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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Passivos vs. Ativos


Ser passivo…para os gays leigos…é receber, isto é, ser penetrado, logo o ativo é quem penetra. Eu só não sabia que  algo assim tão simples  envolvesse ao mesmo tempo tanta complexidade.  Parece que a história se repete. Se no campo dos héteros existe a Guerra dos Sexos, no campo dos gays existe a Guerra do Mesmo Sexo.
A situação é sempre a mesma, independente se o papo começa pela internet, em um bar, sauna, balada ou ambiente de trabalho…a maioria não quer descobrir  se o outro é passivo ou ativo na hora H. Aliás, tem aqueles que são “flex”…mas esses “flex” sempre pesam mais para um lado e dependendo de qual lado, as coisas podem variar.
Muitos gays associam a preferência sexual do cara aos seus  trejeitos. Os mais efeminados, com a  voz não muito grave e que em geral vestem roupas um tanto andróginas, de cara são colocados como passivos e vice-versa.
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” Mesmo sendo passivos, já vi casos de caras terem vergonha de falar sobre o assunto. O que eu odeio em passivos, aliás, não existe ódio, mas não curto passivos efeminados. Não seria preconceito, mas sim questão de gosto mesmo. Sou homem e gosto de homem, se for para ficar com um cara que deseja ser mulher,  é mais fácil ficar com uma. Mas isso é questão de preferência mesmo, tem muita ‘bicha pintosa’ que é ativa.”
Alisson Viana, 23 anos, Jornalista, vive na Zona Sul da Cidade.
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Durante algumas semanas, estive conversando com um cara casado com mulher. Seu nome, Wilson Roberto, idade 40 anos, pai de duas filhas.
Ele mandou várias fotos dele nu, eram fotografias caseiras. Provavelmente, no seu quarto. O cara queria me comer e eu ainda não havia me decidido, apenas estava achando interessante tudo aquilo. Wilson me perguntou por diversas vezes se eu era efeminado, pois se a resposta fosse  positiva ele não iria mais sair comigo. Respondi que  não. O cara me pediu algumas fotos minhas, então lhe enviei e ele disse que pelas fotos eu parecia “bichinha”, peguntou se eu tinha voz grave, pois ele se tratava de um homem viril e queria alguém igual. A única coisa que  lhe pude dizer foi:
- Olha, se você procura algo viril, por que não experimenta levar uma pica no cú? Dessa forma, é possível sentir muita virilidade vinda do outro.
Ele se irritou e parou de conversar comigo. Disse que os gays jamais vão entender os bissexuais.
Meu Deus! Qualquer um entende que o cara se tornou alguém frustrado e que agora está à procura do seu gay viril, mas ao mesmo tempo não quer perder os benefícios do casamento convencional. Esse sim é realmente um homem que posso chamar de flex.
Não tenho problema nenhum em parecer  ou não efeminado, essas coisas surgem de uma forma natural. Alguns de cara sacam que eu sou gay por conta dos meus trejeitos, outros nem tanto, mas o mais importante é que não forço situações. E sim, gosto de homens viris,  nada de andróginos; – é questão de preferência sexual. Até hoje, nunca me atrai por um homem efeminado, mas não tenho medo de um dia me atrair por algum assim.
Parece que esse debate se estende até mesmo para fora do estado. Estive conversando com meu amigo de Curitiba, Marçal Carraro.
Marçal  diz:
- Sabe que eu nunca vi preconceito entre passivos e ativos. Mas sim, preconceito com passivos (efeminados demais, quase mulheres). Eu  particularmente não curto efeminados, nem de ficar perto. Simplesmente pq acho que pra ser gay não precisa ser e agir como mulher.
Adriano diz:
- Hmmm…interessante…isso é verdade…acho que o preconceito é mesmo com os passivos…eu por ser um…confesso que mesmo vc não sendo efeminado…ainda há um certo preconceito.
Marçal diz:
- …Não sei mesmo, nunca parei pra pensar…e conheço muitos passivos que são bem homens, por isso nunca liguei, só não curto o fato de serem efeminados .. quando são passivos e efeminados eu detesto, odeio aqueles escândalos e “bichisses”.
Adriano diz:
- Tmb confesso que me sinto desconfortável…mas…paro para pensar sobre meu comportamento.
Marçal diz:
- Eu as vezes até penso tbm. Pq tem uns que são boas pessoas, mas é o que eu chamo de ”queima – filme”.
Marçal Carraro, 20 anos, estudante de jornalismo, Curitiba.
As relações se tornam muito mais difíceis a cada dia, ou seja, preciso encontrar um homem viril, que me ame e que eu possa amá-lo, que seja atraente,  gay e ativo. Nossa! Isso daria um bom anúncio no caderno de classificados na coluna de acompanhantes.
Sobre os ativos nunca consegui entender o porquê da maioria deles não compreender que passivos precisam de um certo ritual antes de transar. Sem uma certa preparação, acontece o famoso cheque.  Certa vez, um site que preparava uma suruba no centro da cidade, anunciou que os passivos deveriam evitar fazer sujeira. Será que eles não leem revistas de saúde? Chuca destrói a flora intestinal. Que saco!
Imagem Google

Também nunca admiti o mito em torno dos passivos a respeito do ânus “afrouxar” por conta de fazer muito sexo – Sim, esse mito existe e muitos já ouviram falar – Será que o passivo vem com um selo de validade e qualidade? Algo do tipo “- Ânus válido por (X) metidas.” – ou talvez algo como “- Este ânus não é indicado para os pênis maiores que 17 cm.” Se fosse assim, o pau do ativo iria levar um selo do tipo “- Este pênis pode encurtar após (X) metidas.” – Estou certo nessa teoria?
Acredito que sempre quando houver sexo entre dois homens  ou mais é bom lembrar que uns são passivos e outros ativos, não importa o comportamento de cada um ou se a guerra ainda continua, pois todos encontram seu parceiro. E esteja certo, ninguém quer ficar sem sexo nessa cidade

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