Ginecologistas têm sugerido às suas pacientes o uso terapêutico de
produtos eróticos para tratamento de casos de má-formações e atrofia da
vagina, incontinência urinária e disfunção sexual. Não estranhe,
portanto, se receber de seu médico a indicação de uma visita ao sex
shop.
Alguns dos apetrechos vendidos em sex shop, associados a exercícios c/ orientação profissional, têm a função de "reabilitar" o assoalho pélvico -musculatura que sustenta o útero, o intestino e a bexiga.
Em mulheres, esses músculos podem ser lesados durante o parto vaginal e perdem ainda mais força à medida que os níveis hormonais se reduzem durante o período da menopausa. O problema mais frequente é a incontinência urinária -que afeta 25% das mulheres de até 60 anos.
Desde que feitos com acompanhamento de um terapeuta, exercícios com pequenos cones plásticos de diferentes pesos, introduzidos no canal vaginal, fortalecem a musculatura e, em alguns casos, podem evitar as cirurgias de reconstituição do períneo e de "levantamento" da bexiga, afirma a ginecologista Raquel Figueiredo, responsável pelo núcleo do assoalho pélvico do Hospital do Servidor Público Estadual.
Segundo Figueiredo, 60% das mulheres c/ incontinência urinária de esforço melhoram com a fisioterapia. "A mulher deveria fazer exercício para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico durante toda a vida. Ela sustenta órgãos muitos importantes e não pode ser esquecida".
Outros produtos eróticos, encontrados no sex shop, sugeridos pelos ginecologistas são os massageadores vaginais, associados a géis lubrificantes, p/ casos de atrofia vaginal (perda da elasticidade e afinamento) ou vaginismo (dor na vagina), provocados pela queda dos níveis de estrogênio, após a menopausa. A atrofia vaginal causa dor ou desconforto durante a relação sexual.
Próteses penianas de diferentes tamanhos também têm sido indicadas por médicos p/ casos de má-formação da vagina em que é preciso dilatar o canal do órgão.
"Não só indico para as minhas clientes como, às vezes, vou até o sex shop escolher o modelo certo p/ a pessoa certa", afirma a ginecologista e obstetra Tânia das Graças Mauadie Santana, 55, chefe dos serviços de planejamento familiar e de sexologia do Hospital Pérola Byington.
De acordo com Santana, no tratamento de alguns tipos de má-formação vaginal é mais barato a mulher comprar as próteses penianas nas butiques eróticas, a preços que variam de R$ 30 a R$ 60. Nas lojas de produtos hospitalares, os moldes de acrílico seriam vendidos, em média, a R$ 700.
"Para casos em que é preciso dilatar o canal vaginal, as próteses vendidas em sex shop cumprem perfeitamente a função", relata a ginecologista Cláudia Gazzo, responsável pelo setor de reprodução do hospital do servidor.
Segundo Edmund Chada Baracat, professor da Unifesp e presidente da Febrasgo, não existem evidências científicas que comprovem que os moldes de acrílico possam ser substituídos por próteses vendidas nas butiques eróticas. "Acho temerosa a compra desses produtos."
Segundo ele, para casos de agenesia parcial da vagina (um tipo de má-formação em que a mulher só possui a entrada vaginal), são indicados moldes penianos confeccionados sob medida p/ a paciente. "À medida que a vagina vai sendo aprofundada, o molde deve ser substituído", afirma.
O ginecologista Marcelo Zugaib, professor de obstetrícia na USP, afirma ter ficado surpreso com a informação de que há produtos usados no tratamento de má-formação vaginal e de incontinência urinária sendo vendidos em sex shop. "Nunca ouvi falar nisso."
Nos casos de disfunção sexual feminina -mulheres que não atingem o orgasmo, médicos e terapeutas acreditam que uma visita ao sex shop pode ser bastante benéfica.
"Os produtos eróticos aumentam o desejo sexual", diz a médica Tânia Santana. Ela afirma que, após visitar uma butique erótica, as pacientes voltam com uma "idéia elegante da sexualidade".
Alguns dos apetrechos vendidos em sex shop, associados a exercícios c/ orientação profissional, têm a função de "reabilitar" o assoalho pélvico -musculatura que sustenta o útero, o intestino e a bexiga.
Em mulheres, esses músculos podem ser lesados durante o parto vaginal e perdem ainda mais força à medida que os níveis hormonais se reduzem durante o período da menopausa. O problema mais frequente é a incontinência urinária -que afeta 25% das mulheres de até 60 anos.
Desde que feitos com acompanhamento de um terapeuta, exercícios com pequenos cones plásticos de diferentes pesos, introduzidos no canal vaginal, fortalecem a musculatura e, em alguns casos, podem evitar as cirurgias de reconstituição do períneo e de "levantamento" da bexiga, afirma a ginecologista Raquel Figueiredo, responsável pelo núcleo do assoalho pélvico do Hospital do Servidor Público Estadual.
Segundo Figueiredo, 60% das mulheres c/ incontinência urinária de esforço melhoram com a fisioterapia. "A mulher deveria fazer exercício para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico durante toda a vida. Ela sustenta órgãos muitos importantes e não pode ser esquecida".
Outros produtos eróticos, encontrados no sex shop, sugeridos pelos ginecologistas são os massageadores vaginais, associados a géis lubrificantes, p/ casos de atrofia vaginal (perda da elasticidade e afinamento) ou vaginismo (dor na vagina), provocados pela queda dos níveis de estrogênio, após a menopausa. A atrofia vaginal causa dor ou desconforto durante a relação sexual.
Próteses penianas de diferentes tamanhos também têm sido indicadas por médicos p/ casos de má-formação da vagina em que é preciso dilatar o canal do órgão.
"Não só indico para as minhas clientes como, às vezes, vou até o sex shop escolher o modelo certo p/ a pessoa certa", afirma a ginecologista e obstetra Tânia das Graças Mauadie Santana, 55, chefe dos serviços de planejamento familiar e de sexologia do Hospital Pérola Byington.
De acordo com Santana, no tratamento de alguns tipos de má-formação vaginal é mais barato a mulher comprar as próteses penianas nas butiques eróticas, a preços que variam de R$ 30 a R$ 60. Nas lojas de produtos hospitalares, os moldes de acrílico seriam vendidos, em média, a R$ 700.
"Para casos em que é preciso dilatar o canal vaginal, as próteses vendidas em sex shop cumprem perfeitamente a função", relata a ginecologista Cláudia Gazzo, responsável pelo setor de reprodução do hospital do servidor.
Segundo Edmund Chada Baracat, professor da Unifesp e presidente da Febrasgo, não existem evidências científicas que comprovem que os moldes de acrílico possam ser substituídos por próteses vendidas nas butiques eróticas. "Acho temerosa a compra desses produtos."
Segundo ele, para casos de agenesia parcial da vagina (um tipo de má-formação em que a mulher só possui a entrada vaginal), são indicados moldes penianos confeccionados sob medida p/ a paciente. "À medida que a vagina vai sendo aprofundada, o molde deve ser substituído", afirma.
O ginecologista Marcelo Zugaib, professor de obstetrícia na USP, afirma ter ficado surpreso com a informação de que há produtos usados no tratamento de má-formação vaginal e de incontinência urinária sendo vendidos em sex shop. "Nunca ouvi falar nisso."
Nos casos de disfunção sexual feminina -mulheres que não atingem o orgasmo, médicos e terapeutas acreditam que uma visita ao sex shop pode ser bastante benéfica.
"Os produtos eróticos aumentam o desejo sexual", diz a médica Tânia Santana. Ela afirma que, após visitar uma butique erótica, as pacientes voltam com uma "idéia elegante da sexualidade".