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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Vida Gay – Sociedade Gls Glbt fala sobre gays e filhos

Depois de um embate de gays, O blog Sociedade Gls Glbt fala de “O censo da diversidade”, sobre pais gays, mães lésbicas e filhos.
  trouxe como matéria mais um artigo que diz respeito ao nosso universo GLS: “O censo da diversidade”, sobre pais gays e mães lésbicas.
Reforçaram um pouco mais – como introdução da reportagem – a ideia de que a nossa sociedade inclui cada vez mais o gay e nos trata com naturalidade, sob o ponto de vista das classes sociais de mais acesso. Realmente faz sentido, embora não seja regra.
 “pais gays e filhos”, assunto ainda que engatinha entre os gays brasileiros, pelo menos àqueles que tenho algum contato. Mas os dados são interessantes e reveladores: apesar do Censo ter se realizado há dois anos atrás, em 2010, 20% dos gays entrevistados manifestaram o interesse em ter filhos, comparado aos resultados dos EUA de 16%.
 A reportagem “Gays e filhos – O censo da diversidade” apresenta alguns casos de pais gays e mães lésbicas que estão por aí, em solo brasileiro, cuidando de seus filhos e batalhando, cada um a sua medida, para conquistar seus direitos perante seus rebentos e mediante a sociedade.

Filhos. Gays, por que tê-los?
Primeiro que diante os dados apresentados pela reportagem 64% dos casais homossexuais declarados na pesquisa contam com mais de dez anos de estudo, em comparação aos chefes heterossexuais de família que chegam a 34%. Segundo que o rendimento médio de um casal homossexual também declarado na mesma pesquisa (Gregori) chega a R$ 5.200,00 por mês, quase o dobro da realidade no lar hétero declarado. Mas a ideia aqui, obviamente, não é fazer uma comparação que privilegie os gays; não seria uma abordagem do estilo . De qualquer forma, pelo que indica a reportagem, nós, gays, tendemos a estar mais estruturalmente preparados para pensar em filhos. Diga-se estrutura, em níveis intelectuais e financeiros, nesse caso.
Coincidentemente, também abordei o assunto de ser pai antes dessa edição chegar as minhas mãos e especificamente a minha preocupação são três: condição intelectual, financeira e tempo para poder criar um filho.
Quando tinha 23 anos e já estava me assumindo, pensava nessa possibilidade com um deslumbre, na ideia de perpetuar minha genética e apresentar ao mundo mais um “filho da diversidade”.
Já conversei algumas vezes com a minha amiga Ela do “Que Gay Sou Eu?” a respeito desse desejo e de minhas pretensões com um novo rebento no mundo. Quem lê o Blog Sociedade Gls Glbt há um tempo percebe o quanto “minha filha empresa” me toma tempo, atenção e energia. Mas quando estiver mais amadurecida e menos dependente, por que não pensar na possibilidade de um filho?
Gostaria, a princípio, de ter um filho com a minha genética. Provavelmente não faria diferente de Elton John e David Furnish, casal britânico que misturaram seus espermas e fecundaram um óvulo numa barriga de aluguel. Imagino que os custos dessa possibilidade sejam mais altos, não procurei saber ainda, mas me convém ter um filho se as minhas condições alcançarem esse esse tipo de privilégio no futuro.
Não penso necessariamente em ter um outro pai me acompanhando. Pode ter ou não ter e vai depender muito do nível de maturidade e afinidade de ambos, que no momento e falando da minha parte não tenho.
Precisaria, sim, de tempo pois não gostaria de ter um filho educado por uma babá, avós ou ser pai apenas nos finais de semana, como muitos fazem pelo exercício do trabalho. Basta ver o caso da presidente executiva do Yahoo – Marissa Mayer – que tirou apenas duas semanas de licença maternidade. Se nos primeiros respiros de seu filho Marissa preferiu assim, imagine então o quão distante estará no processo de crescimento da criança caso não mude seu foco atual? Creio que eu seja tradicionalista nesse aspecto!
Nas devidas proporções e humildemente falando, meu foco é o mesmo de Marissa. Porém, me soa muito inapropriado pensar num filho para ser criado por outro, como a minha mãe. Já até ouço meu pai esbravejar: “colocou um filho no mundo, agora trate de criar ao invés de ficar dando esse trabalho pra gente!” – rs.
Em contraposição à coluna de JR Guzzo que deu pano para manga ao comparar casamentos gays com relacionamento com cabra, “O censo da diversidade”, conteúdo escrito pela jornalista Gabriele Jimenez me parece – e posso estar enganado – a desculpa discreta da  para o público gay.
Desculpa ou não, interessante abordar o assunto de pais, mães gays e filhos no Blog Sociedade gls glbt, e perceber que existe um grande número de casais gays brasileiros com interesse em ampliar o lar. Esse movimento agrega mais respeito a diversidade, a inclusão social e muitos aspectos que – no dia a dia – podem revelar sim uma sociedade cada vez mais esclarecida.
Se tenho medo de ter um filho pela sociedade que recriminaria? Absolutamente. Meu medo é de não poder dar conta da maneira que entendo que a palavra “criar” faria sentido.
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