Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cirurgia de redesignação sexual

A Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS) (Sex reassignment surgery – SRS, em inglês) é o termo para os procedimentos cirúrgicos pelos quais a aparência física de uma pessoa e a função de suas características sexuais são mudadas para aquelas do sexo oposto. É parte do tratamento para a desordem do transtorno de identidade para transexuais e transgêneros.
Outros termos para CRS incluem: cirurgia de redesignação de gênero, cirugia de reconstrução sexual, cirurgia de reconstrução genital, cirurgia de confirmação de gênero e mais recentemente cirurgia de afirmação de sexo. Os termos comumente usados "mudança de sexo" ou "operação sexual" são considerados imprecisos. Os termos genitoplastia de feminilização e genitoplastia de masculinização são mais usados pela área médica em alguns países.
Para as mulheres transexuais (MtF — Male to Female, de homem para mulher, em inglês), a cirurgia de redesignação sexual envolve essencialmente a reconstrução dos genitais (embora outros procedimentos possam ocorrer; em muitos casos, algumas mulheres transexuais decidem não se submeter à cirurgia de redesignação genital), enquanto que nos homens transexuais (FtM — Female to Male, de Mulher para Homem, em inglês) ela compreende um conjunto de cirurgias, incluindo remoção dos seios, reconstrução dos genitais e lipoaspiração. A retirada dos seios é freqüentemente o único procedimento que eles se submentem, além da histerectomia, principalmente porque as técnicas atuais de reconstrução genital para homens transexuais ainda não criam genitais com uma qualidade estética e funcional satisfatória. Muitos optam por fazer uma faloplastia (ou mais precisamente uma metoidioplastia) com médicos renomados do exterior. Para mulheres transexuais, a cirurgia de feminilização facial e o aumento de seios são passos do processo de redesignação sexual.
Durante a construção da neovagina, em algumas técnicas cirúrgicas de redesignação sexual em transexuais MtF, a glândula bulbouretral, bem como a próstata, são mantidas para possibilitar que a neovagina tenha alguma lubrificação natural.
No Brasil, o cirurgião Jalma Jurado foi o que mais fez transgenitalizações de mulheres transexuais (MtF): ao todo mais de 500 cirurgias Contudo, a primeira cirurgia de mudança de sexo do país foi realizada em 1971 pelo cirurgião Roberto Farina. A polêmica gerada pelo caso o levou a ser condenado em 1978 a dois anos de reclusão sob alegação de haver infringido o disposto no artigo 129, § 2°, III, do Código Penal Brasileiro. O processo foi movido pelo Conselho Federal de Medicina, que o acusou de “lesões corporais”.

Vaginoplastia em mulheres

 

Vaginoplastia não reconstrutiva ("rejuvenescimento vaginal").
 Geralmente é uma cirurgia feita em mulheres com a Síndrome de Rokitansky, que é o nascimento sem a abertura do canal vaginal (agênese vaginal), que ocorre em um a cada 5.000 — 7.000 nascimentos de bebês do sexo feminino. O intuito é criar um canal vaginal que tenha aparência e funções sexuais de uma vagina biológica
Na sociedade ocidental as cirurgias de redesignação sexual são recentes:
  • 1931 - A primeira cirurgia de readequação sexual é apresentada pelo Instituto Hirschfeld de Ciência Sexual, em Viena.
  • 1952 - A primeira cirurgia é realizada nos EUA. O ex-soldado George Jorgensen Jr. submete-se à cirurgia e adota o nome de Christine Jorgensen.
  • 1971 - A primeira cirurgia de readequação sexual é realizada em São Paulo pelo médico Roberto Farina.
  • 1997 - O Conselho Federal de Medicina regulamenta a realização de cirurgias experimentais de mudança de sexo em hospitais universitários no Brasil.
2008 - O governo brasileiro decide finalmente oficializar as cirurgias de redesignação sexuais, implantando o "Processo Transexualizador" através de seu órgão da saúde, o Sistema Único de Saúde - SUS.
 
Figura 1: Um esboso do peroneo que mostra a linha da incisao primaria.
 
 
 
 
Figura 2: Se segurou e se atou a corda espermatica direita.
 
 
 
 
Figura 3: Se estendeu a incisao primaria ate o lado ventral do tronco do penis.
 
 
 
 
Figura 4: Se desenvolveu a orelha anterior da pele do penis.
 
 
 
 
Figura 5: Se dissecou a uretra do tronco do penis.
 
 
 
 
Figura 6: Se separaram as corpora cavernosa para realizar o m nimo de coto.
 
 
 
 
 
Figura 7: A dissec o do per neo.
 
 
 
 
Figura 8: J se acabou a dissec o do per neo e se perfurou a orelha anterior para colocar o meato da uretra.
 
 
 
 
Figura 9: Se sutura e se coloca a orelha na cavidade vaginal.
 
 
 
 
Figura 10: Se assegura a preserva o da cavidade vaginal pelo uso de um molde vaginal apropriado.
 
 

TRANSIÇÃO DE GÊNERO...CIRURGIA DE TROCA DE SEXO - PASSO A PASSO


Hoje o post é um pouco forte, então se você não suporta ver sangue

sugiro que não continue...Um post educativo sobre a cirurgia de homens para a transformação dos seus pênis em vaginas.

Vaginoplastia: Cirurgia de Redesignação Sexual (SRS) de Homem para Mulher (MtF)TRANSIÇÃO DE GÊNERO


NOTA IMPORTANTE: Esta página tem conteúdo gráfico e explícito e informação médica capazes de perturbar ou chocar a alguns leitores.

A mudança de sexo é uma cirurgia reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e financiada pelo SUS, que se torna cada vez mais comum no Brasil. Mas para se submeter a ela é preciso cumprir algumas exigências, como por exemplo, sofrer transtorno de identidade de gênero, ou seja, pessoas que nascem fisicamente de um determinado sexo mais se sentem como se fossem do outro sexo.
Para que se tenha certeza da decisão do paciente em mudar de sexo, é preciso que ele passe por um intenso tratamento com psicólogos e psiquiatras, para que não haja arrependimentos.


=>>>Abaixo, uma seqüência completa de fotos de uma cirurgia para mudança de sexo realizada fora do Brasil. Desde o início até a fase final, já cicatrizado.

"A vivência clínica com transexuais não os mostra como doentes, mas sim como vítimas de um erro de pessoa que precisa ser corrigido. Estas pessoas perseguem a correção desse erro, às vezes obsessivamente".

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Fotos da Parada Gay de Curitiba

Cerca de 150 mil pessoas participaram da Parada do Orgulho Gay na capital paranaense, alcançando o maior público desde seu início e se consolidando como a 5ª maior parada do Brasil. Apesar do frio, as pessoas foram às ruas prestigiar o evento, inclusive famílias, que também participaram e elogiaram a animação do pessoal.
Confira algumas fotos de domingo:








Parada da Diversidade de Curitiba "Parada Gay"

     Parada da Diversidade de Curitiba, a conhecida popularmente “parada gay”, neste ano acontece no dia 13 de novembro. O evento ter por objetivo promover a cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, e é organizado pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD) em parceria com a Aliança Paranaense pela Cidadania LGBT. 
o
    
     Assim como nos últimos 6 anos, o Centro Cívico será palco a Parada de 2011 terá como ponto de partida a Praça 19 de dezembro, a Praça do Homem Nú, próximo o shopping Mueller. A concentração está marcada para a partir das 13 horas, depois às 15 horas iniciarão os pronunciamentos nos dois trios elétricos que estarão na praça e em seguida, os participantes irão se deslocar pela segue pela Av. Cândido de Abreu até a Praça Nossa Senhora de Salete, onde haverá show com a Banda Decafonis, a partir das 17h30.


     A cada edição um tema de caráter reivindicatório é apresentado à sociedade Paranaense, os temas são baseados nas demandas do movimento LGBT e no tema internacional da INTERPRIDE (The International Association of Lesbian, Gay, Bisexual, Transgender and Intersex Pride Coordinators).
2005 - “Direitos Iguais: Nem mais, nem menos”;
 2006 - “Respeito Sim, Discriminação Não”;
 2007 - “Unidos Pela Igualdade e Criminalização da homofobia”;
 2008 – “Viva, Ame e Seja – Homofobia não combina com democracia”;
 2009 – “Seus Direitos, Nossos Direitos, Direitos Humanos”;
 2010 – “Vote contra a homofia. Defenda a Cidadania”.
     Para este ano o tema adotado pela organização da parada é “Estamos ao redor do mundo”. E a expectativa desta edição é superar a marca de 2010, em que cerca de 150 mil pessoas acompanharam o evento.Desde 2005 a APPAD realiza em Curitiba a Parada da Diversidade sem receber nenhum financiamento privado, e contando apenas com a prestação de serviços de pessoas que, voluntariamente, empregam esforços para colaborar com a execução do evento.


"Queremos comunicar a toda a sociedade que nós, LGBT, existimos e estamos em todas as partes do mundo. Queremos as garantias de nossos direitos, sem tirar o direito de ninguém", defende o coordenador da APPAD, Márcio Marins.

A Parada Gay de Paris

Nova York, decide revidar contra as ações violentas e homofóbicas da policia, que frequentemente fazia batidas nos bares gays. Um travesti conhecido como Sylvia Rivera joga a primeira garrafa  sobre um policial, ato que seria seguido por outras pessoas, causando uma pequena rebelião, fortemente reprimida, com o espancamento e a prisão de homens julgados “muito afeminados”. Durante as 3 noite seguintes ocorrem manifestações e enfrentamentos no bairro. No ano seguinte, grupos de gays e lésbicas voltam ao mesmo estabelecimento para lembrar os atos condenáveis que aconteceram no local. Esse ato, inicialmente espontâneo, foi a primeira manifestação de gay pride (orgulho gay) e deu inicio ao movimento gay em todo o mundo.

A partir de então, outros países começam a organizar, no mês de junho, paradas, desfiles e manifestações que lembram o episódio de Stonewall e colocam em evidência as lutas atuais do movimento. Lutas por direitos ainda básicos, contra a violência e a discriminação num mundo que só recentemente e a duras penas aprende a conviver com as diferentes orientações sexuais. A violência de Stonewall não foi um caso isolado nos EUA, que na época penalizava a homossexualidade em quase todos os Estados. Mesmo na França, país de grandes pensadores humanistas, das manifestações libertarias de 1968, a homossexualidade era considerada um delito até 1982. Depois da despenalização da homossexualidade, foram varias as vitórias do movimento, que ainda hoje tem que lutar contra o preconceito da sociedade, do conservadorismo e das religiões. Em 1999, o país deu um grande passo em direção à igualdade, com o reconhecimento legal das uniões de casais do mesmo sexo, através do PACS (Pacte Civil de Solidarieté). Similar à União Estável brasileira, o PACS da a casais homossexuais ou a casais heterossexuais que preferem não passar pelo tradicional casamento, os mesmos direitos civis dos casais formalmente casados.

Agora em 2009, quarenta anos depois dos episódios de Stonewall, 10 anos depois da aprovação do PACS, a Marche des Fiertés LGBT (Marcha do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgênero) aparece com o tema Fier-e-s de nos luttes, a quand l’egalité reele? (Orgulhoso(a)s de nossas lutas; e quando vira a igualdade real?). A França pode ser menos homofóbica que o Brasil, mas por aqui também acontecem espancamentos e assassinatos por discriminação sexual a ainda ouvimos declarações absurdas de políticos e autoridades.

Altamente politizada, como quase todas as manifestações aqui na França, a Marcha de 2009 foi também um momento alegre, descontraído, uma verdadeira festa que abriu em grande estilo, com a presença da cantora americana e ídolo da comunidade gay, Liza Minnelli.

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A Liza ficou só um pouquinho e logo desceu do primeiro carro, mas a gente continuou seguindo a marcha, que tava animada e ao mesmo tempo tranquila, sem muvuca, briga ou comportamentos agressivos. Tudo na maior paz, com homossexuais, heterossexuais, bi, trans, adultos, adolescentes, crianças, famílias, com discursos diferentes, mas levantando a bandeira comum da tolerância, da liberdade e, claro, da festa. Não fomos até o fim da Marcha, porque ontem era nosso primeiro dia de Fête du Cinema, mas conseguimos acompanhar boa parte do começo e ainda demos um pulinho na Bastilha na hora do desfecho. O clima era de carnaval, com musica alta e aquele solzão batendo na cara.

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Entre os destaques, como sempre, as roupas das pessoas fantasiadas e o brilho das drags, que não conseguiam dar dois passos sem posar para fotos, de tanto sucesso que fizeram:

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Essa família assistia à Marcha com uma placa que dizia: Nosso filho é gay e nós somos felizes!

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Teve um carro só de pais de homossexuais e outro de casais homossexuais que têm filhos:

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Parada Gay Paris 056E carros das comunidades árabe, judaica, asiática, africana…Teve até carro de gays católicos no mesmo ambiente em que muita gente critica ou tirra sarro de algumas atitudes da Igreja:

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Todas as cores, culturas, credos e orientações sociais. Foi um dia colorido, como sempre tem que ser uma parada gay, com franceses em ritmo de carnaval, mais calorosos que o comum. Homens e mulheres andavam com a plaquinha Free hugs e saim distribuindo abraços gratuitos, para todos, para quem quisesse fazer parte da festa. Até o Arthur, que não quis tirar fotos com as drags, se empolgou quando passaram os grupos de meninas sem camisetas, só de soutien. (por que sera, né? rsrsrs) Ta vendo? Tem lugar pra todo mundo na Marcha.

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Confira os cliques mais ‘babados’ da 9ª Parada de Feira de Santana

 
Alegria, conscientização, protestos, música e cores, muuuuuitas cores. 
Todo esse colorido marcou a 9ª Parada Gay (LGBT) de Feira de 
Santana e o Blog do Kuelho estava lá fazendo os cliques mais extravagantes 
do evento.
 
Com o tema “Travestis e Transexuais: Nem Fenômeno, Nem 
Aberrações, Apenas Cidadãs” grupos como GLICH e a APGFS
entoavam na rua palavras de ordem que diziam: “Abaixo a Homofobia.
O preconceito é uma porcaria!”.
 
Observamos que a cada ano mais pessoas vem pra Parada Gay dar
a sua contribuição contra o preconceito que ainda é grande na sociedade
principalmente contra gays e lésbicas. As pessoas respeitam e apoiam mais 
a mobilização”, observou Rafael Carvalho presidente do GLICH.
Flagramos famosos como o George Suma  (Toma lá dá cá/Decameron),
mas também clicamos os glamurosas e glamurosas nas ruas e nos trios. .
 
 

Parada gay de Recife (PE) conta com celebridades e trios elétricos

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Marcelo Soares/JC Imagem/AEO                                                                                                                                                                                       movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e 
Transexuais),
promoveu a Parada da Diversidade de Pernambuco neste
domingo (12), 
na avenida Boa Viagem, que fica na zona sul de Recife (PE).
A 9ª edição do evento foi uma iniciativa do fórum LGBT do
Estado com
apoio da prefeitura da cidade. Segundo a Prefeitura de Recife
, o tema da parada
deste ano, que começou às 9h e saiu com os trios elétricos pela
avenida por volta
das 12h30, foi “Direitos: queremos inteiro, não pela metade!”
O investimento na infraestrutura da parada gay foi de cerca de R$ 
100 mil, com o
desfile de oito trios elétricos. O evento contou com a participação
de artistas e
celebridades representantes do movimento LGBT, como o
ex-BBB Serginho (foto),
que ficou em cima de um trio elétrico, ao lado da dona de uma
boate gay de Recife, Maria do Céu Kelner.

40 ANOS DO ORGULHO GAY

Parada Gay de Salvador edição 2008. Foto: GGB/DivulgaçãoParada Gay de Salvador
Tudo começou em 28 de junho de 1969: cansados de ser chantageados e espancados, homossexuais de Nova York frequentadores do bar Stonewall decidiram enfrentar os policiais. Lutaram, incendiaram um camburão, bateram e apanharam, mas conseguiram a vitória: a polícia parou a repressão.
A partir do ano seguinte, 28 de junho passou a ser celebrado nas principais cidades do mundo como o Dia do Orgulho Gay, hoje chamado de Orgulho LGBT – de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, também como Dia da Consciência Homossexual.
As Paradas Gays, como a de São Paulo, a maior do planeta, com mais de três milhões de participantes, lembram exatamente esse episódio: a luta por direitos iguais, nem menos, nem mais.
No Brasil foi o Grupo Gay da Bahia que inaugurou as celebrações do Dia do Orgulho Gay: fundado em 1980, já em 1981 o GGB fez sua primeira comemoração, com um show no Teatro Gregório de Mattos, com a presença da iniciante cantora Sarajane e como mestre de cerimônias Nilson Mendes, da Fundação Cultural. Em 1984 a Câmara de Salvador realizou a primeira sessão solene comemorativa do Dia do Orgulho Gay, iniciativa pioneira do vereador Raimundo Jorge, com a presença de 25 vereadores e distribuição de uma rosa vermelha a todos os participantes que lotaram o salão magno.

No dia seguinte, a imprensa baiana deu como manchete: “O dia que a Câmara desmunhecou…” Vivíamos os anos de chumbo da ditadura!

Em 2004, por iniciativa do vereador Gilmar Santiago, foi aprovada por unanimidade a Lei nº 6.498 instituindo o Dia Municipal do Orgulho Gay. A última lei acaba de ser publicada no Diário Oficial: deu-se o nome de “Esquina do Arco Íris” ao beco que liga a Rua Carlos Gomes ao Largo Dois de Julho.


Parada Gay 2008 em Salvador | Foto: GGB/Divulgação
Parada Gay 2008 em Salvador

A Parada Gay LGBT de Salvador, já em sua oitava edição, no ano passado reuniu atrás de sete trios mais de 400 mil participantes, tendo como destaques nos anos anteriores Ivete Sangalo, Edson Cordeiro, Mariene de Castro, a Reitora da UNEB, o cantor Jerônimo, entre outros vips.

 
Em toda a Bahia, realizam-se anualmente mais de 20 paradas, incluindo Feira de Santana, Ilhéus, Lauro de Freitas, Santo Amaro, Cruz das Almas, São Sebastião do Passé, etc.

Mais do que carnaval fora de época, as paradas gays são manifestações populares de visibilidade massiva, ocasião em que 10% da população representada por gays, travestis, transexuais, drag queens, bissexuais, lésbicas – e sobretudo 90% de simpatizantes, pessoas que não têm ódio e apóiam a livre orientação sexual – saem às ruas, para protestar contra a homofobia.
  

Perfomance em Salvador. Foto: Rejane Carneiro | Agência A Tarde

As fantasias irreverentes e a “desmunhecação” de certos gays têm uma mensagem política: queremos respeito, exigimos ser tratados como cidadãos, pois afinal das contas, cidadania não tem roupa certa!
E quem ainda acha que não precisamos de leis que punam severamente a homofobia, equiparando-a ao racismo, lá está o corpo estendido no chão do gay cozinheiro negro Marcelo Campos, morto a chutes na última parada de São Paulo.

Apesar da maior parada do mundo, o Brasil é o campeão mundial de assassinato de homossexuais: 190 “homocídios” em 2008! A Bahia disputa com Pernambuco a liderança deste triste massacre. Mata-se um gay no Brasil dia sim, dia não!

Por isto, estamos convidando o governador da Bahia e o prefeito de Salvador a abrirem neste segundo domingo de setembro a 8ª Parada Gay LGBT da Bahia. Para que em seus discursos digam em alto e bom som: Bahia não rima com homofobia!

mott_conferenciagayLuiz Mott, decano do Grupo Gay da Bahia, é professor titular de Antropologia da Universidade Federal da Bahia.

Site do GGB:

Nossa Postura

Gente gostaria de compartilhar com vocês alguns pensamentos que considero muito importantes principalmente para a classe LGBT e a todos aqueles que lutam por respeito, dignidade e igualdade. Meu objetivo aqui através dessa publicação é manifestar meus pensamentos relativos as Paradas Gays que acontecem por todo país. Antes de tudo analisem as fotos a seguir, da ‎1ª Parada do Orgulho LGBT de Brazlândia/DF (06/11/2011)





Depois de analisar essas imagens respondam: É assim que pretendemos lutar por respeito e igualdade? É esse o caminho? Será que atitudes como essas não só fazem manchar ainda mais nossa imagem, e atribuir de certo modo nossa sexualidade a algum promiscuo e vulgar? E olhem que essas fotos são das mais leves que encontrei, existem coisas piores, muitas vezes até uma falta de respeito a símbolos religiosos extrema! É através de atitudes como essas que buscamos o respeito da sociedade? Onde estão nossos princípios? Onde esta nossa moral? Pra que enfim Parada Gay? O objetivo é esse que vemos nas fotos?

Gente, nossa imagem, é nosso cartão de visita, se desejamos ser bem vistos, é necessário que esse cartão de visita esteja apresentável, não quero aqui criticar aqueles que fazem a Parada Gay, cada um faz de sua vida o que bem entender, só não consigo encontrar em ações como essas algum que favoreça a categoria, muito pelo contraria, até eu que sou homossexual me envergonho em ver cenas como essas, a impressão que tenho, é que as Paradas Gays deixaram de ser um evento em combate a violência e a homofobia ( se é que alguma vez já foram ) para se tornar uma festa, onde gays e cia se reúnem para afirmar a sociedade que somos isso que vemos nas fotos, não preciso nem descrever, quero que cada um reflita se o que digo não faz sentido... 


O combate ao preconceito e a homofobia somente terá expressão real e verdadeira quando os membros da comunidade LGBT desenvolverem suas qualidades a beneficio do grupo, e pararem de promover eventos que só mancham mais ainda nossa imagem como pessoas. Precisamos rever nossos conceitos, precisamos de pessoas com postura, princípios, visão e acima de tudo seriedade para que enfim possamos alcançar aquilo que mais almejamos: Liberdade, dignidade, respeito e igualdade. Mais isso só vai acontecer, se deixarmos de brincar, e levarmos as coisas a serio. Fica aqui minha critica a organização das Paradas Gays de todo Brasil.

Parada Gay de São Paulo é tema de reportagens na imprensa nacional

A imprensa nacional publicou reportagens abordando diferentes enfoques da 14ª Parada do Orgulho LGBT, realizada ontem em São Paulo. Mais de 3 milhões de pessoas participaram do evento, cujo tema foi “Vote Contra a Homofobia”. Leia a seguir reportagens publicadas nos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo.

MANCHETES:
FOLHA DE SÃO PAULO
Menos cor no arco-íris

Em ano eleitoral, Parada Gay evitou colorido para defender projeto que torna homofobia crime; nenhum pré-candidato à Presidência apareceu

RICARDO WESTIN e MÁRCIO PINHO

Neste ano, a Parada Gay de São Paulo foi menos colorida que o habitual.
Encontrar as tradicionais bandeiras do arco-íris não foi tarefa fácil. As espalhafatosas drag queens estavam lá, porém em número escasso.

Pessoas fantasiadas -cueca de couro, peruca Tina Turner ou roupa apertada de oncinha-também eram vistas apenas aqui e acolá.

Não que a 14ª edição da Parada Gay tenha sido esvaziada ou desanimada.

Pelos cálculos dos organizadores, 3,5 milhões de pessoas encheram a avenida Paulista e a rua da Consolação dançando atrás de trios elétricos -400 mil a mais que no ano passado. A Polícia Militar não fez contagem.

Neste ano, a organização decidiu que os trios seriam monocromáticos. E pediu a gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais, simpatizantes e curiosos que comparecessem sem cor.

Observada do alto, a marcha do orgulho gay poderia ser confundida com micareta ou festa de Ano Novo.

"Não deveríamos esconder a bandeira. É a nossa marca", reclamava a drag queen Samara Rios, 28, luxuosamente vestida como a Rainha Vermelha de "Alice no País das Maravilhas".

A razão da falta de cor foi política. A parada quer que os pré-candidatos à Presidência da República se comprometam com um projeto de lei, em tramitação no Congresso, que transforma a homofobia em crime, da mesma maneira que o racismo.

"Gente, vamos votar num candidato que apoie nossa luta", discursou um militante num dos trios elétricos.

Nenhum dos principais pré-candidatos apareceu.

Quem foi à festa creditou a falta de plumas e paetês ao excesso de "simpatizantes".

"Cheguei na menina, e ela disse que gosta de homem", queixava-se a atendente de bar Marisol Dionísio, 22.



Na parada, "vinho" tem açaí e maçã

Apesar de proibidos, ambulantes cobravam R$ 3 por uma garrafa da estranha bebida

O combustível que moveu a Parada Gay de São Paulo foi uma bebida anunciada como vinho, mas que não passava de "coquetel fermentado de maçã com extrato de açaí e suco de uva".

O suposto vinho era vendido em cada esquina, nas mãos de ambulantes, em garrafas plásticas de 880 ml e por preços que variavam de R$ 3 a R$ 10.

"É preço de suco de uva. Não dá para exigir muito", resignava-se uma adolescente, que preferiu não dizer o nome, enquanto virava o gargalo na boca da namorada.

Outros não se atentaram para o rótulo e compraram gato por lebre. "Entre a cerveja e o vinho, escolhi o vinho. É mais romântico", explicou o estudante Ítalo, 17, com as unhas coloridas.
Embora proibidos pela prefeitura, os ambulantes estavam em todos os lados. Alguns, com caixas de isopor na cabeça. Outros, mais discretos, com mochilas.

A GCM apreendeu 20 mil litros de bebidas irregulares.

Quem participou da Parada Gay viu inverno e verão. À sombra, um termômetro da av. Paulista marcava 19C. Sob o sol, outro na rua da Consolação apontava 25C. Homens musculosos sem camisa e rapazes de cachecol desfilaram lado a lado.

Drag queens e musculosos mal podiam se mover. A cada passo, alguém pedia pose para uma foto no celular. "Tirei foto com 40 pessoas, tanto homens como mulheres", estimava o personal trainner Adriano Molina, 34, sem camisa e com parte da cueca Calvin Klein de R$ 55 à vista.

Grupos de rapazes tentavam beijar meninas a todo custo. Numa Parada Gay? "Digo que sou a Lady Gaga [cantora adorada por gays]. Beijei 19 meninas assim", explicou o estudante Rafael Gonçalves, 19. "Elas gostam quando você mostra que não tem preconceito com gay."

Nos postos médicos, 320 pessoas foram socorridas por consumo excessivo de álcool. A transformista Rafaela Albuquerque, 32, gemia de dor enquanto lhe aplicavam a vacina antitetânica nas nádegas. "Cortei o pé num caco de vidro", explicou ela, saindo do posto, com pé enfaixado e fantasia de tigresa.

Sexo na praça

Apesar dos 900 banheiros químicos instalados pelo trajeto da parada, muitas pessoas preferiram urinar em postes ou muros, sem constrangimento, à luz do dia.

Para não serem vistas, duas amigas se ocultaram atrás de um guarda-chuva aberto e se aliviaram na parede de um edifício.

Bares cobravam R$ 2 pelo uso do banheiro. "Se for liberado, cria tumulto", disse o caixa do bar AJ Bela Cintra.

Dois homens foram presos suspeitos de furto. Ao todo, segundo a Polícia Militar, 11 ocorrências foram registradas. Houve três casos de roubos e dois de furtos de celulares, carteiras e bolsas.

No início da noite, a polícia expulsou cerca de 400 pessoas de uma área escura da praça da República. Segundo a PM, faziam sexo.

Para o coronel Renato Cerqueira, apesar de terem ocorrido seis brigas, o evento foi tranquilo. "Não houve problemas graves de violência."







Política, balada e beijos na Parada

A 14ª edição do evento condena homofobia e jovens "roubam selinho" por diversão
Filipe Vilicic, Paulo Sampaio

A 14ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo pregou ontem o voto contra a homofobia diante de mais de 3 milhões de pessoas. Ao longo do evento, encerrado por volta das 20h30, o repúdio a políticos que são contra os gays se misturou à onda dos que foram à Avenida Paulista e ao centro para badalar, beijar, ver e ser visto. Tudo registrado pelas câmeras digitais e celulares em um evento com poucas ocorrências policiais e apenas duas prisões.

"Este é o nosso Natal, um momento de visibilidade, em que discutimos questões vigentes, e de festa", afirma Franco Reinaudo, coordenador-geral da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual da Prefeitura. "Neste ano, mostramos que devemos votar em quem tem um posicionamento à favor do movimento. Há muitos políticos evangélicos que são contra gays."

A mensagem cativou alguns, como o arquiteto Adriano Bombonatti, de 39 anos. Seu namorado destacou outro fim da Parada. "Aqui é onde todo mundo pode ser o que é", opina o assistente comercial Fernando Menezes, de 31 anos. "Não é fácil achar um lugar onde podemos nos soltar. Principalmente para quem vem de fora de São Paulo."

Beijaço. A maioria dos que estavam por lá tinham esse objetivo mesmo: se jogar, dançar. E beijar muito. Havia até quem dava bitocas só para chamar atenção, aparecer em fotos - e não estava nem aí para as pretensões políticas do evento.

Muitos (na maioria, jovens) se divertiam beijando "gente de todos os sexos" com o pretexto de fazer uma foto para recordação. E escolhiam, para aparecer, os que consideravam mais chamativos ou atraentes.

"Beijei os "boy", as "mina", as drag e até os "traveco"", conta a atendente de telemarketing Larissa de Cássia dos Santos, de 22 anos. Ela foi com um grupo de amigos de Santana, na zona norte, onde mora. Todos riem demais depois de beber "muita chapinha" (vinho barato).

Larissa mostra as fotos que fez, no visor da câmera, uma com a drag Teila Thompsom, "com h", que vestia uma roupa de "cristais" roxos e amarelos.

"Todo mundo gosta de fazer foto comigo, mas agora apareceram essas "descabeçadas" pedindo pra beijar. Deus me livre, ainda se fosse "um bofe maravilhoso"", diz a bancária Teila, que beijou Larissa e os amigos dela "só pra me deixarem em paz".

Um pouco acima, no sentido centro da Rua da Consolação, outro grupo se embola no chão às gargalhadas, enquanto tiram fotos de si mesmos em uma espécie de "beijo múltiplo". O estudante Cleber Matias, de 19 anos, se fotografa beijando todos os amigos e amigas do grupo, que inclui lésbicas, gays e heterossexuais.

A atendente Sabrina Oliveira, de 18 anos, conta em tom de façanha que beijou "até um bombeiro". No "portifólio" da balconista Cinthia Batista, de 18, ela aparece beijando "freiras", "marinheiros" e "motoqueiras". Naquele momento, ela não sabe dizer sua orientação sexual. "O que é isso, tio?"

Valentina Ribaudo

TRÊS PERGUNTAS PARA...

Bailarina italiana que dançou por cima do público da Parada, pendurada em um balão

1.Você não tem medo de dançar no ar?
Faço isso há 15 anos, em shows ao redor do mundo, e nunca tive receio. No alto, tenho a sensação de que sou um passarinho, leve e livre.

2.O ato de voar tem relação com a manifestação da Parada, que promove a diversidade?
Aqui eles batalham para poder se expressar suas opções sexuais. Eles querem a mesma liberdade que sinto voando. Só que a minha é só arte. Eles desejam algo mais real.

3.Qual é a sensação que sua performance desperta na plateia?
De que todos podem voar, como eu, e se sentir leves e livres.




Parada Gay faz apelo por voto contra homofobia

Milhões de pessoas saem às ruas em São Paulo; protestos contra a lentidão da legislação brasileira dão o tom


SÃO PAULO. Em ano eleitoral, a 14ª Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de São Paulo fez festa pedindo que os homossexuais votem em candidatos que defendam o combate à homofobia. Com o tema "Vote contra a homofobia - defenda a cidadania!", o evento reuniu milhões de pessoas na tarde de ontem em vias importantes como a Avenida Paulista e a Rua da Consolação. A prefeitura esperava 3,2 milhões de pessoas na Parada, mas nem os organizadores nem a PM divulgaram projeções de público.

No alto de um dos 17 trios elétricos que tocavam techno e dance music e exibiam balões com as cores do arcoiacute;ris, um participante chamava a atenção para o tema da Parada, com um cartaz com os dizeres "Os evangélicos somam 9% do Congresso.

E nós? Vote certo. Vote contra a homofobia".

Pedida a aprovação de lei contra discriminação

Em vários postes da Avenida Paulista, cartazes cobravam a aprovação do projeto de lei 122, de 2006, que altera o Código Penal para punir a discriminação ou preconceito em relação a orientação sexual.

No início do evento, foi pedida uma vaia para políticos homofóbicos.

A legislação brasileira foi criticada por integrantes do evento, por restringir os direitos dos homossexuais.

Na opinião da psicóloga Monique Ladeira, de 29 anos, e da jornalista Sandra Pereira, de 39, que vivem juntas há cinco anos no Rio de Janeiro, as leis demoram muito para ser votadas.

- Estamos casadas há cinco anos. Se eu morrer, a Sandra não pode herdar nada, e não tem acesso ao seguro saúde pela minha empresa. O mínimo que se deveria fazer é tornar a homofobia crime, para, se você sofrer preconceito, poder ir até a delegacia sem ser alvo de chacota - disse Monique.

Sandra Pereira disse que descarta escolher a senadora Marina Silva, do PV, para a Presidência, devido às posições da précandidata, evangélica, contra o casamento de homossexuais.

- Todos os meus amigos estão discutindo isso: votar em quem defende as leis a favor da homoafetividade. A gente viu a Marina Silva falando abertamente que é contra. Não sei ainda qual é a posição da Dilma Rousseff nem a do (José) Serra. Mas na Marina Silva eu já descartei meu voto - afirmou Sandra.

O discurso contra a homofobia também estava na ponta da língua de pessoas que se fantasiaram especialmente para a Parada Gay, como Tamara Tâmara, de 44 anos, enfermeiro registrado com o nome de Edmar, de 44 anos, que foi vestido de noiva.

- Trouxemos o arquétipo da noiva, simbolizando o casamento.

Não buscamos o casamento, buscamos o reconhecimento dos direitos homossexuais - disse Tamara, ao lado do companheiro, com quem vive há três anos.

Famílias e curiosos misturados à multidão

Pré-candidatos ao Planalto, José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva foram convidados, mas não compareceram.

A petista Marta Suplicy, pré-candidata ao Senado, estava no penúltimo carro. A multidão era formada também por moradores da região, curiosos e famílias.

A professora Elizete Freitas, de 54 anos, foi passear com o marido e o cachorro para ver o "movimento".

- Venho há três anos. É uma realidade da sociedade, temos que lutar contra a homofobia.

Segundo a PM, a Parada Gay ocorreu de forma pacífica, sem ocorrências graves.

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