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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Descubra como a vida trans mexe com a família delas...


Travestis não nascem de chocadeira. Muito menos nascem já travestis, pelo menos não fisicamente. Mesmo a mais feminina das bonecas já foi um menininho um dia e, como tal, foi recebido e criado por sua família. Como essas pessoas – pai, mãe, irmãos, avós – encaram a transformação do garoto em mulher?
Contando uma história

Katlyn tem 22 anos e só encarou sua mudança definitiva depois que fez 18. “Antes disso, mesmo meus pais tendo me aceitado como ‘gay’, nunca que eles iriam me aceitar vestida de mulher”, conta ela.
Entre os 16 e os 18 anos, Katlyn já se “montava” (= vestia-se de mulher), mas tinha de sair de casa como garoto e se travestir na rua ou na casa de amigos. Mesmo já não morando mais com os pais – na época, morava com uma tia –, ela resolveu esperar até quando pôde morar sozinha: “Eu já sentia que queria ser mulher todo o tempo, mas meu pai ficaria louco se soubesse”.
E a mãe? “Acho que ela sempre desconfiou de algo. Aos sete anos, ela já me vestia com as roupas dela e dizia que eu ficava uma gracinha de menininha. Quando eu era bebê e me confundiam com menina, ela deixava”.
No entanto, a transformação mesmo não foi presenciada por ninguém da família. Quando pôs um pouco de silicone na bunda e isso já foi o suficiente para deixar alguns familiares com a pulga atrás da orelha, Katlyn percebeu que precisava se afastar um tempo.
Só depois de muito hormônio, peitos, bunda e cabelão foi que ela resolveu visitar os pais: “Eles sabiam pela minha tia, a quem eu já tinha contado – mas não tinham visto nem foto”.
Reações

O encontro surpreendeu. “Minha mãe disse que eu estava linda”, conta Katlyn. “Se antes, perguntava pela namorada, hoje pergunta quando eu vou casar [com um homem]”. O pai, porém, não conversa sobre o assunto. “Minha irmã mais nova é que é engraçado: antes, a gente mal se falava. Agora, ela vem falar comigo, coisas de menina, pedir conselho...”.
Ah, tem também os primos... Katlyn teve sua época de “brincadeiras com a ‘primaiada’” – mas um deles continuou a brincadeira mesmo depois de grande. “A gente transou quando eu era pequeno [...]. Depois, transamos de novo quando eu já tinha me assumido gay e já transamos comigo de travesti”, confessa. O primo, que se identifica como hétero, diz preferir muito mais a versão atual, claro.
Hoje, Katlyn mora com suas amigas – mas não significa que ela tenha virado as costas para a família. “De vez em quando, vou pra casa quando tem festa, churrasco, normal”. Só uma coisa a perturba: “Quando o pessoal mais antigo – e alguns primos, de zoeira – me chama pelo meu nome de homem. Que ódio!”.
E todo mundo aceita numa boa? “Bom, minha avó não enxerga direito e ninguém contou pra ela diretamente – mas ela deve estar me achando diferente...”. Família é tudo igual mesmo.
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