta para você.

6. Ele é excessivamente preocupado com a aparência, se depila direto nas partes Intimas

Homens heterossexuais têm certa indiferença em relação à aparência – eles acham que está tudo bem suar após correr de manhã, ou gostam de vadiar de cueca, até a hora do almoço, no domingo. Homens gays, por outro lado, exibem um alto grau de meticulosidades em seus looks – eles tendem mais a fazer as sobrancelhas, a irem a sessões de depilação, usam hidratantes faciais e, até mesmo, são exigentes na escolha das marcas de xampu. Você pode, até mesmo, saber se seu marido ou namorado é gay pelos tipos de roupas que normalmente prefere – um pouquinho apertadas, mais na moda do que outras. Em alguns caras, isso chega ao ponto de exibirem seus corpos sem roupa.
Se seu parceiro exibe todos os sinais acima e, de repente, vai sem camisa para o quintal ou a um churrasco à noite, quando há outros homens por perto, ele pode estar ansiando pela aprovação física dos outros homens, e talvez desesperadamente procurando por sinais de um desejo compartilhado.

7. Ele tem pornografia gay ou gosta de ver canais com conteúdos gay

Um dos sinais mais certos de que seu marido ou namorado é gay, é se ele tem um monte de pornografia gay em seu computador ou celular. Infelizmente, você não poderá encontrar isso se não entrar sorrateiramente no laptop dele e fuçar seus arquivos. Entretanto, você pode procurar por sinais evidencia dores disso, como passar horas na frente do computador, especialmente em locais privados, e quando desligam ou fecham abruptamente as páginas, quando você se aproxima, os quais podem dizer que ele tem algo grande a esconder de você.

8. Ele não está mais interessado em sexo ou demora para procurar você

Para a maior parte das mulheres, este é o primeiro sinal que as alerta para a possibilidade de que alguma coisa não vai bem. Um homem gay achará outros homens sexualmente atraentes, ao invés de sentir o mesmo por mulheres. E, mesmo assim, podem haver vários outros fatores a serem considerados se seu homem não tem estado a fim ultimamente.
Um deles seria que a relutância de seu marido em relação ao sexo pode se originar de perda de libido, por razões fisio ou psicológicas – ele pode estar passando por momentos difíceis no trabalho, ou está simplesmente mal por conta de uma gripe. O outro lado desse espectro é que ter sexo com você não é garantia de sua heterossexualidade – ele pode ser um bissexual, por exemplo.

9. Preferências sexuais estranhas

Por outro lado, se seu marido não parou completamente as atividades sexuais com você, pode ser que ele esteja tenha começado a fazer pedidos bastantes estranhos, ultimamente. O sexo convencional, com uma mulher, pode não mais ser capaz de satisfazer seus desejos.
Portanto, se notar em seu marido um repentino interesse em sodomia, sadomasoquismo, lubrificantes, role-play, brinquedos sexuais e outras formas de relacionamento sexual convencionais, esta é uma indicação clara, de que o interesse sexual dele está em outro lugar.

10. Ele está infeliz no casamento ou em duvidas

Não é difícil para uma mulher perceber quando seu marido está infeliz no casamento. Falta de comunicação, de interesses compartilhados, de intimidade satisfatória e de planos para o futuro, são todos sinais de que seu marido não está mais interessado no casamento.
Se você não consegue encontrar nenhuma razão específica de porquê ele se sentiria assim, como a perda de um emprego ou a crise da meia-idade, e se a maior parte dos sinais acima estiverem presentes, é altamente provável que seu marido ou namorado é gay.

Guia da paquera gay: saiba como se dar bem em 15 passos Paquera gay? Sim, ela existe. Veja dicas de como conquistar um boy magia

Em um mundo fast food como o que vivemos hoje, há que não acredite mais na arte da paquera. Principalmente no mundo gay. Existe todo um estereótipo de que para gay é só flertar e pegar e pronto. Não que isso seja mentira, mas pode existir sim um grande passo entre a primeira troca de olhar e a pegação fervida no sofá da balada. Vem que eu te conto!

1) Em primeiro lugar, tenha certeza de que o boy é gay também. Calibre o seu gaydar e só parta para o ataque depois;
2) Seja discreto. Se o boy for hétero, tudo bem. Parta para outra, não fique em cima. Evite micos e desagrados;
3) Mesmo que ele seja gay também, pode ser que não esteja a fim. Saiba quando tirar o time de campo;
4) Uma boa troca de olhares é infalível – e o começo da maioria das histórias;
5) Troque número, facebook e afins;
6) Stalkeie – mas pegue leve;
 7) Descubra os gostos do boy. Puxe assunto sobre aquele filme que ele curte, ou sobre a última balada que ele foi;
8) Nem todo papo tem que começar com flerte. Espere a hora e a intimidade para que isso ocorra. Às vezes demora alguns dias, outras, só umas horinhas de conversa;
9) Depois que perceber que ele já está na sua, você tem duas opções: fazer um charme ou partir para o ataque;
10) Ignorar um pouquinho não faz mal a ninguém. Se você for tímido, espere que o boy tome o próximo passo;
11) Se você for mais atirado, tome às redeas, por que não? Chame para uns drinks mil ou um cinema;
12) Existe coisa mais excitante que aquela esbarrada ou mãos se tocando “sem querer”? Invista nesse tipo de contato físico light, mas que bota um fogo – risos;

13) A partir daí, as coisas variam de acordo com a química. Curtiu o boy e tão a fim de transar, por que não? Tá de bode? Vai pra casa! 
14) Se vocês estiverem na balada, segure a piriquita. Não é porque lá vai estar cheio de outros boys magia que você tem que sair paquerando, né? Se foi acompanhado, contente-se com a sua grama! 
15) Dica: Não seja o louco neorótico ou o escroto desleixado. Mande um sms ou curte aquela foto dele no face que ninguém curtiu. É um jeito de dizer "tô aqui" sem parecer desesperado.

Doze anos após retirar testículos com estilete, transexual faz terapia no SUS Cuidadora de animais em Brasília, ela usou agulha e linha de costura. Ministério diz que quatro hospitais realizam cirurgias de redesignação sexual.

Doze anos depois de retirar os testículos em casa com um estilete escolar, a transexual Simone Rodrigues, de 36 anos, conseguiu nesta semana o que julga ser o grande passo para realizar seu maior sonho: a cirurgia de redesignação sexual. Ela deu início ao acompanhamento com psicólogos da rede pública de saúde e vai se preparar emocionalmente para a operação pelos próximos dois anos.
Cuidadora de animais de uma casa em uma área nobre de Brasília, Simone conta que desde criança demonstrava interesse pelo que considera ser o universo feminino. As brincadeiras preferidas eram com bonecas, e ela odiava ter de usar calças e camisas masculinas. Aos 12 anos, no entanto, ela percebeu que havia algo "diferente".

"Entrei em desespero. Minha cabeça ficou meio confusa sobre o que eu gostava, sobre o que deveria fazer. Nasci homem, então eu precisava gostar de mulher. Só que não era isso o que acontecia comigo", diz.

Na época, ela decidiu se mudar de Monte Alegre, no interior do Piauí, para Brasília e passar a viver com a mãe e os quatro irmãos. Foi então que Simone abandonou os cortes que a deixavam com o cabelo curto e as "roupas de menino".

 Aos 16 anos, conseguiu emprego como empregada doméstica no Lago Sul, interrompeu os estudos e passou a morar sozinha. A transexual afirma que sempre teve o apoio da família para a qual trabalhava e que, ao longo dos sete anos em que prestou serviço no local, nunca foi desrespeitada.
A cuidadora de animais conta que já havia procurado hospitais públicos do DF para se informar sobre o procedimento e não conseguiu ajuda e, então, meses depois de deixar o emprego, resolveu tentar o procedimento em casa. Ela pediu a uma amiga dentista ajuda para conseguir a anestesia, esterilizou uma agulha, separou linha de costura e paninhos para estancar o sangramento e pegou um estilete.

"Eu falei para a minha amiga que queria tirar bicho de pé de cachorro, então ela me deu [a anestesia] de graça. Foi no meio da semana, mas não me lembro bem o dia. Fiz o corte, costurei tudo direitinho. Eu nunca tinha visto isso antes, mas eu queria, eu precisava daquilo, então acho que também me ajudou. Fiz o curativo e fiquei tomando água de caju, estava no filtro da minha casa com uma semana de antecedência. Em 15 dias, eu já não sentia mais dor nem nada", lembra.

Para depois da cirurgia, a transexual afirma ter outros sonhos. Simone quer colocar silicone nos seios, se casar e adotar uma criança. Ela diz acreditar que assim vai se sentir completa, já que hoje tem uma rotina solitária, entre trabalho, igreja, ouvir música em casa, cuidar dos próprios cão e gato e ir a barzinhos aos fins de semana com amigos.

"Quero um marido muito bom de coração e bonito fisicamente. As pessoas falam que não se pode reparar em beleza física, mas eu reparo", brinca. "Também tenho vontade de voltar a estudar, mas tendo que me virar sozinha a coisa é mais difícil. Se eu casar, vou ter quem me ajude e assim minha vida pode ser melhor. Quem sabe uma faculdade de jornalismo ou veterinária."

Transexuais são expulsas de banheiro feminino de shopping do DF Conjunto Nacional abriu processo interno nesta quinta para investigar caso. Jovens afirmam que foram humilhadas e estudam entrar com processo.

O Shopping Conjunto Nacional, em Brasília, abriu processo interno nesta quinta-feira (18) para apurar a denúncia de que duas transexuais foram retiradas à força do banheiro feminino depois da reclamação de uma cliente. Os seguranças teriam alegado que estavam apenas cumprindo ordens da administração. As jovens afirmam que foram humilhadas na frente de outros funcionários e que sofreram assédio dentro do banheiro masculino.
Em nota, o Conjunto Nacional disse que "respeita os valores humanos, a diversidade e não tolera nenhuma forma de discriminação". “A companhia reitera ainda que realiza treinamentos constantes com a equipe de segurança para abordagem e tratamento com o público de forma geral e reforça sempre os valores baseados na ética, respeito, humildade e transparência.” Uma representante do shopping ligou para as jovens para se desculpar sobre o ocorrido.

O incidente aconteceu nesta terça-feira (16). Marie Flora da Silva, de 24 anos, e Allexia Rizzon, de 21, dizem que entraram no estabelecimento para retocar a maquiagem. As amigas afirmam que sempre frequentaram o ambiente e que nunca passaram por qualquer tipo de constrangimento.

“Uma mulher olhou para a gente com a cara meio que ruim e saiu. Aí, quando a gente ainda estava dentro do banheiro, dois seguranças entraram e disseram que receberam a denúncia de que havia homens usando o banheiro feminino. Veio um monte de cliente e de funcionário rindo, apontando”, conta Marie Flora.

Allexia diz que estranhou o tom usado pelos seguranças, que as abordaram chamando de “senhores”. “Não acreditei, fiquei muito muito brava. Senti raiva, muita raiva, tanto ódio que quase chorei. Sabe quando você pensa que algo nunca vai acontecer com você? Foi tipo isso. Durou uns cinco minutos isso, e todo mundo ficou olhando para a gente.”

As garotas afirmam que foram orientadas a usar o banheiro masculino. Marie Flora diz que questionou os seguranças, alegando que elas poderiam sofrer assédio no outro ambiente, e que eles foram irredutíveis.

A jovem decidiu postar o ocorrido em uma rede social. Em 16 horas, 3.099 pessoas haviam curtido a publicação e 464 compartilhado o texto. Marie Flora pôs fotos feitas com os seguranças e dentro do banheiro para comprovar a situação.

Jovens organizam 'Beijaço Contra Homofobia' em frente a bar na 307 Sul Quatro estudantes foram agredidos no local em função da orientação sexual. Um deles chegou a levar garrafadas.

Aproximadamente 100 pessoas devem se reunir, nesta sexta-feira (10/10), no 'Beijaço Contra a Homofobia', marcado para as 18h em frente ao Bar e Restaurante Simpsons. O protesto visa apoiar os jovens gays agredidos no espaço na última terça-feira (7/10). Em uma rede social, o estabelecimento fez um comunicado dizendo ser contra todo tipo de violência. Ao Correio, a administração do bar afirmou que apoia todos os tipo de manifestações pacíficas.
Na noite de terça, quatro estudantes de 22 e 23 anos, foram agredidos no bar, localizado na quadra 307 da Asa Sul. Seis pessoas teriam xingado e feito gestos ofensivos em função da orientação sexual de alguns deles.

Um dos jovens foi ferido no rosto por uma garrafa de cerveja, jogada em direção a ele. Outro, acabou agredido com chutes e socos e precisou ser encaminhado ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Mais tarde, foi transferido ao Hospital de Base do DF (HBDF) para passar por uma cirurgia de urgência. A jaqueta de couro de um deles também foi levada por um dos integrantes do grupo.

Avanços LGBT em alguns países causam retrocesso em outros, diz 'The Economist' Revista afirma que violência homofóbica no Brasil "permanece um problema".

A decisão desta semana da Suprema Corte dos Estados Unidos que elevou para 24 o número de Estados do país, além do Distrito de Colúmbia, que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma mostra dos avanços dos direitos LGBT no mundo.
Entretanto, essa mesma evolução causa retrocessos para esses cidadãos em outros locais do globo –a pratica sexual entre pessoas do mesmo sexo ainda é ilegal em 78 países e alguns deles recentemente aprovaram leis que tornam a legislação ainda mais dura.

Esse é o saldo encontrado pela revista britânica "The Economist", uma das mais respeitadas do mundo, em sua reportagem de capa desta semana, destinada a analisar a divisão global nos direitos LGBT.

 A publicação cita os casos recentes da Nigéria, que recentemente aprovou uma lei que prevê dez anos de prisão para pessoas do mesmo sexo que assumem seu relacionamento publicamente, e da Rússia, que barra a "promoção" da homossexualidade.
"Isso é, em parte, uma reação ao avanço dos direitos gays no Ocidente", diz a revista. Com a globalização, pessoas que moram em países em que a maioria considera a homossexualidade uma abominação agora podem ver imagens de Paradas LGBT em vários locais. "Eles consideram isso chocante", afirma a publicação.

Esse fator é usado por políticos para ganhar popularidade, já que, diz a "Economist", "em muitos locais, "atacar os direitos dos LGBT ainda pode ser politicamente útil e popular".

Um exemplo disso é o presidente russo, Vladimir Putin, que usa esse discurso para abordar outros temas: que o Ocidente traz uma influência que deve ser rejeitada e que a tolerância e o liberalismo são contrários aos valores russos.

Ao mesmo tempo, em alguns países, a aprovação pública dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais aumentou rapidamente.

A revista conta que, há menos de 20 anos, em janeiro de 1996, ao colocar na capa a imagem de dois bonequinhos de noivos em um bolo de casamento com o título "deixe que eles se casem", recebeu "mais cartas hostis do que qualquer outra capa anterior, ultrapassando inclusive o pedido pela abolição da monarquia britânica".

Ao citar uma pesquisa do instituto Pew Research em 39 países que relaciona a religiosidade do país à sua tolerância com LGBTs, a "The Economist" diz que o Brasil é "uma enorme exceção" e que as atitudes aqui são "amplamente tolerantes". "A violência homofóbica, entretanto, permanece um problema", afirma.

Nova tradução de documento do Vaticano diminui abertura aos LGBTs O Vaticano divulgou uma nova tradução em inglês do relatório preliminar de encontro de bispos.

O Vaticano divulgou nesta quinta-feira (16) uma nova tradução em inglês do relatório preliminar do sínodo (encontro de bispos). O documento causou polêmica por defender uma atitude de aceitação em relação aos fiéis LGBTs.
A nova tradução do italiano altera de forma significativa as partes sobre lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, diminuindo o tom de abertura.
O relatório original, divulgado na segunda (13), havia sido criticado por muitos bispos conservadores falantes de inglês –principalmente americanos e africanos– por causa dessa abertura.
O texto original continha uma seção inteira chamada "recebendo os homossexuais", que pedia à igreja que lhes desse "espaço fraternal" e dizia que sua união constituía um "apoio precioso" aos parceiros.
Na nova versão, o nome da seção é "Auxílio aos homossexuais", mencionando apenas "apoio valioso".
A primeira versão perguntava se a igreja era capaz de "acolher essas pessoas, garantindo-lhes um espaço fraterno nas comunidades".
A nova versão pergunta se a igreja é "capaz de auxiliar estas pessoas, garantindo-lhes um lugar de comunhão nas comunidades."
Pedido dos Bispos
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que os bispos de língua inglesa haviam solicitado as mudanças, argumentando que a primeira tradução tinha erros.

Quando Lombardi foi informado sobre as mudanças no texto, se comprometeu a investigar e não descartou uma terceira versão. O porta-voz disse que o texto original permanece em italiano.
O relatório, escrito por cardeais, bispos e o papa Francisco, reunidos no Vaticano, define o posicionamento da igreja a respeito de temas sobre a família, incluindo assuntos delicados, como o divórcio, a homossexualidade e métodos contraceptivos.
Trata-se de um texto preliminar, que ainda pode sofrer alterações antes de ser votado pelos bispos no sábado (18). O texto final só será desenvolvido em 2015.
Caso seja aprovado por dois terços dos bispos, servirá de base para discussão nas dioceses de todo o mundo antes de mais uma reunião de bispos no próximo ano.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

A pior das prisão

A pior prisão e a
do preconceito, da inveja, da cobiça, da hipocresia, do
egoismo, da mentira, enfim a pior prisão é a mente,
Que País é esse onde o preconceito está guardado em cada peito?
Que País é esse onde as pessoas não podem ser iguais, devido a suas classes sociais?
Martin Luther King foi assassinado pelo extremo preconceito do século passado
Mas neste século, ele cometeria suicídio, diante de tanto egoísmo
Não crie preconceitos em relação as pessoas com as quais você se relaciona, deixe as
coisas acontecerem naturalmente, assim você vai descobrir que conceitos pré concebidos são sempre equivocados
Se não tivessem inventado o preconceito talvez as pessoas não sofressem tanto com essa idiotice, porém
não precisa preconceito nenhum para que muitos vejam no outro àquilo que não conseguem enxergar neles próprios
Ser arrogante é uma das formas preconceituosas de se achar melhor que os outros
Devemos sim alimentar preconceitos contra políticos ditadores, corruptos e safados que roubam descaradamente os
direitos do povo.


sociedadeglsglbt.blogspot.com

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Orquiectomia

Orquiectomia ou orquidectomia é a remoção cirúrgica dos testículos em virtude de câncer, trauma, torção ou outra doença que afete a região. Uma outra finalidade, nesse caso realizado de forma bilateral, é para o tratamento do câncer de próstata, que é testosterona-dependente e, portanto, a cirurgia pode ser utilizada como um tipo de supressão hormonal.
Orquiectomia inguinal é um procedimento no qual o testículo é retirado através de uma incisão paralela à virilha de cerca de 10 centímetros. É utilizado nos casos de suspeita de câncer de testículos.
Orquiectomia escrotal é um procedimento no qual o testículo é retirado através de corte na bolsa escrotal.

PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO:
  1. Realizar os exames médicos solicitados pelo médico. Você deverá levá-los consigo ao consultório antes e também para o hospital, na data da cirurgia.
  2. Internar-se no hospital orientado, com a solicitação de internação dada pelo médico, além de documento com foto, carteirinha do convênio, se possível com acompanhante (obrigatório para menores de idade). Deve-se chegar ao menos 90 minutos antes do horário marcado para o procedimento para a realização de burocracia de internação, tipagem sanguínea e avaliação pré-anestésica.
  3. Jejum: é de extrema importância para o bom andamento da anestesia e cirurgia, devendo ser seguido com seriedade. Jejum absoluto (NEM ÁGUA) 8 horas antes do horário agendado para a cirurgia. Evitar refeições pesadas na véspera da cirurgia.
  4. Medicamentos:
    • Não tomar quaisquer medicamentos que contenham antiagregantes plaquetário e anticoagulantes por pelo menos 10 dias antes da cirurgia, tais como: AAS/Aspirina/Ácido acetilsalicílico, Bufedil, Bufferin, Cibalena, Clexane, Coumadin, Doril, Ecotrin, Fitoterápicos, Fraxiparina, Ginkgo Biloba, Ginseng, Heparina, Iscover, Liquemine, Marevan, Marcoumar, Melhoral, Persantin, Plavix, Somalgin, Tanakan, Ticlid, Trental ou outros.
    • Evitar todos e quaisquer medicamentos para emagrecer, que eventualmente esteja utilizando, por um período de sete dias antes do ato cirúrgico.
    • Se você usa qualquer tipo de calmante, antidepressivo, remédio para dormir ou até mesmo drogas, seu medico deve saber disso o quanto antes para que possa tomar as medidas necessárias.
    • Informe no consultório os medicamentos utilizados rotineiramente e não esqueça de levá-los no dia da internação.
  5. Bebidas alcoólicas / Cigarros: Não ingerir bebida alcoólica 3 dias antes. IDEAL: Pare de fumar de preferência meses ou semanas antes da cirurgia pois a nicotina interfere com a cicatrização da pele.
  6. Comunicar-se conosco com pelo menos 3 dias de antecedência caso haja algum imprevisto ou doença inesperada (gripe, etc...).
  7. Depilação/ Tricotomia: Não é necessário.
  8. Banho: Deverá ser realizado no dia da cirurgia, devendo ser em sua residência, utilizando produtos de higiene de seu costume. Evite molhar os cabelos; se forem lavados é importante secá-los bem antes da cirurgia, com uso de secador. Não utilize cremes ou óleos para o corpo e nem perfumes.
  9. Retire relógio, pulseiras, aliança, anéis, brincos, piercing, prótese dentária (se tiver) e qualquer objeto do cabelo, devendo ser entregue aos seus familiares ou colocado no cofre que fica em seu quarto. Vista a roupa que lhe será entregue: camisola, touca e propé.
  10. Mantenha as unhas curtas e limpas, sem esmaltes.
  11. Familiares: É necessária a presença de um acompanhante no momento da alta.
  12. Transporte: Você será transportado para o Centro Cirúrgico em maca pela enfermagem do transporte. Você poderá ficar aguardando na sala pré-operatória a chegada da equipe médica e o início da cirurgia. Após, será levado para a sala cirúrgica pela enfermagem.
ANESTESIA
Anestesia ou sedação: A anestesia será definida pelo anestesiologista, após conversa com o paciente, de acordo com o tipo de cirurgia e estado físico, podendo ser:

  • Anestesia Regional: A anestesia é realizada apenas em uma região do corpo, por exemplo, raquidiana e peridural, onde ficará sem movimentar as pernas durante um determinado tempo.
  • Anestesia Geral: Iniciando o processo de anestesia geral você irá dormir. Algumas vezes o paciente tem a necessidade de ser entubado. A entubação consiste na colocação de um tubo de tamanho apropriado introduzido pela boca até a traquéia. Quando acordar, a garganta poderá ficar um pouco dolorida devido a entubação.
PÓS-OPERATÓRIO – HOSPITAL
Assim que terminar a cirurgia você será encaminhado para R.A. (sala de Recuperação Anestésica) localizada no Centro Cirúrgico.
Você poderá ficar na R.A. até melhorar suas condições clínicas se recuperando da anestesia até o efeito dela passar, sendo monitorizado e acompanhado pela enfermagem e pelo anestesiologista. Geralmente o cliente fica na R.A. em um período de no mínimo de 15 min. e no máximo de 120 min., podendo permanecer por mais tempo dependendo da necessidade.

Após a alta da R.A. você retornará para o seu quarto que fica na Unidade de Internação, onde ficará sobre cuidados da enfermagem, até que receba alta pelo médico. A enfermeira orientará a respeito da dieta e das medicações. Em caso de dor, náuseas ou dúvidas, não hesite em chamar a enfermeira! O tempo médio de internação é de 12 a 24 horas.
PÓS-OPERATÓRIO – RESIDÊNCIA
No momento da alta pegue atentamente todos os documentos da alta que incluem: receita médica, atestado médico, orientações específicas para o seu caso, além dos exames que você levou para o hospital.

  1. Dieta: Normal
  2. Atividade física: Período de repouso varia de acordo com o paciente. Em média, repouso relativo (sem correr, carregar peso acima de 5 kg, dirigir e atividade sexual) por 15 dias.
  3. Espera-se depois desse procedimento: desconforto na área do corte, principalmente a movimentação, principalmente de quadril e membros inferiores (quando realizada na região inguinal) ou na região escrotal (quando realizada por via escrotal).
  4. Curativo: Apertar firme a ferida operatória em torno dos pontos para a saída de liquidos claros e/ou sanguinolentos. É esperado sentir dor na manipulação, porém é necessário e muito importante para a melhor recuperação e cicatrização das feridas.
  5. Usar suspensório escrotal por 15 dias, ou o tempo indicado na alta e no retorno ambulatorial.

O transexual e as repercussões jurídicas da mudança de sexo O presente artigo trata brevemente da condição do transexual no âmbito do direito brasileiro. Analisa-se tanto o aspecto penal, no que diz respeito à cirurgia de mudança de sexo, quanto no aspecto civil após a cirurgia, como o registro civil, o casamento e a filiação.

O conceito de transexualismo; 2. A cirurgia de mudança de sexo; 3. Das repercussões jurídicas da cirurgia de mudança de sexo; 3.1. No direito penal; 3.2. No direito ciVIL; 3.2.1. Registro Civil; 3.2.2. Casamento; 3.2.3. Filiação; Conclusão

CONCEITO DE TRANSEXUALISMO
Transexual é um indivíduo que se identifica psicologicamente e socialmente com o sexo oposto. Ele tem todos as características físicas do sexo constante da sua certidão de nascimento, porém se sente como pertencente ao sexo oposto. Em síntese, o transexual masculino, é uma mulher vivendo em um corpo de homem e o feminino uma mulher em um corpo masculino. Segundo Maria Helena Diniz “o transexual é portador de desvio psicológico permanente de identidade sexual, com rejeição do fenótipo e tendência a auto-mutilação ou auto-extermínio.”

A CIRURGIA DE MUDANÇA DE SEXO
Para que o portador desse desvio psicológico consiga fazer a cirurgia, chamada de cirurgia de redesignação do sexo ou de adequação do sexo anatômico ao sexo psicológico, é necessário que se faça um diagnóstico extremamente criterioso por uma equipe que envolve psiquiatras, psicólogos,  endocrinologistas, ginecologistas e cirurgiões. Normalmente exige-se um período de pelo menos dois anos como um período de teste, em que o indivíduo é submetido a tratamento hormonais e aconselhado a viver como se fosse do sexo oposto, para se ter certeza de que se trata de um transexual. Só assim será permitida a realização da cirurgia.
Nesse sentido a jurisprudência:
Ementa: REGISTRO CIVIL Assento de nascimento Alteração Pedido de retificação de nome e alteração de sexo no registro civil c c autorização para cirurgia de reatribuição sexual Inviabilidade Transexualismo que reclama tratamento médico que só pelo especialista pode ser deliberado Admissibilidade da cirurgia de transgenitalização mediante diagnóstico específico e avaliação por equipe multidisciplinar, por pelo menos durante dois anos (CFM, Resolução 1 652/02). Apelante inscrito e em fila de espera para o tratamento, que deve ser definido pela equipe multidisciplinar, independentemente de autorização judicial, por se tratar de procedimento médico, competindo ao médico a definição da oportunidade e conveniência Recorrente que, por ora, é pessoa do sexo masculino Alteração no registro civil que poderá ser tratada oportunamente após resolvida, no âmbito médico, a questão de transexualidade Apelo desprovido. (TJ-SP – Ap. 4174134500 - Rel. Carvalho Viana. 10ª Câmara de Direito Privado. j. 09/10/2007)
A Resolução CFM Nº 1.652/02, regula a cirurgia de mudança de sexo,  autorizou que hospitais públicos e privados, independentemente da atividade de pesquisa, procedam à cirurgia de transgenitalização e/ou procedimentos complementares sobre gônadas e caracteres sexuais secundários, como tratamento dos casos de transexualismo.
Em agosto de 2007, o TRF da 4ª Região em Porto Alegre, em sede de ação civil pública, determinou ao S.U.S. que realizasse cirurgias de mudança de sexo. A Justiça Federal deu prazo de 30 dias para que o SUS incluísse na sua lista de procedimentos cirúrgicos tal cirurgia. A decisão abrangia todo o território nacional e, em caso de descumprimento, o SUS teria que pagar multa diária de R$ 10 mil reais.
No entanto, logo em dezembro do mesmo ano, a Presidente do STF, Ministra  Hellen Gracie, suspendeu a obrigatoriedade do SUS de realizar a cirurgia de mudança de sexo, pois em recurso interposto pela União foi argumentado que esses procedimentos poderiam causar um rombo nos cofres públicos.
 DAS REPERCUSSÕES JURÍDICAS DA CIRURGIA DE MUDANÇA DE SEXO

NO DIREITO PENAL
A cirurgia de mudança de sexo não constitui o crime de mutilação tipificado no artigo 129 §2o inciso III do Código Penal pois o fim da cirurgia é terapêutico. Não teria sentido, após anos de tratamento para o diagnóstico do transexual, envolvendo toda uma equipe médica e psicológica, que o médico fosse condenado pela realização da cirurgia.
Ademais, a conduta não está tipificada no Código Penal, e tampouco se configura a culpabilidade do médico, visto que este objetiva única e exclusivamente o bem-estar de seu paciente.
Ensina Elimar Szaniawski:
“A atividade médica tem sempre por escopo a conservação da vida e da saúde do indivíduo mediante a cura das moléstias. Por isso, nas atividades médicas curativas, está ausente o dolo na prática de lesões corporais. Outrossim, a terapia cirúrgica, que visa à cura do doente, mesmo que ocorram mutilações, não se enquadra no tipo lesão corporal, descrito nos Códigos Penais.”
 NO DIREITO CIVIL

Registro Civil
Segundo Maria de Fátima Freire de Sá, o pedido de alteração do prenome do transexual após a cirurgia não possui fundamento legal, havendo inúmeros julgados que negam provimento ao pedido de alteração do registro, argumentando que há ainda prevalência do sexo biológico sobre o psíquico, o que justifica aplicar o princípio da imutabilidade do nome da pessoa.
Tal princípio, previsto no artigo 58 da Lei n.º 6.015/73, disciplina que “o prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios”.
Hoje, a doutrina e a jurisprudência não vêm utilizando como regra absoluta o artigo 58 da Lei mencionada. Pelo contrário, é possível perceber que os Tribunais brasileiros têm autorizado a alteração do prenome no registro civil desde que a pessoa tenha se submetido à cirurgia de mudança de sexo.
Os fundamentos jurídicos utilizados para sustentar a decisão de permissão de mudança de prenome consistem no artigo 3.º, inciso IV, da Constituição Federal[1]e nos artigos 4.º e 5.º[2] da Lei de Introdução ao Código Civil. Além disso, Maria de Fátima Freire de Sá afirma que a jurisprudência e os doutrinadores que são favoráveis à alteração do prenome nos registros públicos adotam também os seguintes argumentos:
1) o artigo 1º, III, da Constituição Federal, estabelece a dignidade humana como um dos fundamentos da República. Assim, este dispositivo assegura o livre desenvolvimento da personalidade, protegendo o direito à cidadania e a posição do transexual como sujeito de direitos na sociedade;
2) A cirurgia não possui caráter mutilador, mas sim corretivo;
3) Uma vez que o direito de dispor sobre o próprio corpo integra os direitos da personalidade, o transexual tem o direito de buscar o livre desenvolvimento de sua personalidade, através do seu equilíbrio psicofísico que constitui um direito à saúde, também considerado direito da personalidade.
Apesar disso, Maria Helena Diniz ressalta que “a jurisprudência brasileira tem entendido que se deve permitir a alteração do prenome, colocando-se no lugar reservado a sexo o termo ‘transexual’, por ser esta a condição física e psíquica da pessoa, para garantir que outrem não seja induzido em erro”.
Alguns doutrinadores não concordam com este entendimento, alegando que deve ocorrer a alteração do prenome sem estabelecer nenhuma menção discriminatória no documento de identidade, carteira de trabalho, carteira de habilitação, etc., nem referência alguma, mesmo em averbação sigilosa, no registro de nascimento. Isso porque afetaria a integração social e afetiva do transexual e o impediria esquecer o estado sexual em que se encontrava antes da cirurgia.

Casamento
Casamento é o vínculo jurídico entre o homem e a mulher, legitimando-se por ele suas relações sexuais e que visa o auxílio mútuo material e espiritual e o compromisso de criar e educar a prole de que ambos nascer.
São condições indispensáveis à existência jurídica do casamento seja contraído entre homem e mulher; celebração na forma prevista em lei; e consentimento. A falta de qualquer um dos três requisitos faz com que o casamento seja considerado inexistente.
Se uma pessoa que se submeteu à cirurgia e obteve a mudança de nome no registro civil contrai matrimonio com cônjuge que não sabe da condição de transexual daquele, poderá este pedir a anulação do casamento por erro essencial sobre a pessoa, nos termos do artigo 1557 do Código Civil? Não, nesse caso, trata-se de casamento inexistente, pois, nas palavras de Maria Helena Diniz “se a lei brasileira só permite matrimonio entre pessoas de sexo oposto, logo, inadmissível seria a união legalizada entre pessoas do mesmo sexo, ainda que uma delas tenha se submetido à operação de conversão sexual.
O Ministério Público, na apelação n° 43925743, interposta perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, pediu a reforma parcial da sentença que deferiu a mudança do nome de um transexual operado e determinou a alteração, no registro de nascimento do autor, do sexo masculino para o feminino. Recorreu o MP sob o argumento de que esta última medida ameaça a integridade do permissivo constitucional ao casamento e união estável, bem como do principio da dignidade humana, pois o artigo 226, §§ 3o e 5o  da Constituição Brasileira[3] impedem o casamento e a união estável entre pessoas do mesmo sexo.

Filiação
Entende-se que a mudança do sexo do transexual no registro civil não acarreta modificação na relação filial já existente. Ademais, a redesignação de um dos genitores não deve constar na documentação pertencente ao filho.
Segundo Antônio Chaves, a questão da herança não suscita grandes problemas para o transexual, uma vez que comprovada sua filiação, terá direito à legítima, tanto no caso de o ascendente ter falecido ab intestato ou não.
Atualmente, tem ocorrido o depósito de sêmen e óvulos por transexuais em clínicas especializadas, para, posteriormente, utilizar-se deste material genético para a procriação artificial. Eles também podem se valer da adoção. Em qualquer dos casos, os filhos terão assegurados seus direitos referentes à filiação constitucionalmente garantidos.

CONCLUSÃO
A definição do sexo deve considerar inúmeros fatores, e não somente o sexo biológico, evoluindo para a compreensão e acolhimento de fenômenos sexuais como o transexualismo.
No campo do Direito, deve-se editar regulamentação específica, que trate das questões pertinentes ao transexualismo, como, por exemplo, a retificação do registro civil e o sigilo quanto ao estado sexual anterior, conferindo segurança jurídica a estes indivíduos, posto que após a conformação do sexo biológico ao psíquico, a imutabilidade do seu registro civil pode lhe causar constrangimentos sociais e, mesmo, impedimentos jurídicos, como, por exemplo, ao casamento.
E, por fim, têm-se as famílias desses indivíduos e a sociedade, cujos papéis são fundamentais, para que os indivíduos acometidos pelo transexualismo não sejam prejudicados pela insensatez daqueles que, por ignorância, o repelem.
Não se pode permitir que o desconhecimento justifique o preconceito e a discriminação, que aumentam o sofrimento psíquico do transexual e dificultam seu tratamento e sua vida.

SUS ampliará acesso a cirurgias de mudança de sexo Ministério da Saúde acata decisão judicial e determina mudanças para facilitar operações pelo Sistema Único de Saúde

O Ministério da Saúde anunciou que irá redefinir e ampliar o acesso a cirurgias de mudança de sexo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (21), acata a decisão judicial que, em setembro, determinou que o Ministério da Saúde tomasse as medidas necessárias para facilitar o acesso a cirurgias de transgenitalização e adequação sexual pelo SUS.
Segundo novas diretrizes, o SUS deverá arcar através das Redes de Atenção Básica com ações terapêuticas para travestis e transexuais que busquem a cirurgia de mudança de sexo. Também fica definida a criação de um Serviço de Atenção Especializado no Processo Transexualizador.
Os hospitais têm 30 dias para se adequar às novas regras, incluindo a criação dos Serviços de Atenção Especializada com médicos das áreas de endocrinologia, ginecologistas, urologistas, obstetras, cirurgiões plásticos, psicólogos e psiquiatras, além de enfermeiros e assistentes sociais.

Brasil faz duas cirurgias de mudança de sexo a cada dia

RIO, SÃO PAULO E BRASÍLIA — Em meio à polêmica sobre a redução da idade mínima para a cirurgia de troca de sexo, um levantamento obtido pelo GLOBO mostra que transexuais brasileiros recorrem cada vez mais a esse tipo de procedimento na rede pública de saúde. Nos últimos cinco anos, o número de operações de mudança de gênero cresceu de forma constante e, atualmente, são realizadas duas cirurgias por dia no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, desde agosto de 2008, quando a cirurgia começou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foram realizados 2.714 atendimentos hospitalares e ambulatoriais para o processo de mudança do sexo masculino para o feminino. No período, o governo gastou R$ 314 mil.
Em 2009, foram realizados 501 procedimentos de mudança de sexo, número que cresceu para 510, em 2010, e para 706, em 2011. No ano passado foram realizados 896. Até o momento, o país não realiza cirurgias de mudança do sexo feminino para o masculino. Na quarta-feira, o Ministério da Saúde havia publicado uma portaria que autorizava a operação e alterava a idade mínima do procedimento de 21 para 18 anos. Por ordem do Palácio do Planalto, contudo, a portaria foi suspensa no mesmo dia.
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d'Ávila, criticou o governo.
— A portaria anulada não estava de acordo com nosso parecer. Está havendo uma atualização desse assunto no mundo inteiro. Também não nos quiseram nos ouvir, porque nós pedimos tempo para que aguardassem. E eles editaram e claro que foi uma medida absolutamente inadequada para o momento, intempestiva, açodada, como sempre. E por isso tem que recuar. Parece que de vez em quando surge alguém mais lúcido “que bobagem vocês fizeram”. E aí eles recuam.
Na nota divulgada nesta quinta-feira suspendendo os efeitos da portaria, o Ministério da Saúde informou que vai considerar o parecer do CFM sobre o tema. O governo quer que haja mais discussão sobre a possível redução da idade mínima para o início de tratamento com hormônios e atendimento psicológico para pessoas em processo de mudança de sexo.
O presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, Cris Stefanny, também criticou o recuo. Segundo ele, o governo está cedendo à pressão de fundamentalistas religiosos. Stefanny diz que estes grupos fizeram forte oposição da presidente Dilma na campanha passada e, agora, estão inviabilizando a adoção de importantes medidas.
O promotor Diaulas Ribeiro, do Ministério Público do Distrito Federal, um dos primeiros a criticar a forma como foi proposta a redução da idade mínima para o tratamento pré-cirurgia de mudança de sexo, concorda com o posicionamento do CFM sobre o tema. Ele lembra que a quinta edição do Dicionário de Saúde Mental (DSM-5), elaborado pela Associação Americana de Psquiatria, publicada em maio, muda o critério para a abordagem da questão da identidade de gênero. E essas mudanças não foram levadas em consideração na portaria publicada (e depois suspensa) pelo governo.
— O que legitima o exercício legal da Medicina é o CFM. O governo passou por cima disso. Com base nas inovações editadas pelo DSM-5, o conselho vai modificar protocolos. Por isso, foi prudente, ao não publicar nada antes de ter uma base científica — diz Diaulas, precursor na defesa dos direitos dos transexuais no Ministério Público.
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Apenas quatro hospitais realizam cirurgia
Ainda que tenha havido um grande aumento da procura pela cirurgia nos últimos anos, a limitação da oferta do serviço e a carência de profissionais têm sido alvo de críticas de transsexuais e médicos no país. Atualmente, apenas quatro hospitais estão credenciados para realizar a cirurgia de mudança de sexo: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, o Instituto de Psiquiatria da Fundação Faculdade de Medicina de São Paulo e o Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) . Em todos eles, a agenda de cirurgias está completa até o final do ano.
Em São Paulo, onde funciona o hospital com maior capacidade para operações de mudança de sexo, é feita uma cirurgia por semana, cerca de cinquenta por ano. Em média, um paciente fica em torno de três anos na fila de espera. Em Goiás, a coordenadora do projeto transexualismo do Hospital das Clínicas, Mariluza Terra Silveira, afirmou que a espera para a realização da cirurgia já chega a “quase seis anos de fila”. A demanda atual na unidade médica é bastante superior à equipe disponível.
— Há uma grande procura. Temos pacientes do Pará, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Tocantins e de outros estados. A procura é grande e não estamos mais aceitando pacientes para procedimentos porque não temos capacidade de resolução. Enquanto a equipe não for ampliada, é impossível fazer mais cirurgias — disse.
A inexistência de hospitais credenciados no Norte e Nordeste tem levado transexuais a viajarem para outros estados para realizarem o procedimento cirúrgico, o que tem agravado o tempo de espera. Por conta da necessidade de deslocamento, muitos transexuais não conseguem realizar a cirurgia em virtude de dificuldades financeiras.
Na Bahia, a transexual Jeane Louise, de 22 anos, decidiu passar pelo processo de redesignação sexual pela rede pública de saúde, mas não tem condições de arcar com uma viagem para outro estado. Ela lembra que, mesmo que entre no programa de tratamento fora de domicílio, tendo sua passagem paga pelo poder público, não tem condições de sustentar-se por mais de um ano em outro estado.
— No tratamento fora de domicilio, espera-se em uma fila enorme. A passagem é paga pelo poder público, mas os custos de hospedagem ficam por conta da paciente. E, nessa situação, fica complicado, porque é uma fila de anos. Há muitas que preferem juntar o dinheiro e realizar a operação no exterior, na Tailândia — afirmou.
Desde 1997, a transexual Carla Amaral, de 40 anos, tenta fazer a cirurgia de mudança de sexo. Naquele ano, inscreveu-se em um projeto experimental de uma faculdade de Medicina, em Curitiba. Tomou hormônios, teve o laudo de encaminhamento para a operação, mas o projeto não vingou. Em 2008, quando a cirurgia passou a ser ofertada pelo SUS, voltou a batalhar por uma vaga. Ela conseguiu entrar na fila em 2010, mas, até hoje, nem por consulta passou. Ela não tem como arcar com uma cirurgia em clínica particular.
— Estou numa fila à espera de uma consulta em um desses quatros centros que fazem a cirurgia. E terei que começar tudo outra vez. Estou com 40 anos, tomo hormônio desde os 15 — contou.
Necessidade de mais clínicas
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  A representante social das travestis e transexuais no Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernanda Benvenutty, aponta a necessidade de credenciamento de novas clínicas para a realização de cirurgias no país, sobretudo no Nordeste. Ela reconhece que a mudança da idade mínima para a realização da operação aumentará a demanda pelo procedimento.
— É urgente o credenciamento de novas unidades, porque a demanda é grande. Há meninas que saíram da Paraíba que estão há mais de três anos na fila em São Paulo e Rio de Janeiro. A nova portaria garante a ampliação desses outros serviços. Eu acredito que com ela, a alta demanda pode diminuir — afirmou.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os estados e municípios são os responsáveis pelo pedido de credenciamento de unidades médicas para a realização da operação de mudança de sexo, e não o governo federal.

Quando o Brasil vai reagir contra a homofobia? Kaique foi morto. Outros virão. Cada vítima tem um assassino. Mas há outros, no Congresso, no governo e nas igrejas.

Em outros países, o brutal assassinato de um adolescente homossexual de 16 anos de idade seria uma notícia que comoveria a sociedade e nos chocaria a todos como poucas notícias nos chocam. Um garoto que ainda estava na escola, com toda uma vida pela frente, arrancado da existência, despojado de toda humanidade, com todos os dentes arrancados e uma barra de ferro dentro da perna. Um menino cheio de futuro que acaba seus dias com traumatismo craniano e intracraniano, com o corpo todo sujo, abandonado sem vida numa avenida da região central de São Paulo.
Em outros países, seria manchete de capa de todos os jornais. A Presidenta falaria em cadeia nacional. O país inteiro reclamaria justiça. Os poderes públicos reagiriam de imediato.
No Chile, um crime semelhante mudou as leis do país e fez governo e oposição coincidirem na necessidade de políticas públicas para enfrentar o preconceito contra a população LGBT. Daniel Zamudio, falecido no dia 27 de março de 2012 depois de vinte dias de agonia em um hospital de Santiago, acabou dando seu nome à lei contra a homofobia que o próprio presidente Piñera (um empresário católico de direita) se decidiu a apoiar. Daniel tinha sido golpeado até ficar inconsciente. Apagaram cigarros no corpo dele, desfiguraram seu rosto, o apedrejaram reiteradas vezes, arrancaram parte de sua orelha, bateram com uma garrafa na cabeça dele, quebraram suas pernas fazendo alavanca com elas até o limite da resistência dos ossos e desenharam três cruzes esvásticas na sua pele com troços de vidro. O país inteiro reclamou justiça e os assassinos, quatro jovens como ele que acreditavam que, por ser gay, não merecia viver, foram condenados pela justiça num processo histórico. O líder do grupo recebeu prisão perpétua.
Mas no Brasil, Kaique Augusto Batista dos Santos é mais um, só mais um. Um dado mais numa estatística que, de tão terrível, já passa despercebida. Em 2012, o mesmo ano em que Daniel Zamudio perdeu a vida no Chile, 338 pessoas foram assassinadas por serem gays, lésbicas, travestis ou transexuais no Brasil, 27% mais que no ano anterior, que registrou 266 homicídios homo/lesbo/transfóbicos, 317% mais que em 2005, quando o Grupo Gay da Bahia contabilizou 81 casos. E esses números são apenas o pouco que sabemos, porque o Estado não investiga. São estatísticas informadas por uma organização da sociedade civil, recolhidas de matérias publicadas na imprensa e informação das famílias. O número real, portanto, deve ser maior. Kaique é mais um nessa estarrecedora lista de mortos com a qual o Brasil convive com naturalidade. Sua morte não é uma exceção, não surpreende ninguém, não abala o país.
A Presidenta, como sempre, não disse nada. Para o governo Dilma, aliado do fundamentalismo religioso e das máfias que pregam o ódio contra todos aqueles que amam diferente, a morte desses meninos não é um fato importante, que mereça a atenção do Estado. A própria Presidenta já disse, justificando o cancelamento de políticas públicas de prevenção e combate à homofobia e ao buyilling nas escolas, que não faria "propaganda da homossexualidade", como se aquilo fosse possível. Vocês já imaginaram um governante dizendo, para explicar por que se opõe a qualquer política pública contra o racismo, que não admitirá a "propaganda da negritude"?
Como eu já escrevi tempo atrás, em ocasião de outros assassinatos como este, em cada caso aparece, como pano de fundo, o discurso de ódio alimentado por igrejas caça-níquel e pela bancada fundamentalista no Congresso federal, que em 2013 ganhou de cínico presente, com o apoio da bancada governista, a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. É claro que a violência é praticada por pessoas violentas e os agressores são responsáveis por seus atos, mas não é por acaso que as vítimas dessas agressões sejam, repetidamente, jovens homossexuais, e que muitas vezes as pancadas venham acompanhadas por citações bíblicas. A culpa não é da Bíblia, mas dos charlatães que, em nome de uma fé que não têm, distorcem seu texto e seu contexto para usá-la contra a população LGBT, pregando o ódio e convocando a violência. Eles fazem isso por dinheiro e poder — ou você acha que realmente acreditam em alguma coisa? — e o resultado é um país que já se acostumou a assistir no Jornal Nacional à morte de mais um jovem gay, mais uma jovem lésbica, mais uma travesti ou uma pessoa transexual, vítimas do ódio irracional que os fundamentalistas promovem.
Essa loucura tem de parar! E tem que parar a hipocrisia e o oportunismo dos políticos sem coragem que fazem de conta que não veem o que acontece e continuam subindo fazendo acordos com o fundamentalismo para ganhar minutos de TV e palanques na campanha. Isso custa vidas!
Semanas atrás, o Senado federal enterrou o PLC-122, um projeto de lei que pretendia equiparar a homofobia ao racismo, agravando as penas dos crimes de ódio contra a população LGBT e punindo as injúrias homofóbicas e a incitação à violência e ao preconceito. É público que eu tenho diferenças de concepção com o texto desse projeto, porque acho que não é apenas pela via do direito penal que vamos acabar com a homofobia e porque acredito que o aumento do estado penal, inclusive nesses casos, não é uma boa ideia. Acredito que a homofobia deve ser crime, sim, e que não pode receber um tratamento diferente ao que recebem os crimes de motivação racista. Acredito, também, que os crimes violentos cometidos por motivo de ódio contra alguma das "categorias suspeitas" que o direito internacional reconhece (negros, judeus, mulheres, homossexuais, transexuais, estrangeiros de nacionalidades estigmatizadas, pessoas com deficiência etc.) devem ter suas penas agravadas, e que as injúrias e atos discriminatórios não-violentos devem receber penas alternativas — não a cesta básica ou a simples multa, mas penas socioeducativas que sirvam para "curar" essa doença social que chamamos preconceito. Contudo, também acredito que com isso não basta e que o direito penal não pode ser o eixo da política pública contra esse problema: precisamos de programas contra o buylling nas escolas, de campanhas nacionais contra o preconceito, de investimento público em políticas em favor da diversidade, de uma legislação que permita às pessoas se defenderem da discriminação no trabalho, no acesso aos serviços públicos e em outros âmbitos da vida social. Precisamos de uma forte e decidida ação dos poderes públicos para acabar com a violência homofóbica e com todas as formas de discriminação legal que a legitimam, por isso meu mandato impulsionou a campanha pelo casamento igualitário e a lei de identidade de gênero e promove regras para a inclusão e políticas afirmativas que favoreçam as minorias estigmatizadas.
Contudo, a decisão do Senado de enterrar o PLC-122 não foi motivada por uma discussão séria sobre qual é a melhor política contra a homo/lesbo/transfobia, mas pela decisão da maioria dos senadores de que não haja nenhuma política contra ela. Não é por acaso que o pastor Silas Malafaia, um dos líderes do Ku Klux Klan antigay brasileiro, parabenizou os senadores e, em especial, o senador Lindberg Farias, um dos líderes da causa homofóbica no governista Partido dos Trabalhadores. E o enterro do PLC-122 veio coroar uma política de Estado, implementada pelo governo Dilma, que incluiu o cancelamento do programa "Escola sem homofobia", a destruição de todos os programas e projetos contra a discriminação no âmbito da saúde pública, a oposição ao casamento igualitário (regulamentado pelo Conselho Nacional da Justiça após uma ação promovida pelo meu mandato junto ao PSOL e à ARPEN-RJ, mas ainda engavetado no Congresso), além daquela desastrada declaração da Presidenta sobre a "propaganda homossexual", em linha com a retórica internacionalmente repudiada do governo russo de Vladimir Putin.
Em meio a tudo isso, Kaique foi morto. Mais um. E mais outros virão.
Quantos? De quantos mortos o Brasil precisa para reagir?
Eu já disse uma vez e vou repetir. Cada uma dessas vítimas tem um algoz material — o assassino, aquele que enfia a faca, que puxa o gatilho, que "desce o pau", como o pastor Malafaia pediu numa de suas famosas declarações televisivas. Mas há outros algozes, que também têm sangue nas mãos. São aqueles que, no Congresso, no governo e nas igrejas fundamentalistas, promovem, festejam, incitam ou fecham os olhos, por conveniência, oportunismo, poder e dinheiro, cada vez que mais um Kaique é morto. Eles também são assassinos.
Como deputado federal, mas também como cidadão gay desse país, e antes disso tudo, como ser humano não consegue conviver com a violência e o ódio como se fossem naturais, ficarei à disposição da família e dos amigos de Kaique e farei tudo o que puder para que esse e outros crimes sejam esclarecidos e não fiquem impunes. Como dizia o poeta Pablo Neruda, chileno como Daniel Zamudio, "por esses mortos, nossos mortos, eu peço castigo".

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