Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

domingo, 7 de abril de 2013

Museu da Diversidade Sexual de SP tem nova direção

Franco Reinaudo, ex-coordenador da Diversidade Sexual da Cidade de São Paulo – CADS, assumiu a direção do novo Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual – Museu da Diversidade, localizado na Estação República do Metrô/SP.
O equipamento cultural foi criado em maio de 2012 pelo Governador Geraldo Alckmin e uma parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura e a Companhia do Metropolitano de São Paulo garantiu a instalação de um espaço expositivo na Estação República, local historicamente relevante para a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais – existem registros da década de 1940 que já apontavam a República como espaço de moradia e convivência de “homens solteiros”.
Franco é formado em gestão de empresa e possui no currículo uma grande experiência na gestão pública e privada, principalmente nos temas relacionados à diversidade sexual e sua inclusão no mercado de trabalho. Foi Presidente da Associação Brasileira de Turismo GLS – ABRAT/GLS. Na área cultural trabalhou como ator, diretor e autor teatral. Como articulista escreveu para vários veículos do segmento LGBT e é autor de dois livros sobre turismo e mercado LGBT.
O Site Gay Brasil foi ouvir o novo diretor do Museu da Diversidade. Acompanhe, abaixo, a entrevista exclusiva.
Tchaka Drag na exposição "O T da Questão"
Tchaka Drag na exposição “O T da Questão” (Foto: Reprodução Internet)
GB – Como foi o convite para assumir a direção do Museu da Diversidade?
FR – Logo que pedi para sair da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo recebi o convite para fazer a curadoria da exposição “O T da Questão” (ainda em cartaz no museu) com fotos do talentoso e amigo Eduardo Moraes. Minha intenção era realizar o trabalho e logo depois retornar para a iniciativa privada onde havia recebido um convite. Porém, trabalhando mais próximo da equipe do Museu eu me encantei com a idéia de colocar em destaque esse espaço único que tem como objetivo a preservação da história de nossa comunidade. Aliás essa política pública e cultural nasceu quando eu ainda estava na Prefeitura e com minha ampla participação. Então resolvi aceitar o convite e os desafios vindouros.
GB – Quais os desafios que se apresentam para sua administração do espaço?
FR – Os desafios são imensos. Basta pensar que somos o terceiro espaço do gênero no mundo, hoje só existem o Museu de Berlim e o de São Francisco. Portanto não existem muitas referências, precisaremos criá-las. Precisamos construir nossa imagem, ganhar o respeito tanto do universo dos artistas e profissionais da cultura como também da sociedade LGBT. Acho fundamental para o sucesso do Museu que a comunidade o adote, o defenda, o repreenda, que participe intensamente de sua vida cotidiana.
GB – Existe uma programação pensada para o Museu?
FR – Existe sim. O Museu entra em obras agora em abril para instalação de sistema climatização, iluminação e pequenos reparos em suas instalações. Reabriremos, em parceria com Instituto Moreira Salles, com uma das exposições mais sensíveis e delicadas que conheço sobre os personagens e artistas da chamada cultura alternativa paulistana: “Crisálidas” de Madalena Schwartz. A cenografia, um outro privilégio para o Museu, ficará a cargo de Felippe Crescenti. Logo em seguida vem uma surpresa que não posso contar (risos).
Foto do livro "Crisálidas", de Madalena Schwartz, futura exposição do Museu em parceria com o IMS (Instituto Moreira Salles)
Foto do livro “Crisálidas”, de Madalena Schwartz, futura exposição do Museu em parceria com o IMS (Instituto Moreira Salles)
GB – Você tem a intenção de levar o Museu para o interior do Estado ou irá centrar as ações na capital?
FR – Claro que temos a intenção de levar o Museu para o interior, aliás essa é uma das nossas principais bandeiras e já estamos trabalhando para isso. A exposição “O T da Questão” já começa a itinerar pelo interior a partir de maio, quando termina sua temporada em São Paulo. Começaremos por Rio Claro, em parceria com a prefeitura local, para comemorar o Dia Municipal de Combate a Homofobia. Crisálidas deve seguir o mesmo caminho. Nossa intenção é levar as exposições com a mesma qualidade para o interior.
GB – Como é trabalhar com a cultura LGBT? Há um caminho, um conceito, uma forma ideal?
FR – Um grande desafio. Não estamos falando de estilo, forma ou concepção, e sim de um marco identitário do artista ou da obra. Há muita discussão ainda, inclusive, se existe ou não uma cultura LGBT. Disso eu já não tenho dúvida. O que eu acredito que seja o grande desafio é identificar se existe e de que maneira e em que intensidade esse marco identitário da sexualidade influencia uma determinada obra ou um(a) determinado(a) artista.
Outro grande obstáculo é o preconceito em relação à cultura e diversidade, que vai desde a sociedade, passando pela família do artista e às vezes ele mesmo não se reconhecendo enquanto LGBT.
GB – Mas você considera a cultura importante para diminuir preconceitos? De que forma?
FR – Cultura é fundamental para combater os preconceitos. A cultura consegue tocar as pessoas de uma forma inexorável. Nossa missão será mostrar para a sociedade artistas LGBTs ou obras temáticas que são ou foram importantes para construir nossa própria cultura. Essa será nossa contribuição: o esclarecimento e a visibilidade.
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