Em um artigo recente no Guardian, Simon Copland argumentou que é muito improvável que as pessoas nascem gays (ou presumivelmente com qualquer outra orientação sexual). A evidência científica diz o contrário. Ela aponta fortemente para uma origem biológica para as nossas sexualidades. Encontrar evidências de uma base biológica não deve nos assustar ou prejudicar os direitos de gays lésbicas e bissexuais (os estudos a que me refiro não incluem indivíduos transgêneros, por isso vou limitar meus comentários a lésbicas, gays e bissexuais). Eu diria que a compreensão de nossa natureza biológica fundamental deve nos tornar mais vigorosos na promoção dos direitos LGB.
Vamos pegar alguns fatos e perspectivas sobre o assunto. Evidências de grupos de pesquisa independentes que estudaram gêmeos mostram que fatores genéticos explicam cerca de 25-30% das diferenças entre as pessoas na orientação sexual (heterossexual, gay, lésbica, bissexual). Os estudos com gêmeos são um primeiro olhar sobre um traço genético a dizer-nos que existem coisas como “genes para a orientação sexual” (Eu odeio a frase “gene gay”). Três estudos de genes encontrados mostraram que irmãos gays compartilham marcadores genéticos no cromossomo X; o mais recente estudo também descobriu marcadores compartilhados no cromossomo 8. Essa mais recente pesquisa supera os problemas de três estudos anteriores que não encontraram os mesmos resultados.
Os esforços em desvendar o gene têm problemas, como Copland argumenta, mas esses são técnicos e não erros catastróficos na ciência. Por exemplo, traços psicológicos complexos têm muitos genes causais (não simplesmente “um gene gay”). Mas cada um desses genes tem um pequeno efeito sobre essa característica, assim sendo, não atingem níveis tradicionais de significância estatística. Em outras palavras, muitos genes que influenciam a orientação sexual podem não ser rastreados. Mas as técnicas científicas acabarão por apanhá-los. Na verdade, existem problemas mais urgentes que eu gostaria de ver abordados, tais como a investigação inadequada sobre a sexualidade feminina. Talvez isso se deva ao estereótipo de que a sexualidade feminina é “muito complexa” ou que as lésbicas são mais raras do que os homens gays.
Genes estão longe de ser toda a história. Os hormônios sexuais na vida pré-natal desempenham um papel. Por exemplo, as meninas nascidas com hiperplasia adrenal congênita (HAC), o que resulta em aumento natural dos níveis de hormônios sexuais masculinos, mostram índices relativamente altos de atração pelo mesmo sexo, já adultas. Outra evidência vem de machos genéticos que, através de acidentes, ou nascidos sem pênis, foram submetidos à “mudança de sexo” e criados como meninas. Já adultos, esses homens eram, tipicamente, atraídos por mulheres. O fato de que você não poder fazer um macho genético ser sexualmente atraído por outro homem quando “transformado” em uma menina, faz qualquer teoria social da sexualidade um fracasso. Genes podem se deslocar em direção a uma determinada orientação sexual ou os genes podem, simplesmente, interagir com outros fatores ambientais (tais como hormônios sexuais no ambiente do útero) para influenciar a orientação sexual, posteriormente.
Os cérebros de pessoas gays e heterossexuais também parecem estar organizados de forma diferente. Por exemplo, padrões de organização do cérebro parecem semelhantes entre homens gays e mulheres heterossexuais e entre mulheres lésbicas e os homens heterossexuais. Os homens gays parecem, em média, ter respostas-padrão nos cérebros,“tipicamente femininas”, e as lésbicas, um pouco mais “tipicamente masculinas”. As diferenças na organização do cérebro significam diferenças de psicologia e estudo apósestudo mostra diferenças na cognição entre pessoas heterossexuais e homossexuais. Assim, as diferenças gays não são apenas sobre quem você gosta. Eles estão refletidos em nossa psicologia e nas formas como nos relacionamos com os outros. A influência da biologia é executada ao longo de nossas vidas sexuais e de gênero, e essas diferenças, essa diversidade, sem dúvida, devem ser comemoradas.
Vamos pegar alguns fatos e perspectivas sobre o assunto. Evidências de grupos de pesquisa independentes que estudaram gêmeos mostram que fatores genéticos explicam cerca de 25-30% das diferenças entre as pessoas na orientação sexual (heterossexual, gay, lésbica, bissexual). Os estudos com gêmeos são um primeiro olhar sobre um traço genético a dizer-nos que existem coisas como “genes para a orientação sexual” (Eu odeio a frase “gene gay”). Três estudos de genes encontrados mostraram que irmãos gays compartilham marcadores genéticos no cromossomo X; o mais recente estudo também descobriu marcadores compartilhados no cromossomo 8. Essa mais recente pesquisa supera os problemas de três estudos anteriores que não encontraram os mesmos resultados.
Os esforços em desvendar o gene têm problemas, como Copland argumenta, mas esses são técnicos e não erros catastróficos na ciência. Por exemplo, traços psicológicos complexos têm muitos genes causais (não simplesmente “um gene gay”). Mas cada um desses genes tem um pequeno efeito sobre essa característica, assim sendo, não atingem níveis tradicionais de significância estatística. Em outras palavras, muitos genes que influenciam a orientação sexual podem não ser rastreados. Mas as técnicas científicas acabarão por apanhá-los. Na verdade, existem problemas mais urgentes que eu gostaria de ver abordados, tais como a investigação inadequada sobre a sexualidade feminina. Talvez isso se deva ao estereótipo de que a sexualidade feminina é “muito complexa” ou que as lésbicas são mais raras do que os homens gays.
Genes estão longe de ser toda a história. Os hormônios sexuais na vida pré-natal desempenham um papel. Por exemplo, as meninas nascidas com hiperplasia adrenal congênita (HAC), o que resulta em aumento natural dos níveis de hormônios sexuais masculinos, mostram índices relativamente altos de atração pelo mesmo sexo, já adultas. Outra evidência vem de machos genéticos que, através de acidentes, ou nascidos sem pênis, foram submetidos à “mudança de sexo” e criados como meninas. Já adultos, esses homens eram, tipicamente, atraídos por mulheres. O fato de que você não poder fazer um macho genético ser sexualmente atraído por outro homem quando “transformado” em uma menina, faz qualquer teoria social da sexualidade um fracasso. Genes podem se deslocar em direção a uma determinada orientação sexual ou os genes podem, simplesmente, interagir com outros fatores ambientais (tais como hormônios sexuais no ambiente do útero) para influenciar a orientação sexual, posteriormente.
Os cérebros de pessoas gays e heterossexuais também parecem estar organizados de forma diferente. Por exemplo, padrões de organização do cérebro parecem semelhantes entre homens gays e mulheres heterossexuais e entre mulheres lésbicas e os homens heterossexuais. Os homens gays parecem, em média, ter respostas-padrão nos cérebros,“tipicamente femininas”, e as lésbicas, um pouco mais “tipicamente masculinas”. As diferenças na organização do cérebro significam diferenças de psicologia e estudo apósestudo mostra diferenças na cognição entre pessoas heterossexuais e homossexuais. Assim, as diferenças gays não são apenas sobre quem você gosta. Eles estão refletidos em nossa psicologia e nas formas como nos relacionamos com os outros. A influência da biologia é executada ao longo de nossas vidas sexuais e de gênero, e essas diferenças, essa diversidade, sem dúvida, devem ser comemoradas.