Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

quarta-feira, 30 de março de 2016

Namoro entre gays no ensino médio aumenta.

O relacionamento entre meninos gays ou bissexuais no decorrer do ensino médio aumenta a auto-estima dos alunos, afirma pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos. A pesquisa também revelou que jovens lésbicas em um relacionamento estável reportaram um índice menor de homofobia internalizada. 
O mesmo benefício não acontece com os jovens casais heterossexuais. Nesse caso, o relacionamento aumentou o índice de homofobia internalizada nos garotos mas, segundo a pesquisa.
Nenhum tipo de relacionamento é simples - mas alguns erros são recorrentes entre os namoros gays. Você concorda?
Um erro muito comum para os públicos Gays, Lésbicas Bissexual, Travestis etc é se apegar demais, rápido demais Não há relacionamento perfeito, e mais cedo ou mais tarde todos nós discutimos e discordamos. Mas brigar sobre tudo é um veneno. Não use mais a desculpa de ser “forte” e “independente” para ganhar uma briga. Respeitem os limites, respeitem-se um ao outro e respeitem o espaço e opiniões de cada um. Ele pode não dizer tudo que você gostaria de ouvir, mas aprenda a escutar e aprenda a ser compreensivo. Afinal, você que o escolheu, certo? Não diga algo que você vai se arrepender depois. Às vezes as palavras podem causar mais dano que você imagina, e dizer algo no calor da discussão pode fazer você perder alguém que ama. Se não for importante, deixe passar. Se você não tem como controlar a questão, aprenda a explicitar suas preocupações e não enverede para outros problemas. Se você chegou num impasse, analise seu relacionamento e decida se ele está fazendo bem para você.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Homens que usam calcinha: o que isso pode significar?

O prazer em se fantasiar para o sexo, chamado de cisvestismo, tem em uma de suas formas mais comuns o fetichismo transvéstico. O nome é complicado? Pode até ser, mas a tradução é bem simples: homens que usam calcinha, ou outras peças do vestuário íntimo feminino.
E acredite: não são poucos os heterossexuais que sentem um prazer imenso em usar uma lingerie feminina. Isso, segundo eles, não interfere em nada na sua condição sexual de hetero.

Homens que usam calcinha entre conservadores


Este fetiche  que inclui os homens que usam calcinha, atrai um grande número de homens no mundo inteiro, embora seja ainda uma prática mantida entre quatro paredes nos conservadores e machistas países da América Latina.

Homens que usam calcinha podem ter esta prática como uma terapia contra ansiedade e depressão, uma vez que usar a peça proporciona prazer a eles. E o benefício é que estas roupas podem ser usadas no dia-a-dia deles sem levantar suspeitas.

Em outros casos, o uso pode servir para um momento de intimidade com suas parceiras, ou para se masturbar, num momento de erotismo. Então, se a pergunta que estava martelando em sua mente era se o seu namorado ou marido, que integra a grande gama de homens que usam calcinha, é gay, fique tranquila.

O fato dele usar lingerie não é um carimbo na testa. Em geral, quando não estão transvestidos, eles costumam ser irreparavelmente masculinos. Não há uma regra que ligue esse fetiche a uma opção sexual.

Heterossexuais, bissexuais e homossexuais podem usar lingeries por motivos que vão desde a fantasia de imaginarem-se seres masculinos e femininos em um só corpo, até o prazer de sentir na pele o tecido macio da lingerie.

O fato é que a sexualidade e a psique humanas são complexas e estão longe de serem desvendadas por completo. Alguns especialistas ressaltam que o fetichismo transvéstico também pode ser diagnosticado, em alguns casos, como uma parafilia (distúrbio psíquico caracterizado pela preferência ou obsessão por práticas sexuais socialmente não aceitas).

Homens que usam calcinha, pode ser genética

 Mas para isso, precisa ser feito de forma repetitiva e exclusivamente na obtenção do prazer sexual. Este fetiche pode até ser uma extensão de um quadro clínico neurológico ou psicológico e até mesmo genético, nos casos em que esta se torna uma constante.

Entretanto, na maioria dos casos, é puro prazer e uma simples fantasia. Podemos também relembrar dos blocos carnavalescos onde grupos de homens extrapolam a sexualidade se vestindo de mulher. Nestes casos, em seu íntimo, mesmo sem admitir, podem estar apenas realizando seus desejos.

Por outro lado, o debate que se forma cada vez que o assunto é jogado seja em redes sociais ou artigos sobre sexologia contempla, normalmente, um lado só.

E ao mesmo tempo em que homens que usam calcinha sofrem preconceitos de todas as formas, as mulheres que usam cuecas vão aperfeiçoando e tornando os seus modelitos cada vez mais atraentes, levando apenas elogios às peças extremamente sensuais que não precisam ser escondidas em suas gavetas íntimas.

Homens que usam calcinha.O que as mulheres pensam sobre homens que usam calcinhas

Pode parecer preconceituoso da minha parte. Pode até ser preconceito meu. Mas, sinceramente, não conseguiria me aventurar sexualmente com um homem que usa calcinha ou qualquer outra lingerie criada especialmente para o público masculino. Descobri que existe esse mercado pelo Facebook. Um amigo publicou sem perguntar nada, só esperando a reação dos amigos, acho.

Eu fui atrás da informação. Sim, as roupas íntimas para eles são muito semelhantes àquelas que nós, mulheres, usamos em ocasiões especiais. Têm transparências, laços, rendas, babados, estampas de coração… Vários adereços para impressionar, sensualizar. Até bustiê agora para eles, do mesmo estilo das calcinhas: com muita renda, muito laço, um capricho.

Não é piada. Os homens querem calcinha. Ai, Reginaldo Rossi… E os sites que vendem essas peças devem fazer concorrência às lojas especializadas em artigos masculinos, aquelas que vendem cuecas.

Um dos sites é americano e tem nome sedutor, Homme Mystere. Lá, o interessado fica sabendo que a empresa não está interessada se você é gay, hétero, pan, seja lá o que for. Ela quer apenas oferecer calcinhas supertransadas para homens. As peças têm reforço na frente para acomodar tudo direitinho. Uma ideia que combina modelagem com estilo. No Brasil, tem o site HS Men’s Underwear, por onde qualquer homem pode comprar roupas íntimas diferenciadas. Mas há outras empresas que apostam nisso, como a Intima Cor e a Trendnu Webstore.

Trata-se de um negócio, portanto. Cueca tradicional não tem. Esquece. Sério, se um dia eu cruzar com um homem que goste dessas peças e a gente estiver em uma situação íntima, não vai dar certo. Com certeza, vou cair na gargalhada.


Sou muito bem resolvido sexualmente, sou hétero e venho a perguntar a vcs mulheres, o que acham de homem que tem fetiche por lingerie, e alem do fetiche, gosta de usar elas no dia a dia. Qual sua opinião nisso, aceitaria o namorado, marido usando? Sim? Não? Por quê?
Eu podia te dar uma opinião clichê que ao meu ver beira a hipocrisia e dizer que “desde que haja amor tudo é válido”, e acho que essa frase pode até ser verdadeira em alguns casos, que pode não ser o seu. Acredito que fora o amor, é importante encontrar uma pessoa com mente aberta, sem muitos preconceitos, e há quem diga que uma pessoa fetichista seria melhor ainda!! É claro que havendo amor tudo fica mais fácil, mas o bonito na frase nem sempre fica válido na prática.

Por esses tempos perguntei para nossos seguidores do facebook o que eles acham de homens que vestem calcinhas, e como esperado, muitos acharam um fetiche um tanto quanto estranho, outros vieram em “off” me dizer que isso é coisa de quem joga no outro time, porém, uma pessoa comentou que não entende o motivo das mulheres poderem usar cuecas e ninguém achar estranho (ao contrário, muitos homens acham a coisa mais sexy do mundo!), e os homens não poderem usar calcinhas!! E realmente isso é algo a se questionar: por que não?!

Acredito que o maior desafio para muitas mulheres é ter certeza de que você realmente deseja elas e não um homem. Mesmo você sendo um hétero muito bem resolvido, infelizmente muita gente ainda associa esse fetiche com a ideia do homem ser gay. Assim, não fica muito difícil pensar que se a mulher achar que você joga no outro time, ela poderá acabar se afastando não por preconceito devido à sua orientação sexual, mas sim por medo de você não gostar dela, e ela não poder te satisfazer, entende? Se você conseguir convencer sua parceira que você é “muito macho sim senhor”, acredito que será meio caminho andado para você ser aceito, de calcinha e tudo!!!

Como disse anteriormente, muita gente acredita que esse desejo é coisa de gay enrustido, e quando acrescentamos isso ao fato do mundo ainda ser muito machista, não fica difícil prever algumas possíveis dificuldades. Vale a pena lembrar que muitas vezes as mulheres são muito mais machistas do que os próprios homens, e fora isso, ainda reza a lenda de que mulher gosta de “homem 100% macho, de cueca boxer de preferência!”. Nisso acaba havendo a possibilidade de mesmo que ela acredite que você é 100% hétero, ela ainda assim não sinta tesão em te ver de calcinha por ver nisso uma posição feminina e frágil, coisa que pode acabar criando uma sensação de que você é tão “feminino” quanto ela.

Acredito que esse fetiche também dependerá muito do gosto pessoal de cada pessoa. É claro que o machismo e a necessidade de “ser protegida” acaba afastando muitas mulheres desse fetiche, porém, ainda assim vestir calcinhas pode ser considerado como uma questão de gosto: sabe aquela pessoa que não gosta do verde? E a outra que ama, mas não gosta do azul? Pois é… Mesmo que você convença sua mulher de tudo o que foi dito acima, é importante você encontrar alguém que nutra esse gosto em comum contigo.

Por fim, você já parou para procurar comunidades que tem mulheres que gostam de homens de calcinhas? Acho que essa pode ser uma saída “mais direto ao ponto”, e que te poupará maiores procuras e preocupações em ter que “tentar adivinhar” qual é o gosto das mulheres da rua. Sem contar que acredito que no mundo tem mais gente fetichista do que imaginamos, mas que como nem sempre falam sobre isso abertamente, acabam sendo “descobertos” em comunidades específicas. Acho que todo mundo vive melhor quando se sente parte de um grupo, basta você procurar o seu, que com certeza existe!

Os custos da homofobia sobre a sociedade

A discriminação afeta os principais serviços, da educação à saúde e isso tem custos para a sociedade.

Agente-47

Todos os dias pessoas LGBT em todo o mundo sofrem discriminação não só em suas vidas privadas mas também no trabalho. No dia 10 de Dezembro, celebrou-se o Dia Mundial dos Direitos Humanos e Zachary Quinto reuniu-se com responsáveis pela campanha das Nações Unidas, Free & Equal, para dar destaque ao verdadeiro custo da discriminação sobre as pessoas LGBT.

Entre metade a dois terços das pessoas LGBT sofrem intimidação no dia a dia e um terço delas vêem-se forçados a abandonar a escola. Os adolescentes Gays e Lésbicas consideram o suicídio como uma saída quatro vezes mais que os seus amigos heterossexuais, e as pessoas transexuais são dez vezes mais propensas a tentar suicídio.

Estudo após estudo revelam que as taxas de pobreza, falta de residência, depressão e suicídio apontam para um número crescente na comunidade LGBT em comparação com a população em geral

Charles Rdcliffe, Diretor da campanha ONU Free & Equal, acrescentou que toda a criança transexual posta fora de casa ou forçada a sair da escola é uma “perda para a sociedade” e que, todos os trabalhadores gays e lésbicas, a quem se negue trabalho ou que sejam obrigados a emigrar, são “uma oportunidade perdida na construção de uma economia mais produtiva”.

O mundo, que ainda acha que os efeitos da discriminação das pessoas LGBT têm sobre a economia são pequenos e ou marginais, deve pensar de novo: a homofobia e transfobia numa economia como a Índia tem um custo estimado de €30,000,000,000, dinheiro que não estará disponível para serviços como a saúde, educação ou a segurança.

Lingerie promete fazer a festa do público gay ate o ano de 2020

O mercado gay realmente a muitos anos merecia uma linha de lingerie direcionada, e a exploração desse mercado com certeza tem retorno.  Leia matéria abaixo. 
Empresa aposta em público gay e cria a "cuelcinha" a calcinha para homens.

Foi para presentear um amigo que a jovem estilista Beatriz Rouce, 21 anos, fabricou sua primeira peça de lingerie masculina. “Eu tenho vários amigos homossexuais, e um dia um comentou que seria interessante se houvesse um produto como esse”, conta a empresária de Americana, no interior de São Paulo.“Ele gostou, mais amigos pediram, e eu abracei a ideia”, diz Beatriz, que viu no interesse do amigo uma oportunidade de se especializar e abrir a própria empresa. 
Peças têm modelagem feita para o corpo masculino. 

“Não é um produto para homens heterossexuais, para o namorado de nenhuma mulher. É para um nicho dentro do público gay, e vi que em alguns momentos isso não foi compreendido. Mas não vou me esforçar para que isso seja entendido, quem é o público sabe”, diz Beatriz.
Empresária aplica tendências femininas para criar a lingerie para homens.
Peças são embaladas discretamente. (Foto: Flavio Moraes/G1)Peças são embaladas discretamente. Justamente pelo inusitado dos produtos que fabrica, Beatriz entende que a seriedade na produção e no relacionamento com os clientes é fundamental para o crescimento da empresa. “É um trabalho sério, é muita responsabilidade. De não fazer feio, de não vulgarizar, de não me denegrir, nem aos meus clientes”, afirma a empresária.

A moda gay

Tenho visto muita moda masculina nos últimos tempos. Algumas fotos e vídeos de desfiles compartilhados aqui com você internauta. Muitas produções, looks e shapes que estão pipocando nas passarelas que certamente irão para as lojas para tentar vender. Só que também percebi que muito do que é mostrado não é exatamente a moda que um heterossexual usaria.
A moda masculina tem mostrado  modelos de roupas que os gays gostam de usar. Os cortes são mais ousados, as cores mais alegres. Não que todo gay saia por ai todo colorido, não é isso. Mas é fato que os gays se vestem super bem.
Tem muito gay discreto que respeita antes a profissão. Eu diria que é como um executivo ou um parlamentar que no exercício da função precisa usar costume, mas no fim de semana relaxa e veste bermuda e sandália para ficar a vontade. Normal. Como também tem gay danoninho, que se veste com regata, shorts e chinelinho.
Vamos relembrar alguns fatos do processo da moda masculina-gay.
Que o gay tem uma personalidade singular não se discute. Ele passeia pelo lado masculino e feminino com a maior facilidade. No passado, precisou se vestir de maneira mais viril para esconder a homossexualidade, mas para liberar o lado gay teria que assumir o jeito sem ser marginalizado, vestindo os coloridos e os acessórios da moda. Daí veio a onda “ eu sou gay e demonstro através do meu comportamento e pela minha roupa”. Foi uma verdadeira farra, reccorreram às roupas masculinas por falta de opção, valia de tudo para contrapor: brinco e tamancos.
Só para você se situar estamos falando da década de 70.


Com o surgimento da Aids as coisas tomaram outro rumo. Ser gay, magrinho, fininho, queimadinho do sol virou sinônimo de doença. Então os moços começaram a recorrer para as academias: a regra era tornar o corpo mais fortinho, comer mais e ficar com cara de mais saudável. Magreza e cara branquinha, pálidos, estavam fora das características de fragilidade que já estavam sendo confundidas com o aspecto de doença.
Mas a mudança se estendeu até a forma de se vestir, muitos preocupados com os comentários voltaram a se vestir com roupas masculinas, com isso a caricatura de mulher estava descartada.
Já nos anos 80 ninguém mais falava do gay mulherzinha, afeminado, ficou totalmente fora de moda.
Com os corpos definidos e a pele bronzeada, o visual ficou com cara de macho. Só que os amigos criativos deram um jeitinho de não serem tão durões assim. Na prática os tecidos eram estampados e listrados, na cartela de cores prevaleceram os tons sur tons.
Um estilo mais andrógino que para completar os nossos amigos passaram a usar bigodes.

Apesar de tudo isso temos que lembrar que os melhores estilistas nacionais e internacionais de moda são gays, eles tem um papel fundamental na moda. Com isso passaram a divulgar a moda gay em bairros como Village, ao Norte de Nova York. Daí para frente a moda homossexual foi se expandindo até virar em centenas de lojas que não só atendiam ao público gay mas também aos simpatizantes.
Ainda nesta década não posso deixar de relembrar que o gay começou a usar aquelas roupas de couro, lenços no pescoço, adereços como brincos…emfim tudo para se distanciar daquele gay dos anos 70.
Hoje mesmo o “rapaz alegre” procura se vestir de maneira mais simples: jeans e camiseta. Mas não dá para negar que a moda masculina hoje é sugerida para o homem gay.
O fato é que o gay vai sempre se diferenciar, seja num echarpe jogado no pescoço ou um brinco bacana.
Não que o brinco seja um adereço gay, mas uma forma de o homem brincar com a moda masculina.
Por fim, hoje até a publicidade é feita com casais gays, em situações rotineiras como comer um salgadinho a beira da piscina com seu amor.

A Bancada evangélica da Câmara em 2016

Nem o iminente afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), principal patrocinador do avanço das pautas da Bancada Evangélica, desanimou os integrantes da frente.

A bancada traçou três prioridades para este ano:

1 – Estatuto da Família

O texto que define família apenas como a união entre homem e mulher está pronto para ir ao plenário desde o fim do ano passado. Apesar da polêmica, a bancada acredita que o texto será aprovado com facilidade.

2 – PL 5069/2013, o PL do Aborto

O projeto de lei 5069 dificulta o atendimento às vítimas de estupro, exige que a mulher comprove que foi vítima de violência sexual, com o retorno da obrigatoriedade do exame de corpo de delito. O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e está pronto para ir ao plenário. Porém, sumiu dos debates, após uma série de protestos contra a proposta. A Bancada Evangélica acredita que o tema voltará à pauta tão logo se acalmem os ânimos sobre o afastamento de Cunha da presidência da Casa — o que deve se desenrolar até março.

3 – Estatuto do Nascituro

O projeto que tem como principal mote dar direito ao feto dominou os debates em 2013 e promete voltar à pauta da Casa este ano. A proposta também tipifica o aborto como crime hediondo e considera crime congelar, manipular ou utilizar nascituro como material de experimentação, o que inviabiliza o estudo com células-tronco.

Bônus

4 – CPMF

O sonho do governo de ressuscitar a CPMF para dar fôlego às contas públicas não será realizado, se depender dos evangélicos. A bancada acredita que o governo vai fazer muita pressão para a matéria ser aprovada, mas foi decidido que o grupo, mesmo com integrantes da base, vai se posicionar de forma clara e organizada contra a proposta.

Clima político desfavorável

O presidente da comissão especial que analisou o Estatuto da Família, Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), disse ao HuffPost Brasil que o clima político com as denúncias contra Eduardo Cunha atrapalhou a aprovação de matérias, consideradas importantes pelo grupo, como o texto que define família como união entre homem e mulher.

“Espero que isso seja tratado de uma maneira madura pelos líderes para que seja aprovado; precisava de um clima político mais favorável para que ele fosse votado. A ideia era que tivesse ocorrido no fim de outubro, início de novembro.”

Segundo o deputado, além das denúncias contra Cunha, a abertura do processo de impeachment tirou as pautas do foco. “Acho que terminado este processo de afastamento da presidente, o clima se torna mais favorável, de interesse da ampla maioria da Casa.”

Sóstenes também ressalta esforço da bancada diante dos católicos para desengavetar o PL 5069. “É um assunto de interesse de todos, um tema importante.”

Retrospectiva 2015: eles vieram a público dizer que são trans, lésbicas, gays ou bissexuais

Segue uma retrospectiva das pessoas que vieram a público afirmar que são lésbicas, trans, gays ou bissexuais em 2015, divulgados pela mídia de diversas partes do mundo. Aproveitamos para parabenizá-las pela coragem e pela contribuição em favor da verdade e contra o preconceito.


Tati Zaqui
Cantora brasileira (21 anos) 



Foi durante entrevista para o G1, publicada no dia 08 de janeiro, que a MC Tati Zaqui, famosa pela música “Parara Tibum”, afirmou sua bissexualidade. “Já fiquei com outras meninas e com meninos. Não tenho rótulo. Vivo do momento”, disse a funkeira. Capa da Playboy de julho, ela falou um pouco mais sobre relacionamentos íntimos após a declaração. “Antes, quando eu olhava para uma menina, ela demorava para entender o que eu queria. Agora, as meninas já sabem que estou olhando por algum motivo [risos]”, disse. Natural de São Caetano, São Paulo, a cantora é mais do que uma defensora da causa LGBT. Ela tem relação com o mundo da música desde a infância, quando se via cantando em quermesses e anotando suas composições no caderno da escola.
Austin e Aaron Rhodes 
Atores, modelos e Youtubers americanos (20 anos)

Foi no dia 14 de janeiro que os gêmeos conhecidos pelo canal no YouTube The Rhodes Bros decidiram postar um vídeo revelando que ambos eram homossexuais. Com mais de 20 milhões de visualizações em todo o mundo, o vídeo registra a própria reação dos jovens ao ligarem para seu pai e contar, pela primeira vez, que são gays. O emocionante vídeo mostra o nervosismo dos dois, as lágrimas e a forma como um ajudou o outro nesse importante momento. O mais incrível, no entanto, foi a reação do pai: “as coisas são como são, temos que viver a vida. Eu amo vocês dois e nada vai mudar“, disse.
Laís Souza
Ginasta brasileira (26 anos)


Lais Souza tem buscado se readaptar desde que sofreu um grave acidente de ski que a deixou tetraplégica em 2014. Em diversas entrevistas, falou sobre os desafios que está enfrentando para voltar a andar. Mas foi na edição de fevereiro da revista “TPM” que ela também abriu o jogo sobre sua vida pessoal. “Eu tenho uma namorada, sou gay há alguns anos. Já tive namorados, mas hoje estou gay”, disse a jovem. A vasta repercussão da notícia, porém, não a agradou. “Hoje estou solteira. Mas o sexo é normal: posso beijar, transar e amar da mesma forma. Acontece que esse assunto me chateia. Desde que sofri o acidente, ganhei muitos rótulos. Primeiro, era a atleta acidentada. Depois, a atleta paraplégica. Agora, sou a atleta gay. Eu sou só a Lais Souza! Por que minha orientação sexual tem que ser manchete?! Quebrei o pescoço, poxa! A gente precisa de manchetes pra isso, pra que cada vez existam mais pesquisas que me tirem da porcaria dessa cadeira!”, desabafou.
Sandra de Sá 
Cantora brasileira (59 anos)

Foi numa entrevista para o “De Frente com Gabi”, no dia 22 de fevereiro, que Sandra de Sá confirmou sua homossexualidade para Marília Gabriela no SBT. A cantora classificou a decisão como um alívio. “É tirar um peso”, afirmou. Ela também reafirmou que ser gay não é escolha. “É uma descoberta, é você se perceber. A homossexualidade é como a inteligência ou qualquer outro dom. Você desenvolve (…) Se eu tenho essa percepção, por que não vivê-la? Assumir é tirar um peso de você que não existe”, afirmou. A cantora informou que se sentia feliz de um modo geral, apesar de não cuida muito de si própria e de sua voz, além não se ligar muito em dinheiro. “Sou um 5.9 da melhor qualidade, com tração nas quatro rodas”, brincou.
Monique Evans
Apresentadora brasileira (59 anos)

Foi durante o carnaval que Monique Evans revelou sua bissexualidade ao confirmar seu affair com a DJ Cacá Werneck. Sites de celebridades publicaram fotos e declarações da apresentadora e da DJ, enfatizando que a proximidade delas chamava a atenção dos foliões. “As duas não se desgrudaram no camarote da [cervejaria] Devassa, na Sapucaí, e até trocaram beijos para os fotógrafos”, noticiou o portal iG. Evans disse que não estava namorando a DJ, mas que estavam apenas se curtindo: “Estou no meu melhor momento. Cacá me tirou da depressão”, resumiu. Com o passar do tempo, porém, deixou de proteger o relacionamento: “Muita gente está falando do namoro. Eu não ligo pra isso. A gente dá até selinho e já se chama de amor. Isso é felicidade. Felicidade faz isso com a gente”, concluiu.
Marco Delgado
Ator português (42 anos)

Em entrevista ao jornal ‘Sol’, em abril, Marco Delgado decidiu falar pela primeira vez sobre sua bissexualidade. O ator garantiu sentir-se confortável com as suas escolhas e admitiu não ter tabus em falar sobre o assunto. “A minha sexualidade, até muito tarde, foi uma coisa bastante aberta. Ainda o é hoje. Não tenho como certo que a minha relação de hoje será eterna. Não considero a homossexualidade uma opção, acho que nasce com as pessoas”, revelou, recordando o que sentiu quando descobriu que não se sentia apenas atraído por mulheres. “Foi um bocadinho intimidatório. Ao mesmo tempo, achava graça. Marco também garantiu contar com o apoio dos amigos e da família em todas as suas escolhas.
Caitlyn Marie Jenner
Atriz, modelo e socialite (65 anos)

 Ex-campeão olímpico e estrela do reality “Keeping Up with the Kardashians”, William Bruce Jenner confirmou, em abril, que era transexual e que estava em processo de transição de gênero. “Para todos os efeitos, eu sou uma mulher”, disse Jenner à jornalista Diane Sawyer, em entrevista. “As pessoas olham para mim de uma forma diferente. Elas me vêem como este macho, mas o meu coração e minha alma, esse lado feminino é parte de mim”, explicou. Jenner foi casado com a mãe de Kim e Kourtney Kardashian e virou reportagem de tablóides em janeiro, ao ser fotografado com cabelos longos, unhas pintadas e até seios. Ao relevar sua identidade de gênero, Jenner pediu para continuar sendo chamado no masculino até sua completa transição. Atualmente, já visualmente como uma mulher, adotou o nome de Caitlyn Marie Jenner.
Cate Blanchett
Atriz australiana (45 anos)

Em maio, após questionada pela revista “Variety” se na vida real já se tinha relacionado com mulheres, Cate Blanchett admitiu: “Sim, muitas vezes”. A pergunta foi motivada pelo filme “Carol”, em que a atriz dá vida a uma mulher da década de 50 que mantém um relacionamento lésbico. Casada há 18 anos com Andrew Upton, a atriz, porém, frisou que não gosta de “rótulos”. No filme, que irá estrear em 2016, a sua personagem trai o marido com uma mulher. Blanchett destacou na entrevista que não existe um fator consciente neste tipo de situações, mas sim de instinto. Na mesma entrevista, Blanchett garantiu que nunca irá abrir conta em redes sociais e criticou o fato de, nos dias de hoje, as pessoas se interessarem demasiado pelas vidas dos outros.
Miley Cyrus
Cantora americana (23 anos)

Em entrevista à Associated Press, no dia 7 de maio, Miley Cyrus falou pela primeira vez sobre sua então bissexualidade. A popstar tocou no assunto enquanto divulgava sua nova fundação, a Happy Hippies, que dá apoio a jovens da comunidade LBGT. Sobre seus relacionamentos, disse que “nem todos foram heterossexuais”. Ela destacou que se sente privilegiada por poder se assumir. “Estou em uma posição, que sinto como se eu tivesse muito poder. Mas muitos jovens não se sentem assim e vivem sob a pressão dos pais”, comentou. Miley também disse que não concorda com os rótulos sobre questões de identidade de gênero. “Eu nunca quis ser um garoto. Eu na verdade não queria ser nada disso. Não relaciono o que as pessoas dizem definindo se elas são um menino ou uma menina e foi isso que compreendi com o tempo: eu não odiava ser uma garota, mas odiava o rótulo que me davam por isso”, explicou. Meses depois, ela afirmou ter uma sexualidade ainda mais ampla, dizendo não ser nem hétero nem gay nem bissexual. “Eu sou muito aberta com a questão de gêneros – eu sou pansexual”, afirmou em entrevista à revista britânica Elle Uk.
Luiz Fernando Guimarães 
Ator e comediante brasileiro (66 anos)

Em entrevista ao jornal carioca ‘Extra’, publicada no dia 18 de maio, Luiz Fernando Guimarães falou pela primeira vez sobre sua homossexualidade. O ator revelou que é casado com Adriano Medeiros, um empresário dono de uma rede de hotéis. Perguntado porque até então nunca tinha dado uma entrevista sobre o assunto, o ator disse que acredita que todos os amigos, artistas e até os telespectadores já tinham informações sobre isso e que não quer virar um líder de um determinado movimento. Ele falou também que mora com o companheiro há muito tempo e que eles frequentam diversos eventos juntos. “Acho muito chato ter que ficar falando disso porque não é esse meu foco, não quero levantar bandeira gay e ficar taxado por isso”, argumentou o artista.
Cauby Peixoto
Cantor brasileiro (84 anos) 

Pela primeira vez, o cantor Cauby Peixoto confirmou publicamente que já se envolveu com outros homens. A afirmação veio durante uma entrevista para o filme “Cauby: Começaria tudo outra vez”, que estreou no dia 28 de maio, contanto a trajetória do artista. Cauby diz que logo cedo, quando garoto, descobriu que o amor entre dois homens era perfeito, assim como o amor entre um homem e uma mulher. O cantor chega a sorrir quando se lembra da adolescência. “Eu era um garoto quando ia para os morros transar com os veados. Eu também andava com eles. Transar (assim) era uma coisa natural”. Sempre cuidadoso com sua intimidade nas entrevistas, ele falou sobre o assunto com leveza. Completou dizendo que, com o passar dos anos, começou “a andar direito”. “Depois, eu comecei a ter namoradas.”
Nick Gibb 
Ministro inglês (55 anos)

O ministro da educação da Grã-Bretanha decidiu assumir publicamente sua homossexualidade no dia 05 de junho, motivado pela legalização do casamento homoafetivo no país. Nick Gibb já mantinha um relacionamento com outro homem em segredo desde o início dos anos oitenta. Com o apoio do irmão, revelou seu segredo primeiro para a família e amigos. Após a aprovação da lei do casamento, resolveu partilhar com a imprensa que iria se casar com o seu parceiro, agora menos incógnito, Michael Simmonds. “Nós nunca fomos a favor das simples parcerias civis, sempre sentimos que os homossexuais deveriam ter os mesmos direitos que os outros casais, e por isso decidimos esperar”, explicou.
Ingrid Nilsen
Youtuber americana (26 anos)

Conhecida como “missglamorazzi”, a youtuber americana Ingrid Nilsen, anunciou que era lésbica em um vídeo publicado no dia 09 de junho. Com mais de 3,3 milhões de seguidores em seu canal, ela costuma dar dicas de maquiagem e penteados na internet. Mas preferiu falar de sua vida pessoal naquele dia em particular. “Existe algo que eu queria que vocês soubessem… e isso é, sou gay (…) Isso não é algo que eu escolhi, é algo que é parte de mim”, comentou. No depoimento, ela também disse que sua homossexualidade era “algo que ela sempre soube desde as memórias mais antigas” e chorou ao citar seu mais recente namorado, ou o “último homem”, nas palavras dela. Além do canal no YouTube, Ingrid também era jurada do programa “Project Runway: Threads”, do canal da TV americana Lifetime, um reality show dedicado a jovens estilistas.
Sean Conroy 
Jogador de beisebol americano (23 anos)

O jogador de beisebol Sean Conroy, do Sonoma Stompers, da Califórnia (EUA), revelou ser homossexual em entrevista para a revista Attitude, publicada no dia 25 de junho. Com o anúncio, o arremessador se tornou o primeiro jogador profissional de beisebol abertamente gay. O nova-iorquino de 23 anos já era assumido para a família desde os 16 anos e nunca considerou esconder sua sexualidade de ninguém. “Não que eu quisesse fazer disso algo público, mas já não me importo que seja também. É quem eu sou. (..) Meus colegas sempre são questionados sobre suas namoradas ou sobre com quem vão sair sexta-feira a noite. Em vez de fugir dessas perguntas, prefiro contar a verdade, mostrar quem eu sou e ter conversas verdadeiras, ao invés de mentirosas”, concluiu.
Kristen Stewart
Atriz americana (25 anos) 

Estrela da saga ‘Crepúsculo’, a atriz Kristen Stewart teve sua bissexualidade confirmada pela própria mãe, que deu uma entrevista ao “The Mirror” falando sobre a relação da filha com a assistente pessoal Alicia Gargile.. “Conheci a nova namorada da Kristen e gostei. Ela é uma garota adorável (…) Sinto que as pessoas precisam ser livres para amar quem quiserem. Eu aceito que minha filha ama homens e mulheres. Todos nós escolhemos nossos amigos então nós deveríamos ser livres para escolher nossos amores”, completou. Já a atriz, na edição de setembro da revista “Nylon”, contou que não gosta de rotular suas relações, embora não tenha negado o relacionamento lésbico. “Se você sente que realmente quer definir a si mesmo, então, faça. Mas sou uma atriz. Vivo nessa ambiguidade e adoro isso. Não sinto que seria verdadeiro da minha parte dizer: ‘estou saindo do armário!’”
Regina Duarte 
Atriz brasileira (68 anos)

Em entrevista ao jornal Extra, publicada em 4 de julho, a atriz Regina Duarte comentou pela primeira vez sobre sua sexualidade. “Sou potencialmente bissexual. No meu caso, a tendência hétero é muito mais forte. Mas não nego a possibilidade de ter um deslumbramento homossexual. Sei lá! Posso ser tocada pela varinha (risos). Agora está cada vez mais difícil! Na minha idade, as doses de libido ficam menos fortes”, disse ao jornal. Ainda durante conversa, ela disse que enfrentar etapas de resistência é inevitável. “As pessoas querem beijar na boca e ter o direito de mostrar que estão amando pessoas do mesmo sexo. E é isso que está irritando quem critica. A questão é que isso existe e existiu a vida inteira, desde os gregos da antiguidade. A homossexualidade faz parte da composição do indivíduo. O ser humano é bissexual! Ele pode ser mais hétero ou mais homo, mas, no fundo, ele é bi, basicamente. É da natureza! Quando tem que acontecer, cara… Sai da frente! Que se dane! Não tem preconceito e barreira que impeçam o amor”, defendeu.
Ramona Bachmann
Jogadora de futebol suíça (24 anos)

Uma das maiores estrelas da equipe feminina de futebol da Suíça, Ramona Bachmann se declarou lésbica em meados de julho. A informação foi dada por ela ao jornal suíço Sonntagsblick em um momento de auge. Ela participava da Copa do Mundo feminina, no Canadá, e foi autora de três dos dez gols da goleada da Suíça contra o Equador. Ramona também revelou que está em um relacionamento com a estudante Camille Lara, de 21 anos, que mora na Suécia. A prefeita da badalada cidade suíça de Zurique, Corin Maunch, que é lésbica também, felicitou a saída do armário da atleta dizendo que é uma evidência de que há maior aceitação aos gays e lésbicas que querem viver fora do armário.
Cara Delevingne
Modelo inglesa (21 anos)

Capa da revista Vogue americana em julho, Cara Delevingne também abriu o jogo sobre sua vida pessoal nas páginas da revista. Depois de muita especulação da mídia americana, a modelo admitiu que está namorando a cantora St. Vincent. “Eu acho que estar apaixonada pela minha namorada é um dos grandes motivos de eu estar tão feliz comigo mesma nos últimos tempos (…) Demorei muito tempo para aceitar isso, mas quando eu passeia a amá-la, não havia mais como negar (…) Essas palavras saírem da minha boca é realmente um milagre”, disse durante a entrevista. Cara não falou sobre sua atração com os homens, mas revelou que essa foi a primeira vez que se apaixonou por uma mulher. “Mas eu só tenho sonhos eróticos com homens. Eu tive um sonho esses dias em que eu transava com um cara no banco de trás de uma van”, acrescentou a top.
Natália Casassola
Modelo brasileira e ex-BBB (30 anos)

Natália Casassola confirmou sua bissexualidade durante uma entrevista e ensaio de capa para a revista Colírio Girl de julho. Cheia de declarações picantes, a modelo disse que estava se atraindo mais por meninas que por meninos. A declaração da musa começou com a lembrança de que já ficou com outra ex-participante do Big Brother, Fani Pacheco. “Eu já fiquei com a Fani, já fiquei com a Angelis e com outras pessoas que não sou obrigada a falar aqui, não! [risos] Mas, sim, eu sou bissexual. Total! Total Flex, vou no álcool e na gasolina”, disse. “Não tenho preconceito, não. Se eu quero, vou lá e faço. As mulheres estão tendo mais atitude que os homens, inclusive na hora da paquera. Então hoje eu estou me encantando mais pelas princesas do que pelos príncipes!”, completou a musa.
Janae Marie Kroc
Fisioculturista americana (42 anos)

Foi ainda com o nome masculino de Matt “Kroc” Kroczaleski que, em 27 de julho, a fisioculturista (hoje Janae Marie) assumiu sua transexualidade por meio do Facebook. “Decidi esperar até que meus filhos completassem o ensino médio. Há muitos anos eu falava abertamente sobre o assunto com a minha família e amigos mais próximos, mas pensava que para muitos de vocês a revelação seria um choque. Já vinha sendo o motivo de fofocas, rumores. Para acabar com isso: sim, eu sou transgênero”, escreveu. Janae já venceu um campeonato mundial masculino de levantamento de peso, gerou três filhos e se reprimiu por muitos anos. “Teve uma época que considerei me suicidar. Eu nunca procurei respostas para isso e lutei contra a situação por muito tempo. Hoje finalmente estou confortável e orgulhosa de quem eu sou, embora muita gente não entenda”. Apesar de se sentir uma mulher, ela revelou, porém, que é lésbica, pois continua se atraindo por mulheres também.
Keegan Hirst 
O jogador de rugby inglês (27 anos)

Capitão do Bulldogs Batley, Keegan Hirst declarou publicamente ser gay em 15 de agosto, durante entrevista ao tabloide britânico Sunday Mirror. O atleta afirmou que decidiu revelar a homossexualidade após quatro anos de casamento com uma mulher, e vários pensamentos suicidas. Para o jogador, revelar-se gay foi uma questão de sobrevivência. Disse que a conversa com a ex-mulher foi marcada por muitas lágrimas, mas que a culpa não era dela. Eles tiveram dois filhos, um de sete e outro de dois anos. Após revelar-se gay, Keegan recebeu várias mensagens de apoio: “Tem sido uma experiência positiva. Muitas gentes de vários sites me mostram apoio e dizem que estão orgulhosos de mim. Me sinto confortável em minha própria pele pela primeira vez na história”, confessou.
Lily Rose Depp
Modelo e atriz franco-americana (16 anos)

Filha do ator Johnny Depp, Lily se assumiu LGBT em 23 de agosto de uma forma bastante discreta n. A atriz foi marcada em uma foto no Instagram pela artista iO Tillett Wright, que fotografa jovens que se encaixam em algum lugar no espectro LGBT. No texto, a fotograma dizia “Estou tão orgulhosa da minha menina @lilyrose_depp”. E explicou: “Ela decidiu que queria fazer parte do projeto Self Evident porque se encaixa no vasto espectro, e eu não poderia estar mais feliz por recebê-la na família.” Ainda que não estivesse claro se Lily se identifica como lésbica, bissexual ou transexual, o fato de participar publicamente do projeto de Wright já mandava uma mensagem para os milhares de fãs da modelo de que ela não se considera heterossexual. Posteriormente, ela passou a ser anunciada como bissexual em outras entrevistas.
Colton Rudloff
Cantor americano (26 anos) 

Foi durante um desabafo em seu twitter, no dia 04 de setembro, que o cantor da boyband Midnight Red revelou sua homossexualidade. O jovem admitiu que o fato de nunca ter falado sobre sua orientação sexual abertamente apenas prejudicou a sua felicidade. “Essa informação deveria ter sido passada quando o Midnight Red foi lançado. Nervosos, começando do nada e a pressão da gravadora sobre o destino do grupo tem segurado uma questão sobre sexualidade. Eu sou gay. Eu não acho que isso seja uma surpresa pra qualquer um que segue minhas atividades nas redes sociais. Hoje em dia as pessoas são conscientes e eu sou aberto sobre isso! Não deveria ser diferente com as nossas fãs. Nada foi perdido nesse tempo, exceto a minha própria felicidade. Nenhuma gravadora ou patrocinadores para assustar. Eu não estaria interessado em trabalhar com ninguém que me assustasse. Isso é tudo. Obrigado pelo apoio contínuo e amizade. Eu admiro vocês sempre.”, escreveu.
Andrew Garfield
Ator americano (32 anos)

Em uma entrevista ao Mic, no início de setembro, Andrew Garfield confirmou ser bissexual. Após ser desligar da franquia ‘O Espetacular-Homem-Aranha‘ e de terminar o namoro com a atriz Emma Stone, o astro revelou não ter preferência sexual. Além disso, Garfield chegou a fazer campanha para um Homem-Aranha pansexual, que tivesse uma atração independentemente da identidade de gênero. “Não vejo a hora em que não teremos que ter esse tipo de conversa, que poderemos ter um Homem-Aranha pansexual. Porque nós temos tanto medo? Por que tem que ser uma relação entre homem e mulher? Por que sequer temos que ter esse tipo conversa? Nós tememos coisas que não estamos acostumados. Amor é amor, pele é pele, carne é carne. Eu mesmo não tenho uma preferência sexual”, afirmou.
Israel Gutierrez
Repórter americano (38 anos)

Repórter da ESPN nos EUA, Israel Gutierrez declarou-se gay por meio do seu blog, no dia 04 de setembro, e também anunciou seu noivado com David Kitchen. “Eu tenho estado angustiado nos últimos meses tentando descobrir como fazer isso. (…) Então, eu decidi por este simples blog. Sem formalidades, sem restrições, só deixá-los saber de uma parte da minha vida que tenho mantido separada da minha carreira profissional. (…) Eu sou gay, o que muitas pessoas, tenho certeza, deduziram ou apenas adivinharam ao longo dos anos.”, escreveu. “Mas essa não é uma saída do armário. A verdade é que eu estou fora do armário para os amigos e para a família há mais de seis anos. (…) A razão de estar abordando isso agora é, principalmente, porque eu vou me casar em 12 de setembro e além do fato de que seria chato contar a minha história cada vez que alguém visse o meu anel de casamento, parece ser um momento natural para abrir sobre isso.”
Krzysztof Charamsa 
Padre polonês (43 anos)

No dia 03 de outubro, véspera do Sínodo Católico da Família, o monsenhor polonês Krzysztof Charamsa, 43 anos, revelou ser homossexual em uma entrevista publicada pelo jornal italiano Corriere della Sera. Mais que isso, apresentou seu namorado, Eduardo. “Quero que a Igreja e a minha comunidade saibam o que sou: um sacerdote homossexual, feliz e orgulhoso da própria identidade. Tenho um companheiro. Estou pronto a pagar as consequências, mas é o momento para que a igreja abra os olhos para os gays crentes e entenda que a solução que eles propõem, a abstinência total do amor na vida, é desumana”, declarou o religioso. Apesar da intenção, a igreja reagiu negativamente a sua postura, afastando o teólogo de todas as suas funções no Vaticano.
Tom Bosworth
Atleta britânico (25 anos)

Considerado o número 1 da marcha atlética britânca, Tom Bosworth declarou-se gay no dia 12 de outubro, durante entrevista para a emissora BBC. “Eu acho que é uma grande decisão falar sobre isso, mas eu não vou mudar a minha vida e já me sinto confortável em falar sobre o assunto. Hoje isso é uma noticia, mas, daqui a alguns anos, quem sabe não seja”, disse o atleta. Bosworth contou que está em um relacionamento homossexual há cinco anos. O atleta é especialista na prova dos 20km e é apontado como candidato a uma das medalhas nas Olimpíadas do Rio em 2016.
Gus Kenworthy
Atleta norte-americano de esqui (24 anos)

Medalhista de prata na prova de esqui livre dos Jogos Olímpicos de Sochi’2014, Gus Kenworthy se tornou o primeiro alteta de desportos radicais da história a assumir a homossexualidade após entrevista divulgada em 22 de outubro pela agência Associated Press e à revista da ESPN. “Eu sou gay” e “este é o primeiro dia do resto da minha vida” foram algumas das frases escritas pelo esquiador minutos antes de serem publicadas as primeiras entrevistas sobre o assunto. O jovem ficou famoso nos Jogos Olímpicos não apenas pela medalha conquistada, mas por ter adotado, na época dos jogos, uma dezena de cães abandonados, salvando-os da anunciada morte decretada pelo governo russo.
James Dawson 
Escritor norte-americano

O escritor norte-americano James Dawson revelou em outubro que não era homossexual, mas sim transexual. Ele falou sobre sua transição de gênero ao site BuzzFeed, mas que ainda preferia ser chamado no masculino enquanto o visual não se transformasse por completo. Autor de livros como “This Book Is Gay” e “Hollow Pike”, Dawson disse que se sentia diferente desde criança e que chegou a orar para Deus para acordar menina. Ainda que já pensasse ser transgênero, Dawson conta que, por ter atração por homens, se rotulava como gay. Revelou que já começaria o tratamento hormonal em 2015. “Eu espero que em um ano eu seja considerada uma mulher e possa sair como uma mulher e namorar homens héteros. Quero ser capaz de andar no sol como uma mulher”, afirma.
Michael Angelakos
Cantor americano (28 anos)

Michael Angelakos, vocalista da banda indie Passion Pit, surpreendeu seus seguidores no dia 09/11 com a revelação de que é gay. A saída pública do armário aconteceu durante uma longa e sincera conversa do músico com Bret Easton Ellis, escritor, roteirista e que apresenta um podcast com seu nome. “Eu havia contado para poucas pessoas do meu círculo pois não sabia como falar sobre isso, sabe? (…) Agora eu apenas decidi que seria melhor falar. Não sei o que aconteceu, mas é uma daquelas sensações que vem de dentro. Pensei: ‘Ok. Eu preciso falar com as pessoas sobre o fato de que sou. Sou gay. E é isso”, afirmou. Michael também comentou como foi o processo de se assumir para sua ex-esposa, a estilista Kirsty Mucci. “Eu só queria muito ser hétero, pois eu a amo muito. Acho que isso foi a coisa mais dolorosa quando decidimos nos separar”, completou.
Yusaf Mack
Ex-boxeador americano (35 anos)

Pai de dez filhos, Yusaf acabou tendo que confirmar sua real sexualidade após uma sequencia quase desastrosa de declarações em novembro. O lutador foi identificado num vídeo pornô gay chamado “Dog Pound” e, para se justificar, disse que havia sido drogado e induzido pelos produtores. Logo depois, disse que o seu casamento havia acabado com a publicação do vídeo e que preferiu mentir sobre o uso das drogas para tentar contornar a situação. Num comunicado oficial, o ex-atleta pediu desculpas e disse ser realmente bissexual. ”A minha vida ficou completamente destruída (…) Fui tirado do armário com a participação no filme (…) Encobri a minha orientação e a vida dupla que ia levando, mentindo. Após refletir, só quero agora que minha vida siga em frente e peço desculpa aos meus entes queridos que magoei, escondendo esta parte da minha vida”, concluiu.
Reid Ewing 
Ator americano (27 anos)

Conhecido pela série Modern Family, Reid Edwin acabou confirmando sua homossexualidade ao responde um seguidor no Twitter no dia 23 de novembro. Tudo começou com um tweet publicado pelo ator, comentando um programa de TV. “Vi o Eugene Bata no Good Morning America numa discussão sobre dismorfia corporal, no seguimento do meu caso, e só queria dizer que ele é muito gato”. Após isso, um seguidor do ator comentou o tweet de forma irónica: “Decidiu sair do armário?”. Reid Ewing limitou-se a responder: “Nunca lá estive”. Numa postagem em sequência, Reid foi mais direto. “Escrevo um artigo sobre procedimentos cirúrgicos, mas as pessoas preocupam-se mais com o fato de ser gay”, concluiu.
Holland Taylor 
Atriz americana (72 anos) 

Conhecida por viver a desbocada, bissexual e politicamente incorreta Evelyn Harper da série Two and a Half Men, a atriz Holland Taylor, de 72 anos, surpreendeu ao conceder uma entrevista à rádio WNYC, no dia 02 de dezembro, e revelar que tem se relacionado com mulheres nos últimos tempos. Taylor assegurou que não está ‘saindo do armário’, porque ela nunca esteve dentro, e comentou que nunca falou sobre isso antes, pois não considerava que era algo que fosse relevante para a sua carreira televisiva, mas decidiu finalmente tocar no assunto ‘depois de se apaixonar e encontrar sua alma gêmea’.. “É a coisa mais maravilhosa e extraordinária que jamais aconteceu na minha vida”, disse ela sobre a nova paixão. De acordo com o site Autostraddle, a namorada de Holland seria a atriz Sarah Paulson, de 40 anos, famosa por estrelar o seriado American Horror Story.
Eliot Sumner
Cantora ítalo-americana (25 anos)

Filha do cantor Sting, Eliot Sumner revelou ser lésbica numa entrevista para a revista ES, em dezembro. A cantora que mora em Londres também confirmou o namoro de dois anos ao lado da modelo Lucie Von Alten, um dos novos rostos da moda europeia. Revelou que nunca precisou falar para sua família sobre ser homossexual, uma vez que sempre foi um assunto lidado com naturalidade por todos. “Acho que sempre tentei descobrir o que eu sou, mas não acho que ninguém precisa ser rotulado. Somos todos seres humanos. Não posso controlar a forma como canto. Acho que sempre estarei à sombra do meu pai, mas tudo bem. Todo mundo tem um desafio e estou orgulhosa da música que estou fazendo”, disse.
Claudio Ramos
Apresentador de TV português (42 anos)

No dia 04 de dezembro, o apresentador da SIC foi o entrevistado do programa Alta Definição, da mesma emissora portuguesa, e revelou muitos aspectos da sua vida, incluindo sua homossexualidade. Foi quando lembrou o dia em que a filha, Leonor, aos nove anos de idade (isso há dois anos atrás) perguntou se ele era gay. “Eu tinha quarenta anos e ela agarrou na minha mão dizendo ‘eu sei’”. É como se abrisse o chão e ficas com tanta vergonha de não teres sido tu a dizeres, ter sido uma miúda de nove anos”, explicou. Cláudio Ramos também revelou na entrevista que está apaixonado, mas que um relacionamento não depende apenas de uma pessoa só. “Tu não podes insistir numa pessoa que desiste de ti! Acho que amei demais, muito tempo”, completou.

Gays poderiam salvar 1,8 milhão de pessoas se pudessem doar sangue

Segundo estudo publicado pela Universidade da Califórnia, caso fosse permitido a doação de sangue de homossexuais no país, o estoque total de do material teria um aumento anual de 2% a 4%. Considerando um cálculo da Cruz Vermelha que diz que cada doação pode ajudar a salvar a vida de até três pessoas, o número total de vidas salvas desde a proibição seria de mais de 1,8 milhão de pessoas.
A pesquisa compara a legislação norte-americana com a de outros países, que permitem que homens que fazem sexo com homens (chamados pelos órgãos de saúde de HSM) doem sangue com algumas restrições, como períodos mínimos sem relações sexuais.

No Brasil

Os homossexuais são proibidos de doar sangue nos Estados Unidos desde 1977, quando a Agência Federal de Drogas e Alimentos (FDA) descobriu que a AIDS podia ser transmitida por transfusões sanguíneas. O objetivo do estudo é pressionar a FDA para que a proibição da doação de sangue por HSH nos Estados Unidos seja reduzida, de acordo com períodos mínimos sem relações.

O Ministério da Saúde diz que é proibida a doação de sangue de homens que tiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses. Assim, a discussão no país é a forma pela qual essa norma é aplicada em diferentes hospitais. O texto diz que os doadores não podem sofrer “manifestações de juízo de valor, preconceito e discriminação por orientação sexual, identidade de gênero, hábitos de vida, atividade profissional, condição socioeconômica, cor ou etnia”, mas casos de homofobia são denunciados em diferentes centros médicos e postos de saúde.

Ou seja: os doadores brasileiros continuam sujeitos ao questionário feito por captadores e triagistas, processo onde é detectado tal discriminação. Segundo especialistas, uma alternativa que poderia ajudar seria a alteração do texto da portaria, que passaria a tratar de sexo anal em geral, em vez de sexo entre homens.

A triste realidade da população LGBT em situação de rua

A população LGBT que vive em situação de rua no Brasil sofre ainda mais violência e discriminação do que os demais sem moradia no país, foi o que concluiu o sacerdote católico Júlio Lancellotti, monsenhor e pároco da Igreja Miguel Arcanjo, na cidade de São Paulo.
O padre é também pedagogo e teólogo, doutor Honoris Causa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e dedica grande parte de sua atuação ao trabalho social, especialmente junto a crianças e adolescentes infratores, detentos em liberdade assistida, pacientes soropositivos, populações de baixa renda e em situação de rua, como coordenador da Pastoral da População de Rua em São Paulo.

Segundo ele, além da exclusão por parte da família, amigos, mercado de trabalho e Poder Público, a população LGBT é rebaixada hierarquicamente nas ruas, chegando a ser subordinadas por outros sem-tetos.

O padre conversou falou a respeito dos abrigos destinados a população LGBT que vive nas ruas, a omissão da mídia na cobertura dessa questão social, e os desafios e avanços frentes as políticas públicas de direitos humanos aos LGBT sem situação de rua.


Como avalia a situação da população LGBT que vive nas ruas do Brasil?

A situação da população de rua LGBT é a mesma que toda a população LGBT vive no Brasil, agravada pela exposição na rua, sofrendo violência e discriminação potencializada. Sem nenhuma proteção, sofrem ainda mais da repressão das polícias. Nem sempre encontram proteção, apoio e autonomia. Posso falar a partir da população LGBT que vive na cidade de São Paulo, que eu conheço mais. Há peculiaridades em várias cidades do Brasil. Essa população é facilmente identificável. A discriminação e o preconceito crescem pelas circunstâncias de vida deles, e acabam sendo extremamente feridos, sofridos e discriminados.

Quais os desafios enfrentados por essas pessoas? Houve avanços nos direitos humanos dos sem-teto LGBT?

Enfrentam desafios comuns à população de rua, mais o preconceito e discriminação, assédio e até a necessidade de prostituírem-se, doenças, abandono e imensa carência afetiva, e busca de proteção. Existem questões específicas, de sobrevivência. Questões específicas da área de saúde, dos atendimentos. Há algumas tentativas, como em São Paulo, onde se fez um centro de acolhida específico para eles. A grande pergunta é: não deveriam estar integrados em todos os espaços, aprenderem a lidar, aceitar e conviver, sem que sejam massacradas? Tem que ter um espaço onde tenha um banheiro que eles possam usar ou em todo lugar tem que ter um banheiro para eles?

Como os governos têm lidado com as pessoas em situação de rua e, em especial, com os LGBT?

Existem leis, propostas, mas, em geral, impositivas e verticais. Há muita pressão e programas sucateados e improvisados. Nos momentos de crise como agora, são os primeiros afetados. O grupo LGBT recebe respostas parciais e não atingem todos. Como esse espaço específico, mas que tem várias outras questões. Por que eles ficam no centro de acolhida? Como eles podem ter acesso à questão da moradia e serem respeitados?

É possível identificar pontos em comum nas histórias do LGBT em situação de rua? Como foram parar nessa condição?

A população de rua reproduz os mesmos preconceitos, rejeita e estabelece relações afetivas. Tem o conflito com a família, com a comunidade local. E uma coisa que me chama muito a atenção: os conflitos religiosos. De igrejas que não aceitam algumas denominações, que os acaba expulsando do convívio religioso. Esses grupos, em geral, são famílias também, que, por causa da situação religiosa, são intolerantes e não aceitam, de forma alguma, a convivência. Querem que as pessoas mudem. Esses que estão na rua são os que assumem sua condição, vivem sua condição e acabam ficando na rua, porque não têm nenhum espaço social de acolhimento.

Eu me lembro muito bem de um jovem que estava me dizendo do conflito que ele tinha com o pai, no grupo da igreja, e eu perguntei para ele: “quem é que te aceita, dá carinho e gosta de você?”. E ele disse: “Minha avó”. “Como tua avó te trata?”. “Me dá carinho, me agrada, me dá comida, quer que eu vá para a casa dela, tomar banho. Tem compaixão pelo meu sofrimento, é muito afetuosa comigo”. Eu disse: “Deus te ama como a sua avó”. Então, ele ficou muito surpreendido. “Deus me ama? Por que ele me fez mulher num corpo de homem?”. Então, são conflitos muito fortes. É uma questão existencial, dentro do simbolismo das questões sociais. Isso se agrava e agudiza, jogando essas pessoas nas ruas.

Qual sua avaliação sobre a relação da mídia com o povo em situação de rua? Qual a imagem disseminada?

A relação com a mídia é conflitiva, espetacular e de não entendimento do mundo da rua e suas consequências. Na maior parte das vezes, é um interesse factual, um interesse episódico. Não tem nenhum interesse existencial, nenhum processo de vida dessas pessoas. É como tudo: uma pessoa foi queimada, então, isto é notícia; se ela achou uma carteira, isto é notícia. É sempre nesse mundo do consumo. Consumo das pessoas e das notícias. Todas as discussões são imediatistas, pragmáticas e de consumo.

Como a sociedade se relaciona com o povo em situação de rua?

Que sociedade? Eles não fazem parte desta tão falada sociedade. Há uma dissociação do real, do que é simbolizado, na medida em que se quer vender a imagem de uma pessoa inofensiva, um “coitadinho”. E essas pessoas carregam também contradições, desejos, buscas, revoltas. Eles são quase pasteurizados. Eles são marcados pela mídia, pelo consumismo. As relações reais são muito conflitivas. Às vezes, a mídia passa uma visão idealizada.

O senhor já comentou que estamos vivendo uma sociedade “cachorrocêntrica”. O que seria isto?

É a cultura do cachorro, do petshop. São Paulo tem 4 mil padarias e 4 mil pets. Fome de pão e carência de cão. O que é interessante nisto: o povo da rua tem uma relação muito forte com os cachorros. E os cachorros são mais bem cuidados do que eles. Tem gente que dá comida para a população de rua e tem gente que leva comida para os cachorros. E tem gente que visita a população de rua por causa dos cachorros. Coloca-se o cachorro como centro, porque ele retribui o afeto, o cuidado, e a população de rua é mais contraditória, nem sempre retribui, como o cachorro.

O que significa uma gestão caracterizada por ações higienistas?

É aquela ação que quer eliminar a pobreza eliminando os pobres. Tratando-os como lixo e resíduos. Essas ações higienistas são muito presentes aqui em São Paulo. Na praça 14 Bis houve uma ação truculenta do “rapa” [fiscais]. As pessoas estavam celebrando uma missa e começaram a retirar as coisas das pessoas. Pedi: “Parem de fazer isso! Sejam vocês evangélicos, católicos, espíritas, mulçumanos, judeus, budistas, ateus, agnósticos… Sejam humanos, parem de tirar as coisas dos irmãos de rua! Isso é uma questão de humanidade!”. Estava frio, garoando. Eles não puderam carregar seus objetos. O que a polícia diz? “Sumam. Armem sua barraquinha diante da assistência social”. Não importa para onde vão. A Polícia Militar também está dizendo que vai plantar drogas e forjar flagrantes. A ação da Prefeitura é extremamente higienista.

Em declarações, o senhor comentou que o Censo da População de Rua de São Paulo “é uma fantasia”. Por quê?

Porque não conseguiu realizar o que anuncia: contar toda a população de rua da cidade. Não levou em conta os que estão em entidades não conveniadas, como a Missão Belém, e usou o mesmo conceito de população de rua do Censo de 2000, por questão técnica, e não atualizou o conceito frente à realidade, que mudou. O Censo não levou em conta quem está em barraco, só quem está em barraca, considerando o primeiro favelização. Há lugares que, sabemos, não são caracterizados como favelas. Aí, a Assistência Social diz que isso é problema da Habitação. E também não contaram os que estão em entidades religiosas, ou em hospitais e clínicas.

Como avalia os abrigos destinados aos LGBT, a exemplo do Centro de Acolhida Zaki Narchi, em São Paulo?

Foi uma tentativa de mascarar a realidade em cima de uma resposta gasta e inadequada de “albergue”, porque não tem autonomia para uma moradia com dignidade. É aquilo que te disse: é mais fácil fazer um lugar específico do que fazer com que essas pessoas possam conviver. Eles não têm uma escola específica, um hospital específico. Pode ser uma resposta momentânea. Um exemplo bom disso são as Olimpíadas, que é um evento extremamente competitivo. Por isso é que há as Olimpíadas dos deficientes. Eles são tão atletas quando os outros, mas têm de fazer Olimpíadas diferentes dos outros.

O que representou o lava-pés da atriz Viviany Beleboni, que sofreu ameaças por ter participado da 19ª Parada do Orgulho LGBT, pregada numa cruz, na capital paulista?

Misericórdia e pedido de perdão, acolhimento sem julgamento, vivência radical do seguimento de Jesus. A pergunta é? Jesus a acolheria ou não? Lavaria seus pés ou a rejeitaria? Fizeram um barulho enorme em cima de uma coisa… Vemos crucificação dos camponeses, meninos de rua, pessoas negras, indígenas… A intolerância é porque é uma transexual. Ela se identificou com a dor de Cristo e outros se identificaram com a dor dela.

Jesus morreu por nós, todos pecadores. Jesus não morreu por uma categoria vip ou de exclusividade. Seu amor é para todo mundo, para os transexuais também. Lavar os pés foi um gesto que Jesus fez com aqueles que eram seus discípulos, que o abandonaram, o traíram ou o negaram. Os primeiros que devem ser respeitados são aqueles que são discriminados e tratados de maneira cruel. A minha pergunta é sempre esta: Jesus lavaria os pés dela? A trataria com misericórdia e compaixão? Aí as pessoas me perguntam: mas ela trataria com respeito a religião? Esta é uma pergunta que Jesus nunca fez.

Que contribuições o Papa Francisco tem trazido para a luta do povo em situação de rua?

Na medida em que age, dá exemplo ao Vaticano, acolhendo os moradores de rua, na visão geral do sistema, que descarta, e na sua transformação. Na defesa dos pobres e esquecidos. Eu acredito que a mensagem do Papa Francisco contribui muito para os movimentos sociais na Bolívia, a partir dos três T: teto, trabalho e terra. Isto está extremamente ligado à população que vive nas ruas, que precisa de trabalho, teto e terra. Eu colocaria ainda um quarto T: ternura. O Papa Francisco tem dito muito isto: não tenham medo da ternura.

Ao longo dos 30 anos de sacerdócio, o senhor já foi perseguido, ameaçado, processado, viveu momentos de tensão com a polícia. Como avalia sua trajetória?

Dura, cheia de momentos desafiadores e consoladores. Feliz por ser amigo dos mais pobres e aviltados, de ser amado por aqueles que ninguém ama. É uma luta pela vida, uma luta de resistência, um combate diante de situações que querem destruir os fracos, os pequenos. Hoje em dia, a intolerância, o preconceito e a raiva é cada vez maior. Existe muita solidariedade, mas existe muito ódio também.

Deseja acrescentar algo mais?

Que na velhice faço memória de tudo o que vivi, com marcas e cicatrizes, muitas imagens de ternura, muitas saudades dos que amei, com força para resistir e insistir, e não aceitar que os pequenos sejam pisados.

Quase 20% dos alunos do ensino público não querem ter um colega homossexual

Um em cada cinco estudantes do ensino público brasileiro declara abertamente não querer ter um colega homossexual em sua classe escolar. Essa é uma das conclusões da pesquisa Juventudes na Escola, Sentidos e Buscas: Por que frequentam?, divulgada em novembro do ano passado e que procurou, entre outros temas, traçar os preconceitos mais comuns entre alunos.


O estudo foi feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso-Brasil), Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação a Ciência e a Cultura (OEI), e do Ministério da Educação. Nele, 19,3% dos estudantes disseram que não queriam ter um colega na escola que fosse homossexual, travesti, transexual ou transgênero.

“A homofobia é um dos principais tipos de preconceitos nas escolas. Homossexuais, transexuais, transgêneros e travestis são indicados como pessoas que não se queria ter como colega de classe por 19,3% dos alunos, sendo os jovens do EM (Ensino Médio) os que mais se rejeitam essas pessoas”, diz trecho do levantamento.

Ainda de acordo com a pesquisa, a rejeição é maior entre os meninos, com 31,3% deles afirmando não quererem ter um colega homossexual – entre as meninas o índice ficou em 8%. Elas, por outro lado, possuem maior rejeição contra “os bagunceiros, os puxa-saco dos professores e os egressos de unidades prisionais”.

Em entrevista, a coordenadora da pesquisa, Miriam Abramovay, disse ter ficado impressionada com a contundência no que tange a homofobia no ambiente escolar do País. “O que percebemos é que esse número é tão alto quanto na primeira pesquisa, Juventude e Sexualidade (de 2004)”, avaliou ela.

O preconceito contra colegas homossexuais e também contra egressos de unidades prisionais mostra, de acordo com Miriam Abramovay, que a escola não está conseguindo tratar de certos temas. “Muitas vezes a escola nem fica sabendo, eles nem se queixam, não têm onde se queixar. E todas essas questões prejudicam aprendizagem, prejudicam os alunos”.

No que diz respeito a temas como drogas, pena de morte e maioridade penal, a socióloga afirma que os dados apresentam um cenário em que os meninos são muito mais conservadores do que as meninas.

Depoimentos

Ao longo da pesquisa, exemplos são apresentados para dar embasamento dos números. Um deles envolve o relato de um estudante homossexual, que estuda em Cuiabá (MT), o qual descreve “o sofrimento com a existência de preconceito por parte dos colegas”.

“Vejo muita gente que às vezes me exclui por eu ser homossexual. Meus amigos mesmo. Tem locais que eu entro, locais públicos, você está lá com seus amigos. Tem uma amiga minha que se veste como um homem. Então a partir do momento que a gente coloca um pé lá, todo mundo olha diferente. Todo mundo mostra, dão um gesto que não estão se agradando. Eu sei lá. É coisa que dói bastante. Quem é homossexual sente tudo isso. A gente sente, a gente vê. A gente tenta disfarçar mas não consegue”.

Outro ponto destacado pela pesquisa é que “alinhamento religioso e moralismo” influem no comportamento e discussões entre os estudantes no ambiente escolar. Para os pesquisadores, as escolas poderiam capitalizar em cima dessas discussões, as quais muitas vezes expõem preconceitos até mesmo entre aqueles alunos que declaram respeitar os colegas homossexuais.

“Fui com minha irmã na faculdade dela resolver uns assuntos. Aí chegando lá a maioria dos amigos da classe eram homossexuais e mesmo, mas eles tinham comportamentos normais de homens, se vestiam como homens, mas tinha as relações deles a parte. Quando ele levanta uma bandeira gay acho que isso é o cúmulo do mundo em dizer ‘ah eu sou gay’, tá com uma bandeira na praia ‘porque eu sou gay’. É não levanto uma bandeira pra dizer eu sou hétero. O que é não tem dúvida”.

A falta de discussão também atinge temas como o racismo e as cotas, de acordo com o estudo.

Intersexuais são 167 mil, mas ainda estão invisíveis

Eles são muito mais comuns do que podemos imaginar. Apesar de não haver dados precisos, estima-se que um em cada 1.200 nascidos vivos no Brasil tenha essa condição, um total estimado em aproximadamente 167 mil pessoas. Mesmo com esses números acachapantes, eles vivem em um limbo de invisibilidade e tabus. Essas pessoas são intersexuais.
“Diferentemente da transexualidade , a intersexualidade é uma marca corporal de nascença. O órgão reprodutivo não corresponde ao que a sociedade espera de um órgão que se diz ‘feminino’ ou ‘masculino’. Essas pessoas borram um pouco a definição linear do sexo”, explica a psicóloga Ana Karina Canguçu-Campinho, que é membro de um serviço de referência em intersexualidade no Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Os intersexuais são o que antigamente costumava-se chamar de “hermafrodita”. Segundo a literatura médica, são vários os fatores que determinam o sexo biológico de uma pessoa. No caso dos intersexo, esses fatores se apresentam “misturados”. Por conta dessas combinações, pode haver mais de 40 tipos de intersexualidade. Os mais comuns são quatro. No pseudo-hermafroditismo feminino, o bebê possui ovários, DNA feminino (cromossomos XX), genitália interna feminina (ovários e útero) e genitália externa – esta, no entanto, tem características tanto de vagina como de pênis.

Já no pseudo-hermafroditismo masculino, a criança possui testículos, cromossomos XY (masculinos) e genitália externa “feminina” ou ambígua. No caso da disgenesia gonadal mista, o bebê nasce com gônadas (órgãos que produzem as células reprodutivas – ovários, no caso das mulheres, e testículos, no caso dos homens) descaracterizadas. E no hermafroditismo verdadeiro, as crianças possuem tanto tecido ovariano como testículos.

O diagnóstico da intersexualidade pode ser dado no momento do nascimento, quando os médicos e a própria família reconhecem que há alguma coisa de diferente com os genitais do bebê. Quando o caso não é tão óbvio, a intersexualidade pode ser descoberta durante a puberdade. “Em alguns casos, a menina não menstrua. Quando vamos investigar o porquê, descobrimos que, em vez de ovários, ela tem testículos”, exemplifica a professora Ana Karina. Ou o diagnóstico pode vir ainda mais tarde.

No caso da ex-judoca brasileira Edinanci Silva, sua intersexualidade foi descoberta às vésperas de uma importante competição. Prestes a disputar as Olimpíadas de Atlanta, em 1996, ela descobriu que, em vez de ovários, ela tinha testículos.

Edinanci foi operada para a retirada dos órgãos internos. “Eles me disseram que eu corria o risco de desenvolver um câncer se não fizesse a cirurgia. Fiz por uma questão de saúde, porque, de resto, nunca me incomodou em nada”, contou ela em uma entrevista ao jornal “Correio Braziliense”, em 2009. No seu caso, a cirurgia aconteceu quando ela já era adulta e podia decidir sobre seu próprio corpo. Muitas vezes, porém, essas operações acontecem nas pessoas ainda bebês e deixam marcas para a vida toda.

Famosos que têm filhos, irmãs e outros parentes trans

Não que se trate de um fenômeno contemporâneo, mas que a liberdade de se dizer T do LGBT deve prevalecer acima de qualquer transfobia. E que pode estar presente em todas as famílias e casas – inclusive nas de famosos. 

Seja ela ou ele como artista que galga espaços e pioneirismos ou porque tem na família algum parente que a coloca em destaque. E que, por sua vez, dá exemplo de acolhimento ao público. A relação do jornalista cis Marcelo Tas e o filho Luc, que é homem trans, é um exemplo.

Ele revelou o convívio harmônico com Luc deve-se pelo exercício de parte da nova geração de famílias, que procura entender a transexualidade da melhor maneira e escutar os seus filhos. “Convivência é fundamental nos dias de hoje para a aceitação”, disse ele, que engrossa o caldo de pais famosos de pessoas trans que acolhem.

Quer saber quem são os outros que tem filhos, irmãos e parentes trans? E que lidam com as questões de gênero dentro do lar?

- Ex-jogador Toninho Cerezo, pai de Lea T


O treinador e ex-jogador da seleção brasileira ganhou novamente os holofotes quando a mídia internacional descobriu que a modelo Lea T, mulher transexual, era a sua filha. Enquanto muitas mídias inventaram que eles não se davam bem, Toninho mostrou que nunca abandonou Lea. “Eu fui o último a ficar sabendo, mesmo porque eu já sabia. Mas nunca questionei, nunca briguei”, disse ele ao jornal Lance.

Na ocasião, ele era treinador do Sport-PE e foi orientado a deixar o time, o que nunca fez. Ele afirmou que o maior amigo de sua aceitação foi “o tempo” e a proximidade com a filha. Um exemplo? “Eu lembro uma vez que teve um clássico Corinthians e São Paulo e levei todos eles ao campo. A Lea dormiu no jogo. Quando eles eram crianças eu os coloquei na escolinha de futebol, na época da Sampdoria. Ela ficou brincando de aviãozinho, nem aí pra bola”.

- Atores Warren Beatty e Annette Bening, pais de Stephen Ira Beatty


Em 2012, o filho do casal de atores assumiu aos 18 anos publicamente que é um homem trans. “Meu nome é Stephen, eu me identifico como um homem transexual, gay, homossexual, lutador, nerd, escritor, artista e um cara que precisa cortar o cabelo”. Ele já fez diversos vídeos, mas não chega a citar os pais, que parecem não incentivar, mas também não proíbem a exposição e a militância.

O Daily Mail informou que a mãe apoia o filho “como pode, apesar da situação dolorosa”.

- Músico M Lamar, irmão de Laverne Cox


Tudo bem que Laverne hoje é muito mais conhecida que o irmão, mas é importante frisar que é o músico quem aparece na versão masculina da cabeleireira Sophia da série “Orange is The New Black”. Detalhe: eles são gêmeos e se dão maravilhosamente bem.

“Nós temos um vínculo muito forte e temos muito respeito um pelo outro. Nos respeitamos como artistas e como pessoas. E fiquei grata por poder dividir com ele esse momento na série”, declarou Laverne. Precisa dizer mais alguma coisa?

- Apresentador Marcelo Tas, pai de Luc


O ex-líder do CQC falou sobre a relação com Luc, o filho que aos 22 anos afirmou ser um homem trans. Hoje, aos 25, a relação com a família é de admiração e respeito. Tas diz que as famílias da nova geração são as primeiras a tratar a transexualidade de um filho da forma natural, acolhedora e transparente – como sempre deveria ter sido.

“As questões de sexualidade e gênero são importantes. Mas não são mais importantes do que o amor incondicional que devemos manter na nossa família. Este sim é o assunto mais importante da nossa vida”.

- Atores Angelina Jolie e Brad Pitt, pais de Shiloh


Seríamos irresponsáveis se classificarmos Shiloh, fruto da relação de Angelina Jolie e Brad Pitt, de 9 anos, como trans sem um comunicado dos pais. Mas é preciso ressaltar o tratamento absolutamente libertário que o casal mais badalado de Hollywood dá à criança, que foi designada mulher ao nascer, que veste tranquilamente às peças do guarda-roupa masculino.

Em entrevista à Vanity Fair, Angelina disse: “Ela acha que é um dos irmãos. É extremamente engraçada e falante. É a pessoa mais divertida que você pode conhecer”. Já Brad revelou no talk show de Oprah Winfrey uma das conversas: “Se eu digo: Shi, você quer… ela me interrompe e diz “John. Sou John.” “Então eu digo: John, você quer suco de laranja? Aí ela responde: Não!”. Independente de ser trans ou cis, a criança vai crescer sendo quem é.

- Ator David Arquette, irmão de Alexis Arquette

Os irmãos artistas são conhecidos de Hollywood e aparentam ter uma excelente relação. Tanto que é possível ver fotos deles abraçadinhos tanto antes da transição de Alexis quanto depois. Recentemente, a atriz foi questionada sobre as referências que tem dos irmãos e ela disse que o maior complicador não é aceitação de sua nova identidade, quarenta anos depois, mas as comparações de sucesso, já que ambos são atores.

“Ele (David) recebe ofertas, ele pode escolher. Mas as pessoas podem dizer coisas muito desagradáveis: ‘Por que você não está indo tão bem quanto o seu irmão?’. Esquecem que nem todos tem os mesmos objetivos nesse mundo ou querem ser conhecidos por todos que habitam esse planeta”, diz ela que já estrelou “A Noiva de Chucky” e “Três Formas de Amar”.

- Escritor Ernest Hemingway, pai de Gloria Hemingway

A vida da médica transexual Gloria foi cheia de altos e baixos, mas não devido à relação aos pais. Em sua biografia Papa: Personal Memoir, ela conta o contato estreito e afetuoso que tinha com o escritor britânico e detalhes pessoais ainda não sabidos pelo público.

Apesar disso, Gloria viveu décadas como homem, casou quatro vezes com mulheres e chegou a perder o direito de clinicar devido ao abuso de álcool e drogas. Ela viveu por muitos anos com a mesada fornecida pela família. Morreu em 2001, aos 69 anos, de hipertensão e doença cardiovascular.

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