Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

domingo, 28 de setembro de 2014

ONU lança documento orientando gestores na proteção ao público LGBT

Foi publicado na última sexta (14), um documento lançado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidos para os Direitos Humanos, no qual a ONU apresenta um relatório com as obrigações legais que os países devem ter para proteger seus habitantes gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. O relatório foi batizado de “Nascido Livre e Igual” e indica quais são as responsabilidades do Estado com a população LGBT e o que eles devem fazer para alcançá-las.
“O objetivo de estender para pessoas LGBT as condições de todos os outros não é nem radical e nem complicado. Baseia-se em dois princípios fundamentais que sustentam a lei internacional dos direitos humanos: igualdade e não discriminação”, disse Navi Pillay, alta comissária para os Direitos Humanos, no prefácio do relatório.
O foco principal do documento consiste em cinco ações principais: proteção contra a violência homofóbica, prevenção da tortura, a descriminalização da homossexualidade, a proibição da discriminação e o respeito com a liberdade de expressão e com a reunião de todas as pessoas LGBT. O relatório traz também exemplos de violação de direitos, como o caso de um casal lésbico brasileiro que relata ter sido espancado numa delegacia do Brasil e forçado a praticar sexo oral.
 Lembrando o Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia, lideranças das Nações Unidas fizeram
 um apelo aos governos em todo o mundo para proteger os direitos de lésbicas, gays, bissexuais e trans (LGBT), bem como eliminar leis discriminatórias contra pessoas deste segmento da população.

“A luta contra a homofobia é uma parte essencial da batalha mais ampla dos direitos humanos para todos”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em seu discurso para o Fórum Internacional sobre o Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia (IDAHO), realizado em Haia, na Holanda.
“A Declaração Universal dos Direitos Humanos promete um mundo que é livre e igual, e nós só vamos conseguir honrar essa promessa se todos — sem exceção — gozarem da proteção que merecem.” Ban Ki-moon ressaltou a responsabilidade dos governos de tomar a iniciativa para promover uma maior compreensão da questão, acabando com os estereótipos negativos.
As pessoas LGBT são frequentemente alvos de preconceitos e abusos de extremistas religiosos, grupos paramilitares, neonazistas, ultranacionalistas, entre outros grupos, além de sofrer com a violência no ambiente familiar e comunitário. Lésbicas e mulheres transexuais estão em situação de risco particular.
A alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos, Navi Pillay — que leu a mensagem de Ban no evento de Haia –, destacou três áreas que requer atenção imediata. A primeira é a dos crimes de ódio, que “acontecem com regularidade alarmante em todas as regiões do mundo” e variam da intimidação à agressão física, tortura, sequestro e assassinato.
A segunda preocupação é a criminalização da homossexualidade. Cerca de 76 países continuam a proibir relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, violando o direito do cidadão à privacidade. As penalidades variam de sentenças de prisão até a pena de morte, em sete países.
A prevalência de práticas discriminatórias contra pessoas LGBT é a terceira área de preocupação. Pillay observou que em muitos países as pessoas LGBT não têm proteção legal por leis nacionais e, em alguma instância, os Estados estão contribuindo ativamente para esse tipo de discriminação.

Criminalização pode incluir a pena de morte em alguns países

Em 2011, 85 países assinaram uma declaração expressando sua preocupação com as violações dos direitos humanos contra pessoas LGBT. No mesmo ano, o Conselho de Direitos Humanos da ONU adotou a primeira resolução para tratar especificamente do assunto.
No ano passado, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) elaborou um guia sobre os direitos LGBT, intitulado “Nascidos Livres e Iguais“, que define as obrigações legais fundamentais dos Estados-Membros.
“Muitas das pessoas com quem trabalhamos são excluídas das oportunidades de desenvolvimento especificamente por causa de sua orientação sexual ou expressão de gênero, contribuindo para os níveis assombrosos de desigualdade em todo o mundo. Tais desigualdades impedem o progresso de desenvolvimento para a sociedade como um todo”, disse a administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) — agência da ONU presente em mais de 170 países –, Helen Clark.
Para marcar o Dia, o ACNUDH lançou um vídeo intitulado “O Enigma” (The Riddle), que pergunta: o que existe em todos os cantos do mundo, mas continua a ser ilegal em mais de 70 países? A resposta: ser gay, ser lésbica, bissexual ou transgênero.

Produzido em colaboração com a Fundação Purpose, “O Enigma” foi assistido por mais de 60 mil pessoas em apenas 24 horas desde seu lançamento no YouTube.
Embora não seja observado oficialmente pela ONU, o Dia Internacional Contra a Homofobia e a Transfobia — que é comemorado a cada 17 de maio desde 1990, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças — tornou-se uma data importante para milhões de pessoas no mundo para que se lembrem das vítimas da violência e da discriminação homofóbica, e lutem por uma igualdade verdadeira para as pessoas LGBT.

Esforços da ONU para a garantia dos direitos LGBT

Durante um encontro internacional sobre a discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e pessoas trans, no mês passado, o secretário-geral da ONU declarou que a cultura, religião e tradição nunca podem ser uma justificativa para negação dos seus direitos básicos.
“Alguns vão se opor à mudança. Eles podem invocar a cultura, a tradição ou a religião para defender o status quo. Tais argumentos foram usados para tentar justificar a escravidão, o casamento infantil, o estupro no casamento e mutilação genital feminina”, afirmou Ban, acrescentando: “Eu respeito tradição, cultura e religião — mas elas nunca podem justificar a negação dos direitos básicos.”
Em mensagem para a data, o representante regional do ACNUDH para a América do Sul, Amerigo Incalcaterra, chamou os jovens que se sentem discriminados por sua orientação sexual ou identidade de gênero para não se sentir sozinhos e usar mecanismos locais e internacionais para denunciar o assédio do qual são vítimas.
“Tenha em mente que ser lésbica gay, bissexual ou outra forma em que você queira se expressar não é um crime nem uma doença. Você tem o direito de se expressar da forma que achar melhor”, disse Incalcaterra.

Em dezembro de 2011, foi elaborado o primeiro relatório global das Nações Unidas sobre o tema, ressaltando como muitas pessoas estão sendo mortas ou sofrendo com ódio, violência, tortura, detenção, criminalização e discriminação no trabalho.
Em dezembro de 2012, o secretário-geral da ONU, acompanhado pelos artistas Ricky Martin e Yyonne Chaka Chaka, pediram o fim da violência contra a população LGBT em um evento especial sobre a necessidade de liderança na luta contra a homofobia, realizado na sede da ONU em Nova York. “Deixe-me dizer isso alto e claramente: pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros têm direito aos mesmos direitos que todos os outros.”
Esta semana, a Organização Pan-Americana da Saúde, representação regional da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), pediu que se acabe com estas atitudes nas escolas, nos locais de trabalho e nos espaços públicos, particularmente nos serviços de saúde.
“Todas as manifestações de intolerância e ódio afetam o bem-estar dos indivíduos, famílias e comunidades; causam sofrimento, estresse e criam situações perigosas”, disse o assessor da OPAS/OMS sobre HIV, doenças sexualmente transmissíveis e hepatites, Rafael Mazin.
Além do impacto que a intolerância causa na saúde emocional e mental, as pessoas LGBT são mais propensas a sofrer lesões como resultado de violência física. Mulheres lésbicas, por exemplo, são vítimas contínuas de abuso sexual sob o pretexto de “mudança” na sua orientação sexual, enquanto muitos homens gays, bissexuais e trans ainda estão sujeitos à chamada “terapia reparativa”, que carece de justificação médica e representa uma séria ameaça para a saúde e o bem-estar das pessoas afetadas, de acordo com a OPAS.
“Criminalização, estigma, violência e discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero não são apenas violações dos direitos humanos, mas também impactam negativamente na prevenção e o tratamento, bem como no cuidado e apoio às pessoas vivendo com o HIV”, destacou o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), Michel Sidibé.
Segundo Sidibé, gays e outros homens que fazem sexo com homens são 19 vezes mais propensos a viverem com HIV do que a população em geral, embora apenas um a cada 10 entre eles tenha acesso aos serviços. Pessoas transexuais também apresentam altas taxas de HIV em todo o mundo, e menor acesso aos serviços. “Hoje, 78 países entre os 193 membros da ONU continuam a criminalizar as relações sexuais entre parceiros do mesmo sexo – em 7 jurisdições, a pena de morte é aplicada”, afirmou o chefe do UNAIDS.

Ações da ONU no Brasil

Em 2011, a chefe de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, lembrou em um vídeo que, só em 2010, 250 pessoas foram assassinadas no Brasil vítimas de crimes de ódio homofóbicos ou transfóbicos.
“Infelizmente, estes não são casos isolados. O problema é global”, lembrou Pillay. “A história nos mostra o terrível preço humano da discriminação e do preconceito. Ninguém tem o direito de tratar um grupo de pessoas como sendo de menor valor, menos merecedores ou menos dignos de respeito.”

Também em 2011, uma iniciativa de agências das Nações Unidas no Brasil foi replicada na Argentina para toda a América Latina pela Rede Latino Americana de Pessoas Trans, com o objetivo de visibilizar esse segmento populacional e chamar atenção para o estigma e discriminação na região.
Lançada em 2009 pelo Brasil, a campanha “Igual a Você” se insere na perspectiva do combate à transfobia com o objetivo de estabelecer um ambiente onde o respeito aos direitos humanos seja a norma social, independentemente de raça, cor, etnia, orientação sexual, sexo e prática religiosa.

Este ano, a eliminação de todas as formas de preconceito e discriminação foi selecionada como prioridade para a agenda pós-2015, após uma consulta realizada em parceria com o PNUD.
No Brasil, travestis e transexuais sempre foram estigmatizadas. Sofrem vários tipos de violências e são assassinadas com requintes de crueldade todos os dias, sem registro oficial. Em fevereiro de 2013, um Projeto de Lei de Identidade e Gênero foi apresentado ao Congresso.
“As pessoas devem poder definir sua própria identidade, dizer quem elas são”, afirmou a deputada Érika Kokay, autora do projeto de lei juntamente com o deputado Jean Wyllys.

O Maior Conflito A Ser Resolvido

O maior conflito a ser resolvido – ou pelo menos equacionado – antes que um Bi sexsual
possa se expressar com maior conforto e liberdade no meio trans é quase sempre a existência de uma companheira com a qual se manteve anos e anos de relações muito felizes e agradáveis.
 Aquelas irmãzinhas cuja orientação sexual desde cedo demonstrou uma clara inclinação para a homossexualidade, muitas vezes não podem compreender a dor e a angústia de tantas outras que têm vivido ao lado de parceiras amigas e fiéis, ocultando delas, por anos e anos, a sua condição de Bi sexsual, com medo de perdê-las e, junto com elas, famílias que construíram ou estão construindo ao seu lado.
 Entretanto, pouco se tem falado na dor e na angústia dessas pessoas. Grande parte delas, permanecem indefinidamente no armário, sonhando com um momento em que pudessem manifestar, por um instante que fosse, toda a imensa energia feminina represada que trazem dentro de si.
 Em geral, nós, Bi sexsual casados, que já conseguimos dar uns passos a mais nessa difícil jornada que é assumir a nossa transgeneridade junto a nossas companheiras, ficamos tão envolvidas com as nossas grandes conquistas e avanços pessoais como Bi sexsual que deixamos de trazer o nosso testemunho pessoal e o nosso apoio a essas amigas que ainda permanecem na clausura, sem saber o que fazer para conciliar sua situação de casada e sua situação de Bi sexsual.
 Amedronta ainda mais essas criaturas já enclausuradas até os ossos a idéia de que, ao deixarem seus armários, poderão ter que enfrentar verdades ainda mais nuas e cruas a respeito da sua própria identidade. Poderão, por exemplo, descobrirem rapidamente que esse seu delicioso passatempo de se vestir de mulher tem raízes muito mais profundas na sua psique. Descobertas assim levam, inevitavelmente, a se recusar permanecer na condição de crossdresser Bi sexsual eventual, a ter que reconhecer e assumir a sua condição de transexual. Esse enfrentamento é inevitável e cada uma de nós tem que se haver com ele mais cedo ou mais tarde.
Entretanto, a maioria de nós jamais necessitará de submeter-se a uma mudança de sexo como condição sine qua non para expressar sua transgeneridade. Mesmo entre aqueles cds e Bi sexsual que resolvem desenvolver características femininas secundárias (como busto e quadris, ausência de pelos, etc) há uma grande parcela convivendo super bem com os seus genitais e que continua sentindo prazer em usá-los nas suas relações sexuais com mulheres ou mesmo com homens. Ou seja, uma vez que transgeneridade não tem nada a ver sexualidade, há muitas cds hetero e bissexuais, sim, por sinal constituindo a maior parte do grupo de transgêneros. Aliás, entre as próprias transexuais existem aquelas cuja orientação sexual se inclina para outras mulheres, exatamente, aliás, como no mundo não transgênero!!!
Esse fatos costumam ser omitidos em muitos bate-papos, levando muitos cds de armário a concluir que a caminhada de uma cd Bi sexsual assumida é uma jornada ineroxável em direção à homossexualidade e à transexualidade. E não é.

Armário refúgio ou armadilha?

Para a maioria das pessoas com identidade de gênero sócio-discordante ou “transgêneros”, particularmente o segmento conhecido como “crossdressers”, o armário é tido como a única saída. Em contextos sociopolíticos altamente transfóbicos como o que vivemos, ele se insinua como uma forma tranquila e segura de sobrevivência. Mas não é. Não existe cidadania plena e muito menos dignidade humana para quem vive permanentemente coagido a ser alguém que definitivamente não é. 
Longe de ser um mecanismo de proteção individual onde se pode viver seus desejos e sua intimidade sem a permanente ameaça de bullying, o armário é um dos instrumentos mais perversos e eficazes na repressão e exclusão social das pessoas que nele se refugiam, peça fundamental de um vasto aparato sociocultural voltado para arepressão às expressões de gênero fora do binômio masculino-feminino. É o medo desse gigantesco aparelho repressivo-coercitivo que estimula a população transgênera a buscar a invisibilidade social por ele propiciada. O problema é o que o armário não defende nem protege ninguém. Apenas condena as pessoas a um gigantesco dispêndio de energia para criar e manter uma imagem pública fictícia, mas aceitável, com a qual pensam merecer a apreço e o respeito que já são devidos a todo e qualquer cidadão, independentemente da sua condição. Ou seja, o armário promete às pessoas algo que já lhes pertence, de direito e de fato. Trata-se, portanto, de um perfeito embuste, uma muito sedutora armadilha, através do qual a sociedade mantém controle quase absoluto sobre as manifestações de gênero fora do binário masculino/feminino. É assim que, em nome de defenderem-se da rejeição familiar e social, homens e mulheres armarizad@s contribuem involuntariamente para a manutenção da ordem heterossexual-machista que tanto os machuca e oprime, participando ativamente das suas instituições (como o casamento e a família tradicionais) e comungando dos seus valores (como a assimetria entre o binário de gêneros) que só servem para fazê-los sofrer e se sentirem socialmente inadequados.
A população transgênera precisa reconhecer o armário como instrumento de opressão, de exclusão, de preconceito e discriminação, em vez de aceita-lo passivamente como uma espécie de “saída honrosa”. É justamente por existir tanta gente transgênera resignada em viver humilhada e acuada no armário que a sociedade pode exibir orgulhosamente a sua hipócrita fachada de “normalidade”, gabando-se de ser constituída por uma maioria de pessoas cisgêneras, perfeitamente enquadradas às normas de conduta de gênero em vigor. Pois sim. Como ninguém denuncia ninguém, continuamos vivendo a grande farsa de um mundo ideal de dois gêneros onde, de quebra, a maioria absoluta é heterossexual.
 As coisas não seriam assim se a população transgênera, que hoje vive confinada no armário, resolvesse manifestar-se publicamente à luz do dia, exigindo seus direitos de cidadania. 
Mas se, por um lado, viver no armário pode ser considerada uma clara demonstração de fraqueza e covardia em assumir integralmente a própria identidade, por outro não se pode culpar inteiramente as pessoas transgêneras que optam por esse caminho. Em pleno século XXI, a despeito da conversa fiada sobre direitos humanos, ainda são extremamente graves e dolorosas as perdas e retaliações impostas a quem assume sua transgeneridade diante da família, da escola, do trabalho e de outros grupos sociais onde atua. Desprezo, humilhação, rejeição, exclusão e violência, além de penúria emocional e financeira continuam sendo ocorrências corriqueiras na vida de quem assume publicamente sua identidade transgênera.

Diante de tantos perigos e ameaças, a decisão de viver no armário parece ser a mais razoável e atraente, por ser aparentemente tão mais cômoda e segura. Entretanto, logo se descobrirá sua face sombria, que obriga a pessoa armarizada a praticar atos eticamente reprováveis como “enganar”, “mentir”, “esconder-se”, “fingir”, “disfarçar” e “negar”. Não é a toa que, popularmente, “armário” é sinônimo de “enrustido”, “medroso”, “covarde”, “mentiroso”, “dissimulado” e “incapaz” de assumir sua condição de transgênero… O problema é que expedientes tão estressantes quanto esses  apenas abafam temporariamente os conflitos íntimos, mantendo recalcadas (e portanto não-resolvidas) algumas das características mais autênticas e naturais da pessoa, características que vão continuar esperando indefinidamente a oportunidade de se expressar no mundo exterior. Em outras palavras, ”armário” implica num imenso gasto de energia que não leva a absolutamente coisa nenhuma.
“Armário” evidentemente é apenas uma metáfora para designar a escolha e a adesão do indivíduo a um estilo de vida baseado no disfarce, na mentira, no engodo, no segredo, na dissimulação, na vida dupla, em detrimento de assumir publicamente a sua identidade transgênera ou seja, um estilo de vida baseado na transparência, na verdade e na integridade do indivíduo. Armário implica, assim, em viver permanentemente dividido em duas pessoas: – a pessoa que a gente realmente é e a pessoa que a gente quer fazer os outros acreditarem que a gente seja.
O temor de ser descobert@ impõe a necessidade da pessoa armarizada estar sempre alerta para “não dar bandeira”. No armário, a espontaneidade da vida é substituída por uma auto-vigilância contínua, onde tudo deve ser controlado, onde todas as ações, contatos e movimentos diários da pessoa devem ser rigorosamente medidos e monitorados a fim de que jamais escape nenhum sinal da sua identidade oculta.
Em seu “isolamento do mundo”, a pessoa armarizada acaba desenvolvendo uma absurda mania de perseguição, fazendo com que os muros de proteção em torno de si acabem se transformando em barreiras para qualquer tipo de ajuda do mundo exterior. Com uma visão totalmente envergonhada e culposa da sua condição transgênera (e totalmente distorcida, diga-se de passagem), a pessoa armarizada pensa que deve evitar a freqüência a lugares que possam “comprometê-la” ou até “denuncia-la”, assim como evitar qualquer tipo de contato ou comunicação com pessoas que de algum modo possam associá-la à existência da sua identidade oculta. Ou seja, tentando proteger-se de pessoas que poderiam molesta-la, a pessoa armarizada corta o contato com pessoas e/ou grupos que poderiam ajudá-la a sair do armário ou, no mínimo, a viver nele de modo mais digno e confortável. Se é que pode falar de conforto quando se vive confinad@ a um cubículo que é, antes de mais nada, um cubículo “mental”…
Na realidade, “armário” é tão somente uma projeção da mente da pessoa armarizada, fantasma onipresente de uma sociedade que a força a agir contra seus próprios desejos, a ser escrava de convenções de gênero absolutamente imbecis, com as quais não se sente nem um pouco identificada e nem um pouco à vontade. Em sua cegueira para defender-se de si própria, não vê que o armário não é seu protetor, mas seu grande carrasco, obrigando-a sem piedade a manter o compromisso com a ordem social que a rejeita e a exclui de todas as formas e sob todos os pontos de vista.
Como vimos, embora o armário seja tido como mecanismo de auto-proteção, a realidade é que ele só aprisiona, escraviza e vicia, acarretando perdas altamente comprometedoras para a saúde psíquica e para a qualidade de vida das pessoas transgêneras que nele pensam estar instaladas em total segurança.

Por mais transtornos que o processo de sair do armário possa causar na vida de uma pessoa transgênera, passar toda a sua existência dentro dele é infinitamente mais cruel e desgastante.
Com a diferença de que os esforços para sair do armário sempre recompensarão a pessoa com ganhos expressivos em termos de crescimento pessoal, liberdade, equilíbrio existencial e consistência como ser humano, ao passo que permanecer indefinidamente dentro dele representa apenas um consumo crescente de energia que leva tão somente a mais retrocesso, mais conflitos existenciais e mais estagnação.
Sair do armário – e permanecer fora dele, que às vezes é mais difícil do que propriamente sair… –  é uma forma de resistência e auto-afirmação dos direitos de cidadania, assegurados na própria constituição do país. Por mais complicada e difícil que seja essa empreitada, ela representará sempre um grande salto positivo na qualidade de vida de indivíduos que, de outra forma, estariam condenados a viver para sempre apavorados, “confortavelmente” abrigados em seus armários…

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Se eu pedir para ser penetrado, a mulher vai me achar gay ou estranhar?

Leitor: Garotas de programa e travestis relatam que muitos clientes pedem pra serem penetrados. 
É claro que com o preconceito que rola hoje em dia, não é em qualquer esquina que você encontrará uma mulher que curte fazer inversão, porém, não é assim com tudo na vida? Não sei, mas penso que nenhum biótipo perfeito para a gente é fácil de encontrar: por exemplo, eu gosto de homem bonito E educado, e essa junção está mais rara do que água no deserto, hehehe. Entendo que no seu caso tem a adição do preconceito e do tabu social, mas só para você entender que sendo tabu ou não, encontrar alguém que goste, ou tenha o que a gente gosta, sempre será difícil.
 Respondendo a sua outra pergunta: é claro que existem lugares específicos e comunidades de pessoas que curtem praticar inversão, principalmente na internet (gente, o que é que não tem na internet? kk) e justamente por isso aconselho que você faça uma busca no nosso querido tio google à procura do seu sonho, rs. Lá seria um lugar mais “certeiro” para você encontrar o que quer, porém, nada impede que, em caso de você encontrar uma mulher que você realmente goste e ela não entenda nada desse mundo, você tenha uma tentativa de fazê-la entender o seu lado. É claro que você pode ser zoado por isso, mas se você for esperto, irá inserir esse assunto aos poucos, sem dar muito espaço para ela dar um “piripaque”. É que nem comer c*: tem que ir com calma e aos poucos, quando você ver, já foi kkk. Sem contar que você não precisa já ir falando de cara que gosta de dar o fiofó; você pode começar dizendo que gosta de um dedo nas proximidades e inclusive mostrar como quem não quer nada pesquisas que mostrem que o homem sente prazer na região do períneo, que é o espaço entre o ânus e as bolinhas e esse prazer independe da orientação sexual.
 Fora alguns textos já postados no blog a respeito de inversão
eu também falei sobre esse tema (entre outros temas como sexo, traição, ex-amores, autoestima, etc). Sem querer fazer o meu jabá, mas já fazendo kk: você pode lê-lo e se gostar da forma que abordei o assunto, você pode dar para a mulher que você se interessou também como quem não quer nada. Como eu falo sobre vários temas, ela só vai saber que você a presenteou para que ela lesse especificamente sobre esse assunto se você contar. Se não, ela lerá os vários artigos, que vão desde os temas tabus como o seu, até os do dia a dia e pensará em muita coisa sozinha, poupando algumas palavras de sua parte.


Inclusive, se você preferir, você pode deixar para discutir ou até mesmo revelar de uma vez por todas que você gosta desse fetiche depois de um certo tempo de relacionamento, depois que sua parceira tiver tomado confiança em você – e você nela! Conte na hora que você se sentir a vontade, até porque isso não é uma coisa que você precisa contar em uma primeira saída para alguém que você mal conhece e que nem sabe se irá dar certo, né? Seria o mesmo que uma mulher já ir contando com quantos transou, rsrs. Como o próprio nome já diz, “intimidade” só acontece depois que as pessoas já se conhecem o suficiente. Então não precisa ter ansiedade para contar logo a sua vida inteira.
Isso não quer dizer que você será falso (e nem deve ser), mas que tudo tem o momento certo para ser contado, não de forma que soe como se você tivesse mentido esse tempo todo, mas sim como prova da confiança que ela simplesmente conquistou em você. Você só não pode ficar traindo, nem dando o rabicó escondido por aí enquanto não contou nada para ela, né? kkk. Fidelidade é fundamental. A não ser que você queira ser solteiro enquanto não tiver compartilhado esse segredo.

O que as mulheres pensam sobre homens que usam calcinhas

mulheres, o que acham de homem que tem fetiche por lingerie, e alem do fetiche, gosta de usar elas no dia a dia. Qual sua opinião nisso, aceitaria o namorado, marido usando? Sim? Não? Por quê?
“desde que haja amor tudo é válido”, e acho que essa frase pode até ser verdadeira em alguns casos, que pode não ser o seu. Acredito que fora o amor, é importante encontrar uma pessoa com mente aberta, sem muitos preconceitos, e há quem diga que uma pessoa fetichista seria melhor ainda!! É claro que havendo amor tudo fica mais fácil, mas o bonito na frase nem sempre fica válido na prática.
 O que as mulheres acham de homens que vestem calcinhas, e como esperado, muitos acharam um fetiche um tanto quanto estranho, outros vieram em “off” me dizer que isso é coisa de quem joga no outro time, porém, uma pessoa comentou que não entende o motivo das mulheres poderem usar cuecas e ninguém achar estranho (ao contrário, muitos homens acham a coisa mais sexy do mundo!), e os homens não poderem usar calcinhas!! E realmente isso é algo a se questionar: por que não?!
 Acredito que o maior desafio para muitas mulheres é ter certeza de que você realmente deseja elas e não um homem. Mesmo você sendo um hétero muito bem resolvido, infelizmente muita gente ainda associa esse fetiche com a ideia do homem ser gay. Assim, não fica muito difícil pensar que se a mulher achar que você joga no outro time, ela poderá acabar se afastando não por preconceito devido à sua orientação sexual, mas sim por medo de você não gostar dela, e ela não poder te satisfazer, entende? Se você conseguir convencer sua parceira que você é “muito macho sim senhor”, acredito que será meio caminho andado para você ser aceito, de calcinha e tudo!!!

Como disse anteriormente, muita gente acredita que esse desejo é coisa de gay enrustido, e quando acrescentamos isso ao fato do mundo ainda ser muito machista, não fica difícil prever algumas possíveis dificuldades. Vale a pena lembrar que muitas vezes as mulheres são muito mais machistas do que os próprios homens, e fora isso, ainda reza a lenda de que mulher gosta de “homem 100% macho, de cueca boxer de preferência!”. Nisso acaba havendo a possibilidade de mesmo que ela acredite que você é 100% hétero, ela ainda assim não sinta tesão em te ver de calcinha por ver nisso uma posição feminina e frágil, coisa que pode acabar criando uma sensação de que você é tão “feminino” quanto ela.
Acredito que esse fetiche também dependerá muito do gosto pessoal de cada pessoa. É claro que o machismo e a necessidade de “ser protegida” acaba afastando muitas mulheres desse fetiche, porém, ainda assim vestir calcinhas pode ser considerado como uma questão de gosto: sabe aquela pessoa que não gosta do verde? E a outra que ama, mas não gosta do azul? Pois é… Mesmo que você convença sua mulher de tudo o que foi dito acima, é importante você encontrar alguém que nutra esse gosto em comum contigo.
Por fim, você já parou para procurar comunidades que tem mulheres que gostam de homens de calcinhas? Acho que essa pode ser uma saída “mais direto ao ponto”, e que te poupará maiores procuras e preocupações em ter que “tentar adivinhar” qual é o gosto das mulheres da rua. Sem contar que acredito que no mundo tem mais gente fetichista do que imaginamos, mas que como nem sempre falam sobre isso abertamente, acabam sendo “descobertos” em comunidades específicas. Acho que todo mundo vive melhor quando se sente parte de um grupo, basta você procurar o seu, que com certeza existe!.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Igreja presbiteriana dos EUA autoriza a realização de casamento igualitário

Gesto é saudado como "histórico" pelas associações que defendem os direitos LGBT.
 A Igreja presbiteriana americana decidiu autorizar a realização de casamentos entre entre pessoas do mesmo sexo, um gesto saudado nesta sexta-feira como "histórico" pelas associações que defendem os direitos LGBT.
A Assembleia Geral desta Igreja, que conta com 1,9 milhão de fiéis, aprovou na quinta-feira uma "recomendação" que deixa aos oficiantes a liberdade para celebrar "qualquer matrimônio que o Espírito Santo os convide a celebrar" nos estados do país onde a união entre pessoas do mesmo sexo é legal.

Outra recomendação muda os termos do livro de ofício, segundo a qual, a partir de agora, o "casamento implica um compromisso único entre duas pessoas".

"Cristo morreu para que pudéssemos estar reconciliados", afirma o comunicado.

A Igreja presbiteriana americana (PCUSA), integrada por 10.000 congregações, é uma Igreja protestante de origem escocesa.

Existem outras Igreja presbiterianas nos Estados Unidos, menores, que não celebram o casamento igualitário.

A Human Rights Campaign (HRC), que luta a favor da igualdade no casamento, saudou como histórica a decisão e indicou que os fiéis sabem agora que "sua religião não os afasta dela e sim dá um passo gigante para ser acolhedora para todos".Outras Igreja protestantes autorizam o casamento igualitário em suas fileiras, de acordo com cada estado, nos quais deixam que os pastores decidam o que fazer, como a Igreja luterana evangélica, a Igreja episcopal americana e os metodistas.

Em junho de 2013, Suprema Corte invalidou a Lei de Defesa do Casamento, que definia o matrimônio como a união entre um homem e uma mulher.

Atualmente, 19 dos 50 estados americanos e a capital do país, Washington, autorizam os casamentos de pessoas do mesmo sexo, que contam com o apoio de 55% dos cidadãos, segundo pesquisa Gallup publicado há um mês.

Kibon também aposta no fim do preconceito e celebra casamento de novela

Empresa de alimentos posta "Magnum do mesmo sexo" se casando
 Toda história feliz termina em casamento. Já separou seu Magnum para hoje à noite?

Parecer da PGR propõe enquadrar homofobia em lei contra racismo

Procurador-geral elaborou parecer que será apreciado por ministros do STF. Rodrigo Janot propõe solução até existir lei específica sobre homofobia. 

A Procuradoria-Geral da República divulgou nesta segunda-feira (28) parecer encaminhado pelo procurador Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF) sugerindo o julgamento de casos de homofobia, lesbofobia e transfobia com base na Lei do Racismo.

No documento, Janot pede que a legislação já existente para crimes de discriminação ou preconceito de cor, raça, etnia ou procedência nacional sirva de base para homofobia até que seja aprovada uma lei específica. Na visão de Janot, a aplicação deve valer como alternativa a propostas que ainda tramitam no Congresso, mas não têm previsão para serem votadas. Ele sugere no parecer que o Legislativo aprove nova lei sobre o tema em até um ano.

O relatório de Janot serve de consulta para o STF em recurso ajuizado pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Apesar de ser levado em consideração pelos ministros da Corte, a posição do procurador não precisa ser seguida pelos magistrados. O STF está de recesso e não há previsão para o julgamento do do pedido.

“A discriminação e o preconceito contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais atinge especialmente determinadas pessoas e grupos, o que macula o princípio da igualdade, e acarreta situação especial de grave vulnerabilidade física, psíquica e social, em violação ao direito à segurança, importantes prerrogativas da cidadania”, diz o parecer.

Na visão de Janot, a Justiça deve aplicar para os casos de homofobia o artigo 20 da lei 7.716/89, contra o racismo, que classifica como crime praticar ou induzir a discriminação ou o preconceito e impõe pena de até três anos de reclusão mais multa. O artigo também determina que a pena é de cinco anos, mais multa, se crime for cometido por veículos de comunicação.

O recurso da ABGLT é contra decisão do STF que impede a fixação de prazo para o Poder Legislativo editar norma sobre o assunto. “Cabe a fixação de prazo razoável para ultimação do processo legislativo - que a associação autora sugere que seja de um ano", diz Janot no documento.

No Senado, o projeto de lei 122/2006, que ainda não foi discutido no plenário, propõe a criminalização da homofobia. Já o projeto do novo Código Penal, que também está sendo discutido no Senado, prevê pena de prisão para quem praticar racismo e crimes resultantes de preconceito e discriminação.

Homofobia é assunto no primeiro debate na TV com candidatos à presidência

“Um membro da comunidade LGBT é assassinado por dia por causa do preconceito”, destacou Luciana Genro.Candidatos participam do primeiro debate presidencial promovido pela TV Bandeirantes em São Paulo, nesta terça-feira. No segundo bloco Luciana Genro, do PSOL, pede para chamar pastor Everaldo apenas pelo nome pois considera "impróprio" misturar religião e política. Ela questiona o candidato sobre o combate à homofobia, pergunta se o deputado não se sente culpado por sangue de LGBTs derramado e a inclusão do tema nas escolas.
“Homofobia e Transfobia matam. Um membro da comunidade LGBT é assassinado por dia por causa do preconceito”, destacou a psolista ao falar sobre o veto ao kit anti-homofobia.

Everaldo responde: "Nunca tive preconceito. Minha preocupação é com todo brasileiro, sem discriminar ninguém. Nunca fui discriminado e nem discriminei ninguém. E tenho orgulho de ser chamado de pastor Everaldo. Tratarei todos os brasileiros igualmente". Mas nas considerações finais ele afirma que família é só entre homem e mulher, excluindo qualquer outra forma de família.

Críticas do Ratinho a personagens LGBT em novelas são vistas como perseguição

Ratinho sempre foi um grande crítico das novelas da Globo.
 Ratinho sempre foi um grande crítico das novelas da Globo, particularmente aquelas que concorrem com o seu programa no SBT. Até aí, direito dele.

Só que isto já se transformou em uma descarada campanha, de forma bem direta, contra os personagens LGBTs.

Algo que chega a ser desrespeitoso, dada a insistência e ao vocabulário utilizado, com os seus próprios telespectadores. Dor De Cotovelo....

NOITE DOS CARAS

Faça um “Noite Só Dos Caras”. Convide o cara hétero que você curte, seus amigos héteros mais
chegados (que não vão te entregar) e talvez um cara gay. Mas não um que vá fazer a louca e
espantar o seu bofe — ou tentar roubá-lo de você. Na verdade, foda-se tudo, essa é a Noite dos
Caras. Deixe os frutas na casa deles. A Noite dos Caras deve consistir das seguintes atividades:
assistir clipes de rap e/ou metal, pedir pizza, falar sobre “gatas”, comer porcarias e assistir
um filme como Chegaram os Bears. Beba muita cerveja tosca ou qualquer coisa com “ice” no nome.
O sofá tem que estar cheio e você tem que estar perto do seu cara. Não comece a festa até umas
11 da noite, assim as chances dele ter que ficar na sua casa aumentam. Não importa o quanto suas
amigas insistirem pra ir, NÃO CONVIDE ELAS.
MONTE UMA BANDA FALSA COM ELE
Não importa se você sabe tocar algum instrumento ou não. Os héteros adoram ter bandas.
Faça muitas fotos antes dos ensaios. Convença o bofe de que a imagem é tudo hoje em dia.
As sessões de foto têm que ficar progressivamente mais e mais cheias de nudez. Você precisa
ver o cara sem camisa e de cueca. Tem que conferir a mercadoria pra ver se todo esse trabalho
vai valer a pena, né?
SIMPATIA
Magia é nosso último recurso (vamos chegar nisso depois), mas se é uma coisa fácil de se fazer,
por que não? Toda vez que você usar o mictório num banheiro público, escreva o nome dele com o
seu mijo. Eu sei que parece bizarro, mas toda vez que você fizer isso ele vai pensar em você.
SOM NA CAIXA
Quando ele estiver por perto, ouça o tipo de som preferido dele. Pode ser punk, rap ou
metal. Rock ‘n’ roll é legal também, mas se você meter uma Madonna ou alguma merda eletrônica,
ele provavelmente vai dar o fora (e se ele curtir — olha que beleza! Ele já é gay).
JEITO DE VESTIR, JEITO DE FALAR
Empreste suas roupas pra ele. Deixar ele se vestir meio gay é legal. Poucas garotas
vão chegar nele e nenhum gay pode competir com VOCÊ, então fica tudo certo. Agora que
ele parece com você, ele precisa falar como você. Isso é supergay, mas mensagens de texto
são ótimas. Deixe seu gênio cômico brilhar. Piadas internas, gírias e siglas que você inventar
(ou que ele achar que você inventou) são as melhores. Não é pra dizer que você gosta dele, mas
é surpreendente o que uma paquera leve pode fazer.
BRUTALIDADE
Não leve o cara a “eventos gays”. Você tem que se misturar no mundo dele. Partir pra
brutalidade pode ser bem divertido. Usar arminhas de pressão ou frequentar corridas de carros pode ser bem legal. CIUMINHO Ciúmes é a emoção mais forte do planeta. Se você não está avançando muito com seu hétero,
é hora de usar as armas pesadas. Comece com o passo um (Noite dos Caras), mas dessa vez
com outro amigo como seu principal interesse. Ou quando vocês saírem juntos, paquere outro cara na
frente dele. Ele vai sentir falta da sua paparicação e tomar medidas desesperadas pra ter ela de volta.
FESTA DO PIJAMA
Agora que a amizade está evoluindo é hora de dar uma festa do pijama. Assista a um filme, coma umas
bobagens na cama. Mas não faça nada, espere pra ver se ele dará o próximo passo. Provavelmente ele
vai — afinal ele é um cara. Depois de algumas festas do pijama, se nada acontecer, é hora de dar o
primeiro passo. Comece abraçando. Logo vocês vão estar se beijando. Meu amigo hétero me disse uma
vez: “Se você chupa pau você é gay, se o seu pau é chupado por um gay, aí tudo bem”. Assegure seu
bofe de que isso é verdade. A maioria das pessoas gosta de tentar uma coisa nova pelo menos uma vez na vida, né?!
MAIS SIMPATIA
Quando trodo o resto falhar, é hora de um pouco de MAGIA. Fiz isso uma vez no colégio e só recomendo se
você já tentou de tudo e não deu em nada. O que você tem que fazer: pegue uma mecha do cabelo da sua
obsessão e coloque numa garrafa com água e duas colheres de açúcar.  Se você está pensando como vai
conseguir uma mecha de cabelo é só pagar um corte pro bofe e depois pegar um pouquinho do chão quando
ele não estiver olhando, ou corte um pedacinho secretamente quando ele estiver dormindo. E aqui vem meu
toque especial: adiciono um macarrão de pênis que um tio gay deu pra minha mãe de brincadeira. Você arranja
macarrão em formato de pênis em sex shops e tal. Depois que você misturar a poção, coloque em algum lugar
seguro e espere duas semanas. Ele vai ficar tão absolutamente louco de amor por você que vai ser preciso
desfazer o trabalho pra ele te deixar em paz.
PRA FECHAR
Um coração partido é provavelmente o que te espera no futuro. Pode ser que ele até desenvolva uma
quedinha por você. Pode ser que ele até fique com você. Ele pode até se apaixonar. Mas, a menos que
você faça uma operação de mudança de sexo, o rolo provavelmente não vai durar muito. Você pode ter
um pau grande, um corpo legal, um peito peludo sexy, mas ele sempre vai preferir uma bocetinha e vai
acabar indo atrás de uma dessas. Quando você sair da fossa, parta pro próximo cara hétero. Eles estão por todos os lados!.

10 passos para pegar um cara heterosexual

Não existe fruta mais doce que o bumbum intocado de um hétero. Você pode achar que isso é tipo um sonho
gay impossível, mas esse cara que conhecemos tem se dado muito bem com os héteros. Pedimos que ele fizesse
uma análise detalhada de como atraí-los para o lado colorido da força. Aparentemente isso envolve simpatias,
o que foi uma surpresa.

Tenha em mente, entretanto, que nosso autor mora em São Francisco, onde há muito mais homens héteros
que mulheres hétero. Sendo assim, podemos deduzir que o alto nível de desespero sexual na cidade pode
fazer os homens de família serem um pouco mais mente aberta sobre quem vai manusear suas partes íntimas.
Toda vez que falo pro meu colega do salão sobre o último cara hétero de quem estou afim, ele sempre diz:
“A única diferença entre um cara hétero e um cara gay é um engradado de cerveja”. E mesmo que embebedar
um cara e molestá-lo quando ele estiver desmaiado seja uma maneira de entrar nas suas calças hétero, com
certeza existem jeitos mais criativos e menos estuprativos de se chegar ali.

Antes mesmo de ter idade suficiente pra dizer “banheiro masculino”, eu já rolava pelado com caras da
vizinhança, a gente se juntava pra roubar pornôs, e eu dava selinhos brincando de ser uma menina muito
gata que tinha caído de um barco (o barco era o meu beliche e meu salvador era o garoto mais fofo da
quinta série). Sempre fui atrás dos mais gostosinhos, mas não dos mais frutinhas. Queria ser aquele tipo
de delinquente cabeludo campeão de BMX (assista Over the Edge e Vidas Sem Rumo pra ter uma referência).
Fantasiava com os amigos do meu pai — um deles era bombeiro — e adorava todos os irmãos mais velhos dos
meus amigos. No colegial, meu primeiro namorado de verdade era do time de futebol. Aí você entende porque
nunca curti o tipo garoto-da-boate-que-faz-a-sobrancelha. Não estou dizendo que caras gays durões não existem,
mas se skinheads e ursos não te atraem, você fica meio sem opções.

Sei que um dia vou encontrar o meu Romeu, mas até lá invisto naqueles tipos “será que ele é?”.
E agora vou contar pra vocês como chegar neles. Vamos começar com o que NÃO fazer: implorar, prostituição e
estupro não são boas ideias. Ficar de joelhos e implorar não é sexy (às vezes é sim), prostituição é uma coisa
muito cara e estupro é crime, né gente! Aqui estão oito passos fáceis pra tirar as calças dele em uma semana.


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