atriz que encenou crucificacao na parada gay recebe ameacas
A atriz transexual Viviany Beleboni, que interpretou uma crucificação durante a Parada do orgulho LGBT de São Paulo, recebeu ameaças de morte por conta de sua performance. "Dizem coisas absurdas: que devo morrer, ser crucificada de verdade, contrair câncer. Acordei cedo com uma ligação anônima, dizendo que eu iria morrer”, afirmou à Folha de S. Paulo. Viviany revelou ainda que foi criticada por parte da comunidade LGBT, por estes acreditarem que “os gays vão ser mais reprimidos, que o preconceito vai aumentar”. Religiosos como o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) criticaram a interpretação, assim como o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, que emitiu nota sobre o episódio. "Entendo que quem sofre se sente como Jesus na cruz. Mas é preciso cuidar para não banalizar ou usar de maneira irreverente símbolos religiosos, em respeito à sensibilidade religiosa das pessoas. Se queremos respeito, devemos respeitar", disse. Já o presidente da Comissão de Direito Constitucional da OAB-SP, Marcelo de Oliveira Fausto Figueiredo não vê crime no ato. "Foi uma manifestação forte, mas a meu ver estava dentro da liberdade de expressão."
Imagens vistas na Parada Gay, dividem opiniões nas redes sociais.
A Avenida Paulista foi tomada por milhares de pessoas que acompanham, neste domingo (7), a 19ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Atores norte-americanos de séries famosas, como "Lost", "Orange is the New Black" e "Sense8", participam do evento. Com 18 trios elétricos, o evento começou às 10h em frente ao Masp e terminou por volta das 20h. A festa realizada na cidade de São Paulo, registrou imagens de lutas, de procura de direitos, mas também imagens que dividiram opiniões em todo o Brasil. Em algumas encenações e "fantasias" dos participantes, passagens bíblicas foram usadas numa forma de expressar o fim da opressão e do preconceito com os LGBT.
São mulheres semi nuas crucificadas em cruzes, a imagem de Jesus crucificado em momentos íntimos com outras pessoas, imagens de santos católicos usados como tapa sexo e grupos intitulados como: "Somos todas vadias, somos todas vadias". As imagens registradas pelos jornalistas que estavam no evento, circularam nas redes sociais, trazendo a tona uma discussão religiosa bastante delicada no Brasil.
Será que o direito de expressão pode ser usado desta forma? A forma de expressão deve ser respeitada e tolerada seja ela como for? A quem defenda o uso das imagens bíblicas no evento, mas há também que repudia e massacra as formas de expressão vistas em São Paulo.
Na rede social Facebook, a exposição religiosa vista na parada, foi amplamente discutida e centenas de comentários e compartilhamentos tomaram conta da rede.
O grande fato é que o evento realizado neste fim de semana em São Paulo, atrai a cada ano milhões de pessoas, mas também o foco e olhares de ideologias e princípios religiosos encontrados no Brasil.
Procurar direitos, defender suas opções, garantir sua cidadania, faz parte do processo natural de uma democracia, mas também respeitar certas imagens, também faz parte desde processo. As discussões estão abertas e todos os anos a maior Parada Gay do pais vira o centro das notícias no Brasil.
A atriz transexual Viviany Beleboni, que interpretou uma crucificação durante a Parada do orgulho LGBT de São Paulo, recebeu ameaças de morte por conta de sua performance. "Dizem coisas absurdas: que devo morrer, ser crucificada de verdade, contrair câncer. Acordei cedo com uma ligação anônima, dizendo que eu iria morrer”, afirmou à Folha de S. Paulo. Viviany revelou ainda que foi criticada por parte da comunidade LGBT, por estes acreditarem que “os gays vão ser mais reprimidos, que o preconceito vai aumentar”. Religiosos como o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) criticaram a interpretação, assim como o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, que emitiu nota sobre o episódio. "Entendo que quem sofre se sente como Jesus na cruz. Mas é preciso cuidar para não banalizar ou usar de maneira irreverente símbolos religiosos, em respeito à sensibilidade religiosa das pessoas. Se queremos respeito, devemos respeitar", disse. Já o presidente da Comissão de Direito Constitucional da OAB-SP, Marcelo de Oliveira Fausto Figueiredo não vê crime no ato. "Foi uma manifestação forte, mas a meu ver estava dentro da liberdade de expressão."
Imagens vistas na Parada Gay, dividem opiniões nas redes sociais.
A Avenida Paulista foi tomada por milhares de pessoas que acompanham, neste domingo (7), a 19ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Atores norte-americanos de séries famosas, como "Lost", "Orange is the New Black" e "Sense8", participam do evento. Com 18 trios elétricos, o evento começou às 10h em frente ao Masp e terminou por volta das 20h. A festa realizada na cidade de São Paulo, registrou imagens de lutas, de procura de direitos, mas também imagens que dividiram opiniões em todo o Brasil. Em algumas encenações e "fantasias" dos participantes, passagens bíblicas foram usadas numa forma de expressar o fim da opressão e do preconceito com os LGBT.
São mulheres semi nuas crucificadas em cruzes, a imagem de Jesus crucificado em momentos íntimos com outras pessoas, imagens de santos católicos usados como tapa sexo e grupos intitulados como: "Somos todas vadias, somos todas vadias". As imagens registradas pelos jornalistas que estavam no evento, circularam nas redes sociais, trazendo a tona uma discussão religiosa bastante delicada no Brasil.
Será que o direito de expressão pode ser usado desta forma? A forma de expressão deve ser respeitada e tolerada seja ela como for? A quem defenda o uso das imagens bíblicas no evento, mas há também que repudia e massacra as formas de expressão vistas em São Paulo.
Na rede social Facebook, a exposição religiosa vista na parada, foi amplamente discutida e centenas de comentários e compartilhamentos tomaram conta da rede.
O grande fato é que o evento realizado neste fim de semana em São Paulo, atrai a cada ano milhões de pessoas, mas também o foco e olhares de ideologias e princípios religiosos encontrados no Brasil.
Procurar direitos, defender suas opções, garantir sua cidadania, faz parte do processo natural de uma democracia, mas também respeitar certas imagens, também faz parte desde processo. As discussões estão abertas e todos os anos a maior Parada Gay do pais vira o centro das notícias no Brasil.