Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Sexo oral, sem travas!

Para alguns, o sexo oral é sinônimo de prazer garantido. Mas, a prática depende da intimidade do casal e, claro, da disposição. A ginecologista e terapeuta sexual Glene Rodrigues lembra ainda que muita mulher tem nojo da secreção ejaculada e, nem sob decreto, se arrisca à prática. "São questões de educação familiar, religiosa e sócio-cultural, que construíram a identidade sexual da mulher e podem dificultar a espontaneidade da sexualidade no relacionamento", avalia.
A médica, que trabalha com grupos de anorgasmia (inibição do orgasmo), vaginismo, inadequação sexual e ainda orienta mulheres com disfunção sexual, diz que um dos maiores erros delas, na hora do sexo oral, é demonstrar que não está à vontade - e mesmo assim continuar. "Os homens percebem, pela fisionomia, que elas estão com nojo do ato em si, o que pode levar a uma crise nesse relacionamento. A sexualidade precisa ser prazerosa para ambos", lembra.
Outro erro, segundo Glene, é morder ou machucar com os dentes o pênis. "É preciso cuidar também para não introduzir muito o pênis dentro da boca. Ao atingir a garganta, pode provocar ânsias de vômito".
Como bem lembra Glene, nada substitui a espontaneidade de um casal que está em sintonia. Mas algumas dicas podem tornar o sexo oral ainda melhor. Segurar com a mão na base do pênis é boa pedida, pois diminui o comprimento, evitando assim que ele se introduza por inteiro. Usar camisinha (é necessário usá-la inclusive no sexo oral) de sabores variados ajuda a resolver a preocupação em relação à ejaculação. Convidar o parceiro para tomar um banho, antes de começar, também pode ajudar quem tem um pouco de repulsa quanto à prática. "Lembre também que a área mais sensível para o homem é a glande. Mas movimentos de sucção ao longo do pênis, assim como ao redor da glande, também são fontes de prazer".
Para Glene, que também é médica Centro de Referência em Sexologia do Hospital Pérola Bynghton, em São Paulo, a criatividade é uma das melhores aliadas na hora de apostar no sexo oral. "Chupar bala de menta dá uma sensação gelada e pode ser agradável. E, se a mulher não se sente hábil, vale treinar com uma banana, se isso a deixar mais segura".

Mesmo com tantos artifícios - e com a certeza absoluta de que o parceiro adora o sexo oral - pode ser que você simplesmente não goste da coisa. Pode ser opção, claro. Mas também pode ser que você tenha criado uma barreira dentro da sua cabeça. "A questão psicológica, com relação à submissão, é muito forte. Às vezes elas acham que estão fazendo pelo parceiro. Mas é preciso lembrar que sexualidade é um compartilhar, é dar e receber", insiste. Para Glene, o casal que tem intimidade, compartilha o explorar da sexualidade no corpo um do outro e tem mais chances de estabelecer relação baseada no prazer e na segurança. "A satisfação sexual do casal é entendida como qualidade de vida. Mas, ainda assim, é preciso respeitar os limites de cada ser humano e de cada casal".

sábado, 16 de novembro de 2013

Atração por Pessoas do Mesmo Sexo

Falando sobre a atração por pessoas do mesmo sexo
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias reconhece que a atração por pessoas do mesmo sexo é um assunto delicado que requer bondade, compaixão e compreensão. O site mormonsandgays.com busca tratar, por meio de entrevistas e vídeos de líderes e membros da Igreja, o assunto sobre atração por pessoas do mesmo sexo e como isso se relaciona às pessoas e aos membros da família envolvidos. As declarações e histórias enfatizam a importância do mandamento de Cristo de amarmos uns aos outros e reafirmam a posição da Igreja.
A posição doutrinária da Igreja é clara: a atividade sexual deve ocorrer apenas entre um homem e uma mulher casados. Contudo, isso jamais deve ser usado como justificativa para atos rudes. Jesus Cristo, a quem seguimos, foi claro em Sua condenação à imoralidade sexual, mas nunca cruel. Seu interesse sempre foi o de elevar a pessoa, e nunca o de humilhá-la.
Em resumo, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias afirma a centralização das doutrinas relativas à sexualidade e ao gênero humano, bem como a santidade e o significado do casamento como a união de um homem e uma mulher Entretanto, a Igreja acredita firmemente que todas as pessoas são filhos igualmente amados de Deus e merecem ser tratadas com amor e respeito. Um apóstolo da Igreja, Élder Quentin L. Cook, declarou: “Como membros da igreja, ninguém deveria ser mais amoroso e compassivo. Sejamos os primeiros a usar termos que expressem amor, compaixão e cordialidade. Que nossas famílias não excluam nem desrespeitem os que escolheram um estilo de vida diferente devido a sentimentos que têm em relação a pessoas do mesmo sexo”. 
A Divina Instituição do Casamento
A Igreja diferencia o comportamento do sentimento de atração por pessoas do mesmo sexo. Apesar de não ser pecado ter sentimentos e inclinações por pessoas do mesmo sexo, envolver-se em um comportamento homossexual conflita com o “princípio doutrinário, fundamentado na escritura sagrada (…) de que o casamento entre um homem e uma mulher é essencial ao plano do Criador para o destino eterno de Seus filhos”. 
Porque a Igreja acredita que os poderes sagrados da procriação devem “ser exercidos apenas entre um homem e uma mulher legal e legitimamente casados como marido e mulher, (…) quaisquer outras relações sexuais, incluindo as com pessoas do mesmo sexo, comprometem a família, essa instituição divinamente criada”. Assim, a Igreja apoia medidas que definam o casamento como a união de um homem e uma mulher. No entanto, “proteger o casamento entre um homem e uma mulher não remove as obrigações cristãs de amor, bondade e humanidade dos membros da Igreja para com todas as pessoas”. 
Direitos Individuais
A afirmação da Igreja de que o casamento deve ser entre um homem e uma mulher “não constitui nem tolera qualquer tipo de hostilidade contra gays e lésbicas” Ao contrário, muitos líderes da Igreja têm falado claramente sobre o amor e o respeito que deve ser demonstrado por todas as pessoas. O Presidente anterior da Igreja, Gordon B. Hinckley (1910-2008), disse aos membros que têm atração por pessoas do mesmo sexo: “Nosso coração se volta para [vocês]. Lembramo-nos de vocês perante o Senhor, nós os compreendemos e respeitamos como nossos irmãos e nossas irmãs”. O Presidente Boyd K. Packer afirmou: “Nós não os rejeitamos. (…) Nós não podemos rejeitá-los. (…) Nós não vamos rejeitá-los, porque amamos vocês”.
A Igreja defende os direitos dos casais homossexuais relativos à “hospitalização e aos cuidados médicos, aos direitos de moradia e emprego, ou direitos de sucessão, desde que esses não prejudiquem a integridade da família tradicional ou os direitos constitucionais das igrejas” Em Salt Lake City, por exemplo, a Igreja apoiou regulamentos para proteção de residentes gays da discriminação com respeito à moradia e ao emprego.  
Evangelho de amor
O evangelho de Jesus Cristo baseia-se no amor, respeito e arbítrio. Os mórmons acreditam que todos os seres humanos herdaram forças, fraquezas, desafios e bênçãos e são convidados a viver, por meio da ajuda e graça de Deus, os princípios revelados por Jesus Cristo. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias declara que “o amor e a paternidade universal de Deus atribuem a cada um de nós um reconhecimento inato e reverente de nossa dignidade humana compartilhada. Somos ordenados a amar uns aos outros. Devemos tratar uns aos outros com respeito, como irmãos e irmãs que são filhos de Deus, não importando o quanto sejamos diferentes uns dos outros”.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A primeira vez de um homem gay é sempre dolorida?

Declaração o sofrimento da primeira vez de um gay, trouxe à tona a pergunta: sexo anal dói muito?  homens que passaram pela experiência e especialistas para esclarecer esta e outras dúvidas

Depois de interpretar o bruxinho Harry Potter nos sete filmes da série, Daniel Radcliffe   cresceu e passou a se deparar com papéis sexualmente bem mais complexos. Na peça "Equus", de que foi protagonista, ficou nu e sugeriu fazer sexo com um cavalo. Quando afirmou em entrevista para a revista "Flaunt" que procurou ser realista ao filmar sua primeira cena de sexo gay no filme “Kill Your Darlings", e que para isso precisou demonstrar dor, trouxe à tona a questão: a primeira experiência com sexo anal é algo necessariamente doloroso e incômodo para todos?
Para esclarecer essa dúvida, o  conversou com homens de 21 a 32 anos que passaram pela perda da virgindade anal, e foi ouvir também especialistas que deram dicas para diminuir o desconforto da primeira vez. Como pudemos ver, as histórias são bem diferentes. Há os que sentiram dor, os que sentiram prazer e dor, e os que não sentiram nada - nem prazer e nem dor. Muitas vezes, independente do incômodo físico, a primeira vez é apenas frustrante. 
 
O funcionário público de Brasília  Filipe  , 21, relata que passou por várias tentativas prévias antes de consumar a primeira experiência homossexual. Quando afinal perdeu a virgindade, sentiu uma certa dor, mas depois aproveitou. “Eu já havia feito preliminares, aquele lance de ‘só a cabecinha’, mas nada de penetração mesmo. Quando finalmente aconteceu estávamos na sala, tentamos algumas posições, mas não dava certo. Depois que lubrificou o pênis, o rapaz foi de uma vez, e doeu um pouco. Então ele me segurou, me acalmou, e daí aproveitamos. Foi um pouco desconfortável, mas nada descomunal”, revela ele.
Com o analista de sistemas bissexual  André  , 32, foi bem diferente: sua primeira vez foi sem nenhum preparo. Segundo ele conta, perdeu a virgindade anal aos 25 anos. Depois de um dia de trabalho agitado, resolveu ir a uma balada gay em São Paulo, onde vive. Encontrou um parceiro e os dois foram para a sua casa. “Foi tudo bem frenético. Sem conversa, sem acordo. A gente entrou, fomos para a cama já sem roupa, ele me virou de costas e eu fui curtindo. Ele colocou a camisinha e o sexo rolou sem maiores delongas. Não doeu e sensação foi ótima, não apenas a penetração em si, mas o ato como um todo. A submissão inesperada que acabou sendo exercida, assim como a total diferença dessa condição para aquela de ativo (que realiza a penetração), ou de uma relação com uma mulher”, explica. A sexóloga Carla Cecarello   afirma que a prática do sexo anal é saudável e prazerosa quando realizada da forma correta. Com relação à dor, ela diz que é relativa, assim como no caso da perda da virgindade vaginal. “Doer ou não depende muito de como o sexo anal vai ser feito, da mesma forma como a relação vaginal pode doer ou não. É importante lembrar da lubrificação. A vagina é naturalmente lubrificada, já o ânus não. Por isso é importante o uso do lubrificante à base de água”.Vai depender muito de como o sexo anal vai ser feito, da mesma forma como a relação vaginal pode doer ou não
Como era de se esperar, o estado de espírito interfere muito na sensação física da primeira vez. A mesma condição de “duas primeiras vezes” se repetiu com o relações públicas Bruno  , 26. “Eu tinha 18 anos e conheci um rapaz. Depois de sair algumas vezes resolvemos transar, preparei tudo, criei um clima. Tudo rolou legal até ele se lubrificar e me penetrar. Durou só uns cinco segundos, foi frustrante. Tempos depois, após muito sexo oral e masturbação com um namorado, tentamos e rolou. Fico bem nervoso sempre, porque acho que dói um pouco, então tenho que ir devagar para me acostumar e relaxar”, explica.
O sexólogo Amaury Mendes  lembra que a prática do sexo anal é recheada de tabus. “Até no sexo vaginal pode existir dor, mas é importante ressaltar que o sexo anal é circunscrito de tabus, medos e culpa. Tudo que não é reprodutivo tem uma conotação de pecado, tanto o sexo anal como o sexo oral. A partir do momento em que duas pessoas rompem esse preconceito e ficam tranquilas, tudo tende a dar certo. A dor não é uma regra no sexo anal e tem muitos homens e mulheres que gozam ao praticá-lo”, conclui.
Técnica de relaxamento
Cecarello explica que, ao ser penetrado, o ânus se contrai, o que dificulta o ato e pode causar dor. Nessa hora não se deve tentar a penetração. “Tem que encostar devagarzinho e esperar o esfíncter relaxar, para só então penetrar. Isso tudo com muita lubrificação, para deslizar tranquilamente”.
Carla Cecarello alerta ainda que o uso de camisinha também é imprescindível. “Se você vai se submeter a uma relação anal, pode acontecer de ter fezes, e por isso a camisinha permite uma higiene”, diz ela. Porém, a prática de lavagem estomacal, comumente chamada de “chuca”, não é recomendada. “Quando você faz algum tipo de lavagem com chuveirinho, pode machucar o canal anal e também elimina a mucosa que protege o ânus de doenças.” 
Tomando os cuidados necessários, Filipe é adepto do processo de lavagem estomacal, e dá também outras dicas para aumentar o prazer e a segurança do sexo anal - e minimizar os possíveis constrangimentos. "Eu incluo sempre grãos e alimentos que facilitam a digestão na minha alimentação. Antes da prática, fico de jejum por algumas horas, e faço a famosa lavagem intestinal em casa. Sou bastante vaidoso e me cuido bastante. Assim como hidrato meu corpo, hidrato a região anal. E, na hora do sexo, camisinha e lubrificação”, conta.
Mendes ressalta a importância do estímulo do parceiro. “Seja homem ou mulher, durante a prática de sexo anal é preciso lembrar de estimular quem está sendo penetrado, ou até ele mesmo pode se masturbar, se tocar”, conclui.
Sobre as posições sexuais mais adequadas, cada um tem suas preferências. Filipi curte todas, sem restrições, André prefere ficar sentado de frente para o parceiro, enquanto Bruno, que sente um pouco mais de desconforto, prefere de lado, a posição recomendada por Cecarello. “Para começar, é melhor deitado de ladinho, onde o pênis dá uma curvadinha na hora da penetração. De quatro ou sentado são penetrações sem obstáculos, o que pode gerar desconforto”, recomenda a especialista.

Bissexual sofre: "As pessoas acham que ser bi é só uma fase de indefinição"

Homens e mulheres assumidamente bissexuais falam ao como é ter interesse por ambos os sexos, o preconceito da própria comunidade gay e a dificuldade de se relacionar

A sigla LGBT foi criada para abranger lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Era de se esperar que cada um ficasse no seu quadrado, respeitando a orientação sexual dos outros. Só que não é bem assim que acontece. Dentro da própria comunidade LGBT, os bissexuais podem ser considerados o "patinho feio". Sua versatilidade muitas vezes é vista como indefinição, e por isso eles têm menos credibilidade e sofrem preconceito dos LGT.

Mas, afinal, qual é o problema em sentir atração tanto por homens quanto por mulheres? “As pessoas falam que é temporário, que é uma fase, até eu conseguir me decidir. Não entendem que essa é a minha sexualidade", reclama o redator Leonardo Villela Araujo , 25. "Tem homens que se atraem por mulheres, outros por homens, porque eu não posso me atrair pelos dois?

 Tem homens que se atraem por mulheres, outros por homens, porque eu não posso me atrair pelos dois

Leonardo conta que ainda criança, aos 11 anos, ele percebeu que achava graça tanto nos meninos quanto nas meninas. Mesmo tendo tomado consciência de sua bissexualidade muito cedo, só teve qualquer contato com outro homem aos 17 anos. Ele já namorou mulheres e homens e diz que o gênero do parceiro não importa, mas acha mais difícil se relacionar com as mulheres.

“Em primeiro lugar, tem o fato de as mulheres serem muito machistas, o que me incomoda muito. Em segundo vem a insegurança, já que elas pensam que vou trocá-las por um homem a qualquer momento. Quando o relacionamento acaba, a mulher raramente entende que é porque não estou mais interessado nela como pessoa, e não porque ela é mulher”, desabafa.A dificuldade de compreensão da bissexualidade também causa frustração na publicitária , que afirma sofrer muito preconceito. “As amigas lésbicas falam que eu sou hétero, só porque hoje eu namoro um homem, o que me ofende bastante. Em contrapartida, os homens héteros acham que, porque sou bi, vou querer trair meu namorado com uma menina, ou que fazemos altos ménages”
"Os amigos gays vibram quando saio com meninas e riem quando saio com meninos"
Dani afirma que é difícil para quem não é bissexual entender que a bissexualidade não é uma escolha ou algo mutável. ”Eu gosto de meninas e meninos. Não é porque namoro um que vou trair com o outro, não viro hétero quando namoro um homem e nem viro lésbica quando namoro uma menina”, explica ela, que já terminou relacionamentos porque namorados e namoradas disseram “não aguentar a pressão”.
Já a estudante , conta que nunca teve problema com seus relacionamentos e que o preconceito maior vem por parte dos amigos gays. “Tenho muitos amigos gays que vibram quando eu saio com uma menina e que riem quando eu saio com um menino. Eles falam na brincadeira, mas é um tipo de preconceito”. Não viro hétero quando namoro um homem e nem viro lésbica quando namoro uma menina
Para Leonardo, parte da confusão acontece porque muitos gays têm um período em que percebem o interesse por pessoas do mesmo sexo e não descartam o interesse pelo sexo oposto, e aí imaginam que se enquadram na categoria bissexual, até perceber sua verdadeira orientação. Ou que simplesmente acham mais simples assumir que são bissexuais.

“Quando jovens, muitos afirmam ser bissexuais como uma ‘estratégia’ para se assumir, ou para se liberar para relações com pessoas do mesmo sexo. Às vezes isso se confirma, mas é preciso lembrar que durante a adolescência toda a questão relacionada ao sexo é confusa, as referências ainda são limitadas. O jovem que está entendendo sua sexualidade pode se sentir atraído por ambos os sexos.”

Dani conta que o mesmo acontece com as meninas. “Eu nunca precisei me aceitar, mas sei que se colocar como bi é uma alternativa para não se assumir completamente. E ok, afinal existe um medo muito grande de se assumir, até pra si mesmo”,  lembra ela. "Esse processo faz com que os bissexuais sofram preconceito. Um monte de gente acha que é uma fase passageira, ou uma falta de tomada de posição."
A falta do pênis 

Outra questão que sempre vem à tona com relação aos bissexuais é o sexo. Será que uma menina bi vai sentir falta do pênis quando transar com outra menina? E que um menino bi vai se satisfazer com uma vagina quando estiver transando com uma mulher? Eles vão ter que ir atrás da compensação do sexo que ficou faltando?

Dani conta que quando está com alguém ela se entrega, e essa pessoa, homem ou mulher, passa então a suprir suas necessidades. “Não acontece de ficar com alguém de um sexo desejando estar com outro. Vale lembrar que várias meninas gays usam vibradores e consolos também. Gostar de penetração não é uma característica só das mulheres bissexuais."

Em relação aos homens bissexuais, Leonardo conta que a maior preocupação das parceiras do sexo feminino é também a penetração. “As meninas pensam: ‘Meu Deus, eu não tenho como fazer sexo com ele! Ele gosta de transar com homens, de ser passivo fazendo sexo anal’”. A menina bi, por sua vez, está envolta em um fetiche masculino. "Quando um cara pega uma menina que fala que é bi, ele já pensa: 'Vou poder transar com duas meninas ao mesmo tempo’", diz Leonardo.
Mas as coisas estão mudando aos poucos, e o trio é esperançoso quanto ao futuro dos bissexuais. “As pessoas têm se aberto para novas experiências. Já é mais socialmente aceito ficar com alguém do mesmo sexo, nem que seja só para experimentar. Antigamente isso era um tabu”, aposta Dani

Namorei homens e mulheres, mas ainda dizem que não sou bissexual

Vivem me dizendo que não sou bissexual. Algumas amigas dizem que o fato de namorar uma mulher hoje e nunca mais ter me envolvido com um homem me torna homossexual. Outras pessoas acreditam que é preciso estar com duas pessoas ao mesmo tempo para se autodenominar bissexual.
Faço novas reflexões sobre o assunto, já tratado em alguns posts anteriores. Para você que começou a acompanhar o blog agora, eis um resumo: namorei homens a vida toda, o último relacionamento durou quase oito anos, e hoje estou com uma mulher há quase três anos.
Sobre meu relacionamento atual, uma das leitoras  perguntou se em algum momento nós já “agregamos uma companhia masculina” na relação. Ou se ela e eu costumamos sair com algum homem. A resposta para todas as perguntas é não. E nem temos a intenção de fazer isso, justamente porque não sentimos necessidade. Somos felizes em uma relação monogâmica.
Mas isso não quer dizer que não sejamos bissexuais. Como já disse, a bissexualidade é a possibilidade de se relacionar (emocionalmente ou sexualmente)  com ambos os sexos. É o fato de sentir atração por homens e mulheres e vou continuar batendo nesta tecla. Isso porque não preciso de nenhum estudo para comprovar. Tive esses desejos no decorrer da vida e nunca me “forcei” a nada. Nunca estive com um homem quando não queria estar. Ou comecei a namorar uma mulher apenas por diversão. Algumas pessoas podem até fazer essas duas coisas, mas não é o meu caso.
Outras pessoas também podem dizer: “Para que você quer esse rótulo? Não precisamos disso!”. Virou até moda dizer que tal pessoa não gosta de rótulos. Eu acho interessante essa teoria também. Mas para mim, quem diz: “Não gosto de rótulos, gosto de pessoas”, só está usando uma outra forma de dizer: “Sou bissexual”.
Mas cada um escreve (e vive) da forma que quiser. O mais importante é conseguir se entender e ser feliz ao descobrir quem realmente você é. E não esquecer, é claro, que conhecer uma pessoa pode mudar tudo o que você pensava sobre você mesmo, como aconteceu comigo. Eu achava que nunca me apaixonaria por uma mulher, eu tinha apenas atração, curiosidade. Era um desejo mais físico do que emocional. Precisei conhecer minha namorada para descobrir que estava errada.

Fui trocado por alguém do mesmo sexo. Meu casamento foi uma mentira?

Há muitos casos de homens e mulheres que viveram muito tempo em relacionamentos heterossexuais e em dado momento de suas vidas decidiram deixar os parceiros para viver com uma pessoa do mesmo sexo.
Geralmente, a sequência dos fatos costuma seguir um padrão. Surgem fofocas, reprovações da família e dos amigos, e o parceiro anterior se sente humilhado, achando que nunca foi desejado de verdade.
Seria possível ficar anos com uma pessoa sem realmente ter sentido atração por ela? Acho muito difícil, mas não impossível. Muitas pessoas ficam com as outras por pura convenção social. Ou porque não suportam a ideia de serem homossexuais. Ou simplesmente porque não queriam decepcionar a família. O tabu sobre o assunto faz com que todos nessas situações sofram muito. 
E por mais que muita gente não acredite, há também aqueles que viveram um matrimônio (ou namoro) verdadeiro e realmente se apaixonaram pelo parceiro. E são essas pessoas que, de repente, nem imaginavam que um dia seriam surpreendidos por uma paixão homossexual. Eles são bissexuais, pronto.
Sei que deve ser difícil para quem está do outro lado e foi trocado. Se você não acredita em bissexualidade ou não tinha uma relação tão saudável, fica mais difícil acreditar que o seu casamento não foi uma mentira. 
A verdade é que alguns podem ter sido mesmo uma mentira. Outros não. Apenas os protagonistas da história podem responder com propriedade.
http://blogsoubi.files.wordpress.com/2013/09/casamento.jpg

Por que é tão difícil contar que sou bissexual?

 
Acabo de falar de medo no último post e ainda o cultivo. Sim, eu ainda tenho medo de me assumir para qualquer pessoa. Às vezes me sinto uma hipócrita.
Hoje foi um desses dias em que o medo de confessar que namoro uma mulher me invadiu. Como vocês já sabem, moro com minha namorada. Marcamos para hoje à tarde de receber uma pessoa para instalar um equipamento aqui em casa. Como estávamos no trabalho e a empresa não tinha horário para depois das 18h, o zelador nos fez o grande favor de receber o funcionário.
Por sorte, eu cheguei quando o rapaz ainda estava fazendo a instalação do equipamento e pude tirar as minhas dúvidas. O pedido estava no nome da minha namorada. Foi então que ele perguntou: “O que você é dela? Irmã, cunhada, tia?” Meu cérebro logo pediu um tempo para pensar e perguntei: “Como?”. E esperei que ele repetisse a pergunta para eu pensar em uma resposta. Ele fez a pergunta novamente e respondi de pronto: “É minha amiga”.
Foi a pior resposta que eu poderia ter dado. Fiquei irritada comigo mesma nesse momento. O pior é que eu sei que nunca mais verei aquele homem na vida e que ele não teria como contar para ninguém sobre mim (e se contar, as pessoas nunca vão saber quem eu sou). Então por que eu não disse logo, da forma mais natural possível, que ela era a a minha namorada? Fiquei com medo da reação dele. Achei que ele pudesse fazer uma cara estranha, ficar sem graça, me deixar constrangida ou sei lá o quê. Obviamente ele não me xingaria (ou seria demitido depois que eu fizesse uma reclamação) e nem teria qualquer reação exagerada. Mas mesmo assim eu fui covarde.
Essa não foi a única situação. Quase toda semana passo por algo assim. No posto aqui do lado de casa, quase todos os frentistas sabem que namoro uma mulher (conto sobre isso nesse post). Ora ou outra passamos por lá juntas e até já nos beijamos na frente de um deles, sem qualquer constrangimento. Mas nem todos eles sabem. Outro dia, quando pedi algumas informações sobre o carro, um frentista que não sabe do meu namoro me disse: “Pergunte ao seu marido, sei que ele vai concordar comigo”. Fiquei sem reação na hora. Deveria ter dito, “não, moço, eu namoro uma mulher. Mas certamente ela saberá sobre isso, vou perguntar sim”. Mas eu também não tomei essa atitude.
No trabalho, a mesma coisa acontece. Vira e mexe o pessoal me pergunta se estou com alguém e eu sempre desconverso. Acho que eles já até desconfiam. Outro dia, quase falei… mas o medo falou mais alto e novamente me calei sobre o assunto.
Na minha roda de amigos, só os mais chegados sabem (desde o começo). Mas também ainda não tive coragem de falar pra todos. Eu sei que se eu falar pra um, todos vão saber, a notícia vai se espalhar e eu vou ter de lidar com isso de vez. Sim, eu estou adiando esse momento: ter de lidar de verdade com alguns preconceituosos. E por que eu ainda tenho medo disso? Não faço a mínima ideia, porque vou ser feliz com eles ou não.
E eu sei que algumas pessoas vão dizer (como eu mesma já disse): nem todo mundo precisa saber da nossa vida. A gente não sai por aí dizendo que é heterossexual. Mas se eu tivesse um namorado, eu já teria falado para todas essas pessoas que eu não falei. E se eu tenho CERTEZA de que a homossexualidade e a bissexualidade são normais, por que escondo isso? Aí está o meu grande erro. E vou tentar consertá-lo o quanto antes.
——-
Logo quero fazer outro post dizendo que estou falando abertamente e naturalmente sobre o meu namoro. E vocês? Contem um pouco sobre os seus medos. Sei que algumas leitoras nunca falaram com ninguém sobre o assunto e só conseguiram conversar sobre isso aqui no blog. E sei também que se muitas confessarem para a família, podem ser expulsar de casa, infelizmente…

COMO FAÇO PARA SABER SE MEU MARIDO É BISEXUAL

MEU MARIDO TEM NO HD EXTERNO DELE, MUITOS VIDEOS PORNO GAY. ATÉ AI…NAO VI NADA DE MAIS…POIS SE EXCITAR COM MESMO SEXO PODE SER APENAS FANTASIA…MAS MEXENDO NUMA MAQUINA DE FILMAR VI UMA CENA QUE ELE NAO APAGOU TUDO DE DOIS HOMENS FAZENDO SEXO ANAL.
ELE ME DISSE Q FOI ANTES DE NOS SE CASAR E Q NAO ERA Q ME IMAGINAÇÃO ESTAVA DEIZENDO…ELE QUEBROU A FITA COM FILMAGEM…AI DOUTOR SERA QUE ERA ELE? MAS ERA NA CASA ONDE VIVEMOS. PRECISO ENTENDER QUAL EH PERFIL DE UM BISSEXUAL Na minha opinião ele pode ser BI sendo que resolveu deixar para traz este desejo e agora o desejo está voltando a tona, sugiro que converse com seu marido e quem sabe não role algo exitem a três.

resolvi partilhar a minha angústia neste forum, pois tenho a desconfiança q o meu namorado (de há 10 anos) seja bi... descobri por portas travessas correspondencia com um amigo em que, apesar de n ser explicita, deixa antever algumas nuances da sua eventual orientação, ainda indeciso sobre se é bi ou apenas simpatizante... isto já se passou vai fazer 10 anos...nunca me disse nada e eu nunca lhe disse o q sabia...talvez p n lhe ferir a auto-estima ou tocar em assuntos q saõ tao pessoais e delicados como a nossa orientaçao sexual....

o q é certo é q desde entao tenho vivido alguns anos de pura desconfiança e angustia...nunca sabendo se os amigos são mesmo apenas amigos ou um pocuo mais do que isso....diz q me ama e q quer ficar comigo p sempre....sinto-o apaixonadissimo por mim como no primeiro dia....no entanto, o meu amor por ele foi-se desvanecendo no meio de tt insegurança e de tts duvidas... agr tenho um carinho imenso por ele mas ja n o amo....

nao sei o q fazer, nao o quero magoar ao terminar uma relaçao tao longa sem nada justificativo de conreto, mas n quero expor os sentimentos ou a sexualidade dele de forma tao cruel, n é justo...se ele nunca se abriu cmg n tenho o direito de o "obrigar" a expor-se....mas continuo sem saber se ele é bi ou se isso foi apenas uma fase confusa da vida dele (apesar de ter sido aos 3 meses de namoro cmg...

Existe algum exercício para retardar a ejaculação?

“Todo homem é um ejaculador precoce em potencial”. Você concorda com essa frase? Ela foi dita certa vez por um urologista durante um debate de que participei.  Não me recordo o nome do médico, mas lembro bem a explicação que ele deu: em resumo, é porque o mecanismo de excitação do homem (saudável, claro) funciona de forma muito mais rápida do que o da mulher.
Para que um homem se excite e chegue ao orgasmo, basta que os corpos cavernosos do pênis se encham de sangue e pronto! Gozou! Já na mulher, o processo de excitação até atingir o orgasmo é mais complexo (é preciso que diversos vasos da região pélvica se encham) e, por isso, um pouco mais demorado.
Apesar disso, não significa que todo homem tem que gozar em apenas 3 minutos. Sabe-se que alguns conseguem manter a ereção e retardar a ejaculação por mais tempo (não use os filmes pornôs como referência, ok?).
Mas alguns homens ainda sofrem por gozarem rápido demais.
O ouvinte José nos perguntou:
- Existe algum tipo de exercício ou massagem que ajude a manter a ereção por mais tempo e a retardar a ejaculação?
Confira a resposta dada por mim e Rebecca:
Existe algum exercício para retartar a ejaculação?

Como saber se sou bissexual?

A resposta parece simples: se você sente atração tanto por homens quanto por mulheres, logo é bissexual. Na prática, não é bem assim. E é bom ir se acostumando: sexualidade e matemática são diametralmente opostas e 2+2 não é igual a 4. É bem mais provável, aliás, que seja igual a um swing. Lembro-me de que quando eu era pequena achava que as coisas eram mais “simples” e que a pessoa já nascia com a orientação sexual definida. Àquela altura, como ainda não tinha ouvido falar em bissexualidade, achava que na hora da concepção Papai do Céu já definia se aquele bebê seria gay ou hetero e nada podia mudar a escolha divina. Não haveria uma idade fixa para que a pessoa enfim descobrisse qual seria o seu “destino”, mas ao longo da infância e pré-adolescência já seria possível identificar alguns “sinais”: por exemplo, se você fosse menina e gostasse de ver fotos de mulheres peladas em uma revista, não restavam dúvidas -> homossexual na certa. Um menino que adorasse brincadeiras de meninas (como brincar de casinha, de bonecas etc), indicava que Deus havia posto no mundo mais um homossexual.Por outro lado, se a menina se assanhava vendo casais (hetero) na novela e sonhava com um príncipe encantado, era heterossexual, assim como um menino que agisse como um homem “machão” e valente. Assim era o meu mundo infantil e maniqueísta.
Mas aí a gente cresce e percebe qua não é bem assim (ainda bem). Descobre que além de preto e branco existe também o cinza e que a bissexualidade, inclusive, é considerada por alguns psicanalistas como algo inato, mas  que ao longo do nosso desenvolvimento, acabamos por insistir em voltar à dualidade excludente do preto OU branco e aí podem acontecer duas hipóteses: ou reprimimos o desejo por pessoas do mesmo sexo (e nos assumimos como heterossexuais) ou por pessoas do sexo oposto (tornando-nos homossexuais).
Mas o fato é que “ser bissexual” por mais que englobe duas possibilidades na mesma categoria, ainda assim, limita. O que dizer de alguém que “experimentou” sexo com alguém do mesmo sexo, mas que se identifica e se reconhece como heterrosexual? E de alguém que sente desejo tanto por homens quanto por mulheres, mas nunca chegou às vias de fato com alguém do mesmo sexo? A escala Kinsey tenta resolver essa equação que nem Pitágoras conseguiria… e a crônica abaixo fala um pouco sobre essa complexidade e sobre a dificuldade de esquecer um antigo amor.

Sou casado, amo minha esposa, mas sou bissexual

Acredito que existam muitas pessoas como eu.
Sou casado há 10 anos e amo minha esposa. Quero estar ao lado dela o resto da minha vida.
Mas, diferente de outros tópicos que já vi (onde perderam o tesão pela esposa), sempre estamos fazendo amor. Cerca de 04 à 05 vezes por semana.
Não tenho um parceiro fixo, ou seja, não tenho um amante. De vez em quando saio com algum contato do MSN (perfil fake).
Sinto muito tesão ao sair com outro cara, mas não sinto atração física por outros homens na rua. Tenho o maior tesão em mulheres, que inclusive muitas me fazem torcer o pescoço na rua. Já homens, nem ligo.
Mas na hora H, me entrego por completo, contudo não sou em nada afeminado.
Sei da minha bissexualidade desde meus 17 anos.
Me casei com uma mulher quando tinha 20 anos, mas esse casamento não deu certo. Tivemos uma filha que hoje tem 12 anos.
Me casei novamente ( com mulher ) e já estou com ela há 09 anos. Não temos filhos ainda.
Mas nunca deixei de sair com homens.
Já pensei muitas vezes em dizer a verdade para minha esposa, mas tenho medo de ela não entender que sempre mantive isso por baixo dos planos para não perdê-la.
Me resguardo muito por conta dela.
Poderia sair muito mais com outros homens... Mas para não ter confusão em casa (tipo mil perguntas... Onde você estava ? ... Porque está chegando essa hora ?... ) evito sair mais vezes.
Pretendentes (digamos assim) não faltam.
Tenho certeza que muitos irão se identificar com minha situação (lógico que com uma ou outra variação de fatores).
Gostaria que comentassem sobre minha situação e o que acham que aconteceria se eu contasse a verdade à minha esposa.

Bisexualidade

A bissexualidade é uma orientação sexual que consiste na atração sexual , afetiva ou sexoafectiva entre indivíduos de gênero ( socialmente ) e sexo ( biologicamente ) igual ou oposto. A maioria dos bissexuais não são atraídos igualmente por homens e mulheres e pode mesmo variar entre estados em que acham atraentes apenas um dos gêneros ou sexos ao longo do tempo . Outros permanecem bastante estáticos em seu nível de atração ao longo de sua vida adulta . Embora a bissexualidade foi observada em uma variedade de formas nas sociedades humanas eo reino animal ao longo da história escrita , o termo bissexualidade (como os termos heterossexualidade e homossexualidade ) não foi inventado até o século XI X
Dentro da tradição ocidental, costuma dar carta de natureza a bissexualidade desde a antiga Grécia como essas relações faziam parte da ordem social estabelecida e foram praticadas por pessoas pertencentes aos segmentos sociais mais relevantes , até mesmo pelos governantes da Grécia e Roma.
A bissexualidade foi observada em várias sociedades humanas [2] e também no reino animal As tentativas de descrição teórica do comportamento bissexual estão marcados, dentro da tradição sexolóxica ocidental, por seu caráter de território ambíguo , em que a tensão entre homossexualidade e heterossexualidade fica anulada . Em uma tentativa de desambiguación , considerou-se que existem vários níveis de análise dos quais derivam as diferentes formas de conceptualizar a bissexualidade : [6] Esta gradação de níveis corresponde também a uma cronologia nos estudos sobre a bissexualidade . As teorias pertencentes aos dois primeiros níveis, o biológico e psicológico, enquadram o seu desenvolvimento durante o século XIX , enquanto que as dos dois seguintes, comportamental e cultural, aparecem durante o século XX .

    
Bissexualidade biológica. Nas teorias do primeiro nível, a bissexualidade aparece fortemente ligada com a sexologia médica e com o pensamento de Lamarck e Darwin. A finalidade destas teorias , que operam a partir do seio do evolucionismo , e descrever o papel que a bissexualidade pode ter na perpetuação da espécie humana.

    
Bissexualidade psicológica. Nas teorias do nível psicológico , a bissexualidade tem sido objecto de diversas considerações . Na obra de Freud , a bissexualidade (como acontece com a homossexualidade ), muitas vezes significava a fixação de um desenvolvimento psicológico parado . O trabalho do psicanalista Heinz Kohut , porém, define a bissexualidade como uma tentativa de regulação da auto-estima do indivíduo para alcançar a satisfação tendo relações íntimas com um sexo ou dois. A necessidade de atingir a satisfação sexual com ambos os sexos deve distinguir-se , neste paradigma, de algumas formas " patológicas " da bissexualidade observadas no histórico clínico de pacientes com personalidade de limites difusos ou fracos e autorrepresentacións fluidas .

    
Bissexualidade comportamental . Nas teorias do nível comportamental , centra a atenção no estudo das biografias de indivíduos que apresentam comportamentos bissexuais . Para estas teorias, uma vez que a conduta sexual normalmente não costuma dar-se com os dois sexos ao mesmo tempo , no mesmo indivíduo costuma relacionar-se exclusivamente com um sexo ou outro durante uma fase significativa do desenvolvimento vital. Estudos deste nível focaliza o interesse nas razões por que ocorrem essas chimpos e no seu significado. A bissexualidade está concebido como um resultado situacional ou vital da biografia dos indivíduos. Esta dimensão qualitativa do estudo do comportamento bissexual é eludido por outros estudos quantitativos do comportamento sexual humano, como os de Kinsey , que se limitam a contagem estatística de experiências e desejos homossexuais e / ou heterossexuais nos indivíduos .

    
Bissexualidade cultural. Enquanto as teorias de corte psicológico e comportamental centravam a sua atenção no significado da bissexualidade para os indivíduos, e as teorias bioloxicistas , na funcionalidade universal da bissexualidade para a espécie , as teorias do quarto e mais recente nível, o cultural, consideram que a dimensão fundamental para conceptualizar o comportamento sexual se encontra no seio das diferentes culturas . Então presta atenção às idéias culturais referentes às relações sexuais ou às ideologias dominantes em uma cultura em relação ao que é considerado adequado, saudável, moralmente aceitável ou reprovável no seio de uma sociedade específica em um determinado momento de sua história. Enquadradas no âmbito do construtivismo social, as teorias culturais, negam a validade científica de categorias universais como a normalidade, a naturalidade ou saneamento de umas ou outras condutas sexuais. Essas teorias são alheias a considerações bioloxicistas da sexualidade , pois acreditam que são as culturas, e não a biologia, as quais determinam historicamente a obxectivización conceitual eo significado dos comportamentos , papéis e identidades sexuais. Por isso, as teorias culturais negam que exista uma única conceituação da bissexualidade , mas esta apresenta diferentes status e naturezas dependendo do meio cultural que se estude . Desde esta perspectiva, dão culturas, como a huaorani , [7] em que não só não existe a homossexualidade , heterossexualidade ou bissexualidade como conceitos objectivos (embora se observem práticas que , a partir de outras culturas , se conceptualizarían como tal ) ou identidades sexuais mais ou menos definidas , mas o próprio conceito de sexualidade aparece difuminado ou é inexistente. Por tudo isso, a determinação do significado da bissexualidade depende da realização de estudos transculturais que , evitando o etnocentrismo , dar uma visão mais ampla e verdadeira da questão .

    
Bissexualidade histórica vs contemporânea. Em meados dos anos 50, Alfred Kinsey criou a escala Kinsey em uma tentativa de medir a orientação sexual. A escala de sete pontos tem um índice de 0 ( " exclusivamente heterossexual ") até 6 (" exclusivamente homossexual "). Os bissexuais abrangem a maioria dos valores da escala ( 1-5 ), que vai de " predominantemente heterossexual , apenas incidentalmente homossexual " (1) até " predominantemente homossexual, apenas incidentalmente heterossexual ". No meio da escala do (3) é " identicamente heterossexual e homossexual ".
    
O trabalho de Alfred Kinsey Sexual Behaviour in the Human Male (1948) mostrou que o " 46% da população masculina tinha participado em actividades de carácter heterossexual e homossexual , ou reagir a pessoas de ambos os sexos ao longo de suas vidas adultas ." [ 8] O Kinsey Institute declarou que " Kinsey disse em ambos os volumes de Sexual Behavior in the Human Male e Sexual Behavior in the Human Female que era impossível determinar o número de pessoas que eram homossexuais ou heterossexuais , só era possível contabilizar um determinado comportamento em um determinado período de tempo ". [8] Ambos os livros de Kinsey criou muito bulício devido tanto aos achados como a sua metodologia a bifobia é um neologismo que se refere à rejeição para as pessoas bissexuais ou para a bissexualidade mesma. Refere-se ao ponto de vista de que as pessoas devem obrigatoriamente pertencer a uma das duas outras orientações sexuais : heterossexualidade e homossexualidade ( monosexualidade obrigatória) . As pessoas bissexuais podem ser alvo de ataques bifóbicos pois se exigir uma " definição" de sua orientação sexual em termos dicotómicos de uma ou outra , no entanto, a bissexualidade é uma orientação tão definida como as outras , além disso, outras motivações para tal rejeição são dadas por um " estereótipo " muito espalhado na comunidade bissexual : a suposta promiscuidade inerente à sua condição sexual, e rumores mal-intencionados relacionados de que a comunidade bissexual é responsável por difundir entre as comunidades gay , heterossexual ea mesma comunidade bissexual , diferentes doenças sexuais como a sífilis, a Aids ou o herpes genital , entre outras, pela mesma promiscuidade de que são acusados ​​, além de sua capacidade na maior parte dos casos de transcenderen de sua própria comunidade e penetrárense nas comunidades gay e / ou heterossexual indistintamente com
fins sexuais e / ou à procura de pertença a uma comunidade diferente da sua.

Postagens populares