Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Como saber se sou bissexual?

A resposta parece simples: se você sente atração tanto por homens quanto por mulheres, logo é bissexual. Na prática, não é bem assim. E é bom ir se acostumando: sexualidade e matemática são diametralmente opostas e 2+2 não é igual a 4. É bem mais provável, aliás, que seja igual a um swing. Lembro-me de que quando eu era pequena achava que as coisas eram mais “simples” e que a pessoa já nascia com a orientação sexual definida. Àquela altura, como ainda não tinha ouvido falar em bissexualidade, achava que na hora da concepção Papai do Céu já definia se aquele bebê seria gay ou hetero e nada podia mudar a escolha divina. Não haveria uma idade fixa para que a pessoa enfim descobrisse qual seria o seu “destino”, mas ao longo da infância e pré-adolescência já seria possível identificar alguns “sinais”: por exemplo, se você fosse menina e gostasse de ver fotos de mulheres peladas em uma revista, não restavam dúvidas -> homossexual na certa. Um menino que adorasse brincadeiras de meninas (como brincar de casinha, de bonecas etc), indicava que Deus havia posto no mundo mais um homossexual.Por outro lado, se a menina se assanhava vendo casais (hetero) na novela e sonhava com um príncipe encantado, era heterossexual, assim como um menino que agisse como um homem “machão” e valente. Assim era o meu mundo infantil e maniqueísta.
Mas aí a gente cresce e percebe qua não é bem assim (ainda bem). Descobre que além de preto e branco existe também o cinza e que a bissexualidade, inclusive, é considerada por alguns psicanalistas como algo inato, mas  que ao longo do nosso desenvolvimento, acabamos por insistir em voltar à dualidade excludente do preto OU branco e aí podem acontecer duas hipóteses: ou reprimimos o desejo por pessoas do mesmo sexo (e nos assumimos como heterossexuais) ou por pessoas do sexo oposto (tornando-nos homossexuais).
Mas o fato é que “ser bissexual” por mais que englobe duas possibilidades na mesma categoria, ainda assim, limita. O que dizer de alguém que “experimentou” sexo com alguém do mesmo sexo, mas que se identifica e se reconhece como heterrosexual? E de alguém que sente desejo tanto por homens quanto por mulheres, mas nunca chegou às vias de fato com alguém do mesmo sexo? A escala Kinsey tenta resolver essa equação que nem Pitágoras conseguiria… e a crônica abaixo fala um pouco sobre essa complexidade e sobre a dificuldade de esquecer um antigo amor.
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