Este Blog foi escrito para o Público LGBT de todas as idades que estão a pensar em assumir-se. Nós sabemos que tomar a decisão de se assumir pode ser assustadora e desgastante. É por estas razões e devido ao nosso trabalho na área de homossexuais que fizemos este Blog. Acreditamos que informação útil e as experiências de outras pessoas em assumirem-se podem preparar-te para algumas das consequências que podem resultar de te assumires perante a família e amigos. Blog que reúne as principais notícias sobre o público Gls Glbt Lgbt (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Tem por objetivo manter tal comunidade informada, para que usufruam de seus direitos, comemorem suas conquistas e lutem pela diminuição do preconceito. Deixe seu recado, mande suas fotos e videos poste no nosso blog Faça parte você também Participem deste blog, Mail sociedadelgbt@hotmail.com

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Apaixonar-se por um gay é cada vez mais comum

Como os gays saem do armário cada vez mais, ficar a fim de um ou até namorá-lo é bem frequente

 

Faz sete meses que o ator Bruno de Oliveira, 22 anos, e a estudante de comunicação social Daniele Vasconcelos, 19, ficam juntos. Eles conversam muito, dividem segredos e, na balada, se beijam e trocam carícias. Mas os dois sabem que essa amizade colorida nunca vai se transformar em relacionamento sério. O motivo? Bruno é gay. "Até os 18 anos eu namorava meninas, mas hoje sei que fazia isso só para que as pessoas não suspeitassem de mim", diz ele. "Com a Dani é só curtição mesmo! Nenhuma mulher vai me fazer deixar de ser homossexual, tanto que nossa relação nem inclui sexo." Daniele, que é supertímida e não tem muitos amigos, encara Bruno como seu maior companheiro. "Quando a gente se beija não parece que ele é gay, mas quando a gente conversa sim. Se ele não fosse, seria meu parceiro ideal... Mas ele é!"
Segundo um levantamento divulgado pela Universidade de São Paulo (USP) no fim do ano passado, em cada grupo de cem homens brasileiros, oito assumem-se homossexuais e dois, bissexuais. Esse percentual seria muito maior, claro, se nele fossem encaixados os homens que se relacionam entre si em segredo ou esporadicamente. Como o mapeamento das preferências sexuais em números é recente, não há dados antigos para se comparar aos de hoje. Mas estatísticas não são necessárias para enxergar o óbvio: os homossexuais saem do armário cada vez mais e, com isso, interessar-se ou apaixonar-se por alguém que gosta de pessoas do mesmo sexo vem se tornando comum.
 Apaixonar-se por um gay é comum O que dói é a mentira Curiosidade ou atração? Carol foi apaixonada por um professor Cecília namorou quase dois anos com um Será que ele é gay?

O que dói é a mentira

A professora de história Sara Villas, 29 (foto), namorou um gay por quatro meses. Ela estava se formando na faculdade quando um amigo homossexual lhe apresentou um calouro "muito gentil e lindo". O amigo estava interessado no sujeito, mas ele quis ficar mesmo foi com Sara, que sabia, por outras pessoas, que o pretendente havia tido experiência com homens. Ela bem que tentou conversar sobre o assunto, em vão. "Até inventei que tinha interesse por mulheres para ver se ele se abria", conta. "Do ponto de vista sexual, eu me sentia completamente realizada. Mas me incomodava que o cara não falasse a verdade. Acho que continuaria com ele, porque não tenho preconceito e não estava atrás de um relacionamento sério na época." Tempos depois que o namoro acabou, sem drama, Sara encontrou o ex em uma boate GLBT (a sigla vem de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais). Ele estava com outro homem.
Pesquisador do homoerotismo e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Carlos Magno Mendonça está convencido de que cada vez mais as pessoas vão se permitir realizar todos os seus desejos, independentemente de rótulos. Vão experimentar mais. "As gerações mais jovens não estão muito preocupadas com a identidade sexual, sua ou do parceiro, e sim com o prazer", diz ele. "O prazer é a prioridade." Mas, e a questão afetiva, como fica? Afinal, prazer é uma coisa, amor é outra. O coordenador do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania GLBT da UFMG, Bruno Leal, acredita que muitas mulheres se apaixonam por homossexuais porque "O modelo masculino padrão - barrigudo e com chulé - faliu". Ou seja, o gay, perfumado, bem-vestido e sensível, seria uma espécie de "novo homem". "Elas querem alguém com quem possam compartilhar mais", diz Bruno. "Por isso os homens estão mudando. O metrossexual nasceu nesse contexto."
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Curiosidade ou atração?

Curiosidade e vontade de "converter" um homo em hetero aparecem no discurso das meninas que já viveram uma paixão arco-íris. A vestibulanda Cléia Faria, 24, surtou ao descobrir que o ex, com quem havia ficado por oito meses, tinha ido a uma festa gay um mês depois da separação. "Quando estávamos juntos, várias pessoas me alertaram sobre a homossexualidade dele, mas eu achava que ele era meigo por ser filho único", diz. "Eu só desconfiava quando algum bonitão passava perto de nós e ele ficava olhando." Quando finalmente reconheceu o que não queria acreditar nem vendo, Cléia passou a perseguir o ex. Durante um ano frequentou boates gays, na tentativa de "Fazer parte do mundo dele e, desse jeito, reconquistá-lo". Ela se sentia culpada e confusa. "Comecei a achar que foi por minha causa que ele começou a gostar de homens. Emagreci sete quilos e fiquei no pé dele por um ano. Depois, aos poucos, toda essa tormenta foi passando. Hoje somos amigos."
Uma dúvida que tira o sono de algumas mulheres é se o ex-namorado que de uma hora para outra vira gay já era gay na época do namoro. A resposta, claro, é talvez sim, talvez não. "As pessoas vão descobrindo qual é a delas com o tempo, por meio de experiências", diz Bruno Leal. "Boa parte, se não a maioria de rapazes que hoje em dia se declaram gays, se apaixonou sinceramente e se relacionou com mulheres antes de se permitir entrar no universo das relações homoeróticas", completa o sociólogo Richard Miskolci, pesquisador do Núcleo de Estudos de Gênero da Universidade de Campinas (Unicamp). Não existe fórmula para saber quem é homo e quem não é. A preferência sexual nem sempre se traduz de maneira óbvia. Um cara pode ter jeito másculo e transar com homens ou ser delicado e gostar de mulheres. O que fazer então? O jeito é relaxar e deixar a vida se encarregar de trazer a resposta. E como agir quando ela é sim... e você já se apaixonou? Aí, cada caso é um caso. Mas, vale para todas a recomendação: tire da cabeça a ideia de que você pode fazê-lo mudar de time! Para amar um gay, é preciso aceitá-lo como ele é.
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Carol foi apaixonada por um professor gay

No aniversário de uma amiga, a publicitária Carol Furtado, 24 anos, de Belo Horizonte, se interessou por um homem lindo, simpático e muito educado que estava entre os convidados. Chamou a amiga num canto para saber mais informações sobre o moço. "Desiste, ele é gay", foi o parecer que recebeu. Em seguida, para o consolo dela, chegou à festa um outro rapaz muito atraente. Ela procurou a aniversariante para conferir se ele estava solteiro. A resposta: "Não, querida, este gato é namorado do outro".
Aos 18 anos, Carol foi apaixonada por um professor de literatura que é gay. Mas nunca - que ela saiba - ficou ou namorou com um homem que tenha assumido ser homossexual. Ela acredita que o público feminino simpatiza tanto com eles porque eles são menos "pragmáticos" que os héteros e mais capazes de ouvir e conversar.
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Cecília namorou quase dois anos com um gay

Cecília Amaral, 26 anos, de Fortaleza, namorou por um ano e sete meses um designer gráfico que conheceu no Carnaval de 2005. "Eu o amava, mas o namoro era cheio de altos e baixos. Quando estávamos juntos, era ótimo, formávamos um casal legal, pra cima, nos divertíamos muito e a relação sexual era boa também". O namoro terminou porque "ele estava muito ausente". Um tempo depois, Cecília descobriu que durante um ano enquanto esteve com ela, o ex também namorava outro homem. Ela não teve raiva, mas ficou decepcionada. "Me senti traída, sim. Gostaria que ele tivesse sido sincero e dito que estava com outra pessoa, que gostava dos dois, que se abrisse. A partir daí, eu escolheria qual caminho tomar. Raiva eu senti foi do namorado dele, que se aproximou de mim e se passou por meu amigo o tempo todo, até falei com ele quando estava para acabar o namoro. Achava que ele estava me aconselhando. Mal sabia eu..."
Durante o namoro, um amigo contou a Cecília que o seu ex já havia tido um caso com outro garoto quando ainda estava na escola. Ela não acreditou. Por ter um "jeito másculo" e ser bom de cama, ela nunca desconfiou que ele pudesse se relacionar com outros homens. Cecília diz que ficou triste por ter sido traída, e não por descobrir que seu ex é gay. "Numa mesa de bar uma vez eu até disse que preferia ser trocada por outro homem, pois a questão não seria comigo. Quando a gente é trocada por mulher fica pensando o que o cara viu na outra".
O ex a procurou para conversar e pediu desculpas. Hoje em dia eles sentem "um enorme carinho um pelo outro", mas não convivem. Ele ainda está com o mesmo homem. Cecília conta que seus amigos têm ódio do ex e acham que ele é o culpado por ela não ter namorado mais ninguém. Ela afirma que não ficou traumatizada, mas que não põe mais "a mão no fogo" por homem nenhum.
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Será que ele é?

>> Simpatia, educação, formação cultural ampla e bom gosto para se vestir mostram apenas se um cara é interessante. E não se ele é ou não gay!
>> Como ele olha para outros homens? Tenha sensibilidade para captar os desejos dele (isso vale para qualquer relacionamento).
>> Conversa, muita conversa pode ajudar a saber mais sobre as preferências sexuais do parceiro. Agir com naturalidade, e não com repulsa, em relação ao sexo entre homossexuais pode ajudar o suspeito a se abrir. Mas muitos não confessam de jeito nenhum.
>> Se alguém contar a você alguma coisa sobre ele, não se negue veementemente a acreditar na possibilidade, mesmo apaixonada. A não ser que não queira mesmo ver o que está diante do seu nariz.
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