Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Parceiro fixo é o maior motivo para sexo sem preservativo por público de Parada

Metade das pessoas não tinha usado preservativo na relação sexual anterior ao evento.

Participantes se beijam durante a 19ª Parada do Orgulho LGBT na Avenida Paulista.
Metade do público da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo neste ano não tinha usado preservativo na relação sexual anterior ao evento, ocorrido no dia 7 de junho na avenida Paulista. O dado é de pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde com 239 participantes entre 14 e 24 anos. A maioria deles (69%) eram gays e lésbicas e os demais, bissexuais.

Motivos 
A justificativa mais frequente dos entrevistados foi a de que possuem parceiros fixos (28%). Em seguida, a de que a pessoa só mantém relações com mulheres (26%), caso das lésbicas. Outros participantes alegaram não gostar de preservativo (11%), não ter tempo ou ter esquecido (10%) e não ser preciso (5%). O governo reforça o alerta: todos os tipos de relação sexual têm que ser seguros.

SP terá abrigo exclusivo para travestis e transexuais, segundo coordenador LGBT

Centro de acolhida será primeiro do gênero no Brasil, diz Prefeitura. Tempo máximo de permanência no espaço é de dois anos.
Transexual Aline Marques relata violência sofrida por causa do preconceito e diz que abrigo será um grande avanço.
A cidade de São Paulo irá ganhar no mês de agosto o primeiro abrigo destinado para travestis e transexuais. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (29) por Alexandro Melchior, coordenador de políticas LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, durante a inauguração da primeira unidade móvel que irá orientar o público LGBT.

"Eu acho que é um grande avanço para São Paulo. Isso é mais uma vitória para conscientizar as pessoas que estamos aí. Nós GLBT precisamos de uma assistência, a morte do GLBT não é uma morte natural como das outras pessoas, mas é uma morte com ódio e preconceito e isso precisa acabar", afirmou Aline Marques, de 37 anos, que diz que passou parte da vida se prostituindo por falta de oportunidades. Agora, ela participa do programa da Prefeitura que dá bolsas de estudo para travestis e transexuais estudarem.

O imóvel que irá receber o abrigo está localizado no bairro Bom Retiro, no Centro da capital paulista. O local, que está passando por reforma, terá capacidade para abrigar 30 pessoas.

"Ele será o primeiro do gênero no Brasil", afirmou Melchior.

"Em outubro do ano passado, a gente inaugurou uns quartos LGBT na Zaki Narchi, foram os primeiros espaços de acolhida LGBT no Brasil e tem demanda. Então a gente tinha um projeto de criar um exclusivo".

Para concorrer a uma vaga, as pessoas interessadas devem passar por uma triagem na Assistência Social. "A prioridade das vagas no abrigo é para as pessoas do Transcidadania", disse.

Bolsas de estudo 
A Prefeitura de São Paulo oferece bolsas de R$ 840 para travestis e transexuais completarem seus estudos ou fazerem cursos profissionalizantes.

As medidas fazem parte do programa Transcidadania, que será lançado pela Prefeitura ainda neste mês. A ideia é atender inicialmente cem pessoas, mas ampliar o programa no segundo semestre. Das cem primeiras bolsas, a taxa de desistência foi de apenas 3%.

O investimento total previsto é de R$ 2 milhões para 2015. A bolsa de R$ 840 será oferecida por um período de dois anos, e as pessoas participantes terão que comprovar presença nas aulas para receber o valor.

Pessoas em SP relatam LGBTfobia por meio de frases que ouvem com frequência

"Homem ou mulher da relação" e "Nada contra, tenho até amigos que são" são frases mais comuns.
Os alunos da ECA (Escola de Comunicação e Arte) da USP (Universidade de São Paulo), que fazem parte do Jornalismo Junior, desenvolveram um projeto no qual membros da comunidade LGBT relatam por meio de frases o preconceito no dia a dia.

A iniciativa teve inspiração em um projeto semelhante feito por uma aluna de antropologia da UnB (Universidade de Brasília), que retratou, também por meio de frases, situações de racismo vividas pelos alunos da instituição.






Transexual adota novo gênero e nome no RG após um ano de burocracia

"Agora sou uma mulher de verdade", disse Cibely, ao retirar o novo documento no Poupatempo Sé, em São Paulo.
Depois de mais de um ano de burocracia, Cibely Christina Batista Ferreira, 30, conseguiu tirar uma nova carteira de identidade. Não se trata apenas de uma segunda via, mas de uma atualização com novo nome e gênero. "Agora sou uma mulher de verdade", disse Cibely, ao retirar o novo documento no Poupatempo Sé, em São Paulo.

Desde a infância, vivida em Barro, município do Ceará, Cibely se sentia mulher. Com toda razão, ela não revela o nome antigo "nem morta". "É um passado que prefiro esquecer, pois sofri muito sem poder ser eu mesma, enfrentando situações de imenso constrangimento."

Após assumir a nova identidade, na idade adulta, continuou a enfrentar preconceito quando precisava mostrar o RG com o nome masculino. Com a ajuda de advogados voluntários do Centro de Referência Trans, da Secretaria de Saúde de São Paulo, Cibely trilhou um longo caminho até conseguir um documento com a identidade que sempre sonhou.

"Agora posso voltar a estudar, sem o risco de sofrer bullying na hora da chamada. Vou tirar uma nova carteira de trabalho e voltar ao mercado", falou Cibely, que trabalhou até recentemente como monitora de qualidade de uma empresa de call center.

Aos que também querem mudar o nome no registro civil, ela recomenda coragem e disposição para vencer a luta. "São inúmeras certidões para pedir em cartórios, muitos documentos e taxas, mas vale a pena para quem quer se sentir verdadeiramente feliz com a própria identidade."

"Recebi o apoio total da minha família, que me ajudou a conseguir os documentos. O apoio dos familiares e dos amigos é importante, mas, acima de tudo, o que conta é o sentimento e a liberdade de escolha do ser humano. Agora ajudo uma amiga que também sonha em oficializar sua nova identidade. O documento deve se adequar à pessoa, e não o contrário."

A cada sete dias, uma pessoas LGBT relata agressão em São Paulo

Injúria e lesão corporal por discriminação de orientação sexual e identidade de gênero são os delitos mais cometidos.

A cada sete dias, a Polícia Civil registra ao menos uma ocorrência de violência física ou verbal contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais na capital paulista, segundo dados deste ano da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Para evitar a subnotificação de delitos, todas as delegacias do Estado agora são obrigadas a informar a motivação discriminatória e os nomes sociais e de registro das vítimas.

Um levantamento feito pela reportagem mostra que, dos 133 boletins de ocorrência da Decradi registrados neste ano, 42 estão relacionados a vítimas LGBT. Entre 2010 e 2014, foram 880 crimes - 218 deles, ou 24,7%, por intolerância. Os delitos mais cometidos são injúria e lesão corporal por discriminação de orientação sexual e identidade de gênero: 50,4% e 19,7%, respectivamente.

Segundo o secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, com a possibilidade de colocar no boletim de ocorrência a motivação e o nome social das vítimas em todos os distritos policiais, São Paulo poderá mapear e aumentar as notificações de ataques motivados por intolerância. Caso um LGBT seja agredido, por exemplo, o escrivão e o delegado responsáveis pela elaboração do documento devem colocar no tópico "natureza" que a lesão corporal foi causada por preconceito.

"Todo crime ligado a motivação sexual, a uma discriminação sexual ou orientação, sempre tem uma subnotificação maior que os demais crimes. Exatamente por isso, nós usamos mecanismos para tentar diminuir cada vez mais essa subnotificação", afirmou Moraes, ontem, durante o anúncio da mudança, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo.

O secretário garantiu que os distritos que não adotarem a medida serão punidos. "A delegacia não tem de querer. Aquele que faz o registro segue as determinações administrativas do governo do Estado. A partir de hoje, a pessoa vítima de violência verbal e física em virtude de discriminação tem direito de constar seu nome social e da motivação do crime. Se não houver isso, pode procurar a Corregedoria da Polícia Civil."

Capacitação 
Para o advogado Ariel Castro Neves, ex-secretário do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), a medida é positiva desde que os policiais sejam capacitados. "Podem ocorrer situações de constrangimento se o policial estiver despreparado ou prevaricação", afirmou.

Segundo ele, o uso do nome social pode facilitar a obtenção de testemunhas. "Muitas vezes, as vítimas não são conhecidas ou reconhecidas pelos nomes do RG", disse.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Martim de Almeida Sampaio, disse que "a mudança nas delegacias vai aprimorar o trabalho dos funcionários". "É um ato positivo porque a tradicional falta de respeito que essas pessoas vivem em prédios públicos as afastam do Estado e permite que todas as formas de preconceito se manifestem", afirmou. Ele disse que a OAB vai fiscalizar o cumprimento da nova medida. 

Bar só para homens faz sucesso e garante continuação pós Parada LGBT do Rio

Seven Bar no centro da cidade maravilhosa é destino certo para quem visita o Rio de Janeiro.
Está no Rio de Janeiro? A cidade maravilhosa está cheia de homens de todo o país e do mundo que desembarcam para a 20ª Parada do Orgulho LGBT de Copacabana, que acontece no próximo domingo, 15. E você não pode deixe de incluir nos seus planos para o fim de semana algumas visitas no Seven Bar de Cabines - Seven Crusing Bar, point especial para homens que curtem a companhia de outros homens.

“Muitos homens solteiros e casais vão para a parada para mostrar visibilidade, dar apoio a militância mas também (por que não?) conhecer gente nova, beijar na boca e ver o que rola depois. Mas ao invés de ficarem na rua até tarde, expostos a toda sorte de perigos e problemas, muitos irão no Seven aonde podem aproveitar ainda mais e com conforto”, diz Pedro, um dos gerentes do local.

O Seven Cruising Bar está preparadíssimo para receber dezenas de homens e a curtição já começa na sexta-feira, 13, com 'o dia dos Sedentos', sábado, 14, rola a festa Esquente e só termina com o último cliente do domingo, 15, dia da festa Safado, com blackout total de 30 em 30 minutos.

A entrada vale o dia todo, possibilitando que os clientes possam sair e voltar quantas vezes quiser durante todo o dia.

Uma coisa super legal do Seven é que no bar os clientes podem ficar super a vontade. Muitos caras ficam só de cuecas, outros ficam totalmente pelados e alguns preferem ficar vestidos: é uma loucura, no melhor sentido da palavra.

Se programa e domingo dê um pulo lá depois da parada, a diversão é garantida! Cerveja barata e homens bonitos entrando o tempo todo. 

Serviço
Endereço: Praça da República 141. Segundo andar
Centro. Rio de Janeiro - RJ
Referência: Em frente ao Campo de Santana.

Tel: +55 21 2242-2550
WhatsApp: +55 21 96506-9136
E-mail: sac.sevenbar@gmail.com
http://sevencruisingbar.blogspot.com.br/

Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro completa 20 anos em Copacabana

Secretaria Municipal de Saúde e Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual marcam presença no evento desde o início do dia.
A Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS-Rio) e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), estará presente na 20ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro. O evento, cativo no calendário de celebrações da cidade, acontecerá no dia 15 de novembro, domingo, na Avenida Atlântica, em Copacabana.

Por mais um ano, a CEDS-Rio montará o Espaço Rio Sem Preconceito, na altura do Posto 5, próximo à rua Sá Ferreira. Por lá, entre 10h e 16h, a população poderá conhecer um pouco mais da campanha atual do órgão municipal, intitulada “CEDS – A Sua Voz Na Luta Contra o Preconceito”. O material, que faz parte do Programa Rio Sem Preconceito, foi lançado em julho, no Circo Voador e amplamente divulgado na mídia com exibições na TV, nos cinemas, em jornais e nas redes sociais.

“Se um de nós não tem direitos civis então nenhum de nós tem direitos civis”

Com nomes como Thiago Martins, Bettty Lago, Bruno Gagliasso, Antônio Pitanga, Glória Pires, Mateus Solano, Marcos Pasquim, Stênio Garcia, Alexandre Borges e Paolla Oliveira, a CEDS traz ao público um entendimento doloroso do mal causado pela homofobia, lesbofobia e transfobia. 


“Genes Gays”: A ciência está no caminho certo, nós nascemos assim.

Em um artigo recente no Guardian, Simon Copland argumentou que é muito improvável que as pessoas nascem gays (ou presumivelmente com qualquer outra orientação sexual). A evidência científica diz o contrário. Ela aponta fortemente para uma origem biológica para as nossas sexualidades. Encontrar evidências de uma base biológica não deve nos assustar ou prejudicar os direitos de gays lésbicas e bissexuais (os estudos a que me refiro não incluem indivíduos transgêneros, por isso vou limitar meus comentários a lésbicas, gays e bissexuais). Eu diria que a compreensão de nossa natureza biológica fundamental deve nos tornar mais vigorosos na promoção dos direitos LGB.


Vamos pegar alguns fatos e perspectivas sobre o assunto. Evidências de grupos de pesquisa independentes que estudaram gêmeos mostram que fatores genéticos explicam cerca de 25-30% das diferenças entre as pessoas na orientação sexual (heterossexual, gay, lésbica, bissexual). Os estudos com gêmeos são um primeiro olhar sobre um traço genético a dizer-nos que existem coisas como “genes para a orientação sexual” (Eu odeio a frase “gene gay”). Três estudos de genes encontrados mostraram que irmãos gays compartilham marcadores genéticos no cromossomo X; o mais recente estudo também descobriu marcadores compartilhados no cromossomo 8. Essa mais recente pesquisa supera os problemas de três estudos anteriores que não encontraram os mesmos resultados.
Os esforços em desvendar o gene têm problemas, como Copland argumenta, mas esses são técnicos e não erros catastróficos na ciência. Por exemplo, traços psicológicos complexos têm muitos genes causais (não simplesmente “um gene gay”). Mas cada um desses genes tem um pequeno efeito sobre essa característica, assim sendo, não atingem níveis tradicionais de significância estatística. Em outras palavras, muitos genes que influenciam a orientação sexual podem não ser rastreados. Mas as técnicas científicas acabarão por apanhá-los. Na verdade, existem problemas mais urgentes que eu gostaria de ver abordados, tais como a investigação inadequada sobre a sexualidade feminina. Talvez isso se deva ao estereótipo de que a sexualidade feminina é “muito complexa” ou que as lésbicas são mais raras do que os homens gays.

Genes estão longe de ser toda a história. Os hormônios sexuais na vida pré-natal desempenham um papel. Por exemplo, as meninas nascidas com hiperplasia adrenal congênita (HAC), o que resulta em aumento natural dos níveis de hormônios sexuais masculinos, mostram índices relativamente altos de atração pelo mesmo sexo, já adultas. Outra evidência vem de machos genéticos que, através de acidentes, ou nascidos sem pênis, foram submetidos à “mudança de sexo” e criados como meninas. Já adultos, esses homens eram, tipicamente, atraídos por mulheres. O fato de que você não poder fazer um macho genético ser sexualmente atraído por outro homem quando “transformado” em uma menina, faz qualquer teoria social da sexualidade um fracasso. Genes podem se deslocar em direção a uma determinada orientação sexual ou os genes podem, simplesmente, interagir com outros fatores ambientais (tais como hormônios sexuais no ambiente do útero) para influenciar a orientação sexual, posteriormente.

Os cérebros de pessoas gays e heterossexuais também parecem estar organizados de forma diferente. Por exemplo, padrões de organização do cérebro parecem semelhantes entre homens gays e mulheres heterossexuais e entre mulheres lésbicas e os homens heterossexuais. Os homens gays parecem, em média, ter respostas-padrão nos cérebros,“tipicamente femininas”, e as lésbicas, um pouco mais “tipicamente masculinas”. As diferenças na organização do cérebro significam diferenças de psicologia e estudo apósestudo mostra diferenças na cognição entre pessoas heterossexuais e homossexuais. Assim, as diferenças gays não são apenas sobre quem você gosta. Eles estão refletidos em nossa psicologia e nas formas como nos relacionamos com os outros. A influência da biologia é executada ao longo de nossas vidas sexuais e de gênero, e essas diferenças, essa diversidade, sem dúvida, devem ser comemoradas.

Homens que usam calcinha são destaques da revista

Homens que usam calcinha (e não se sentem menos masculinos por isso) são tema de reportagem do nº 9 da revista A Capa, lançada em dezembro de 2007. A edição pode ser conferida na íntegra e totalmente de graça.
Também nesta edição, você confere uma matéria sobre o PLC 122, que criminaliza a homofobia, e um perfil do ator pornô Peter Berlin, o deus nórdico do sexo. E ainda: uma entrevista com Charlie David, protagonista da série gay "Bump", e uma reportagem de William Magalhães sobre a resistência de muitos jovens ao uso da camisinha.
O empresário Ricardo Leitte estampa a seção "Seu Espaço" e conta de onde vem sua obsessão por gatos.
Homens que usam calcinha. Você encara?
Nada de cueca tradicional. Agora, a moda é homem usar peças íntimas com laços, bordados, estampas de coração
Pode parecer preconceituoso da minha parte. Pode até ser preconceito meu. Mas, sinceramente, não conseguiria me aventurar sexualmente com um homem que usa calcinha ou qualquer outra lingerie criada especialmente para o público masculino. Descobri que existe esse mercado pelo Facebook. Um amigo publicou sem perguntar nada, só esperando a reação dos amigos, acho.

Eu fui atrás da informação. Sim, as roupas íntimas para nos são muito semelhantes àquelas que as, mulheres, usam em ocasiões especiais. Têm transparências, laços, rendas, babados, estampas de coração… Vários adereços para impressionar, sensualizar. Até bustiê agora para eles, do mesmo estilo das calcinhas: com muita renda, muito laço, um capricho.

Não é piada. Os homens querem calcinha. Ai, Reginaldo Rossi… E os sites que vendem essas peças devem fazer concorrência às lojas especializadas em artigos masculinos, aquelas que vendem cuecas.

Um dos sites é americano e tem nome sedutor, Homme Mystere. Lá, o interessado fica sabendo que a empresa não está interessada se você é gay, hétero, pan, seja lá o que for. Ela quer apenas oferecer calcinhas supertransadas para homens. As peças têm reforço na frente para acomodar tudo direitinho. Uma ideia que combina modelagem com estilo. No Brasil, tem o site HS Men’s Underwear, por onde qualquer homem pode comprar roupas íntimas diferenciadas. Mas há outras empresas que apostam nisso, como a Intima Cor e a Trendnu Webstore.

Trata-se de um negócio, portanto. Cueca tradicional não tem. Esquece. Sério, se um dia eu cruzar com um homem que goste dessas peças e a gente estiver em uma situação íntima, não vai dar certo. Com certeza, vou cair na gargalhada.
E agora? Loja online oferece linha de lingerie exclusiva para homens
Há quem diga que uma mulher pode conquistar qualquer homem: basta escolher a lingerie certa. Claro que nós sabemos que as mulheres são muito mais do que a roupa íntima que elas escolhem. Mas e se a lingerie não fosse exclusividade das mulheres? Pois bem, agora não é.
A marca de lingeries norte-americana HommeMystere criou uma linha exclusiva para homens. A marca, conhecida no país de origem por vender peças em lojas de varejo, está ganhando a atenção do mundo pelos produtos inusitados. As opções são muitas: tem calcinha, sutiã, camisolas e até cinta liga para os mais ousados. Os preços variam de US$ 22 a US$ 54, algo em torno de R$ 57 a R$ 142.

O site da marca informa que o objetivo é proporcionar divertimento com lingeries confortáveis e únicas para homens, que “podem descobrir o conforto de uma cueca no estilo lingerie”. Na loja online da marca, estão disponíveis todos os produtos da linha. Por alguns dólares a mais, a loja envia as peças para qualquer lugar do mundo. Eles prometem “respeitar a privacidade  do cliente ser o mais discreto possível”.

Descoberta base epigenética associada à homossexualidade em homens

A biologia da orientação sexual tem sido uma das mais complicadas – e politicamente carregadas – questões da genética humana. Pela primeira vez investigadores encontraram associações entre homossexualidade e marcadores ligados ao DNA que podem ser influenciados por fatores ambientais.
Estudos com gêmeos e árvores genealógicas fornecem fortes evidências de que a orientação sexual é, pelo menos parcialmente, genética. Quando um gêmeo idêntico é gay, há cerca de 20% de chances de que o outro também será¹. Mas o motivo desta taxa não ser 100% é devido aos fatores ambientais que desempenham um papel importante. Um dos mais caracterizados problemas é o do ‘efeito do irmão mais velho’: a chance de um homem ser gay aumenta em 33% para cada um irmão mais velho que ele tem². A razão não é clara, embora exista uma hipótese que diz que o sistema imunológico da mãe começa a reagir contra antígenos masculinos e a alterar o desenvolvimento do feto.

Para procurar fatores que podem mediar a relação entre ambiente e genes, o geneticista Eric Vilain da University da California, Los Angeles (UCLA), e seus colegas analisaram marcadores epigenéticos – mudanças químicas no DNA que afetam a forma como os genes são expressos, mas não as informações que eles contêm. Estas “epi-marcas” podem ser herdadas, mas também podem ser alteradas por fatores ambientais, como tabagismo, e nem sempre são compartilhadas por gêmeos idênticos.

Os pesquisadores coletaram amostras de DNA na saliva de 37 pares de gêmeos idênticos em que apenas um dos gêmeos era gay, e 10 pares em que ambos eram gays. Ao digitalizar os epigenomas dos gêmeos, os investigadores encontraram cinco epi-marcas que eram mais comum entre os homens homossexuais do que em seus irmãos heterossexuais geneticamente idênticos. Eles desenvolveram um algoritmo, com base em cinco epi-marcas, que poderiam predizer corretamente a orientação sexual dos homens no estudo em 67% das vezes. O geneticista computacional Tuck Ngun (UCLA) vai apresentar o trabalho no dia 8 de outubro em um encontro na Sociedade Americana de Genética Humana em Baltimore, Maryland.

Vilain não ficou surpreso ao descobrir que a epigenética está associada com a orientação sexual, embora ele afirma que é muito cedo para tentar vincular diretamente as epi-marcas a qualquer exposição ambiental particular ou a expressão de um gene específico. Ngun diz que os pesquisadores querem replicar o estudo em um grupo diferente de gêmeos e também determinar se as mesmas marcas são mais comuns em homens homossexuais do que em homens heterossexuais em uma população grande e diversificada. As associações que foram encontradas em pequenos estudos são propensas a evaporar quando testadas em grupos maiores.

Incógnitas Biológicas

Vilain reconhece certas limitações no estudo – por exemplo, os marcadores epigenéticos diferem entre os tecidos no corpo, e aqueles no cérebro são, provavelmente, as mais relevantes para a orientação sexual.

Mas os pesquisadores acolhem a adição dos dados esparsos sobre a biologia da orientação sexual. “Eu acho que ele certamente tem o potencial de adicionar um pouco de conhecimento”, diz o geneticista psiquiátrico Alan Sanders no Instituto de Pesquisa NorthShore em Evanston, Illinois.

Os pesquisadores também alertam que, assim como as associações genéticas conhecidas oferecem uma visão escassa sobre os mecanismos de orientação sexual, pouco se pode concluir a partir dos locais das epi-marcas. Uma marca foi associada com um gene no sistema imunológico, um segundo com o desenvolvimento do cérebro. As outras três estavam em regiões do DNA que não estão associadas com qualquer gene.

“Nós já sabemos que não há ‘gene gay’”, diz William Arroz, geneticista evolutivo da Universidade da Califórnia, Santa Barbara. Se houvesse, diz ele, teria aparecido em um dos estudos maciços que digitalizar todo o genoma para variantes comuns entre pessoas homossexuais. O maior estudo sobre, liderado por Sanders, olhou para 409 pares de irmãos gays incluindo alguns gêmeos não-idênticos. Os pesquisadores descobriram que os homens gays compartilham semelhanças em duas áreas do genoma: o cromossomo X e cromossomo 8³. Mas Sanders diz que ele e seus colegas ainda estão tentando determinar quais genes particulares ou outros componentes nestas regiões contribuem para a orientação sexual.

Da mesma forma, os pesquisadores vão querer determinar o significado biológico destas associações epigenéticas, diz Rice. Muitas pessoas querem entender mais sobre as raízes de sua orientação sexual, diz ele. “Quando a biologia for mais desenvolvida, nós seremos, pelo menos, capazes de entender.

Pais em famílias homoafetivas dedicam muito mais tempo a seus filhos, segundo estudo.

Já está ficando repetitivo, mas o batalhão pró-família-de-margarina é ainda mais monocórdio com seus temores sobre “o que será das criancinhas”, então a gente não perde a oportunidade de bater na mesma tecla para desancá-los. Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa de População da Universidade do Texas descobriu que famílias formadas por casais homoafetivos dedicam muito mais tempo a seus filhos que casais heterossexuais, segundo o jornal britânico The Independent.


O estudo analisou informações fornecidas pelo Censo norte-americano a respeito de mais de 40 mil casais. Pares de duas mães passavam em média 100 minutos por dia com seus filhos, e pares de dois pais pouco menos que isso. Em comparação, os pais em casais heterossexuais dedicam em média apenas 50 minutos por dia com seus filhos.

Contabilizadas nessas análises estão horas gastas em atividades que envolvem as crianças: ler para elas, brincar com elas, ajudar na lição de casa, dar banho, levar ao médico. Atividades passivas como assistir televisão ou fazer faxina com o filho por perto não entraram na conta.

Kate Prickett, autora desse trabalho, declarou: “Nossas descobertas corroboram com a ideia de que casais homoafetivos investem tanto tempo quanto – ou até mais – em seus filhos que casais heterossexuais.”

Esse estudo não se preocupa em esclarecer as razões para esse fenômeno, mas Prickett tem algumas especulações a fazer. “Em primeiro lugar, é possível que isso se deve em grande parte à seleção das pessoas. Ou seja, pela maneira como forma-se essas famílias, seja porque o casal se formou quando um dos parceiros já tem um filho, seja por meio de inseminação artificial, barriga de aluguel, ou adoção, todas essas opções realizam-se quando há um desejo muito grande de se ter filhos. Além disso, criar os filhos continua a ser um processo sexista. Homens que formam casais com mulheres ainda tendem a serem os responsáveis pelo ganha-pão, enquanto suas parceiras encarregam-se da maioria das responsabilidades domésticas.”

Jane Czyzselksa, editora da revista Diva, voltada para mulheres homossexuais e bissexuais, considera algumas outras razões: “Pais homoafetivos tendem a investir mais tempo planejando como terão seus filhos – nada acontece ‘por acidente’, afinal de contas. O medo da discriminação na escola vinda de pais e professores heterossexuais também deve fazer que alguns desses casais se esforcem ainda mais.”

Tor Docherty, executivo-chefe da organização New Family Social, que promove a adição por casais LGBT, complementa: “Para todos os pais adotivos, dedicar tempo à criança é fundamental para se desenvolver os laços familiares. Pessoas LGBT são forçadas a desenvolver a própria autoconfiança e autoestima, o que as torna adequadas para ajudar uma criança que precisa encontrar seu lugar no mundo.”

Essa pesquisa vai de encontro com outra, realizada pela PriceWaterHouseCoopers em conjunto com a Families and Work Institute e divulgada em junho, que constatou que casais homossexuais comunicam-se melhor e compartilham as tarefas domésticas de forma mais igualitária que os casais heterossexuais. Parece que a família tradicional tem bastante a aprender com os homoafetivos.

Por que existem homossexuais?

Ao contrário do que os mais preconceituosos pensam, homossexualidade não é doença. E mais, é um comportamento bastante comum na natureza. Em 1999, o pesquisador americano Bruce Bagemihl fez um levantamento amplo e descobriu que nada menos que 450 tipos de mamíferos e aves têm hábitos homossexuais, em maior ou menor grau. Isso vai desde espécies que se exibem para indivíduos do mesmo sexo até aquelas que de fato formam casais homossexuais, chegando até a cuidar de filhotes juntos, passando, é claro, pelas relações sexuais.

Em seu livro, Bagemihl derruba teorias que afirmam que a homossexualidade surge por falta de opção ou porque os animais se confundem. Para ele, os animais homossexuais são assim por um motivo muito simples: porque apreciam o fato de ter parceiros do mesmo sexo que eles.

Outros indícios sugerem, no entanto, que a orientação sexual da pessoa é definida no útero materno. Em mamíferos, o sexo do bebê é definido pelo pai, que traz o cromossomo X ou Y para o filho. No entanto, há um senão aí, como lembra Carlos C. Alberts, da Universidade Esta-dual Paulista (Unesp) de Assis. Entre 4 a 8 semanas depois da fecundação, a mãe grávida libera um hormônio sexual no embrião – hormônio que só vai ter efeitos mesmo durante a adolescência.

É essa substância que, segundo alguns pesquisadores, seria responsável pela orientação sexual da pessoa. Se a combinação entre sexo do embrião e hormônio bater, o indivíduo será heterossexual. Se não, será gay. Por exemplo, um embrião do sexo feminino que receber hormônio feminino vai crescer e passar a ter atração por homens. Se o embrião feminino, no entanto, receber hormônio masculino, as chances de virar homossexual são maiores. É difícil afirmar que esse mecanismo, sozinho, possa controlar toda a complexidade que é o comportamento sexual humano. E, por isso, as bases biológicas da homossexualidade seguem sob debate.



Se os hormônios da mãe controlam o comportamento sexual do bebê, o que a faz “trocar” e dar hormônios masculinos para um bebê feminino, e vice-versa? Alguns cientistas acreditam que isso ocorre durante situações de grande estresse. “Uma pesquisa revelou que, dentre as pessoas que nasceram durante o cerco de Stalingrado [na atual Rússia, na 2ª Guerra Mundial], até 30% assumiram ser homossexuais na vida adulta”, diz Alberts. Tal dado talvez seja muito importante.

É que, de acordo com a chamada Teoria da Seleção de Parentesco, em épocas de grande crise não vale a pena para o indivíduo gastar energia tentando se reproduzir – é mais fácil ajudar a criar os filhos de irmãos ou primos, que possuem uma porção significativa dos próprios genes dele (veja quadro nesta página). Fazendo a conta, é como se o organismo gay estivesse se reproduzindo da mesma forma, o que talvez explique por que a seleção natural não elimina essa característica aparentemente prejudicial do ponto de vista genético. De fato, em muitas espécies existe a categoria dos helpers, que apenas ajudam a cuidar da prole de seus parentes.

O problema, claro, é que muitos gays são filhos únicos e têm irmãos que também são gays. O fato é que, apesar da seleção de parentesco, a homossexualidade ainda continua com aura de mistério.

“Por 2 irmãos ou 8 primos” foi a resposta dada pelo biólogo J.B.S. Haldane (1892-1964) sobre que pessoas ele morreria para salvar – porque assim preservaria todos os seus genes.

Lésbicas que fizeram história e que você provavelmente não conhece

Quando pensamos em mulheres lésbicas, possivelmente pensamos em mulheres como Ellen DeGeneres e Billie Jean King.

Mas além dessas, queremos mostrar a vocês algo especial sobre a sua história para honrá-las pela sua importância histórica. Abaixo, deleite-se com esse grupo de damas destemidas que trilharam o caminho para as mulheres no seu amor por outras mulheres.

Safo

Nascida na ilha grega de Lesbos cerca de 615 A.C., esta poeta escreveu sobre seu desejo por mulheres. O nome e lugar de seu nascimento tornaram-se sinônimos de mulheres apaixonadas por mulheres.
Rainha Cristina da Suécia

Esta integrante da família Royal da Suécia foi coroada rainha em 1644, embora ela tenha renunciado ao trono uma década mais tarde. A Rainha Cristina, amplamente reconhecida como lésbica pelos seus biógrafos, foi interpretada por Greta Garbo no, apropriadamente intitulado, filme de 1933 filme “Rainha Cristina.”

rainha cristina

Jane Addams

Sendo uma das líderes pioneiras do movimento pelo sufrágio feminino, Jane Addams – que nunca foi confirmado, mas cujo rumor diz que ela foi lésbica – fundou a Hull House (uma casa de abrigo e atividades sociais) em Chicago, em 1889, e a Liga Internacional de Mulheres pela Paz e pela Liberdade, em 1915. Como se isso não bastasse, ela ainda ganhou o Prêmio Nobel da Paz, em 1931.

jane adams

Rita Mae Brown

Uma das novelas com temas lésbicos mais importante na história é a de Rita Mae Brown Rubyfruit Jungle, publicada em 1973. A ativista, autora na lista dos mais vendidos do New York Times e ícone feminista – que diz ter sido expulsa da Organização Nacional para as Mulheres – lutou para conseguir que o movimento feminista aceitasse as lésbicas.

rita mae brown

Gladys Bentley

Dizem que a cantora de blues Gladys Bentley se casou publicamente com uma mulher em 1931. Sem mais.

gladys bentley

Barbara Gittings

Aclamada por ser uma das ativistas mais destemidas da comunidade lésbica e a que serviu por mais tempo, Gittings fundou uma sede do The Daughters of Bilitis (Filhas de Bilitis) em Nova York, marchou na Casa Branca nos anos 60 e dava orientação aos gays que sofriam discriminação pelo governo. Ela morreu em 2007.

barbara gittings

Audre Lorde

Ela mesmo se declarava negra, lésbica, mãe feminista, poeta, guerreira, e com essas identidades a Sra. Lorde lutava pelas injustiças contra os marginalizados durante meados do século 20 através dos seus venerados trabalhos literários. Embora vários tentassem silenciá-la, ela abraçou sem medo as suas identidades.

audre lorde

Del Martin & Phyllis Lyon

Um dos casais de lésbicas mais conhecido nos Estados Unidos, Martin e Lyon, estavam juntas desde o início dos anos 50 até a morte de Martin em 2008. Em 1955 elas fundaram o Daughters of Bilitis – a primeira organização social e política para as lésbicas nos Estados Unidos.

del martin phyllis lyon

Patricia Highsmith

Em 1952, a novelista Patricia Highsmith publicou a novela O Preço do Sal – a inspiração por trás do tão antecipado drama da lésbica “Carol” que estrelou Cate Blanchett e Rooney Mara. Também faz parte do seu conjunto de obras as famosas novelas A Garota no Trem, que mais tarde se tornou um filme de Alfred Hitchcock e O Talentoso Ripley.

patricia highsmith

Barbara Jordan

Em 1972, Jordan, nascida e crescida em Houston, Texas, tornou-se a primeira negra do Sul dos Estados Unidos a ser eleita para a Câmara de Representantes. Embora ela nunca tenha se assumido publicamente, o seu obituário no jornal Houston Chronicle mencionou o seu relacionamento de 20 anos com Nancy Earl.

barbara jordan

Via: Brasil Post

Esta entrada foi publicada em GLBTS News, Notícias do mundo gay e marcada com a tag fazendo história, Lésbicas, lésbicas importantes, lésbicas na história, lgbt. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Postagens populares