Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Parlamento francês aprova casamento homossexual

franca
A Câmara Baixa do Parlamento francês aprovou na terça-feira (23/04) o projeto de lei que prevê o casamento e a adoção para casais do mesmo sexo, segundo o jornal Le Monde. O texto foi aprovado com 331 votos a favor e 225 contra após 136 horas e 56 minutos de discussão, anunciou o presidente da Assembleia Nacional francesa, Claude Bartolone.
A maior parte dos votos favoráveis veio dos deputados da esquerda e os votos contrários vieram majoritariamente da direita. A oposição de direita anunciou que vai enviar o texto para ser fiscalizado pelo Conselho Constitucional, que deverá pronunciar-se nas próximas semanas, antes da entrada em vigor da lei, prevista para os próximos meses.
O texto do chamado Projeto de Lei Taubira foi votado sem modificações em relação ao texto aprovado no Senado na semana passada. A França é o 14º país no mundo a autorizar o casamento para casais homossexuais e o nono a fazê-lo na Europa.

Congresso colombiano debate casamento gay

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No centro de Bogotá, capital da Colômbia, dois grupos de manifestantes dividiram espaço na Praça Bolívar na terça-feira (23/04), em frente ao Congresso da República, em manifestações contra e a favor do casamento entre homossexuais.
O assunto será debatido no Senado colombiano, que tem até o mês de junho para decidir sobre o assunto, por determinação da Corte Constitucional do país. Se aprovado, a Colômbia será o terceiro país da América do Sul a reconhecer o casamento gay, assim como a Argentina e o Uruguai.
O Bloco Nacional Pró-Matrimônio Igualitário na Colômbia, que reúne ativistas de diferentes organizações não governamentais, enviou carta ao Congresso pedindo a aprovação, lembrando que a Corte Constitucional espera que uma decisão seja tomada.
Em julho do ano passado, foi solicitada à Corte uma alteração na definição de matrimônio vigente no país há 125 anos, mas a Justiça se negou a decidir sobre a definição legal de matrimônio expressa na lei atual: “união de um homem e uma mulher”.
O Tribunal transferiu o pedido ao Congresso, argumentando que a Câmara e o Senado devem “superar o estado de omissão legislativa” sobre a união gay. O Código Civil colombiano reconhece a possibilidade de união entre duas pessoas do mesmo sexo desde 2010, mas a Constituição, em vigor no país desde 1991, mantém a definição de que o “casamento nasce da vontade entre um homem e uma mulher”

Presidente da Câmara diz que eleição de Feliciano foi válida

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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), informou  na terça-feira (23/04) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a escolha do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos foi válida. Os trâmites internos foram questionados por meio de mandado de segurança por parlamentares ligados aos direitos humanos.
Em um ofício de oito páginas, Alves informa que não houve desrespeito à Constituição e que os parlamentares seguiram ritos previstos no Regimento Interno da Casa. “É reiterada a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de considerar que decisões tomadas no âmbito do Congresso Nacional, com base na interpretação de matéria puramente regimental, são imunes ao controle judicial”, registra o texto.
O presidente da Câmara informa que as “condições especiais” envolvendo a eleição de Feliciano, com registro de “tumultos”, motivou a adoção de medidas para que a situação não se repetisse. ‘É também dever da autoridade máxima no âmbito desta Casa zelar pelo prestígio e decoro da Câmara, bem como pela dignidade e respeito às prerrogativas constitucionais de seus membros”, diz o presidente. Ele destaca que o regimento permite a retirada de qualquer pessoa promovendo distúrbios dentro da Casa.
Alves informa que os mesmos parlamentares que elegeram Feliciano ainda compõem a comissão e que, caso a eleição seja desfeita pelo Supremo, basta convocar novo pleito para obter o mesmo resultado. O relator do caso é o ministro Luiz Fux.

Prefeito de Lins assume homossexualidade

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O prefeito de Lins (SP), Edgar de Souza (PSDB), foi o único candidato homossexual assumido a se eleger nas eleições de 2012 em todo o país ao cargo de chefe do Executivo, segundo levantamento da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Sociólogo formado, ligado à igreja católica e à teologia da libertação, o prefeito começou cedo na política. Em entrevista ao G1, Edgar contou que, apesar dos ataques dos adversários na campanha do ano passado, sua trajetória na vida pública foi o principal motivo para obter 53,23% dos votos válidos e garantir a eleição.
“Hoje sou muito feliz. Extremamente feliz. Por que se incomodar com a sexualidade alheia? Quem tem convicção da sua não se incomoda com a do outro. No que a minha sexualidade te atrapalha? Essa invasão da vida íntima das pessoas é feita de forma pejorativa. Dizem que sou anormal. Eu sou normal, não sou azul, não tenho três braços. Na vida pública a gente preza pela transparência, não fazia sentido esconder quem eu amo e quem eu respeito”, afirma.
Atualmente com 34 anos, Edgar começou a conquistar a confiança da população aos 21 anos, com o início do primeiro mandato como vereador. A homossexualidade, no entanto, ainda não era declarada. De lá para cá, ele seguiu como vereador por outros dois mandatos consecutivos até sair candidato a prefeito no ano passado.
Em 2004, na reeleição para vereador, surgiram os primeiros comentários sobre sua posição sexual. Mas não tão forte quanto na eleição para a cadeira principal da prefeitura. A questão da homossexualidade só foi abordada por ele em público na campanha durante o último comício antes do pleito municipal. Ele falou no palanque: “Eu não tenho que esconder com quem eu vivo, quem eu amo. Se eu esconder, não mereço ser prefeito de vocês. Deus me ama como homossexual”.
Já sua vida íntima sempre foi usada para receber ataques dos adversários. Segundo Edgar, os políticos tentaram usar sua opção sexual para atrapalhar a candidatura. “Nunca usei a homossexualidade para levar uma bandeira e tudo o que eles tentaram fazer caiu por terra. Minha opção não define meu caráter e meus votos foram devido à minha história política.”
Na campanha, ele afirmou que a sexualidade não era relevante para o processo eleitoral. Mas para os concorrentes, sim. “Estão rolando dois inquéritos na polícia sobre panfletos distribuídos com fotos minha com meu companheiro. Foram enviados pelos Correios de 5 mil a 10 mil cartazes. No material tinha uma foto minha com Alex. Ele com a cabeça deitada no ombro e com vários corações.”
Prefeito assumiu a homossexualidade em público durante o último comício antes do pleito municipal
Outro ataque político conseguiu ser interceptado às véspera do dia da votação. “É comum que panfletos sejam distribuídos nas ruas. Equipes trabalharam na madrugada para evitar que o panfleto fosse espalhado. Tratava de um panfleto com minha foto como uma drag queen, com uma peruca horrorosa.”
Hoje, depois de mais de 100 dias à frente do comando da cidade, Edgar afirma que só pensa em um futuro melhor para a população de Lins. Como chefe do Executivo, ele fala que vai dar sua cara na administração, mas brinca que não vai pintar as ruas de cor-de-rosa. “Não vou pintar as ruas de rosa. Não tem a menor possibilidade de laço ou de rosa. E o rosa não é a cor do movimento gay: é colorido. Quero fazer uma administração moderna e fazer a cidade dar um salto de qualidade. Lins tem um potencial logístico extraordinário. Você não faz nada de bom se você não pensar grande. Não posso mudar o Brasil, mas esse pedacinho do país vai ser mudado.”
Adolescência
O prefeito contou que sofria demais quando tinha relação com algum homem ainda na adolescência. A primeira relação sexual foi com um rapaz aos 14 anos. “Na hora tem o desejo, mas depois vinha a carga religiosa, a carga moral. Era um sofrimento danado. Chegava em casa chorando. Tomava banho e esfregava o braço até quase sair a pele. Ficava sentindo o cheiro da pessoa e me virava o estômago. Em programas de televisão que discutiam a homossexualidade, as pessoas falavam que se libertavam aos 19 anos. E daí eu falava que precisava me curar. E por coincidência ou algo que a própria mente projetou, aos 19 anos eu me assumo também pra mim. Sair do armário não tem que ser para os outros. Tem que ser para você. Esse é o grande passo porque você rompe a barreira da depressão, do sofrimento”, avisa.
Edgar de Souza afirma que também fez sexo com mulheres. A primeira vez, aos 16 anos. Atualmente, o prefeito de Lins tem uma relação estável há 9 anos com outro homem, Alex, de 31 anos. Os dois trocaram alianças depois da eleição no ano passado e moram juntos em uma casa com dois meninos, de três e dois anos, além da mãe das crianças. Elas foram adotadas depois de um problema com o pai, que é dependente químico.
Religião
Na vida pública, Edgar sofreu preconceito dentro da igreja, mas ele diz que está com a consciência tranquila. “A minha formação cristã fez eu reconhecer que Deus me ama como homossexual. Dentro da igreja sempre tive a consciência muito tranquila. Tive um problema de embate pessoal com a doutrina quando houve a publicação de um documento do Vaticano do Papa Bento XVI, que falava que os homossexuais não poderiam atender ao sacerdócio. Mas a vivência nas comunidades é muito maior do que isso.”
A opção sexual dividiu seus apoiadores religiosos na campanha eleitoral. “Durante a campanha tive apoio de vários pastores e de muitas igrejas evangélicas. Não podemos generalizar. Obviamente também tiveram vários pastores que foram contra por conta da minha homossexualidade. Também tiveram católicos mais conservadores que acham que a homossexualidade é um problema.”
Marco Feliciano
O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC), que preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara (CDH) e é alvo de protestos por todo o país, também deixou o prefeito de Lins indignado com algumas declarações. “Me senti muito ofendido quando o Marco Feliciano colocou no Twitter que o destino da criança criada por casais homoafetivo é ser vítima de pedofilia. É uma idiotice que não tem tamanho. A maior parte de casos de pedofilia acontece em relações heterossexuais, porque a maior parte das pessoas é hetero. Larga a mão de ser idiota falar uma coisa dessa. Ele coloca todo mundo sob suspeição. Sabe aquela coisa, se na rua tem um traficante todo mundo se torna traficante.”
Apoio nas ruas
Nas urnas, Edgar de Souza conquistou 53,23% dos votos válidos. E nas ruas da cidade, os moradores não se incomodam com a homossexualidade do prefeito. O que eles querem é avaliar o trabalho como administrador de Lins. “Acho que não tem nada a ver. Cada um faz aquilo que gosta. Ele é um cara que veio da roça e uma pessoa muito boa. Esperamos que ele faça o bem para a cidade”, disse o funcionário público aposentado, Sebastião Germano da Silva.
Outra moradora também é a favor de discutir apenas o desenvolvimento da cidade. Para a garçonete Tânia Aparecida Rodrigues, a opção sexual de Edgar não deve ser envolvida com a condição de prefeito. “Jamais vai atrapalhar ele na prefeitura. Não interfere nas coisas da cidade. Queremos que ele faça Lins crescer. A opção sexual é um assunto particular. A cidade inteira sabe que ele é gay.”

Ator Jackie Chan sai do armário



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O ator Jackie Chan participa de uma campanha do grupo Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD, em inglês), na qual aparece em vídeo saindo de um armário para declarar a sua posição a favor das pessoas que lutam pela igualdade. O vídeo foi divulgado no canal da ONG no YouTube.
“Não basta falar sobre aqueles que lutam pela liberdade e pela igualdade. Eu estou com vocês. Eu quero aqueles que lutam. Acreditem em mim. Eu luto muito” diz o ator. Na sequência, ele sai do armário, diz seu nome e acrescenta: “Estou saindo do armário por aqueles que lutam pela igualdade”.

Transexual é assassinada em Poços de Caldas

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A transexual e cabeleireira Débora Moreira Mori, 44, foi assassinada na tarde de hoje. Ela estava em casa, onde também funciona o salão de beleza, quando foi encontrada por uma funcionária. De acordo com a Polícia Militar, essa funcionária viu dois rapazes saírem da casa e ligou para o 190.
Débora foi encontrada com as mãos amarradas para trás e com um corte no pescoço, provavelmente uma facada. A polícia suspeita de que ela conhecia a dupla, já que abriu o portão. Os assassinos levaram jóias, celulares e dinheiro. Um deles, menor de idade, foi apreendido pela PM próximo à casa. Ele já havia assaltado uma farmácia no centro de Poços de Caldas, a mão armada, durante a manhã. A arma, uma garrucha, também está com a polícia.
O amigo da vítima, Carlos Henrique Mizael, disse que não imagina quem possa ter cometido o crime, pois não soube de nenhuma ameaça ou inimizade da transexual. A hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, é a mais provável. “Estávamos com viagem marcada. Liguei para ela três vezes durante o dia e ela não atendeu. Achei estranho ela não retornar”, lamenta o amigo.

domingo, 7 de abril de 2013

Sobrinha de Fidel defenderá LGBTs

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Eleita  como deputada em Cuba, Mariela Castro prometeu trabalhar com mais intensidade pelos direitos de homossexuais na ilha. Mariela é filha de Raúl e sobrinha de, Fidel, que chegou a perseguir gays e lésbicas nos primeiros anos após a implantação de seu regime, em 1959. A plataforma de Mariela Castro inclui a aprovação de um novo Código de Família na ilha, que contempla tanto a união consensual de pessoas do mesmo sexo quanto o direito à reprodução assistida por casais de lésbicas que querem ter filhos as uniões, o entanto, não seriam reconhecidas como casamento.
A recém-eleita deputada é diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex). Por causa do centro, o sistema de saúde da ilha voltou a realizar cirurgias de mudança de sexo, em 2008 duas décadas após uma polêmica primeira tentativa.

Obama pede à Suprema Corte apoio ao casamento gay

obama
O governo de Barack Omama pediu formalmente na sexta-feira à Suprema Corte do país a revogação de uma lei que determina, em nível federal, que o casamento pode ser apenas a união entre um homem e uma mulher. O pedido foi encaminhado pelo Executivo americano em uma carta enviada aos nove membros da instância, que devem avaliar entre os próximos dias 26 e 27 de março a questão polêmica do abertura do casamento à comunidade homossexual por meio da revogação do “Defense of Marriage Act” (Doma, na sigla em inglês), ou Lei de Defesa do Casamento, de 1996. O texto afirma que um casamento só pode ser realizado entre um homem e uma mulher.
De acordo com a administração Obama, o Doma “é contrária às garantias fundamentas de igualdade perante a lei” previstas Constituição e “impede dezenas de milhares de casais homossexuais legalmente casados nos seus Estados de usufruir dos mesmos benefícios federais dos casais heterossexuais”. ”Esta discriminação não pode ser justificada em nome de interesses governamentais e, por isso, a lei DOMA é inconstitucional”, afirmou o executivo americano na carta assinada pelo Advogado-Geral da Casa Branca, Donald Verrilli. O casamento gay, a despeito do Doma, já foi legalizado em nove dos 50 Estados americanos.
Obama deu, nos últimos meses diversos sinais de que queria garantir à comunidade homossexual o acesso ao casamento, em nível local e federal. No seu discurso de posse, no dia 21 de janeiro passado, Obama afirmou, abertamente, seu apoio ao casamento gay.

Campanha pede cancelamento de registro de Silas Malafaia como psicólogo


Campanha pede cancelamento de registro de Silas Malafaia como psicólogo

silas
O que o pastor Silas Malafaia tem em comum com Renan Calheiros, o “Veta, Dilma!” (contra o novo Código Florestal) e os índios guarani-caiová? O líder evangélico também virou tema de um abaixo-assinado na Avaaz.org, como as listadas acima. E, por conta dele, está sendo investigado pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro.
A turma da internet se voltou contra Malafaia, líder evangélico há três semanas, após sua participação no programa “De Frente com Gabi” (SBT), da jornalista Marília Gabriela. A Avaaz.org é uma organização de ativistas criada em 2007 que faz mobilizações sociais através da internet. A palavra Avaaz significa “voz” nos idiomas hindi e persa e “som” em urdu (dialeto paquistanês). Na entrevista, ele atacou o que chama de “ativismo gay” e se disse contra a adoção de crianças por casais homossexuais usando argumentos como “eu não acredito que dois homens possam desenvolver um ser humano ou criar uma criança perfeita no sentido total”.
Também foi mencionada, no programa, sua formação de psicólogo. Uma petição lançada no dia 8 no Avaaz pede, portanto, a cassação do registro de profissional de Silas Malafaia pelo Conselho Regional de Psicologia carioca. Os autores da proposta contra Malafaia se baseiam em artigo instituído em 1999 pelo Conselho Federal de Psicologia, que proíbe emitir opiniões públicas e tratar a homossexualidade como um transtorno.

Pastor indicado a comissão diz não ser homofóbico

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Cogitado pelo Partido Social Cristão para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou que não é homofóbico, mas é contra o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo.
A confirmação do nome do deputado para o colegiado deve ser feita nesta terça-feira (05/03). A comissão recebe e investiga denúncias de violações de direitos humanos e discute e vota propostas na área. E é o presidente da comissão quem determina a pauta dos projetos que devem ser votados.

Lobby gay pode ter levado papa a renunciar


Lobby gay pode ter levado papa a renunciar

papa
A imprensa italiana  especula a respeito de um possível ‘lobby gay’ que teria chantageado alguns religiosos do Vaticano, por causa do escândalo “Vatileaks”, quando o então mordomo do papa divulgou documentos confidenciais. O Vaticano não confirmou a veracidade dessas informações. Enquanto o “Vatileaks” havia sido abafado em dezembro com a graça concedida pelo papa ao ex-mordomo Paolo Gabriele, dois artigos – um no jornal La Repubblica e outro na revista Panorama – trouxeram o caso de volta às manchetes.
De acordo com La Repubblica, a decisão de Bento 16 de renunciar poderia ter sido reforçada pela profunda frustração após tomar conhecimento em outubro de um “lobby gay” no Vaticano, revelado por uma investigação ultra secreta realizada por uma comissão de três cardeais aposentados. Segundo o artigo sensacionalista, intitulado “Sexo e carreira, as chantagens no Vaticano por trás da renúncia de Bento 16″, o cardeal espanhol da Opus Dei, Julian Herranz, que preside a comissão, teria relatado antes de 9 de outubro ao papa o dossiê “mais escabroso” sobre “uma rede transversal unida pela orientação sexual”.
De acordo com a Panorama, o “lobby gay” do Vaticano “é, de longe, o mais influente e ramificado entre todos os que existem dentro da Cúria Romana”. Não haverá “negações, comentários ou confirmações” sobre “especulações, fantasias e opiniões” emitidas pela imprensa, declarou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi. Ele reafirmou que a decisão de Bento 16 de renunciar ao cargo não foi resultado de qualquer “depressão” ou razões psicológicas, mas sim pelo enfraquecimento físico”.

Ator Alexandre Nero se posiciona contra Feliciano nas redes sociais

Ao que tudo indica, nesta semana passada a rede social Instagram tornou-se o novo hit do momento. Após declarações de amor de Daniela Mercury e selinhos entre famosos do mesmo sexo contra o deputado Marco Feliciano, PSC/SP, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, foi a vez do ator Alexandre Nero (que atualmente vive o advogado Stenio em Salve Jorge) responder à crítica de uma “fã” sobre o casamento gay.
O ator Alexandre Nero se indigna com postagem de "fã": “O que Feliciano está tentando fazer é manter o que eu ou vc, em outras épocas, chamaríamos de normal"
O ator Alexandre Nero se indigna com postagem de “fã”: “O que Feliciano está tentando fazer é manter o que eu ou vc, em outras épocas, chamaríamos de normal”
Na madrugada de quarta para quinta-feira, 4, a fã postou na conta oficial do ator sua opinião sobre “os rumos da homossexualidade X a família”. Ela começou seu comentário com “quero ver quando você estiver com teus filhos em um restaurante e tiver 2 gays se beijando…” e completa “Vc vai conseguir aceitar e explicar aos teus filhos o quão normal isso eh?”.
Alexandre, visivelmente indignado, respondeu a dita “fã”:
“Oi @thaissulzbach gostaria de dar a MINHA opinião, já que foi numa postagem MINHA, que vc deu a SUA. @thaissulzbach, talvez isso tenha vindo pelos meios antigos de comunicação de massa (não sei. preciso pensar melhor sobre), mas sempre há uma maneira extremada da parte deles de falar sobre os acontecimentos. O sujeito é bom ou é mau, ela é santa ou puta, oito ou oitenta, e assim por diante. Quando pensamos termos como “homofóbico” pensamos uma pessoa feia, malvada, de mau com a vida, que odeia a felicidade dos outros, burra, e todos os arquétipos e caricaturas banais de histórias infantis ruins. Preciso lhe dizer @thaissulzbach, que dentro do que compreendo, vc é sim uma homofóbica, pois nada mais homofóbico do que TER MEDO (ver etimologia das palavras) de ver gays por aí beijando na boca e se amando. E não, vc não é amiga de gays, ou se é, eu que não quero uma amiga assim, que não luta pelo amor de um amigo. Eu tenho amigos gays, e luto pelo que ELES amam, e não o que EU amo.”
E o ator continuou em seu post com uma crítica direta ao deputado Marco Feliciano: “O que Feliciano está tentando fazer é manter o que eu ou vc, em outras épocas, chamaríamos de normal. Lembra quando a mulher não podia votar? Vcs conquistaram. Lembra quando negros não podiam estudar? Eles conquistaram…depois de conquistar não serem vendidos como animais. Os gays merecem conquistar os que lhes é de direito @thaissulzbach. Nada mais do que isso. Acho isso tão, mas tão normal que fica difícil pra mim achar palavras pra lhe explicar. Eles somos nós, vc não compreende, isso? Como serão nossos filhos e famílias? Serão diferentes, assim como vc é da sua bisavó, e sou do meu tataravô, graças a deus (se Ele existir) Bj querida”.
A resposta gerou vários outros comentários de pessoas apoiando a opinião do ator. Até o meio-dia do dia 04, o post já tinha mais de 2900 curtidas.
(Reprodução Instagram)

Globais aderem a beijaço contra Feliciano

A rede social Instagram foi usada por Bruno Gagliasso para postar uma foto sua beijando na boca outro ator, colega seu – Matheus Nachtergaele.
No mesmo dia em que Daniela Mercury usou a rede para oficializar seu romance com a jornalista Malu Verçosa, Bruno usou a ferramenta para se posicionar contra o deputado Marco Feliciano, PSC/SP, na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos deputados.
O ator postou uma foto sua beijando Matheus na boca e escreveu: “Quanto menos você sabe, mais você julga”, em texto acompanhado pela hashtag #felicianonaomerepresenta.
Na noite de quarta (3), o beijo protesto de Galgiasso, já havia sido curtido 2.5 mil vezes, e compartilhado por milhares de pessoas. Casado com a atriz e modelo Giovanna Ewbank, Bruno encontrou uma forma criativa de protestar contra as declarações polêmicas e discriminatórias de Feliciano em relação às populações negra e LGBT.
Aliás, a campanha contra o deputado continua forte na web, pelas diversas redes sociais. 
Bruno e Matheus em beijo protesto! (Reprodução Instagram)

Museu da Diversidade Sexual de SP tem nova direção

Franco Reinaudo, ex-coordenador da Diversidade Sexual da Cidade de São Paulo – CADS, assumiu a direção do novo Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual – Museu da Diversidade, localizado na Estação República do Metrô/SP.
O equipamento cultural foi criado em maio de 2012 pelo Governador Geraldo Alckmin e uma parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura e a Companhia do Metropolitano de São Paulo garantiu a instalação de um espaço expositivo na Estação República, local historicamente relevante para a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais – existem registros da década de 1940 que já apontavam a República como espaço de moradia e convivência de “homens solteiros”.
Franco é formado em gestão de empresa e possui no currículo uma grande experiência na gestão pública e privada, principalmente nos temas relacionados à diversidade sexual e sua inclusão no mercado de trabalho. Foi Presidente da Associação Brasileira de Turismo GLS – ABRAT/GLS. Na área cultural trabalhou como ator, diretor e autor teatral. Como articulista escreveu para vários veículos do segmento LGBT e é autor de dois livros sobre turismo e mercado LGBT.
O Site Gay Brasil foi ouvir o novo diretor do Museu da Diversidade. Acompanhe, abaixo, a entrevista exclusiva.
Tchaka Drag na exposição "O T da Questão"
Tchaka Drag na exposição “O T da Questão” (Foto: Reprodução Internet)
GB – Como foi o convite para assumir a direção do Museu da Diversidade?
FR – Logo que pedi para sair da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo recebi o convite para fazer a curadoria da exposição “O T da Questão” (ainda em cartaz no museu) com fotos do talentoso e amigo Eduardo Moraes. Minha intenção era realizar o trabalho e logo depois retornar para a iniciativa privada onde havia recebido um convite. Porém, trabalhando mais próximo da equipe do Museu eu me encantei com a idéia de colocar em destaque esse espaço único que tem como objetivo a preservação da história de nossa comunidade. Aliás essa política pública e cultural nasceu quando eu ainda estava na Prefeitura e com minha ampla participação. Então resolvi aceitar o convite e os desafios vindouros.
GB – Quais os desafios que se apresentam para sua administração do espaço?
FR – Os desafios são imensos. Basta pensar que somos o terceiro espaço do gênero no mundo, hoje só existem o Museu de Berlim e o de São Francisco. Portanto não existem muitas referências, precisaremos criá-las. Precisamos construir nossa imagem, ganhar o respeito tanto do universo dos artistas e profissionais da cultura como também da sociedade LGBT. Acho fundamental para o sucesso do Museu que a comunidade o adote, o defenda, o repreenda, que participe intensamente de sua vida cotidiana.
GB – Existe uma programação pensada para o Museu?
FR – Existe sim. O Museu entra em obras agora em abril para instalação de sistema climatização, iluminação e pequenos reparos em suas instalações. Reabriremos, em parceria com Instituto Moreira Salles, com uma das exposições mais sensíveis e delicadas que conheço sobre os personagens e artistas da chamada cultura alternativa paulistana: “Crisálidas” de Madalena Schwartz. A cenografia, um outro privilégio para o Museu, ficará a cargo de Felippe Crescenti. Logo em seguida vem uma surpresa que não posso contar (risos).
Foto do livro "Crisálidas", de Madalena Schwartz, futura exposição do Museu em parceria com o IMS (Instituto Moreira Salles)
Foto do livro “Crisálidas”, de Madalena Schwartz, futura exposição do Museu em parceria com o IMS (Instituto Moreira Salles)
GB – Você tem a intenção de levar o Museu para o interior do Estado ou irá centrar as ações na capital?
FR – Claro que temos a intenção de levar o Museu para o interior, aliás essa é uma das nossas principais bandeiras e já estamos trabalhando para isso. A exposição “O T da Questão” já começa a itinerar pelo interior a partir de maio, quando termina sua temporada em São Paulo. Começaremos por Rio Claro, em parceria com a prefeitura local, para comemorar o Dia Municipal de Combate a Homofobia. Crisálidas deve seguir o mesmo caminho. Nossa intenção é levar as exposições com a mesma qualidade para o interior.
GB – Como é trabalhar com a cultura LGBT? Há um caminho, um conceito, uma forma ideal?
FR – Um grande desafio. Não estamos falando de estilo, forma ou concepção, e sim de um marco identitário do artista ou da obra. Há muita discussão ainda, inclusive, se existe ou não uma cultura LGBT. Disso eu já não tenho dúvida. O que eu acredito que seja o grande desafio é identificar se existe e de que maneira e em que intensidade esse marco identitário da sexualidade influencia uma determinada obra ou um(a) determinado(a) artista.
Outro grande obstáculo é o preconceito em relação à cultura e diversidade, que vai desde a sociedade, passando pela família do artista e às vezes ele mesmo não se reconhecendo enquanto LGBT.
GB – Mas você considera a cultura importante para diminuir preconceitos? De que forma?
FR – Cultura é fundamental para combater os preconceitos. A cultura consegue tocar as pessoas de uma forma inexorável. Nossa missão será mostrar para a sociedade artistas LGBTs ou obras temáticas que são ou foram importantes para construir nossa própria cultura. Essa será nossa contribuição: o esclarecimento e a visibilidade.

Primeira-Dama cubana ressalta luta contra homofobia durante seminário

BRASÍLIA – A primeira-dama cubana e filha do presidente Raúl Castro, a sexóloga Mariela Castro, reuniu-se na quinta-feira passada, 04, em Brasília, com a Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, para uma conversa sobre ações contra a homofobia a serem implementadas em cada país e também regionalmente.
Mariela é diretora do Centro Nacional de Eduacação Sexual e participou do Seminário Brasil-União Europeia (UE) sobre o combate à violência homofóbica. Ela afirmou que uma das políticas cubanas é envolver os heterossexuais na luta contra a homofobia: “Estamos trabalhando em leis, em diferentes tipos de normas e a mais forte é uma estratégia educativa permanente para promover o respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero que começamos em 2007. Isso está ajudando muito toda a sociedade cubana a discutir o tema”.
Já a Ministra Maria do Rosário, durante o seminário, defendeu uma legislação especifica para criminalizar a homofobia no Brasil: “Se não tivéssemos a Lei Maria da Penha estaríamos ainda falando de violência doméstica como algo que não diz respeito à esfera pública do Estado. Assim, o Brasil precisa também ter uma legislação específica contra a homofobia”, declarou, sem contudo se comprometer com nenhuma ação junto ao Congresso Nacional para a aprovação do PLC 122/06, que criminalizaria a homofobia no país.
A Ministra dos Direitos Humanos também não comentou a recente proibição do Ministério da Saúde à distribuição de um kit educativo sobre Aids em escolas, material educativo para prevenção de aids dirigido a adolescentes e que teve sua distribuição suspensa por determinação do governo federal. O kit era formado por seis revistas de histórias em quadrinhos e aborda temas como gravidez na adolescência, uso de camisinha e homossexualidade.
A Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou ser necessária lei que criminalize a homofobia
A Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou ser necessária lei que criminalize a homofobia
O material, produzido em 2010, numa ação conjunta entre os Ministérios da Saúde, da Educação e organismos internacionais era usado como apoio ao Programa Saúde e Prevenção nas Escolas. O primeiro fascículo das histórias em quadrinhos abordava o preconceito enfrentado por jovens gays.
A embaixadora da União Européia no Brasil, Ana Paula Zacarias, destacou em sua fala no seminário as ações promovidas pelo Brasil e pela África do Sul na defesa e aprovação de uma resolução que protege os direitos da população homossexual mundial junto à Organização das Nações Unidas (ONU), mas reforçou a dificuldade de tal aprovação face à pressão de países fundamentalistas do Oriente Médio.
Segundo ela, 76 países criminalizam as relações sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo e cinco países impõem até mesmo pena de morte a esses casos. Ana Paula também apresentou a experiência positiva da União Europeia que aprovou legislação que proíbe discriminação no trabalho incluindo a discriminação por orientação sexual, com a determinação de que, para ingressar no bloco, o país tem que concordar com essa norma legal.
Seminário reuniu gestores e representantes de instituições de defesa de direitos da população LGBT para debates sobre políticas públicas de enfrentamento à homofobia
Seminário reuniu gestores e representantes de instituições de defesa de direitos da população LGBT
“A União Europeia tem feito um grande trabalho nessa área, sobretudo nas últimas duas décadas. É um trabalho que exige uma mudança de mentalidade”, afirmou Ana Paula Zacarias.
As declarações foram dadas durante o Seminário Brasil – União Europeia, que reuniu gestores e representantes de instituições de defesa de direitos da população LGBT, em Brasília (DF), para debates sobre políticas públicas nos dias 04 e 05 de abril. A violência contra os homossexuais passa por diferentes formas de enfrentamento no mundo e representantes de países da União Europeia e das Américas trocaram experiências sobre o combate à homofobia.

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