Notícia publicada no G1 São Carlos e Araraquara apontam que homossexuais
de São Carlos (SP) ainda encontram dificuldades em ser aceitos, principalmente pela família.
de São Carlos (SP) ainda encontram dificuldades em ser aceitos, principalmente pela família.
Levamos está notícia para um psicólogo avaliar e nos dar sua opinião.
A professora Fernanda Machado, de 27 anos, se casou com sua parceira e não esconde sua relação homoafetiva, mas relatou que sofreu dificuldade em tratar do assunto com a mãe e que até hoje não foi aceita.
“A reação da minha mãe foi de chorar,
falar que foi uma coisa muita errada e falar que não ia aceitar isso
nunca”, disse. Há quatro anos ela saiu da casa dos pais, em São Luís
(MA), rumo a São Carlos com a companheira.
Fernanda não aguentava mais o
preconceito da mãe, mas apesar de tudo ainda espera uma reconciliação.
“É triste por que se um dia eu tiver um filho eu não queria que ele não
tivesse avó”.
O estudante André Rodrigues, de 23 anos,
é bissexual. Sua mãe já teve problemas em aceitar o seu
relacionamento, mas a dificuldade foi solucionada e ela já foi
até madrinha de um casamento gay. “Ela me disse: se você está bem, sem problemas”, relembrou.
Ele afirmou que não foi fácil assumir a
condição. “Eu pensava: por que eu gosto de homem, mas a gente não
descobre, nasce assim”. Há sete meses, Rodrigues namora Felipe Pinheiro,
de 18 anos. “Minha mãe acabou aceitando também, mas é do jeito dela”,
contou o estudante.
O casal sabe que, mesmo com a ajuda da família, a luta contra o preconceito
ainda é um desafio. “Falta tolerância com as pessoas, com o novo e o
diferente, o importante é ser feliz, não importa o jeito que você ama, o
importante é o amor”, reiterou Rodrigues.
Segundo o psicólogo Apoã Karasiak Santana,
a homossexualidade ainda é um tema polêmico e precisa ser melhor
compreendido pela sociedade: ” O forte preconceito com relação à
homossexualidade ainda é alimentado por antigos pensamentos religiosos e
machistas aprendidos ao longo de nossa história.
“Alvo de forte preconceito foi também o sexo feminino. As mulheres ao longo dos tempos sempre sofreram com a desvalorização social, era aquela que servia e não podia ter opinião, pois a característica masculina sempre exercia total domínio sobre quaisquer questões. Este mesmo pensamento que condenava o feminino a servidão, fortalecia fundamentos para exaltar o machismo.
Além deste, outros pensamentos carregam este ranço machista e preconceituoso, um é aquele que legitima o “varão” sobre a fêmea, viabilizando assim o pensamento de “procriação de nossa espécie” reforçando com isso a necessidade da relação heterossexual (homem x mulher) como fundamentais para nossa civilização. Neste sentido os conceitos que vão sendo adquiridos ou aprendidos socialmente, terminam por condenar e dificultar a aceitação de uma orientação homossexual.
É importante lembrar que atualmente a homossexualidade é um fenômeno natural e perfeitamente aceitável por estudiosos. Fazendo uma analise podemos observar o comportamento homossexual de animais de outras espécies, algo típico da natureza, entretanto existe um imaginário que tenta nos diferenciar desta natureza, que é puramente adquirido pelo tempo e pela cultura, muito enfatizado com a religião.
Existe a necessidade de uma discussão mais aberta na sociedade e entre os familiares, para que possam perceber que a identidade homossexual não desqualifica o ser humano como pessoa íntegra e bem querida pelos outros. Sua orientação em nada muda sua capacidade de respeitar limites de qualquer relação, seja ela pessoal ou profissional. Homossexualidade não é doença, e por isso não “pega”. Há quem diga que ninguém escolhe ser homossexual, assim como os outros não escolheram ser “héteros”. Existem estudos que explicam a origem deste fenômeno, mas nenhum destes é conclusivo ou comprovado. O que se sabe é que a homossexualidade não é um distúrbio ou transtorno de comportamento e sim uma expressão da afetividade e da sexualidade das pessoas.
O Gay é um cara como todos nós, tem desejos, pode se apaixonar, pode ser galinha, ter seus defeitos pessoais, e ainda pode carregar bons valores familiares e capacidade de autoconhecimento, portanto pode manter uma ótima relação social. O que é difícil e motivo de sofrimento para muitos deles é conviver com a hipocrisia e falta de respeito e aceitação do outro”.
“Alvo de forte preconceito foi também o sexo feminino. As mulheres ao longo dos tempos sempre sofreram com a desvalorização social, era aquela que servia e não podia ter opinião, pois a característica masculina sempre exercia total domínio sobre quaisquer questões. Este mesmo pensamento que condenava o feminino a servidão, fortalecia fundamentos para exaltar o machismo.
Além deste, outros pensamentos carregam este ranço machista e preconceituoso, um é aquele que legitima o “varão” sobre a fêmea, viabilizando assim o pensamento de “procriação de nossa espécie” reforçando com isso a necessidade da relação heterossexual (homem x mulher) como fundamentais para nossa civilização. Neste sentido os conceitos que vão sendo adquiridos ou aprendidos socialmente, terminam por condenar e dificultar a aceitação de uma orientação homossexual.
É importante lembrar que atualmente a homossexualidade é um fenômeno natural e perfeitamente aceitável por estudiosos. Fazendo uma analise podemos observar o comportamento homossexual de animais de outras espécies, algo típico da natureza, entretanto existe um imaginário que tenta nos diferenciar desta natureza, que é puramente adquirido pelo tempo e pela cultura, muito enfatizado com a religião.
Existe a necessidade de uma discussão mais aberta na sociedade e entre os familiares, para que possam perceber que a identidade homossexual não desqualifica o ser humano como pessoa íntegra e bem querida pelos outros. Sua orientação em nada muda sua capacidade de respeitar limites de qualquer relação, seja ela pessoal ou profissional. Homossexualidade não é doença, e por isso não “pega”. Há quem diga que ninguém escolhe ser homossexual, assim como os outros não escolheram ser “héteros”. Existem estudos que explicam a origem deste fenômeno, mas nenhum destes é conclusivo ou comprovado. O que se sabe é que a homossexualidade não é um distúrbio ou transtorno de comportamento e sim uma expressão da afetividade e da sexualidade das pessoas.
O Gay é um cara como todos nós, tem desejos, pode se apaixonar, pode ser galinha, ter seus defeitos pessoais, e ainda pode carregar bons valores familiares e capacidade de autoconhecimento, portanto pode manter uma ótima relação social. O que é difícil e motivo de sofrimento para muitos deles é conviver com a hipocrisia e falta de respeito e aceitação do outro”.