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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Série Noite Curitibana: Baladas GLS atraem público heterossexual

Boa música e ambiente liberal são alguns dos fatores que chamam a atenção O público da balada GLS se diverte com as inovações que as casas oferecem
O público da balada GLS se diverte com as inovações que as casas oferecem Nem seguranças, nem hostess jovens e esbeltas. Na Cats, balada GLS localizada no centro histórico de Curitiba, as pessoas são recepcionadas por simpáticas e carismáticas drag queens. Os homens maquiados de forma exuberante e travestidos de mulheres logo na entrada dão uma ideia da atmosfera da danceteria, que é uma das mais famosas do gênero na cidade.

Go Go boys, go go girls, pessoas dançando dentro de uma gaiola no meio da pista de dança e o dark room – sala escura onde podem rolar mais do que beijos descompromissados – são novidades para quem está acostumado com as baladas de público predominantemente heterossexual, que normalmente não inovam muito além do espaço para dança e do bar.

Ao contrário do que se imagina, heterossexuais são cada vez mais comuns em boates GLS. Os motivos são diversos, e vão desde o estilo musical até o ambiente mais liberal. “As baladas GLS geralmente são legais porque se tem mais liberdade”, afirma Jeferson Barbosa, heterossexual que também aprecia a famosa música eletrônica da Cats.

O militar Fernando de Melo diz que é eclético e vai a todos os tipos de baladas. O som, o ambiente e o público o atraem. “Acho que nas baladas GLS as pessoas se respeitam mais, não brigam. O preconceito não está aqui, está nas outras baladas”, diz ele, que é heterossexual e frequentador da Cats.

Na antiga danceteria que existia no local, e que não atingia o público GLS, as brigas eram comuns. Isto é o que conta o segurança Orlando Pereira, que trabalha em um condomínio em frente à boate há 26 anos. “A Cats é uma balada gay, mas é tudo misturado. Então não tem briga, não tem confusão”, explica.

Misturas não agradam todos

The Cherry, New Epoca, Side Caffe Bar, Black Box Club. A lista de baladas GLS em Curitiba é extensa. O homossexual Welton Vitorino é frequentador de todas estas, e da Cats em especial, desde a inauguração em 1999, quando ainda era instalada na rua Sete de Setembro.

Nos últimos três anos, entretanto, Vitorino acredita que esta balada não vem atendendo os anseios do público GLS. Para ele, a presença maciça de heterossexuais nas baladas gays não é positiva. “Apesar da miscigenação eu não acho legal, porque os heteros têm os espaços deles”, critica.

Vitorino também diz que, sem espaços voltados apenas para o público GLS, acontecem mais importunações e até preconceito por parte de alguns heterossexuais, principalmente os solteiros. “Minha amiga já sofreu muito preconceito aqui. Os caras não respeitam, dizem: achei que não fosse gay”, recorda.

Com a presença crescente de heterossexuais nas boates GLS, é comum uma pessoa se interessar por outra para depois da abordagem perceber que ela não tem a mesma opção sexual que a dela. Jeferson Barbosa diz que já foi flertado por vários homens e afirma que na maioria das vezes eles desistem quando ele diz que é heterossexual. “Alguns insistem, perguntam se eu nunca tive vontade de experimentar” comenta.

Personagens exclusivos das baladas GLS

Antigamente, as drag queens eram obrigatórias em todas as recepções de casas gays de Curitiba. Hoje, apenas a Cats mantém a tradição. Se alguém chega triste ou desanimado, as drags se esforçam para que a pessoa esqueça as dificuldades do dia e aproveite a noite. “As drags passam animação, esquentam o ambiente. Elas fazem as pessoas entrarem na balada para esquecer os problemas”, explica Tinna Simpson, uma das drag queens que trabalham na Cats.

A proximidade de alguns frequentadores da Cats com os funcionários chega a ser tão grande que muitas vezes o relacionamento vai além do personagem que a pessoa representa na noite. Tinna lembra que na última Páscoa um grupo de pessoas desceu do carro e foi levar chocolate para todas as drags e funcionários da Cats. “Temos clientes desde quando surgiu esta casa. A partir de um momento eles vão conhecendo o artista, não só o personagem”, afirma Tinna, que criou amizades com fregueses da casa e vai até ao cinema com algum deles.

Após anos trabalhando no meio, Tinna classifica as pessoas em três grupos: as que têm conhecidos que já foram a alguma balada gay, as que sempre vão e as que têm curiosidade de ir um dia. Independentemente da orientação sexual, o importante é o respeito com a diversidade sexual, e é claro, muita diversão.
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