Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

“Terapia de conversão” põe em perigo a juventude LGBT e deve parar, aponta relatório

Nos últimos tempos, os esforços para proibir os pais de submeterem seus filhos e filhas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) à “terapia de conversão” tiveram um impulso com a divulgação de um relatório do governo dos Estados Unidos que afirma que a prática é perigosa e deve ser extinta. A administração de Barack Obama apoiou uma petição em abril para proibir a prática em todo o país e este relatório do Departamento de Abuso de Substâncias e Serviços de Saúde Mental (SAMHSA, do inglês Substance Abuse and Mental Health Services Administration) dá ainda mais respaldo científico para a causa.

cura gay terapia de conversão
“Acreditamos que a terapia de conversão para os jovens não está em seu melhor interesse e os fatos e as evidências [científicas] apoiam isso”, declarou em coletiva de imprensa a conselheira sênior da Casa Branca, Valerie Jarrett, segundo reporta a agência de notícias Reuters. “Gostaríamos de apoiar, e temos apoiado [esta posição], tornando a prática ilegal para os jovens”, disse aos repórteres, observando que, no caso de adultos, eles podem “tomar suas próprias decisões” quando se trata de sua saúde.

Quatro estados americanos e Washington proibiram a prática entre menores e adultos vulneráveis desde agosto deste ano e mais 21 estados e Congresso têm considerado ou estão considerando a proibição. Um grupo de defesa LGBT, Human Rights Campaign, elogiou o relatório, dizendo que ele deve levar a uma proibição em todos os 50 estados.

O que é?

Segundo especialistas, a terapia, que visa alterar a orientação sexual, identidade de gênero ou expressão de gênero, é muitas vezes, realizada por profissionais sem licença e que têm treinamento religioso, não médico. A diretora de relações governamentais da Associação Psicológica Americana, Judith Glassgold, explica que tal terapia pode desencadear depressão, ansiedade, pensamentos suicidas, ferir a autoestima e levar ao abuso de drogas e comportamentos sexuais de risco.

“Terapias de conversão ou outros esforços para mudar a orientação sexual, identidade ou expressão de gênero não são eficazes, reforçam estereótipos de gênero nocivos e não são tratamentos de saúde mental adequados”, afirma a Especialista Especial de Assuntos LGBT do SAMHSA, Elliot Kennedy.

“Cura gay”: apenas parem

No Brasil, a prática foi batizada de “cura gay” e é informalmente realizada em diversas igrejas que pregam que orientações sexuais, identidades de gênero e expressões de gênero não-hetenormativas são anormalidades e uma forma de pecado.

O termo foi popularizado em 2013, quando a bancada evangélica da Câmara dos Deputados e o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), à época presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, aprovou a proposta do deputado Anderson Ferreira (PR-PE) anulando trechos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que proíbe os profissionais da área de colaborar com eventos e serviços que ofereçam tratamento para a homossexualidade e que também veda manifestações que reforcem preconceitos sociais em relação aos homossexuais.

À época, a medida foi condenada pela Ordem dos Advogados do Brasil e pelo próprio CFP que proibia, desde 1999, que o profissional da área trate a homossexualidade como doença ou desordem psíquica.

Em junho de 2013, a revista “Veja São Paulo” percorreu dez igrejas evangélicas da capital paulista para saber o que os pastores pregam sobre a homossexualidade.

“No universo dos templos visitados, ninguém usou o termo ‘cura gay’ ou demonstrou ter um programa específico para tal finalidade”, diz a reportagem. “Nove dos dez pastores consultados, entretanto, sugeriram algum tratamento espiritual para a pessoa se livrar do que consideram um pecado grave. Para eles, a prática homossexual é condenável e precisa ser mudada imediatamente, sob o risco de o transgressor acabar no inferno.”

“Com muita oração, renegando os amigos homossexuais e tirando a influência de qualquer magia negra, é possível um gay se casar e ter filhos. Já vi muitos pastores convertidos”, teria garantido o pastor André Luís, da Igreja Universal do Reino de Deus, ao repórter, que se passou por um gay que queria virar heterossexual.

Não deu certo

Na contracorrente, também começam a surgir no universo das igrejas protestantes algumas dissidências, como é o caso da pastora Lanna Holder, lésbica e fundadora da igreja inclusiva Comunidade Cidade de Refúgio. Depois de ter se casado com um pastor, com quem teve um filho, e viajado pelo Brasil contando a história da sua “cura” da homossexualidade, tudo mudou em 2002, quando, nos Estados Unidos, conheceu Rosania Rocha, também mãe de um menino e casada com um pastor.

“Quando fui pra Boston, eu já estava conformada, achando que teria que viver minha vida toda escondendo minha verdadeira orientação sexual”, contou Lanna em entrevista ao portal Vírgula, do UOL. “Eu mentia, pois tinha certeza de que a minha orientação sexual era imutável, ao contrário do que eu fazia as pessoas acreditarem. Fiz tudo o que a igreja mandou fazer para deixar de ser lésbica: quebra de maldição, cura interior, desligamento de alma, quebra de vínculo. Depois de tudo, minha orientação sexual não mudou e então cheguei à conclusão de que fazia parte da minha natureza”.

Depois de sofrerem muito com a homofobia das pessoas que as conheciam e da comunidade da igreja que frequentavam, as duas se casaram e fundaram a Comunidade Cidade de Refúgio, em São Paulo, que recebe gays e lésbicas de portas abertas. “Se alguém entrar aqui sem saber que é uma igreja inclusiva vai achar que é uma igreja evangélica como qualquer outra. Sexo é só depois do casamento, temos dízimos e ofertas, louvamos a palavra de Deus… A bíblia do gay é a mesma do hétero, a única diferença é que interpretamos diferente a questão da homossexualidade. Não somos ativistas gays, mas acreditamos na inclusão”, explica Lana.
No Rio de Janeiro, a experiência da igreja inclusiva se repete na catedral da Igreja Cristã Contemporânea, fundada pelo casal de pastores Marcos Gladstone e Fábio Inácio de Souza. Ao portal G1, Souza afirma acreditar que, se voltasse à Terra, Jesus não discriminaria os gays. “Em todo o tempo, Ele esteve ao lado dos excluídos. A mulher adúltera, o cego, o leproso. Jesus veio para quebrar algumas leis. Os negros também já foram discriminados, não podiam ir à igreja. A Bíblia não condena a homossexualidade, quem condena é o homem”, disse.

Culpa cristã

Recentemente, o polonês Krysztof Charamsa, que foi padre da Igreja Católica por 17 anos, foi afastado do cargo ao assumir sua homossexualidade e relacionamento com o catalão Eduard Planas. O anúncio foi feito no início deste mês, às vésperas do Sínodo de Bispos, reunião em que líderes da Igreja Católica discutem, até 24 de outubro, questões relacionadas à família.

“Um sínodo que quer falar da família não pode excluir nenhum modelo familiar. Homossexuais, lésbicas e transexuais têm direito ao amor e a construir famílias”, declarou à BBC Brasil o padre que pede pelo fim da discriminação LGBT dentro da Igreja Católica.

“[A admissão pública] foi um gesto dramático, quase de desespero diante de uma igreja que considero homofóbica, cheia de medo e ódio. Eu vivi o pesadelo da homofobia da minha igreja. [A igreja] ainda não é capaz de encarar a realidade, não deu o passo dado pela medicina e leis de alguns Estados. Não há nada o que curar na homossexualidade, não é delito ser homossexual. Não se pode viver toda a vida no armário, numa quase esquizofrenia de não aceitação de si mesmo. Você não pode imaginar o sentimento de culpa de um gay crente! A mentalidade cristã fundiu em nós que ser homossexual é pecaminoso e diabólico”.

Mundo "gay"

Em 1982 a então deputada Natália Correia reduziu os argumentos mais conservadores em relação à sexualidade com um poema venenoso, dirigido ao deputado do CDS João Morgado, opositor da liberalização do aborto: "O acto sexual é para ter filhos - disse ele/ Já que o coito - diz Morgado - tem como fim cristalino,/ fazer menina ou menino;/ e cada vez que o varão/ sexual petisco manduca/ temos na procriação/ prova de que houve truca-truca./ Sendo pai só de um rebento,/ lógica é a conclusão/ de que o viril instrumento/ só usou - parca ração! -/ uma vez. E se a função/ faz o órgão - diz o ditado -/ consumada essa excepção/ ficou capado o Morgado." Um livro recentemente publicado nos Estados Unidos surge na mesma senda do poema de Natália Correia, ao compor uma lista exaustiva de exemplos de comportamentos homossexuais entre os animais.

A ancestral visão bíblica do dilúvio universal, em que Noé constrói uma arca para salvar um casal de cada espécie animal, parece ser muito redutora. É cada vez mais reconhecido que muitos animais - pelo menos, mamíferos e pássaros - têm relações homossexuais. Um livro publicado nos Estados Unidos analisa extensivamente toda a literatura publicada sobre o assunto, e apresenta 470 exemplos deste nosso mundo "gay" - ou, pelo menos, bissexual. "Biological Exuberance: Animal Homosexuality and Natural Diversity" (Exuberância Biológica: Homossexualidade Animal e Diversidade Natural) é um livro de 750 páginas, publicado pela St Martin's Press, em que Bruce Bagemihl, um investigador de Seattle (Washington, EUA), relata os resultados de uma pesquisa realizada em dez anos. Durante uma década, leu todos os artigos publicados em revistas científicas que indiciassem casos de relações homossexuais entre os animais, e conversou com outros investigadores, para conhecer mais detalhes que tivessem ficado de fora dos artigos. As opiniões dividem-se: há quem considere a homossexualidade animal um disparate à luz da teoria da evolução de Darwin e não a aceite, mas também há outros investigadores que louvam o gigantesco levantamento de dados feito por Bagemihl, que trazem para a ribalta uma faceta do comportamento animal que permanece muito ignorada. "A beleza do livro é ter tanto dados. Fiquei impressionado com bestiário de comportamentos homossexuais realizado por Bagemihl. Fica claro que atravessam o reino animal", disse Paul Harvey, um biólogo da evolução da Universidade de Oxford, no Reino Unido, à revista de divulgação científica britânica "New Scientist", que dedicou um longo artigo a este livro na sua edição de 7 de Agosto.Os exemplos recolhidos por Bagemihl mostram que o comportamento homossexual entre os animais não é um fenómeno único e uniforme. Por vezes, os preliminares às relações homossexuais são semelhantes às heterossexuais, como acontece entre os pinguins e as morsas. Mas, em alguns casos, são completamente diferentes, como entre as avestruzes: os machos tentam cativar outro macho com uma dança de piruetas, de uma forma diferente do que fazem quando procuram atrair as atenções de uma fêmea. Quanto às fêmeas dos macacos "rhesus", brincam às escondidas umas com as outras, num comportamento exclusivo do cortejamento entre fêmeas. Em cerca de um quarto dos casos descritos, há apenas aquilo que Bagemihl chama comportamentos afectuosos, sem contacto genital directo, "mas com contornos claramente sexuais ou eróticos". Os leões esfregam narizes e rolam abraçados, enquanto alguns morcegos ficam com erecções quando animais do mesmo sexo os lambem e limpam. As girafas machos acariciam-se mutuamente, no rosto e no pescoço, e as carícias muitas vezes culminam em orgasmo. Mas também há comportamentos sexuais mais explícitos: as fêmeas de ouriço fazem sexo oral e os orangotangos machos também. "Quase todos os tipos de actividades sexuais entre parceiros do mesmo sexo praticadas pelos seres humanos têm um equivalente no reino animal", diz Bagemihl. A mensagem que quer fazer passar é simples: a homossexualidade é tão natural como a heterossexualidade, e não uma coisa que apenas os estranhos seres humanos fazem. Só que, apesar de ser aparentemente tão comum, a homossexualidade animal é pouco conhecida, até mesmo entre os cientistas. "Embora os primeiros artigos sobre comportamentos homossexuais entre primatas tenham sido publicados há mais de 75 anos, quase todos os principais livros de primatologia a ignoram", afirma o primatólogo Paul Vasey, da Concordia University, em Montreal, no Canadá.Os motivos para isto, diz Bagemihl, são uma mistura de preconceitos individuais e ansiedade profissional entre os zoólogos. As soluções mais comuns para lidar com a questão são dizer que os animais se enganam - não sabem bem se estão a fazer sexo com uma fêmea ou um macho - ou que a penetração de um macho por outro não é mais do que o estabelecimento de uma relação de supremacia. Um exemplo desta última desculpa foi confessado pelo biólogo Valerius Geist, que estudou carneiros de montanha nas Montanhas Rochosas. "Arrepia-me pensar que aqueles magníficos animais eram homossexuais. Oh, meu Deus!" Durante dois anos, tentou convencer-se a si próprio de que quando viu um macho penetrar outro estava apenas a ver uma forma agressiva de estabelecer uma relação de domínio. "Nunca publiquei essas desculpas esfarrapadas e estou contente por não o ter feito. Acabei por chamar os bois pelos nomes e admitir que os carneiros vivem numa sociedade que é essencialmente homossexual."Mas as objecções intelectuais são mais profundas. A homossexualidade parece ser uma perda de tempo, numa perspectiva darwiniana: para quê perder tempo em relações deste tipo quando se podiam estar a fazer bebés e a perpetuar a espécie? Um dado adquirido é todos os animais serem uma espécie de máquinas biológicas cujo objectivo é espalhar os seus próprios genes. Por isso, alguns cientistas não acreditam em animais homossexuais.O que Bagemihl responde a estas objecções é que os comportamentos homossexuais existem, seja qual for a sua explicação ao nível da evolução biológica ou função social. "Só porque um comportamento é de cariz sexual, isso não quer dizer que não possa cumprir um papel social", diz o canadiano Paul Vasey.Linda Wolfe, que hoje é catedrática de Antropologia na Universidade da Carolina do Leste, em Greenville (Carolina do Norte), em meados dos anos 70 estudava macacos no Japão e descobriu que as fêmeas faziam sexo entre si, tem uma explicação simples. Tendo comida e tempo livre, "fazem-no apenas para ter prazer." Nos anos 70, Wolfe teve de enfrentar os olhares de lado de muitos outros investigadores, que lhe perguntavam porque é que ela se interessava por coisas esquisitas. E, mesmo hoje, encontra comentários do mesmo género: "Há três anos, numa conferência de primatologia, apresentei esta ideia e fui expulsa da sala." Os comentários eram do género: "Bem, se assim fosse, estávamos todos a fazer sexo no corredor."Mas este argumento tem uma expressão reconhecida pelo menos entre os bonobos ou chimpanzés-pigmeus. "Se o que se pretende é sexo homossexual, não é os humanos que devemos observar, mas os bonobos. É escandaloso", comenta, divertido, o primatólogo Robin Dunbar, da Universidade de Liverpool, em declarações à "New Scientist". "Eles fazem sexo com qualquer um, de qualquer sexo ou idade." É fácil ver fêmeas abraçadas de frente, para se estimularem genitalmente, ou machos a beijarem-se com amplo uso da língua. Mas, no caso dos bonobos, que vivem em grupos sociais muito grandes - com 20 ou mais animais -, o sexo funciona como uma forma de construir relações e evitar conflitos. E a estratégia parece funcionar, pois a sua sociedade é muito mais harmoniosa do que a dos seus primos mais próximos, os vulgares chimpanzés. Ainda que os bonobos sejam o caso mais espectacular, Bagemihl está convencido de que os casos que apresenta no seu livro são apenas a ponta do icebergue. Afinal de contas, é raro observar actos sexuais entre muitas espécies. Acasalamentos heterossexuais de chitas, em ambiente natural, por exemplo, só foram vistos cinco vezes. "O facto de em muitas espécies nunca terem sido detectados comportamentos homossexuais não quer dizer que não existam. Pode significar apenas que ainda nunca foram observados", conclui Bagemihl.

Mundo gay é culpado de gordofobia - mas também criou remédios para esse mal

O culto ao corpo é intenso na cultura de hoje em geral, mas a comunidade gay é conhecida por exercê-lo com ainda mais afinco. Essa semana o LADO BI discute como o ideal de corpo afeta a vida cotidiana e como os padrões do corpo "ideal" podem variar de grupo para grupo. No estúdio, Chris Martinez, autora do blog Cansei de Ser Gorda, e Marcelo Cia, assessor de imprensa que há quatro anos investe várias horas de seus dias a cultivar um corpo saudável. Eles discutem acusações de que preocupar-se com a forma física é sinônimo de gordofobia: "Muita gente me acusa de gordofobia no meu blog. Dá sim pra ser feliz sendo gordo, mas buscar entrar em forma não é preconceito", afirma Martinez. "Ao mesmo tempo em que existe uma idolatria pelos musculosos no mundo gay, existe muita gente que aprecia gordos, por razões estéticas ou afetivas", lembra Cia. Ele também acredita que muito dessa fixação por um tipo de corpo deve-se à vontade de pertencer a um grupo: "as pessoas buscam ter um corpo que seja aceito pelo grupo do qual querem fazer parte. Mesmo dentro das baladas dos musculosos tem o grupo dos ursos, dos afeminados coloridinhos. A gente acha que não é democrático, mas dentro da comunidade existem grupos que permitem que você tenha outras estéticas. Acontece uma certa segregação, mas também há muita intersecção entre esses grupos." Martinez compara a vida gay com a da mulher hétero: "É claro que entrar em forma melhora não só sua saúde, também traz autoconfiança. Na balada gay isso é mais explícito, mas também vale pra gente. Quando você está seguro, pode vir a mulher mais linda do mundo, tô nem aí, eu arraso.

Minha mulher quer que eu fique usando calcinhas!

Me diz o que faço, temos mais de 30 anos de casados, minha esposa sempre foi fiel, nunca percebi nada, dias desses ela começou a pedir que eu pusesse uma calcinha fio dental, que ela comprara errada, (pois nunca usou) tentou vários dias até que um desses eu pus, confesso que gozamos muito alem do normal, agora ela diz que vai comprar uma preta de rendinha, só pra mim, eu disse que jamais vou usar, ela falou… se vc quiser eu uso uma cueca sua, mas adoraria te ver com um fio denta de rendinha (pois tenho a bunda bem redondinha), não sei que passa na cabeça dela,. agora o que faço? tenho receio que vire rotina, ela dia aki entre 4 paredes ninguem vai saber amor… e ai…?

Sua esposa é uma tremenda de uma espertinha! Tá na cara que ela já comprou a dita calcinha de caso pensado, ou seja, ela comprou com a intenção de convencê-lo a usar. Entendo que, de início, a proposta dela pode parecer assustadora para um homem sexualmente pacato.
Mas isso que sua mulher está lhe propondo é mais comum do que se imagina e já tem até nome: cross-dressing, prática que consiste em usar objetos ligados ao sexo oposto por diversas razões que podem ir desde motivos profissionais até a simples obtenção de prazer sexual durante uma transa, como é o caso de vocês e eu até me arriscaria  dizer que o prazer disso tudo se encontra justamente em poder se sentir no outro através do uso de um objeto que está diretamente ligado ao seu sexo. É como se através dessa troca de peças de roupas vocês estivessem psicologicamente trocando de sexo e talvez esse seja o grande barato embutido nessa prática para muitos casais.
Apesar de achar estranho, você parece ter gostado e muito da novidade. Prova tal foi que gozou como se estivesse em lua de mel. O que parece estar te afligindo apenas é o fato de isso fugir ao convencional. Mas em trinta anos de casados, sua esposa já deve estar cansada de fazer apenas o tradicional, e provavelmente esteja querendo apenas oxigenar, dar uma sacolejada na vida sexual de vocês. Parece que deu certo e embora você não se sinta psicologicamente à vontade para repetir a dose, você não precisará ficar usando peças intimas femininas (se não quiser) sempre para apimentar a relação se também tomar atitudes para movimentar a vida íntima de vocês, já que, ao que tudo indica, é o que sua esposa pretende com essa proposta.
Então, por que você não a chama para fazerem uma visitinha a um sex shop e lá escolherem produtos que nunca tenham usado? Garanto que essa peregrinação sexy a uma loja dessas mexerá e muito com a libido de vocês. Se não quiser fazer esse passeio com ela em uma sex shop para ela não cair na tentação de querer comprar outra calcinha para você (rsrsrsrsrs), por que não vai sozinho a uma dessas lojas e compra algum acessório do seu agrado e manda entregar juntamente com um bilhetinho bem safadinho com a assinatura de algum pseudônimo, só para criar um clima engraçado como se fosse algum admirador secreto dela, mas que pela letra ela saiba que se trata de você e manda entregar na casa de vocês? Garanto que quando você chegar, ela vai estar pegando fogo e louca para usar os tais acessórios.
Poderia também em um fim de semana propor a ela assistirem a um filme sensual como De Olhos Bem fechados, Último Tango em Paris completamente pelados como se fossem dois adolescentes. Acho que só o fato de serem duas pessoas que já estão na meia idade fazendo coisas íntimas como se fossem dois adolescentes já pode dar uma sacudida e tanto na vida sexual de vocês, pois poderá trazer à tona muita coisa boa do início do relacionamento.
Também poderia criar um ambiente especial no quarto ou na casa de vocês para fotografar sua esposa de lingerie para compor uma espécie de álbum erótico só de vocês. Tenho certeza que ela se sentiria incrivelmente sexy com todo esse clima. Mas se for fazer isso, cuidado para não deixar as fotos vazarem.
Digo tudo isso para você demonstrar à sua esposa que também deseja apimentar o relacionamento de vocês, e passe a oferecer a ela novas experiências e sensações que possam fazê-la esquecer desse fetiche de querer vê-lo vestido com as peças íntimas do vestuário feminino. Essa talvez seja uma boa maneira de você se livrar dessa saia, digo, calcinha justa (rsrsrsrs) de forma sutil, sem magoar sua esposa e com grandes chances de otimizar a relação de vocês.

Minha filha é lésbica!

Levei um susto! Foi uma total surpresa para mim, mas diferente da maioria, o que me veio à cabeça naquele momento foi imaginar o sofrimento da minha menina desde os 12 anos, idade em que se descobriu lésbica, antes disso, ela só sabia que era diferente”.
O depoimento é de Angela Moysés, mãe de Thaís, de 21 anos. A jovem assumiu ser lésbica aos 16 anos. Antes de saber o que estava acontecendo de fato, Angela observava um comportamento estranho da filha - sempre calada, chorando a toa e usando a desculpa que estava estressada pelo excesso de atividades, que na verdade se tratava de uma válvula de escape.
“Um dia, após chegarmos do cursinho, eu disse a ela que enquanto não me contasse qual era o problema não levantaríamos da mesa. E foi aí que ela me relatou que gostava de meninas e não de meninos”. Na mesma hora, a mãe fez a seguinte pergunta: "Filha, você tem idéia de que seu caminho será muito sofrido?" E ela respondeu: "mãe, se fosse opção você acha que teria escolhido o caminho mais difícil para viver?"
A partir daí, Angela começou a ler sobre o assunto, além de se preparar para falar com o seu marido e sua filha mais nova, Tatiana, que na época tinha 13 anos. Para a sua surpresa, ele encarou a situação normalmente. “Inclusive ele disse que iria entrar no mundo gay pela porta da frente, de mãos dadas com ela e que não era necessário continuar vivendo uma vida dupla. Nós queríamos conhecer as pessoas com quem ela estava andando, e assim foi. Sabíamos que essa nossa postura traria problemas - já sofremos com o preconceito - mas enfrentamos tudo juntos”.
Angela passou a convidar amigos gays e lésbicas da filha para a sua casa e percebeu que grande parte deles tinha histórias tristes para contar. Certo dia, a filha trouxe uma cartilha do Grupo de Pais de Homossexuais (GPH), ONG que promove reuniões presenciais ou virtuais e conta com o apoio de psicólogos. Edith Modesto, a fundadora do grupo, compilou alguns depoimentos e os reuniu no livro "Mãe sempre sabe? Mitos e verdades sobre pais e seus filhos homossexuais", lançado este mês.
“Foi um grande passo participar da ONG. Queria mostrar a eles que é possível sim ter um filho ou filha homossexual e ser feliz. É extremamente gratificante, principalmente quando conseguimos ajudar um pouquinho aquela mãe que está um farrapo, destroçada, e que passa a enxergar uma luz no fim do túnel!”, diz.
Sobre a falta de leis que reconheça a união de homossexuais Angela é enfática: “Eles trabalham, pagam impostos, vivem toda uma vida juntos e na hora que um deles morre, não há direito a pensão e nem a herança. Isso é injusto. Temos que reconhecer de direito o que já existe de fato!

Meu filho é gay. O que fazer?
Quando se descobre que o filho é gay, a primeira certeza que todos os pais devem buscar é a clareza de que homossexualidade é espontânea.
Não existe de forma alguma a opção ou escolha de ser gay e esse conceito é bastante errado. Os filhos não escolhem serem gays e não existem elementos externos suficientes que possam nos influenciar a tomar esse tipo de decisão. Não se decide ser gay. Decide-se se assumir ou não.
Não nos tornamos gays se convivemos com gays, mas andamos com gays porque em alguma medida nos identificamos. O que não quer dizer, de forma alguma que, se o seu filho anda com alguns amigos gays, ele seja. A juventude de hoje está cada vez mais disponível à diversidade e esse conceito é bastante louvável. Evoluído, melhor dizendo.
No momento que o filho se assume gay ou os pais descobrem a real sexualidade do filho, o mais importante é batalhar pela absorção desses conceitos, novos conceitos. Em paralelo, é fundamental entender que não existe culpa dos pais pois não existe uma fórmula de educação, trato ou comportamento durante o processo de vida e socialização que levem o filho a se tornar gay. Não existe o “tornar-se gay”. Existe o revelar, se encontrar ou se aceitar.
Muitos pais de filhos gays ficam horrorizados quando a verdade vem à tona. Alguns sugerem que o filho “seja gay mas não se relacione com nenhum outro homem” – a exemplo do meu pai no começo. Outros ameaçam, rejeitam e ao mesmo tempo se punem com o velho pensamento: “Aonde foi que eu errei?”. Outros pais buscam pesquisas e estudos a respeito enquanto as mães vivem entristecidas, deprimidas, procurando por uma luz emocional que não vem. Esperam uma luz de fora, mas a luz – na realidade – virá de dentro. E claro que hoje há aqueles pais que absorvem essa realidade de maneira mais digna com todos os envolvidos, incluindo eles mesmos.
A melhor dica para os pais de filhos gays é que peguem todos valores e tentem se desprender do que a sociedade diz ou do que o próximo pode dizer. O fundamental, nesse processo de aceitação e clareza entre filhos gays e seus pais, é rever os próprios valores.
Lembra da piada que fizeram sobre gays outro dia? Pois é, esse hábito pode continuar mas precisa mudar de sentido. Lembra do filho do amigo que se falava “pelas costas”? Olha aí mais um hábito para se mudar!
Lembra que pais idealizam nos filhos seus sonhos e expectativas? As idealizações podem continuar mas não será exatamente do jeito que se espera. Aliás, quando é exatamente como se espera? Eis um ponto importante: sabemos que os filhos esperam bastante dos pais e essa necessidade é até bem clara na relação familiar. Já os pais também esperam algo dos filhos, não é verdade?
Bem ou mal, certo ou errado, os pais também são “vítimas” de uma sociedade historicamente heterossexualizada. Heterossexualidade é o que se chama de padrão, é o modelo dito como correto, da retidão religiosa, do machismo ou da tradição familiar. Mas no momento em que se descobre que o filho é gay, são essas reflexões que devem ser levantadas: “afinal de contas por que heterossexualidade é o correto?”. Não existe uma linha restritamente correta quando o assunto é sexualidade e quem disse que há, basta olhar para o mundo e, se não vê, está cego ou voltado para dentro.
A religião nos impõe doutrinas, regras firmes e quase absolutas e, nessa toada, diz que homossexualidade é pecado. A tradição familiar fala da questão dos descendentes, da importância de herdar valores de pais para filhos e seguir por uma linha de conduta. E quem disse que homossexualidade está a parte da conduta? A avó, a bisavó, o imaginário da tradição familiar?
Essa linha nada mais é do que o apego por regras e padrões. Regras e padrões duram para sempre?
Como seguir essa “linha” se, novamente, a homossexualidade é espontânea? Das duas uma: brigar e impor uma postura rígida (em vão) porque o filho pode até se submeter à força da tradição (ou de ameaças), assumir uma vida heterossexual, ter uma esposa e filhos, mas em sua essência – em sua intimidade – sempre vai morar o desejo pelo outro do mesmo sexo e você, pai e mãe, que impõem condições pela tradição terão que assumir pelo resto da vida (ou pelo tempo que o filho viver no padrão de conduta esperado) o egoísmo, a frieza e até a amargura por ter priorizado a ideia de que “filho meu não pode ser gay”. Priorizar os valores do ego desse jeito, com a intolerância, são coisas de pessoas cujos adjetivos não são dos melhores. Para vocês que são pais e pensam assim, sinto em dizer que aprenderão sobre a tolerância vivendo e sofrendo muito da intolerância. Esse caminho tende a armagurar. Mas quem sou eu para dizer como PAIS devem fazer?
Ou, como segunda opção (e isso sim é uma escolha), romper com a rigidez da tradição. As vezes nem se pensa ou se entende de onde vem a tradição familiar. Por que se faz tanta questão com a tradição referenciada na sexualidade? Talvez nem você saiba direito a resposta e dizer “porque ter um filho bicha é inconcebível” é o mesmo que uma criança imperativa pedindo por bala!
Quebrar paradigmas, reatribuir valores na relação de pais e filhos e perceber que para a homossexualidade deve existir a tolerância – se o objetivo é que seu filho seja realizado – são as oportunidades que a vida traz a todos, pais e filhos, de viver sem fardas, hipocrisia e imaturidade. Porque poupar a si da realidade homossexual de filhos, sinto muito, não é amor. Querer que filhos sigam doutrinas e valores tradicionais não é amor. Cadê a tão comentada “compreensão” que exigimos, inclusive, de nossos próprios filhos no processo de educação?
(Pais viram crianças quando se descobre que o filho é gay, não é isso? Muitos viram! Porque a mim essa coisa de intolerância é deveras infantil!).
Devemos aceitar a espontaneidade das pessoas mesmo que essa espontaneidade seja diferente do rigor do que, para pais, lhes foram ensinado. Aliás, pais rigorosos seguem por regras da tradição por escolha, mas a escolha nem sempre quer dizer uma consciência da mesma. Lembrando que pessoas amadurecidas e capazes, hoje em dia, se desprendem de valores herdados com muito mais flexibilidade para a conquista dos próprios valores. Temos que ser cada vez mais capazes e mais adaptáveis. Não é isso que, inclusive, os pais esperam dos filhos?
“Capacidade de adaptação” – tão lógico e claro quando os pais se referem ao desenvolvimento profissional ou até mesmo humano dos filhos. Tão obscuro quando o assunto tange a homossexualidade. Tradição, no meu sincero ponto de vista, não pode ser o efeito de um muro, mas sim a base para que filhos se fortaleçam e vivam o hoje com segurança.
Naturalmente, os “bons filhos gays”, muito preocupados por essa “deficência social” buscam compensar de outras maneiras mesmo que inconscientemente. E os bons pais que se deparam com essa “deficência social”? Onde colocam suas virtudes nesse momento de aceitação?
Mais uma vez, queridos pais, a homossexualidade é espontânea e não se opta. Opção vocês têm de viver com o sofrimento ou com a plenitude de poder amar seus filhos sem barreiras. Pais normalmente mal entendem porque são intolerantes com a homossexualidade e, tal qual crianças, despejam autoritarismo em cima dos filhos quando o assunto é homossexualidade!
“Porque filho meu tem que ser macho”. “Porque não aceito um filho viado”. “Porque essa coisa de ser gay é falta de vergonha na cara!”. Estou para ver pais que lancem essas frases ao ar diante dos seus filhos gays e saibam explicar essas ideias de maneira clara como se espera de pais.

Nossa Postura

Gente gostaria de compartilhar com vocês alguns pensamentos que considero muito importantes principalmente para a classe LGBT e a todos aqueles que lutam por respeito, dignidade e igualdade. Meu objetivo aqui através dessa publicação é manifestar meus pensamentos relativos as Paradas Gays que acontecem por todo país. 

Depois de analisar essas imagens respondam: É assim que pretendemos lutar por respeito e igualdade? É esse o caminho? Será que atitudes como essas não só fazem manchar ainda mais nossa imagem, e atribuir de certo modo nossa sexualidade a algum promiscuo e vulgar? E olhem que essas fotos são das mais leves que encontrei, existem coisas piores, muitas vezes até uma falta de respeito a símbolos religiosos extrema! É através de atitudes como essas que buscamos o respeito da sociedade? Onde estão nossos princípios? Onde esta nossa moral? Pra que enfim Parada Gay? O objetivo é esse que vemos nas fotos?

Gente, nossa imagem, é nosso cartão de visita, se desejamos ser bem vistos, é necessário que esse cartão de visita esteja apresentável, não quero aqui criticar aqueles que fazem a Parada Gay, cada um faz de sua vida o que bem entender, só não consigo encontrar em ações como essas algum que favoreça a categoria, muito pelo contraria, até eu que sou homossexual me envergonho em ver cenas como essas, a impressão que tenho, é que as Paradas Gays deixaram de ser um evento em combate a violência e a homofobia ( se é que alguma vez já foram ) para se tornar uma festa, onde gays e cia se reúnem para afirmar a sociedade que somos isso que vemos nas fotos, não preciso nem descrever, quero que cada um reflita se o que digo não faz sentido... 


O combate ao preconceito e a homofobia somente terá expressão real e verdadeira quando os membros da comunidade LGBT desenvolverem suas qualidades a beneficio do grupo, e pararem de promover eventos que só mancham mais ainda nossa imagem como pessoas. Precisamos rever nossos conceitos, precisamos de pessoas com postura, princípios, visão e acima de tudo seriedade para que enfim possamos alcançar aquilo que mais almejamos: Liberdade, dignidade, respeito e igualdade. Mais isso só vai acontecer, se deixarmos de brincar, e levarmos as coisas a serio. Fica aqui minha critica a organização das Paradas Gays de todo Brasil.

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