SISTEMA A VÁCUO NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO SEXUAL MASCULINA
Archimedes Nardozza Jr
O aperfeiçoamento das próteses penianas e o desenvolvimento das drogas vasoativas para injeção intracavernosa revolucionaram o tratamento da disfunção erétil. Entretanto estas opções de tratamento não são isentas de efeitos colaterais.
Não são raras as complicações pós operatórias e as falhas mecânicas nas próteses mais sofisticadas1. Aproximadamente metade dos pacientes que se ultilizam de auto injeção de droga vasoativa apresentam nódulos fibróticos no corpo cavernoso após um ano de uso2. Estes problemas fizeram com que o interesse por métodos terapêuticos já descritos anteriormente3,5, como o sistema a vácuo, viessem a ser novamente estudados.
O sistema a vácuo consiste de um cilindro plástico conectado por um tubo a uma bomba a vácuo e anéis elásticos para a constrição do pênis. O estado de ereção proporcionado pelo sistema a vácuo difere da ereção normal em vários aspectos: Homens que apresentam falência completa da ereção apresentam tumescência somente na porção distal ao anel constritivo, levando a uma ereção com a base do pênis amolecida. A temperatura da pele do pênis diminui em média 0,96oC decorrente da diminuição do fluxo arterial. O vácuo também causa congestão dos tecidos penianos externos ( decorrente da estase venosa ) levando a um aumento da circunferência e coloração vinhosa do pênis em comparação a uma ereção normal.
A vacuoterapia apresenta relativamente poucos efeitos colaterais. 41% dos pacientes queixam-se de discreta dor ou algum desconforto que cessam com o uso contínuo. Equimose do pênis ocorre em 12% dos usuários e petéquias na pele em 25% . Estas duas condições costumam desaparecer sem qualquer intervenção4. Não se observa fibrose do corpo cavernoso, estenose de uretra, gangrena do pênis e necrose de pele4. Dificuldade para ejaculação anterógrada pode ocorrer em decorrência da oclusão uretral, no entanto a sensação de orgasmo não é afetada.
A vacuoterapia apresenta contra indicação relativa em homens com discrasia sanguínea ou que se utilizam de anticoagulantes4.
Vários estudos demonstram que em aproximadamente 75% dos casos o sistema a vácuo produz ereções suficientes para o ato sexual em homens com diferentes etiologias3,7. Estudos retrospectivos mostram que de 80 a 85% dos casais que se utilizam deste método se mostram satisfeitos4.6.
A vacuoterapia é uma das várias alternativas para o tratamento da disfunção erétil. Quando se planeja algum método para se restabelecer a potência, uma série de fatores devem ser considerados tais como: aceitação pelo paciente e pela parceira, facilidade de uso, eficácia e reversibilidade do método, efeitos colaterais e o custo do tratamento. Quando avaliamos estes critérios, acreditamos que a vacuoterapia é um bom método para se iniciar o tratamento da disfunção erétil.
Archimedes Nardozza Jr
O aperfeiçoamento das próteses penianas e o desenvolvimento das drogas vasoativas para injeção intracavernosa revolucionaram o tratamento da disfunção erétil. Entretanto estas opções de tratamento não são isentas de efeitos colaterais.
Não são raras as complicações pós operatórias e as falhas mecânicas nas próteses mais sofisticadas1. Aproximadamente metade dos pacientes que se ultilizam de auto injeção de droga vasoativa apresentam nódulos fibróticos no corpo cavernoso após um ano de uso2. Estes problemas fizeram com que o interesse por métodos terapêuticos já descritos anteriormente3,5, como o sistema a vácuo, viessem a ser novamente estudados.
O sistema a vácuo consiste de um cilindro plástico conectado por um tubo a uma bomba a vácuo e anéis elásticos para a constrição do pênis. O estado de ereção proporcionado pelo sistema a vácuo difere da ereção normal em vários aspectos: Homens que apresentam falência completa da ereção apresentam tumescência somente na porção distal ao anel constritivo, levando a uma ereção com a base do pênis amolecida. A temperatura da pele do pênis diminui em média 0,96oC decorrente da diminuição do fluxo arterial. O vácuo também causa congestão dos tecidos penianos externos ( decorrente da estase venosa ) levando a um aumento da circunferência e coloração vinhosa do pênis em comparação a uma ereção normal.
A vacuoterapia apresenta relativamente poucos efeitos colaterais. 41% dos pacientes queixam-se de discreta dor ou algum desconforto que cessam com o uso contínuo. Equimose do pênis ocorre em 12% dos usuários e petéquias na pele em 25% . Estas duas condições costumam desaparecer sem qualquer intervenção4. Não se observa fibrose do corpo cavernoso, estenose de uretra, gangrena do pênis e necrose de pele4. Dificuldade para ejaculação anterógrada pode ocorrer em decorrência da oclusão uretral, no entanto a sensação de orgasmo não é afetada.
A vacuoterapia apresenta contra indicação relativa em homens com discrasia sanguínea ou que se utilizam de anticoagulantes4.
Vários estudos demonstram que em aproximadamente 75% dos casos o sistema a vácuo produz ereções suficientes para o ato sexual em homens com diferentes etiologias3,7. Estudos retrospectivos mostram que de 80 a 85% dos casais que se utilizam deste método se mostram satisfeitos4.6.
A vacuoterapia é uma das várias alternativas para o tratamento da disfunção erétil. Quando se planeja algum método para se restabelecer a potência, uma série de fatores devem ser considerados tais como: aceitação pelo paciente e pela parceira, facilidade de uso, eficácia e reversibilidade do método, efeitos colaterais e o custo do tratamento. Quando avaliamos estes critérios, acreditamos que a vacuoterapia é um bom método para se iniciar o tratamento da disfunção erétil.